Medicine 2° Temporada escrita por Stargeryana


Capítulo 3
Capítulo 3 : The Key


Notas iniciais do capítulo

Amores meus !
Olha eu aqui de volta .. haha eu fiquei boba quando vi a pouco que ja tinha comentários.. não são 10 como eu disse mas falta pouco, e em forma de agradecimento eu vim postar logo o capítulo 3 pra vocês ♥ Me amem haha.. Espero que gostem do capítulo e vou logo avisando que estou ansiosa para ver os comentários, sei que vou levar esculacho.. não me esculachem ksksks eu adoro vocês ♥

Boa Leitura>



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/714722/chapter/3

 

A noite esquentei o que sobrou do almoço e jantei com ele, Lexi e Enzo e ao perguntar por Stefan recebi a notícia de que ele estava praticamente morando com Rebekah pois mal dormia aqui, fiquei feliz por eles estarem bem. 

 

E você e Enzo ?-- pergunto 

 

Separaram, voltaram, brigaram, pediram desculpas, brigaram e agora estão bem-- Damon resumiu 

 

Não foi nessa ordem, foi assim, nós brigamos e ficamos bem, aí nos separamos e depois brigamos e depois pedimos desculpas -- Enzo falou o corrigindo e eu ri 

 

A comida está boa Elena -- Lexi elogiou e eu agradeci 

 

Obrigado pelo elogio, é o primeiro do dia -- Comento sorridente 

 

Coitadinha de você -- Enzo riu -- Está bom, acho que esse tempo fora realmente lhe fez bem 

 

Sim, eu precisava disso -- assumo sorrindo  

 

Eu to cheio -- Damon anunciou se retirando da mesa e jogando o guardanapo ao lado do prato, observei ele sair da cozinha sem nem olhar pra trás e logo em seguida percebi que o casal a mesa me olhava. 

 

Ops -- Enzo sussurrou 

 

Esse arroz está tão gostoso -- Lexi falou enchendo a boca e eu sorri 

 

Alguma coisa eu tinha que aprender -- brinco os fazendo rir e terminamos o jantar, eles ficaram de lavar a louça e guardar e eu pude me retirar, no caminho até o quarto observei Damon parado em frente à lareira com um copo de whisky em mãos, me aproximo devagar e o abraço por trás de surpresa, ele não se move — Não vai dormir? 

 

Ainda não -- respondeu 

 

Meu pai lhe mandou um presente -- Comento abraçada a ele 

 

Hum.. E o que é ? -- Perguntou 

 

Acho que um relógio -- Respondi -- Não tenho certeza, está na minha bolsa de mão

 

Depois eu ligo e agradeço a ele -- Comunicou -- Tá calor elena, pode me soltar ?

 

Não seja grosso, eu só estou lhe abraçando -- resmungo e ele dar um passo à frente falando que está com calor — Por que está perto da lareira 

 

E você grudada não ajuda -- rebateu bebendo whisky e sorriu debochado 

 

Boa noite Damon -- Falo me retirando da sala e subo as escadas sem ouvir sua resposta, eu não aguentaria as rabugices dele, que melhorasse e viesse falar comigo, tomo um banho rápido e coloco um pijama folgado, me enfio embaixo das cobertas após passar hidratante nas pernas e nos braços e desligo a luminária ao meu lado da cama fechando os olhos e desejando que o sono me domine rapidamente. Amanhã levantaria cedo para ir até o tumulo de Nicholas deixar umas flores, não vou lá desde o seu enterro, suspiro cansada e fico encarando a janela fechada até finalmente cair na inconsciência. 

 

DAMON: 

Após correr no parque por uma hora e meia e descansar parte do dia, a noite finalmente havia chegado e meu humor continuava infernal, nem eu me aguentava hoje, não comi direito e logo deixei a mesa do jantar, sem paciência para socializar ou qualquer outra coisa, servi um pouco de Whisky em um dos copos e me aproximei da lareira, estava um clima mediano, não estava tão calor mas também não estava um frio de matar, liguei apenas por distração e fiquei ali perto vendo a Madeira queimar e crepitar no fogo. Elena apareceu minutos depois e me abraçou,bloqueei qualquer pensamento ou sentimento a partir do momento em que seus braços rodearam minha cintura. eu não me movi, permaneci imóvel mas logo me livrei dos braços dela afirmando estar com calor e ela não ajudava em nada ali, isso a fez subir desejando boa noite e eu fiquei ali parado encarando o fogo. 

 

Boa noite amigo -- Enzo falou subindo após lavar a louça lado a lado com Lexi 

 

Boa noite -- Respondi acenando e eles subiram entre risadinhas, tomei uns dois copos e meio de whisky e já estava na metade do terceiro quando vejo Enzo descendo as escadas descalço e assanhado. 

 

O que ainda faz acordado ?-- ele perguntou perdido 

 

Bebendo -- Respondi óbvio mostrando o copo pela metade de whisky 

 

Faz duas horas e meia que Lexi e eu subimos.. Deveria estar deitado -- Ele fala indo até a cozinha e retorna com um copo de água em mãos — por que ainda não subiu ? 

 

Não sei -- Bebo todo o líquido e ele me encara com desdém -- Tava esperando ela pegar no sono pra entrar 

 

Tá fugindo dela ?-- Perguntou 

 

Não necessariamente -- respondi 

 

Então é o que ?-- quis saber como sempre é eu suspiro 

 

Não quero conversar com ela sobre nada, eu só quero dormir e trabalhar e dormir e comer e trabalhar -- Explico exasperado e ele riu 

 

Céus, você tá rabugento hoje -- Comentou bebendo a água 

 

Não me diga Sherlock -- Zombo subido as escadas e paro no meio dela o fazendo parar atrás de mim — Será que ela dormiu? 

 

Deixa eu pensar .. Você é o único estranho que ainda está de pé nessa casa fazendo vários nadas -- ele disse óbvio e eu sorri concordando e continuei a subir, entro no quarto devagar e tiro a minha roupa, tomo banho rapidamente e coloco uma calça de moletom cinza para dormir, escorrendo para baixo das cobertas e meto um travesseiro entre Elena e eu, fecho os olhos virando de lado e espero o sono vir. 

 

Bom dia -- Saudo Lexi assim que a encontro na escada preparada para trabalhar, ela sorriu respondendo, termino de por meu casaco e ao entrar na cozinha vejo Enzo se acabar no cereal — Te amarraram ? 

 

Acordei faminto -- Ele falou passando a caixa de cereal para Lexi e ela se serviu, tomei uma caneca de café e esperei por eles enquanto mastigava uma torrada com geleia de amora. Elena ainda dormia, não a acordei para saber se ela iria trabalhar, saímos do carro correndo ao perceber que estávamos atrasados e entramos no hospital recuperando a postura de médicos sérios e desejando bom dia aqueles que nos encaravam. 

 

Isso foi constrangedor -- Lexi sussurrou dentro do elevador e eu concordei encarando a porta a nossa frente enquanto ele subia até o segundo andar do prédio. Troquei de roupa e Webber apareceu na sala lançando casacos do hospital para Lexi e para mim, o encarei em silêncio por alguns segundos. 

 

Os dois vão até Washington buscar um coração e um pulmão para transplante, o helicóptero está esperando no terraço para levá-los -- Anunciou 

 

Legal -- Lexi falou animada e vestiu o casaco e eu fiz o mesmo é o coloquei rapidamente, deixei meu material no armário jogador qualquer jeito e fomos pro elevador com Webber. 

 

O paciente teve morte cerebral, a ONU nos concedeu um pulmão e o coração, nossos receptores já estão a caminho do hospital, sejam rápidos, práticos e cuidadosos com esses órgãos -- Explicou quando o elevador abriu no terraço e o helicóptero estava lá, com as hélices ligadas e girando sem parar fazendo barulho e formando um vento danado — Boa sorte 

 

O que ?-- Lexi gritou segurando os fios de cabelo 

 

Eu disse boa sorte -- Ele gritou mais alto para nós ouvirmos 

 

Tá, nos vemos depois -- Grito 

 

O que ?-- Ele grita 

 

Esquece -- Respondo me aproximando e entro no helicóptero de cabeça baixa, Lexi faz o mesmo é entra passando o cinto de segurança e nos levantamos voo com os receptientes para guardar o órgão e trazê-lo em segurança. 

 

Me sinto rica -- Lexi brincou me fazendo rir -- Olha só tudo parece tão pequeno 

 

Nunca andou de helicóptero ?-- Pergunto é ela nega 

 

Sou tão rica que isso é normal pra mim, eu morava em um carro cara -- ela lembrou e eu rir — Você já ? 

 

Uma vez aos 14 anos -- Respondo 

 

Deve ter sido muito bom -- Ela comentou e eu concordei com seu pensamento — Eu mereço 

 

Olha a balsa -- falo apontando para a balsa atravessando o rio de Seattle para o outro lado — Olha o parque .. Nosa casa fica por ali

 

Seria tão legal poder ver ela -- Ela comenta e o helicóptero sobe mais um pouco, nos calamos esperando nosso destino é duas horas depois estávamos na sala de cirurgia do hospital central de Seattle para recolhermos os dois órgãos. 

 

Lexi Branson e Damon Salvatore do hospital Seattle Grace -- Lexi comunica ao chegarmos na recepção do hospital 

 

Vieram para pegar os órgãos ?-- a moça perguntou 

 

Exatamente -- Confirmo e ela pede para esperarmos e chama por alguém, separamos ali é um médico veio nos receber. 

 

Dr. Salvatore, Dra. Branson.. Sou Dr. Cavanaugh e irei levá-los -- Ele nos cumprimentou educamente e nos guiou pelo hospital, recebemos os dois órgãos e os colocamos na caixa térmica com gelo para protegê-los — Foi uma honra ajudá-los 

 

Obrigado -- Agradecemos com um aperto de mão e retornamos helicóptero que havia pousado no heliporto do hospital 

 

Ele é gato -- Lexi comentou assim que nós afastamos 

 

Ele tava de olho em você -- comento entrando no helicóptero e passando o cinto de segurança 

 

Todo lugar que passo,há homens a me notar e paquerar -- ela comentou me fazendo rir e novamente pegamos voo de volta ao hospital. Estava calado segurando o recipiente térmico azul com o símbolo do hospital, Lexi estava sentada ao meu lado calada me observando. 

 

O que tanto olha ?-- Pergunto a encarando 

 

Você ?-- sugeriu 

 

Estou bem -- afirmo 

 

Não acredito, por que .. Esquece quando quiser falar sobre isso e ouvir conselhos eu estou à disposição -- sorriu amigavelmente 

 

Chegamos com seu órgão precioso chefe -- anúncio entregando a ele o recipiente térmico 

 

Pode me auxiliar se quiser -- sugeriu 

 

Eu adoraria mas tenho rondas a fazer e já estou super atrasado -- respondo batendo em seu ombro 

 

Eu posso auxiliar chefe -- Andy falou sorrindo  

 

Tudo bem -- ele concordou e ela o seguiu 

 

Roubou .. Esquece -- suspiro seguindo meu caminho, desde havia chegado a esse hospital Andy Star vinha pertubando-me, antes mesmo de posar aqui ela já havia me tirado a paciência tentando roubar o coração que era do meu paciente — Ela me irrita 

 

Ela só ficará mais uns meses -- Lexi piscou retirando seu casaco grosso com o símbolo do hospital e pôs seu jaleco assim como eu 

 

Boa cirurgia -- falo seguindo um rumo completamente diferente do dela e subi de elevador para começar minhas visitas com Bonnie — Vamos Lá Bon Bon 

 

Sim senhor -- Me seguiu com o iPad em mãos e entramos no primeiro quarto da manhã sorrindo para a paciente acordada em meio aos filhas 

 

Bom dia senhora Gibs -- sorri gentil e ela devolveu o sorriso — Como se sente? 

 

Muito bem, você cuidou direitinho de mim -- sorriu me deixando feliz 

 

Bom nos .. -- ela me interrompeu 

 

Ele não é um pão Kate?-- falou apontando pra mim e Bonnie riu olhando pro chão 

 

Mamãe -- a tal de Kate falou sem jeito com isso -- Olha os modos.. 

 

Tudo bem, eu já estou há alguns dias aguentando essa senhora -- Falo bricalhao e ela sorri para a filha 

 

Desculpe, mas Kate ainda não o conhecia por estar viajando, chegou ontem e está solteira -- falou fazendo as outras duas filhas rirem e Kate suspirar olhando pro chão envergonhada 

 

Sou casado Margareth-- Lembro a ela mostrando minha aliança, retirando a mão do bolso e ela revirou os olhos 

 

Se um dia se separar, Kate pode estar à espera.. Eu adoraria um filho médico -- eu ri com isso 

 

Muito bem, Bennett atualização já -- peço é Bonnie afirma batendo o dedo na tela do aparelho e ele tornou a ficar claro 

 

Margareth Gibs, 68 anos, internado após dores no peito, cirurgia de emergência feita para obstrução de uma veia coronária .. Dois dias de pôs cirurgia, sem complicações alguma -- Me passou a ficha da senhora que sorria ou ouvir aquilo 

 

Bom, acho que não terei mais que ouvir seus elogios Margareth -- Falo suspirando e ela faz a mesma coisa — Receberá sua tão sonhada alta 

 

Finalmente -- se animou levantando as mãos aos céus -- Obrigado Deus, o senhor é ou não é demais Dr. ? 

 

Parece que sim -- é tudo que digo e me retiro do quarto dela pedindo para Bonnie dar entrada nos documentos de alta dela assim que terminamos nossa ronda matutina e ela concorda com isso. Ao terminamos a ronda Bonnie vai agilizar algumas altas e eu desço até a cantina, pego um café e sigo até a emergência — algo pra mim ? 

 

Leito 6-- Kyle gritou e eu apenas entrei no leito e fechei as cortinas 

 

Laila Simons -- Pego ai prontuário e vejo seu nome e suas queixas — aqui diz que você está com problemas respiratórios .. 

 

Sim, peguei uma gripe forte e não conseguia respirar, poderia me atender e me liberar, tenho uma prova a fazer -- explicou com um lencinho nas mãos e o nariz estava tão vermelho, ela estava pálida 

 

Calminha aí mocinha .. Onde está sua mãe ?-- Pergunto ao ver que ela tinha menos de 18 anos para estar sozinha num pronto atendimento às 10:30 da manhã 

 

Em casa -- respondeu óbvia -- tenho prova no último tempo de aula, poderia por favor me atender ? 

 

Preciso avisar a sua mãe -- falo 

 

Não, ela não sabe que fugi da aula para vim ao hospital .. Ela vai surtar -- falou nervosa 

 

Onde dói ao respirar ?-- pergunto 

 

Como sabe que dói ?-- Perguntou 

 

Sua respiração e superficial demais, sinal de que não quer fazer força para puxar oxigênio, deve doer em algum lugar -- Falo óbvio e pego meu estetoscópio 

 

Dói o peito e a barriga -- respondeu 

 

Tudo bem, poderia levantar a blusa por favor -- Pedi e ela assentiu 

 

Mais uma coisa Dr. Salvatore -- ela disse levantando o casaco da escola que usava em forma de moletom e eu pude ver sua barriga -- Eu to grávida 

 

 

Eu estava meio que surpreso e paralisado enquanto encarava a barriga daquela garota e ela me encarava. 

 

 

Chamem a Dr. Mikaelson por favor -- pedi a enfermeira ao sair do leito e retornei deixando a cortina meio aberta 

 

 

Você .. Sua mãe não sabe disso não é ?-- pergunto óbvio e ela nega 

 

Eu.. Ela é tão controladora, se soubesse me mataria, é sempre " não é assim que se faz Laila.. Não é assim " -- suspirou e eu deixei o prontuário sob a mesinha de utensílios 

 

Laila, você possui um probleminha .. Seu apêndice está inchado, isso está causando as dores na barriga ao respirar, você precisa retirá-lo numa cirurgia e seu problema respiratório pode ser a junção da gripe com isso .. Sua mãe precisa .. -- tentei explicar e ela negou 

 

Não, eu tenho prova -- negou e ouvir vozes nervosas e abri a cortina para ver Kyle tentando conversar com uma loira alta e magra enquanto ela batia no balcão — É a minha mãe .. 

 

Meu deus -- falo puxando a cortina e fechando bem na hora que Kyle ia apontar pra mim,Laila me encarava assustada e eu não sabia se estava diferente, ela puxou o moletom bem na hora que a mãe abriu a cortina 

 

Laila, o que está fazendo aqui?-- perguntou nervosa 

 

Como me achou ?-- Laila perguntou 

 

Rastreie seu telefone querida -- sorriu para ela e depois me olhou — Olá -- apenas sorri para ela meio forçado 

 

Você tá me vigiando mamãe ?-- perguntou -- isso é tão errado 

 

É claro, sou sua mãe, se estivesse na aula eu não faria isso .. Mas esta mentindo Laila não é assim que se faz ---  afirmou e eu fechei meus olhos por um segundo  — O que faz em um pronto socorro ? 

 

Eu estava me sentindo mal -- respondeu e a mãe dela me olhou novamente, Laila arregalou os olhos em uma forma de implorar para não falar 

 

Problemas respiratórios -- falo uma meia verdade e ela segura a mão da filha e mexe em seus cabelos 

 

Pode ajudá-la ?-- perguntou 

 

Farei o possível -- respondo e a cortina se abre revelando Rebekah sorridente com sua roupa de médica e seu jaleco onde de um lado havia seu nome acima de um leão e o nome cirurgião pediatra embaixo, e do outro lado do jaleco o nome do hospital bordado também. 

 

Me chamou para verificar um.. -- Rebekah começou a falar 

 

Problema respiratório numa garota -- falo a atrapalhando e ela me olha perdida — É só uma garota menor de idade com problemas respiratórios Dra. Mikaelson 

 

Mas eu pensei que .. -- tentou falar 

 

Essa é a mãe da Laila, Senhora .. -- interrompo 

 

Betty -- falou apertando a mão de Rebekah  que me olhava confusa e eu a olhava com um sorriso forçado 

 

Só um minutinho -- Rebekah falou e me puxou para fora do leito fechando as cortinas a puxei mais para longe para a mãe não ouvir 

 

A mãe não sabe da gravidez.. Ela fugiu da aula para vir aqui, achando que iria retornar antes que alguém percebesse, tá de 5 meses e meio e a mãe nem sabe disso Rebekah, ela.. Ela tá assustada por que a mãe e super controladora, rastreou o número da menina e veio parar aqui ..-- falo baixinho 

 

Tenso -- é tudo que Rebekah tem a me dizer e suspira -- Precisamos levar ela para a cirurgia e a mãe precisa autorizar mas precisará saber o que tá havendo 

 

Eu sei .. Ela está com apendicite então podemos dizer que é só isso -- tento pensar em algo e ela suspira 

 

Se a paciente não quer que seja dito,precisamos seguir seu pedido é uma regra clara, é sigilo médico e paciente .. Está amparada na lei -- Suspirou passando as mãos nos cabelos soltos e caídos aos ombros e retornamos ao leito onde mãe e filham conversavam aos sussurros e a mãe parecia super seria -- então .. Laila precisa de uma cirurgia para retirada do apêndice que está muito inchado e causando dores em sua barriga, isso está causando dores ao respirar juntamente com a forte gripe 

 

Cirurgia ?-- perguntou alarmada 

 

É um procedimento simples que será feito por Dra. Mikaelson e por mim é claro, estarei acompanhando tudo juntamente para cuidar do bem estar de Laila, é uma cirurgia que dura no máximo meia hora -- explico calmo com as mãos bom bolsos 

 

Estarei esperando por você na sala de espera Laila -- ela sorriu para a filha 

 

Você precisa assinar os documentos -- Rebekah a segue até o balcão onde Kyle estava e eu puxo a cortina 

 

Obrigado -- Laila agradeceu 

 

É meu trabalho -- falo puxando as proteções da cama para cima e destravando os pés da mesma para levá-la até o centro cirúrgico. Laila ficou sendo preparada em um dos quartos por uma equipe de enfermeiras e sai Procura de Rebekah que estava a fazer tranças no cabelo em frente ao espelho da sala dos residentes. 

 

Ela está sendo preparada -- Falo pegando minha touca dobradinha e limpa no meu armário e Rebekah suspira -- Não podemos fazer nada 

 

Eu sei, só que há riscos nessa cirurgia Damon e a mãe dela nem sabe de nada, se algo acontecer ao bebê ou a Laila será nossa responsabilidade -- Falou séria e eu concordei 

 

Mas ela está amparada pela lei Rebekah, você mesma disse isso lembra? Sigilo médio e paciente -- Falo tocando seus ombros por trás e ela suspira novamente 

 

Gostaria de não me sentir mal por esconder isso de uma mãe, Laila é uma adolescente é está com medo mas duvido que a mãe vá matá-la se descobrir -- Explicou amarrando sua trança e fazendo um coque amarrando novamente — Vamos? 

 

Precisamos saber se ela assinou os documentos -- falo e ela caminha ao meu lado para irmos até a mãe de Laila 

 

Então nosso caso de hoje é secreto ?-- Bonnie perguntou seguindo a nós dois e Rebekah afirmou, havia dispensado Tyler por enquanto já que precisávamos apenas de um interno e escolhemos Bonnie — Essa garotinha deve está se sentindo perdida 

 

Não é da nossa conta Bonnie -- falo a lembrando e ela afirma, separamos pelo elevador para irmos ao encontro de Betty Simons e ela estava sentada na sala de espera 

 

Como ela está ?-- Perguntou ansiosa 

 

Ela está sendo preparada -- Rebekah respondeu e meu telefone apitou avisando que estava sendo chamado 

 

Eu preciso subir para ver Laila.. As dores delas aumentaram um pouco -- falo retornando e Rebekah ficou explicando o procedimento juntamente com Bonnie,entrei no quarto de Laila e ela estava na cama agarrada a proteção dela gemendo de dor 

 

Deve ter rompido -- falo tocando sua barriga e ela gritou de dor -- É uma cirurgia de rico Laila, sua mãe .. 

 

Não por favor -- negou e eu balanço a cabeça afirmando e a levo para a cirurgia encontro Rebekah e Bonnie se preparando e entro na sala de preparo também, coloco minha touca e lavo as mãos em seguida coloco as luvas e me posiciono. 

 

Vamos começar ?-- Falo vendo que Laila estava sendo anestesiado -- Você sentirá sono querida, e quando acordar já estará em seu quarto.. 

 

Tá -- ela disse fechando os olhos com a máscara no rosto e Rebekah fechou os olhos por um segundo sorrindo em seguida 

 

Tudo bem vamos nessa -- incentivou e começou a cirurgia  

 

... 

 

Como está Laila ?-- Betty perguntou ao no ser caminhar em sua direção 

 

Bem, a cirurgia foi um sucesso ..-- Rebekah começou a falar e Bonnie fechou os olhos, a encarei por segundos observando a cena. 

 

Laila está grávida -- Bonnie soltou assustando a Betty,Rebekah a encarou surpresa e eu não sabia o que se formava em meu rosto -- Desculpa mas eu .. 

 

O que você fez Bonnie?-- Rebekah resmungou 

 

Laila está grávida? Minha bebe esta grávida ?-- Betty perguntou alarmada e nos encarou -- Vocês sabiam ? 

 

Bom..-- Tentei mas ela interrompeu 

 

Sabiam e não me disseram nada ?-- gritou nervosa 

 

Senhora Simons se acalme -- Rebekah tentou e ela se afastou irritada 

 

Vou processar vocês -- anunciou 

 

Desculpa, eu me coloquei no lugar da garota e da mãe dela -- Bonnie falou nervosa e Rebekah me puxou até o quarto de Laila que ainda estava apagada, Bonnie estava nervosa calada por ter dito a mãe da garota. 

 

Laila ?-- chamei e ela aos poucos abriu os olhos -- Como se sente ? 

 

Meio dolorida -- respondeu fraca 

 

Bom.. É normal -- Rebekah sorriu docemente para ela -- Sua mãe sabe Laila .. Sinto muito 

 

Não,você nao podia ter dito -- Ela falou nervosa demais 

 

Eu sinto muito -- Bonnie falou sem jeito 

 

Não tinha esse direito -- chorou tampando os olhos com o braço que possuía a mangueirinha de soro presa. 

 

.. 

 

Betty, podemos conversar?-- Pergunto vendo ela ao telefone nervosamente 

 

Claro -- afirmou e se despediu de alguém ao telefone e me encarou -- O que tem a dizer em sua defesa e da sua colega Loira?

 

Não vim me defender, eu vim para falar de Laila-- explico apontando para uma poltrona azul clara e ela sentou, sentei na poltrona ao lado separados apenas por uma mesinha com revistas em cima para os acompanhantes que separavam notícias -- Ela é uma criança, e está assustada com tudo isso, tinha medo de contar e você pirar .. 

 

Como .. Você não tem direito -- ela falou fechando os olhos com raiva 

 

Ela tinha medo por que você é super controladora, ela adora você mas tinha medo que a odiasse por isso, ela está sozinha nessa assim como você estava quando esperava Laila, e ela não sabia como lhe contar nada disso, pediu que escondêssemos por medo e nós fizemos por que se um paciente pede sigilo nós devemos seguir seu pedido -- expliquei calmamente — Ela acordou da cirurgia e está bastante assustada por que sabe que você sabe 

 

Ela não quer me ver ?-- perguntou 

 

Acho que ela quer sim -- respondo levantando e a guio até o quarto de Laila onde Rebekah estava a arrumando e  — Laila sua mãe estar aqui 

 

Ela me odeia ?-- perguntou chorosa e eu abri a porta do quarto para Betty entrar, ela fez isso entrando no quarto lentamente, Rebekah se afastou um pouco da cama de Laila e a mãe se aproximou e sentou na beirada da cama. 

 

Por que me escondeu isso ?-- perguntou seriamente e nós dois ficamos na porta parados esperando que algo acontecesse para ajudarmos. 

 

Eu estava com medo -- Laila respondeu 

 

Não é assim que se faz Laila -- a mãe repetiu e eu e Rebekah nos olhamos nesse momento -- Se você está com problemas você me conta, eu sou sua mãe e estou aqui para lhe ajudar, não se faz dessa maneira, não pode sair por aí escondendo as coisas de mim, com medo, correndo perigo .. Quando se está carregando meu netinho -- a garota soluçou chorando fortemente 

 

Não me odeia ?-- Rebekah sorriu emocionada 

 

Não meu bem -- ela negou fazendo carinho na filha -- Não está sozinha nessa, você tem a mim 

 

Saímos do quarto para não atrapalhar a conversa que já levava um rumo bem mais feliz e Rebekah sorriu apertando o botão do elevador. 

 

Parece que nem tudo está perdido -- ela falou feliz por Laila estar recendo apoio da mãe e eu concordei, ela foi procurar por Bonnie para contar o final da história toda pois a mesma estava se sentido mal por ter contado a mãe da menina o segredo que não deveria ter contado e eu fui atrás de almoçar. 

 

 

 

... 

 

Até amanhã Dr. Salvatore -- acenei para o médico que ainda estava trabalhando e segurei a minha pasta, uma espécie de bolsa de couro preta masculina pendurado em meu ombro, apertei novamente o botão do elevador. 

 

Segura pra mim -- ouvir uma voz feminina e coloquei a mão na hora que o elevador ia fechar e logo em seguida Andy entrou no mesmo ofegante e agradeceu sorrindo -- Obrigada 

 

Forcei um sorriso e fiquei olhando para a frente esperando elevador parar e percebi que ela estava me olhando de vez em quando. Fechei os olhos por alguns segundos e o elevador finalmente parou no térreo. 

 

Boa noite Dra. -- falo educado e ela devolve o gesto

 

 

Dr. Salvatore ?-- chamou e eu parei de andar na direção do meu carro — Está indo pra casa? 

 

Sim -- falo óbvio 

 

Gostaria de uma bebida ?-- perguntou 

 

Não obrigado, somos apenas colegas de trabalho Andy, não misture as coisas.. Tenha uma boa noite -- caminho até meu carro e entro no mesmo sem falar mais nada e ela ficou ali parada me encarando por alguns segundos. Estacionei o carro na garagem e entrei em casa, largando minhas coisas em qualquer lugar, me joguei no sofá da sala cansado demais para fazer qualquer coisa. 

 

Oi -- Elena falou saído da cozinha -- Eu vou passar a noite na casa de Caroline, não preparei nada mas se quiser.. 

 

Não precisa, vou pedir algo para comer com Lexi e enzo -- respondi a cortando e ela balançou a cabeça em afirmação 

 

O quarto tá fechado -- Elena falou me fazendo levantar a cabeça e olhá-la parada próxima a escada — Do Nicholas, você fechou? 

 

Sim-- afirmo 

 

Pode me dar a chave depois ?-- pediu 

 

Não há necessidade de abrir -- comento deitando a cabeça no braço do sofá novamente 

 

Eu quero ver como está -- ela disse óbvia e eu ri —Qual a graça ? 

 

Por que ver como está? Não há necessidade de abrir aquele lugar, de limpar aquele lugar -- falo óbvio 

 

Eu decido isso -- ela comentou -- Vai me dar a porcaria da chave ou não? 

 

Vai arrebentar a porta se eu não lhe der?-- pergunto a encarando e ela caminha na minha direção 

 

Se eu fizer?-- perguntou me fazendo rir altamente -- Droga Damon me da a porra da chave do quarto do meu filho 

 

Para de gritar -- pedi fechando os olhos -- Não to afim de escutar seus chiliques 

 

Chiliques ?-- perguntou ofendida 

 

Como chama Elena? -- pergunto zombateiro -- Eu chamo de chilique, seja mais educada, e me deixa quieto por que eu tive um dia de cão 

 

Eu não ligo, eu quero a chave do quarto do meu filho -- falou batendo pé e eu fechei os olhos fortemente esfregando os dedões nas pálpebras fechadas — Depois que me der eu deixo você em paz 

 

Você não ia pra casa da Caroline? Anda Elena vai se atrasar -- falo apontando pra porta e ela nega 

 

Não vou mais -- respondeu 

 

Eu mereço -- resmungo 

 

Damon?-- chamou e eu ignorei, ouvir algo se quebrar e quando notei Elena havia jogado um cinzeiro no chão pra chamar minha atenção -- A chave Damon 

 

Mais que merda -- rosno subindo as escadas e ela me seguiu pedindo a porcaria da chave, abro minha gaveta rapidamente e fecho forte entregando a porcaria da chave a ela -- Agora some da minha frente 

 

Não se preocupe -- Falou sorrindo forçosamente e eu observei ela entrar no quarto ao lado e bater a porta, olhei Lexi e enzo parados na ponta da escada encarando a cena que fizemos e bati a porta antes que um deles viesse falar comigo tentando me ajudar. 

 

 

 

ELENA 

 

bati a porta do quarto e passei a chave sem querer que ninguém viesse falar comigo ou me visse chorar daquele jeito, observei as coisinhas de bebê no mesmo lugar de antes, o berço montado com o conjunto verde todo arrumado dentro dele, a cadeira de balanço branca e uma almofada branca com babados amarelos e um ursinho em cima dela, o armário montado com algumas pecinhas de roupas e a comoda com puxadores de estrelas amarelinhas. 

 

Sentei no chão próxima à porta e fiquei olhando todo aquele lugar, cheira a poeira, sinal de que ninguém entra aqui há meses, talvez eu tenha sido a última pessoa a entrar pois coloquei aquele urso ali sentado, o ursinho que era de Anna e havia ganhado de Alex para meu bebe. Nada estava fora do lugar, encostei a cabeça na porta e fechei a olhos sentindo novamente aquela sensacaode frio no corpo, o aperto no peito, a angústia novamente estava me tomando, transformando tudo em lágrimas, eu chorava por Nicholas, por sentir sua falta e chorava por Damon, por estar brigada com ele, por não saber mais o que é mais sentir felicidade. 

 

Ninguém ousou bater na porta ou chamar por mim e eu agradeci por isso, poderia chorar sem problemas, ligou para Caroline e esperei que ela atendessem telefone. 

 

Oi Car-- falo assim que ela atendeu 

 

Você está bem?-- Caroline perguntou na linha e eu demorei alguns segundos para responder -- Elena ? 

 

Desculpe Car, eu não estou bem para ir a noite das meninas.. Podemos remarcar ?-- pergunto soluçando 

 

Claro, quer que eu vá ficar com você ?-- perguntou 

 

Nao.. Não precisa -- falo entre soluços e ouço ela suspirar 

 

Bom, estou aqui se precisar.. Acho que vou avisar a Bonnie que está tudo cancelado por enquanto e ligar para Klaus, saber se ele precisa de companhia -- falou calma 

 

Faz isso -- concordei com ela -- Boa noite 

 

Boa noite Lena -- sua voz saiu doce e eu encerrei a chamada deixando o telefone ao meu lado, segurei meus anelos com força buscando algum alívio aquela sensação ruim e me permitir chorar mais e mais no quarto meio escuro. 

 

Deitei no chão frio e acabei por pegar no sono ali sozinha deitada no frio do lugar, minha única companhia eram meus fantasmas. 

 

Pela manhã acordei sentindo dor de cabeça, olhei o horário no meu celular e passava das nove da manhã, já não teria ninguém em casa então sair do quarto deixando a porta encostada, meu quarto já estava aberto e nenhum sinal de Damon, apenas seu perfume espalhado pelo cômodo, boa banheiro havia uma toalha molhada que ele largou sob a banheira e a joguei no cesto sujo, tomei uma chuveirada rápida e coloquei uma roupa condoetavem, escovei os dentes e penteei meus cabelos os amarrando. 

 

Havia café frio na cafeteira então eu apenas o esquentei, como algumas torradas com geleia e deixei a roupa na máquina batendo no ciclo demorado, peguei algumas coisas para limpar o quarto de Nicholas e subi novamente, entrando no local e abri as cortinas brancas, a janela e comecei aspirando pó  do local, passei pano nos móveis com lustra móveis e eles chegavam a bilhar de tão limpinhos, sacodi as almofadas do carrinho cinza e Lopez com uma flanela laranja as bolsas na cor creme que estava sob uma das quatro prateleiras do quarto, as outras eram cobertas por ursinhos e porta retratos vazios. o quarto estava perfeito depois de uma hora ali limpando tudo. 

 

 

Eu era uma idiota, havia limpado todo aquele quarto pra nada, não havia necessidade de manter aquele lugar limpo e cheiroso, sem poeiras ou qualquer outras coisa, não havia mais bebe nenhum. Toquei minha barriga que já estava totalmente seca, não havia sinal de  uma gravidez rescente, não havia sinal algum de que Nicholas esteve ali, a única coisa que me restou foi a saudade que apertava é um quarto totalmente vazio e sem utilidade alguma. Me aproximei do berço vazio e peguei o travesseirinho quadrado, cheiro o mesmo mas não havia nada ali, meu filho nunca repousou a cabecinha ali para haver perfumes seu espalhado, nada ali tinha sido realmente usado por ele, toquei os ursinhos do enfeite de berço e girei a trava fazendo a amelodia suave e infantil soar no quarto, sentei no cadeira de balanço agarrada a almofada com os pés sob a cadeira e me embalei escutando a música até ela se finalizar. 

 

Damon tinha razão quando disse que não havia motivos para abrir esse lugar, eu era idiota demais em limpar tudo isso pra nada. Sequei as lágrimas do rosto e joguei a almofada sob a afeita ao levantar, sai do quarto arrastando as coisas de limpeza e as deixei na lavanderia, peguei embaixo da pia a caixa de ferramentas e escolhi uma chave de fenda para demonstrar o maldito berço que estava ali vazio zombando de mim. Sentei ao chão e cruzei as pernas, tentei encaixar a chave de fenda no parafuso mas era uma chave especial para aquele maldito parafuso, suspirei fechando os olhos e tentei novamente, fazendo mais força mas era inútil tentar, usei um dos pés e chutei o berço, fazendo ele se afastar alguns centímetros de mim, com a chave ao contrário usei o cabo para acertar a grade de proteção do berço enquanto chorava, na terceira pancada uma da grades se rompeu e minha mão passou direto fazendo a pele do meu pulso se rasgar é um grito escapar da minha garganta.

Merda -- sussurro

O sangue agora estava escorrendo pela Madeira e eu desencaixei minha mão presa no local, usando a outra para estancar o sangramento, me arrastei até a comoda e puxei a terceira gaveta,pegando uma fralda branca e amarrando no local para impedir que sangrasse. Ainda apertando o pano, meu braço doía e a fralda estava ficando vermelha rapidamente, levantei aos tropeços e peguei apenas a chave do carro, tranquei a porta da casa e dirigi rumo ao hospital sabendo que necessitava de pontos. 

 

Não pode estacionar aqui -- Ouvir a voz de Tyler assim que parei próximo ao local das ambulâncias e abri a porta -- Elena ? 

 

Preciso de ajudinha -- resmungo apoiando a cabeça no volante cansada 

 

Vem cá -- ele me puxou pra fora e me levou para dentro da emergência segurando minha mão -- O que houve? 

 

Um acidente -- resmungo entrando no leito vazio com ele 

 

Deixa comigo Lockwood -- Klaus falou ao me ver ali e Tyler concordou e saiu do lugar -- Vamos ver isso .. Da pra ver o osso Elena 

 

Parece que sim -- afirmo e ele retira a fralda totalmente, Klaus colocou as luvas de procedimento e abriu um pacote de algodão 

 

Por que tá aqui ?-- Damon perguntou entrando no leito e fechou as cortinas -- Eu cuido dela Klaus 

 

Certeza ?-- Perguntou e vi Damon afirmar,Klaus levantou e saiu retirando as luvas, então Damon sentou no banco e colocou um par de luvas, molhando o algodão com álcool e o colocou sob meu corte me fazendo gemer de dor quando o mesmo queimou ardendo fortemente. 

 

Como fez isso?-- perguntou limpando 

 

Aí.. Foi um acidente -- respondi e ele me olhou por alguns segundos jogando o algodão fora e usando um outro para terminar de limpar, estava ardendo -- Isso arde 

 

Foi um corte e tanto -- Comentou 

 

Eu .. Eu queria desmontar o berço por que estava vazio e .. Mas chave não encaixava, eu me irritei e bati nele, uma das vigas da grade se rompeu e minha mão passou direto rasgando -- Expliquei observando ele passar agora assepsia deixando o local meio alaranjado e ele me olhou por alguns segundos, voltando a atenção para a anestesia que preparava. 

 

Pare de fechar a mão Elena está fazendo fluir sangue -- Resmungou a eu o encarei relaxando minha mão, Damon aplicou a anestesia bem em cima do corte e sentir o mesmo latejar um pouco e minha mão pesar em questão de um minuto, enquanto ele preparava a agulha e a linha para sutura. 

 

Não vai falar nada ?-- pergunto 

 

Falar o que ?-- balançou os ombros e segurou minha mão um pouco acima do pulso, enquanto a mesma estava apoiada em um apoio de metal. 

 

Eu não sei, falar alguma coisa -- respondo sem paciência para joguinhos e ele me olha com a agulha na mão 

 

Não sei o que dizer -- foi tudo que ele falou depois de segundos longos me encarando, puxei minha mão -- Me da a droga da mão pra suturar Elena 

 

Não -- respondi 

 

Me dá a mão Elena -- pediu e eu neguei -- Quer ficar com essa coisa rasgada? 

 

Não -- respondi 

 

Então me dá a mão que eu tenho mais o que fazer -- falou me irritando mais ainda 

 

Então vai Damon, vai fazer o que quiser, me deixa aqui sangrando em paz afinal você não liga não é? Não se importa e eu também não, vá lá fazer o que tem de melhor e me deixa em paz -- falo me alterando e ele joga a agulha no lixo irritado assim como as luvas que arrancou das mãos e abriu a cortina. 

 

Klaus ela é toda sua -- ele falou altamente e sumiu da minha vista, Klaus entrou no leito e fechou as cortinas quando percebeu que alguns pacientes e enfermeiros me olhavam. 

 

Damon é um Idiota -- resmungo quando Klaus começou a suturar meu corte calado e ele me olhou -- O que ? 

 

Não pode ser assim, você está magoada mas não pode descontar a raiva nele ou em qualquer outra pessoa Elena -- Klaus falou docemente 

 

Não estou -- neguei -- Ele que está,desde que cheguei em casa só levo patada e mais patada

 

Não pense que estou tomando partido, eu conheço os dois e .. Só lembre que não foi a única a perder nessa historia, lembre que não é só você que tem o direito de sentir algo -- Explicou e voltou a costurar sem me olhar ou falar mais nada, me calei sem vontade alguma de responder o que ele disse e quando acabou e fez um curativo, eu agradeci e joguei a fralda de pano no lixo do leito. 

Eu não fiz nada.. ele que ta ai todo irritadinho -- me defendo e ele me olha por alguns segundos 

Damon não é fácil.. -- ele ia falar mas o interrompi, o que eu menos queria era ouvir falar dele nesse momento, não agora, eu só queria retornar a minha casa e esfriar a cabeça. 

 

Obrigado Klaus -- Agradeci com um sorriso breve 

 

Já sabe né ?-- questionou 

 

Qualquer coisa tomar um remédio para dor e anti inflamatório, lavar com água e sabão -- respondi e ele sorri me dispensando e eu me retiro pela emergência mesmo já que meu carro estava ali do lado, entro no mesmo e saio antes que uma ambulância chegasse. 

 

Deitei no sofá e fiquei encarando a televisão ligada, sozinha em meio a minha raiva, minha dor e meus fantasmas. Acabei pegando no sono e acordei quando ouvir barulho na porta, sentindo meu braço dolorido levantei bem a tempo de ver Enzo entrar com uma pizza,Lexi vinha logo atrás com uma sacola de mercado com cervejas dentro e Damon estava a fechar a porta. 

 

Como está seu braço ?-- enzo perguntou parando para me olhar e eu levantei o mesmo mostrando que estava enfeixado no pulso -- Foi feio?

 

Um pouco -- respondi levantando 

 

Vem vamos comer pizza e tomar cervejas -- Lexi chamou apontando pra cozinha e eu levantei sentindo uma tontura -- Tá bem? 

 

Minha pressão -- respondi sentando no sofá novamente 

 

Você comeu algo hoje ?-- Lexi questionou 

 

Eu tomei café -- respondi 

 

Já é  noite Elena -- enzo comentou e eu olhei para Damon que passou direto por enzo puxando a sacola de cerveja das mãos de Lexi, ele no ligava mais pra mim, Damon não se importava e me magoou saber disso, foi algo de tirar meu chão, olhei pra meu pulso, enfaixado e suspirei abaixando a cabeça, eu já nem sabia se havia feito bem em voltar, mas aqui era minha casa e ele é meu marido, e meu trabalho é aqui .. eu não estou indo ainda, mas não importa, minha vida é aqui. Claro que eu fiz bem em voltar, que tipo de pensamento é esse que eu to tendo? Damon ta agindo de uma maneira que está a me deixar completamente confusa e magoada. Eu não agi correto gritando com ele no leito do hospital,mas não viveria recebendo patadas, não foi pra isso que eu casei.

 

Eu vou dormir -- Comunico me levantando do sofá e passo por ele desejando boa noite, Lexi já estava na porta da cozinha e não me ouviu, subi os degraus as pressas e me joguei na cama após colocar um pijama confortável. Agarrei o travesseiro e puxei a coberta tentando me manter quente. Eu não iria chorar, não mesmo.. Oh eu já estava a derramar lagrimas, enfiei a cara no travesseiro tentando reprimi-las e optei por tomar um comprimido para dor,  após ir ate a cozinha e pegar um copo com água,os três estavam jantando, recusei quando me foi oferecido algo e subi novamente tomei meu comprimido e novamente abracei meu travesseiro. Quando Damon me daria a chance de uma conversa civilizada entre Marido e Mulher? e foi com essa pergunta rodando em minha cabeça que eu peguei no sono, sem direito a sonhos ou qualquer coisa do tipo, estava tudo vazio, tem sido assim ultimamente.

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram? Eu espero que sim :) Logo avisando que no capítulo 4 não há nada de flores não, muito pelo contrario haha.. enfim não me odeiem, é tudo fase ;) Já já eles se reencontram um no outro, e tudo ficara bem.. tudo sempre fica bem ♥ Me falem nos comentários o que acharam, e me digam o que pensam que pode acontecer no capítulo 4 ? Solte a imaginação de vocês .. Beijinhos doces

Até o Próximo>