A cirurgia pode demorar Damon, vá lavar-se e trocar de roupa -- Rebekah falou sentando ao meu lado, assim como Lexi e elas estavam tentando me convencer a sair do chão daquele corredor onde esperava pelo fim da cirurgia da elena.

Já disse que vou esperar pelo fim da cirurgia -- falei sem ânimo algum na voz e ambas suspiraram-- É o sangue dela

Por isso, não esta fazendo bem a ti ver todo esse sangue -- Lexi falou tentando mais uma vez enquanto eu encarava minhas mãos sujas de sangue, até minha aliança estava manchada pelo liquido vermelho que estava secando em minha pele, minha roupa cheia de manchas, principalmente a blusa por elena ter ficado em meus braços, e havia marcas de dedos nas calças do uniforme por ter limpado as mãos na tentativa de fazer o touch funcionar.

ta -- concordei levantando do chão e ambas levantaram comigo Eu vou pra galeria ver a cirurgia -- Rebekah falou seguindo pela escadaria no final do corredor e Lexi e eu fomos para a sala dos Staff's

Precisa saber, que elena foi muito corajosa e que quebrou a mão direita dele -- Lexi comentou sentada no sofá da sala enquanto eu estava no banheiro trocando de roupa e sai do mesmo vestindo a blusa do uniforme --- Todos os dedos quebrados, duas mordidas profundas .. ela lutou

Eu sei -- afirmei jogando no cesto o uniforme sujo e deixei meu jaleco sujo em cima da minha pasta masculina dentro do meu armário, Lexi levantou e me seguiu quando eu sai da sala disposto a retornar para o andar cirúrgico, na galeria Rebekah estava observando junto a Caroline que estava chorando. Sentei em uma das cadeiras da frente e fiquei observando a cirurgia com minha amiga ao meu lado. Enquanto eles tentavam salvar elena, haviam optado por uma laparoscopia exploratória, e ela não precisou ser aberta totalmente, fizeram apenas mais dois furos no abdômen dela e por eles passaram os instrumentos como o laparoscópio. Eles falam um atrás do outro pedindo instrumentos, sugando sangue das cavidades e dando ordens me deixando completamente ansioso, ver Elena indefesa naquela maca cirúrgica me fez tremer mesmo sentado, eu sentia o tremor interno em meu corpo e tudo que eu queria era um refúgio para afastar esse medo avassalador de perder a pessoa que fez o sol.. não ela era o sol que brilhava em minha vida, me deu motivos para sorrir novamente e agora meus sorrisos poderiam ir embora, junto com meu sol -- Não posso passar por isso de novo

Não pense negativo, ela é forte -- Rebekah falou esperançosa -- Ficará tudo bem

Eu acredito que sim -- caroline concordou -- Eu conheço minha amiga, ela é forte e vai conseguir

Vem Damon, melhor sairmos -- Lexi me puxou quando a frequência cardíaca de elena começou a diminuir e eles desligaram o audio da sala para não ouvirmos e quando eu consegui voltar para galeria, eles estavam a dar choques nela tentando reanimá-la após uma parada. Encostei no vidro esperando ver os batimentos dela voltarem no monitor e Lexi tentou tocar meu ombro mas eu desviei, eu não precisava de consolo algum, apenas que os números surgissem novamente.

Por favor Elena -- ouvir o sussurro de caroline implorando -- Lute amiga, só mais um pouco por favor 

A maca saiu após 5 horas de cirurgia e duas paradas cardíacas de elena na mesa cirúrgica mas conseguiram mantê-la mais uma vez. Eu já nem sabia mais como consegui forças para deixar a galeria quando percebi que a cirurgia estava terminando e desci para esperar no corredor, quando a vi na maca ligada aos aparelhos sendo empurrada por Tyler e Bonnie e mais dois tecnicos da cirurgia, estava pálida e bastante abatida mas pelo menos estava viva. Bailey e Richard deixaram a sala logo depois e me encararam.

Ela ta viva filho nós fizemos nosso melhor la dentro -- Webber falou tocando meu ombro

Eu sei -- respondo

Vamos mantê-la sedada, em coma induzido para que o corpo dela possa recuperar-se devido a muita perda de sangue e as duas paradas -- Bailey explicou e eu apenas balancei minha cabeça, Lexi esfregou minhas costas afagando-me carinhosamente e Enzo apenas sorriu amigável atras de Richard já sem touca na cabeça e parecia cansado da cirúrgia.

Vamos lá acomodar sua esposa -- Enzo falou seguindo ao meu lado quando os dois foram na frente já discutindo as possíveis complicações de elena e qual seria o prognóstico se nada de errado ocorresse, as ações tomada caso alguma complicação surgisse -- Terminou tudo bem

Obrigado por ter estado la com ela, quando eu não pude -- agradeci e ele afirmou não haver motivos para agradecer, que amigos fazem isso e além de ser meu melhor amigo, ele também gostava de elena como uma amiga e se importava com ela. Bailey entrou no quarto do CTI e começou a dar ordens nos dois internos, e nas duas enfermeiras que estavam acomodando elena, enquanto tivemos que observar pela porta de vidro do mesmo. Eles estavam ligando a máquina de ventilação, enquanto que Tyler estava tentando entubar a minha pequena, em seguida ligaram a oximetria de pulso, prendendo a mesma ao dedo de elena, e mantiveram seu soro conectado a costa da sua mão, ela precisava do soro e do sangue para repor tudo que perdeu.

Como se sente?-- Enzo perguntou

Meio perdido ainda -- respondi observando a imagem dela pelo vidro e quando terminaram de acomodá-la sairam do quarto fechando a porta de correr feita de vidro. Foi uma tarde e tanto cara, para todos nós -- enzo falou suspirando e bateu em meu ombro -- Eu to faminto, vamos lanchar?

Eu vou depois, quero ver ela primeiro -- falei abrindo a porta para entrar e ele seguiu abraçando lexi pelo pescoço. Entrei no quarto do CTI e fechei a porta atrás de mim, me aproximando da cama -- Obrigado por permanecer lutando lena

Não podia ficar muito tempo ali dentro, mas os poucos minutos em que fiquei ali fiz carinho nela. Ao sair do quarto percebo que eles estavam instalando o idiota do Mark em uma dos quartos do CTI, me irritava saber que ele estava bem, que havia resistido e por mais que eu tenha feito o juramento, me recusava a aceitar o fato de terem salvo ele, e saber que estava a ser tratado da mesma forma que ela foi.

É protocolo não temos escolhas -- Klaus comentou quando reclamei

Deixá-lo morrer na cirurgia, teria sido muito bom -- comento baixinho

Fizemos um juramento Damon, sei que ele fez mal a elena mas .. é nosso dever salvar vidas sendo elas boas ou não -- ele suspirou

Ele fez mal? ele quase a matou após tentar estuprar ela Klaus, mal não chega nem perto da palavra certa para descrever o que ele causou a ela -- grito irritado

Se acalma -- ele pediu -- Sou seu amigo, e não estou nada feliz em ter salvado ele mas é meu dever, assim como é seu direito ficar irritado mas é a vida

Não o quero perto dela -- falei balançando minha cabeça repetidamente

Podemos transferir elena para um quarto -- ele sugeriu e eu concordei afinal poderia passar a noite com ela -- Depois que falarmos com Bailey

Ta -- concordo e procuramos pela Doutora Miranda Bailey para pedirmos a transferência da Elena para um quarto normal, bem longe daquele infeliz.

Claro -- ela concordou e Klaus sorriu me cutucando com o cotovelo enquanto ela estava a apagar cirurgias do quadro -- Após 24 horas, para termos certeza que não haverá quadro hemorrágico ou qualquer outro problema até la, ela permanece na CTI como a deixei

Ele também esta la -- falei abismado

sedado, algemado na cama e com um policial na porta observando -- ela rebateu e eu insistir -- Não

Por favor Bailey, eu poderei ficar com ela no quarto e cuidar dela e ela estará longe daquele maníaco e muito mais confortável -- Implorei e ela negou -- Miranda meu amor.. motivo do meu sucesso, razão do meu sorriso e do meu bom comportamento, mãe do meu conhecimento -- Klaus tentou não rir da minha cena

Não, não fará eu mudar de ideia damon -- ela negou mais uma vez

Tenho que manter ela longe dele e Preciso ficar com ela Bailey, por favor -- tentei novamente e ela me encarou 

Não acredito que me fez mudar de ideia -- ela resmungou se sentindo fraca após eu a fazer levar elena para um quarto normal -- Pareço uma manteiga desse jeito

Não parece não -- falei a abraçando e beijei seu rosto -- Te adoro

Aham.. sei -- ela me encarou e eu a olhei seriamente -- Também salvatore, eu também

Vou poder passar a noite com ela -- falei mais tranquilo por isso e ela retornou para próximo de elena a arrumando corretamente na cama, enquanto eu posicionava os aparelhos, havíamos dispensado a ajuda da enfermeira pra isso.

Esqueceu de uma coisinha -- Bailey comentou e eu a olhei perdido -- O garotinho que está na creche

Merda.. esqueci de dar lanche a ele -- falei batendo na minha própria cabeça

Rebekah levou lanche para ele mais cedo, enquanto você estava esperando a cirurgia acaba-- explicou

lembro dela ter sumido por alguns minutos e depois retornar e sumir novamente para um atendimento. Agradeço aos deuses mentalmente por Rebekah Mikaelson existir em minha vida em momentos assim, aquela mulher era um anjo enviado de Deus para me salvar.

Não há ninguém para cuidar dele essa noite e me devolver amanhã pela manhã -- falei passando a mão no rosto exasperado por ter esquecido esse pequeno detalhe.

Enzo e Lexi retornam para casa ao fim do turno -- ela comentou me fazendo rir

Eu esqueço do garotinho, imagina eles Bailey --- comento rindo dela -- Confiaria seu filho a eles ?

Não -- bailey respondeu de imediato me fazendo rir -- Talvez eu possa ficar com ele por essa noite, e trazê-lo para o hospital amanhã de manhã

Sério? ah Miranda eu te amo -- falei a abraçando e ela sorriu

Quer brigar cara ?-- Ben entrou no quarto nos assustando e Bailey sorriu para o marido

Você tem uma esposa maravilhosa Benjamin Warren, se a magoar eu irei atrás de você -- falo e ele balança a cabeça concordando

Você também tem uma esposa maravilhosa Damon, e forte -- ele falou apontando para elena e eu tive que concordar -- Como ela está?

Vamos esperar por sua melhora, mantê-la num estado de coma induzido para ver se acelera o processo e diminui o edema cerebral, ela deve ter sofrido alguma pancada mas não era nada extremo -- Bailey comentou -- Vou avisar ao Tucker que teremos um convidado essa noite para fazer companhia a ele

Nate --- falei quando Ben me olhou perdido enquanto Bailey saia do quarto pegando seu telefone do bolso de seu jaleco. Ben balançou a cabeça e ficou um pouco comigo querendo saber exatamente o que aconteceu mas eu apenas soube contar o que Bailey me passou sobre o estado dela, e o que vi ao encontrar elena.

O desespero acabou, já é uma boa noticia -- ele falou saindo do quarto e eu concordei. Sai do quarto de Elena após verificar ela e procurei por Lexi a encontrando deitada no sofá da sala dos Staff.

Preciso de um favor -- falei entrando na sala e fechando a porta

Tenho cirurgia em 15 minutos -- ela comentou sentando e eu suspirei -- O que é?

Esquece, não dará tempo -- resmunguei sentando ao seu lado e ela questionou -- Precisava de alguém para ir em casa, pegar um pijama para Nate e mais uma troca de roupa, o material de higiene dele e aquele lençol do Mickey que ele usa para dormir

Por que ?-- questionou

Por que eu irei dormir aqui com a elena, e ele irá para a casa da Bailey dormir lá afinal nem ela e nem eu confio em ti e no enzo para passar a noite com ele e trazê-lo amanhã -- expliquei obvio

Me ofenderia, mas também não confio em mim pra isso -- ela comentou me fazendo sorrir -- Já comeu algo ?

Não mas eu preciso resolver isso primeiro -- falei quando ela reclamou -- Preciso encontrar alguém pra ir em casa fazer isso

Manda a Caroline, ela não ta fazendo nada mesmo -- Lexi sugeriu e explicou que Caroline estava muito nervosa por elena e Klaus não permitiu que ela trabalhasse por isso. Procurei por Caroline a encontrando na sala dos residentes sentada no banco em frente aos armários, totalmente calada e distraída olhando para os armários de madeira sem porta.

Caroline ?-- chamei e ela me olhou com lágrimas nos olhos

Já avisei aos pais da Elena, eu sei que você teve um dia bem dificil e imaginei que não lembraria de avisar -- ela falou forçando um sorriso e eu agradeci sorrindo sem graça -- Como ela está?

Na mesma -- respondi sentando ao lado dela -- Posso te pedir um favor?

Claro -- afirmou e eu expliquei a ela o que gostaria que fizesse e ela pegou sua roupa indo até o banheiro para trocar-se enquanto eu pegava a chave de Elena na bolsa dela em seu armário, e quando Caroline saiu lhe entreguei a chave explicando onde achar as coisas e ela saiu. Pude finalmente ir comer alguma mas fui chamado a emergência assim que pisei no refeitório, verifiquei Coca e trovão de chocolate que eu havia atendido e mais alguns pacientes, prescrevendo medicamentos as enfermeiras para aplicar neles para a dor e fui pegar Nate, havia passado a horas e eu esqueci dele mais uma vez, mesmo Rebekah tendo levado algo para ele lanchar, já deveria estar faminto.

Hoje você vai dormir na casa de outra pessoa -- falei sentando com ele em uma das mesas do refeitório e lhe entreguei um sanduíche de peito de peru e suco de uva enquanto comia o mesmo porém suco de laranja no lugar da uva.

Você?-- ele perguntou após engolir o primeiro pedaço e eu neguei

Eu vou dormir aqui no hospital -- expliquei e ele olhou pro sanduíche sem falar nada enquanto estava de joelhos na cadeira para ficar alto -- Mas haverá um amiguinho para brincar com você lá

Ta -- ele concordou e voltou a comer me fazendo sorrir satisfeito com essa conversa, após ele terminar o levei ao banheiro para lavar o rosto e as mãos, não usou o banheiro por que ainda usa fraldas, desse detalhe eu havia esquecido mas tudo bem,mandei mensagem a caroline e ela respondeu afirmando que havia pego algumas fraldas e colocado entre as coisas dele, agradeci aos deuses por isso e deixei Nate novamente na creche. Quando a loira chegou me entregou a encomenda e a chave e eu agradeci a ela por isso, e mandei ir comer algo por que parecia bem abatida e ela afirmou que iria, saindo do quarto após fazer carinho no cabelo de elena ela era uma amiga maravilhosa também. Quando a noite finalmente caiu, e o turno de bailey finalizou-se as 07:00PM ela finalmente trocou de roupa e eu fui pegar Nate na creche, coloquei as coisas dele dentro da bolsinha dele e entreguei a Bailey ao encontrar com ela e Ben no Hall de entrada do hospital.

Nate essa é a Miranda e esse é o Ben -- expliquei ao garotinho que estava em pé próximo as minhas pernas

Aniversário -- ele falou apontando para os dois e Bailey sorriu

Isso mesmo amiguinho o aniversário era do meu filho -- ela falou sorrindo e lhe estendeu a mão -- Vamos pra casa?

Ele não ? -- perguntou apontando pra mim

Não mas amanhã nós retornamos e ele vai estar aqui -- ela respondeu pegando a mão dele e Nate olhou pra trás enquanto caminhava com Bailey, ele acenou já distante e eu acenei de volta. Tirei minha roupa de uniforme e coloquei a minha roupa normal, não iria mais trabalhar mesmo, apenas iria acompanhar elena durante a noite, verifiquei seus sinais vitais e estavam instáveis, pedi que a enfermeira trocasse o soro dela que estava finalizando e ela voltou em minutos com uma bolsa nova de soro e uma de sangue para trocar, arrumei o cobertor de elena o deixando mais firme nela e deixei a cama um pouco inclinada, totalmente reta parecia que ela não possuía vida, estava em estado vegetativo e ela ainda tinha vida, ainda havia sinais dela ali mesmo que estivesse no coma induzido, ela poderia sair a qualquer momento após reduzirmos a medicação. Com a cama um pouco inclinada, ela parecia mais viva pra mim, quando a enfermeira saiu eu mantive a porta fechada mas sem a chave, apenas para evitar a entrada de qualquer pessoa caso não fosse necessário, elena precisava de descanso e eu precisava ficar sozinho.

Doutor Salvatore -- Morine chamou entrando no quarto ao abrir a porta devagar e eu levantei do sofá onde estava deitado a observando, ela tinha em mãos um travesseiro e dois lençóis -- Desculpe incomodar mas Doutor Webber mandou que deixasse aqui para o senhor

Obrigado Morine -- agradeci sorrindo e ela sorriu de volta fechando a porta ao sair e desejando boa noite -- Boa noite pra você também

A única luz do quarto era do abajur próximo a cama de elena, o restante estava escuro mas ainda assim, o abajur era suficiente para manter o local iluminado e agradavelmente confortável para dormir. Forrei o sofá com um dos lençóis e coloquei o travesseiro na ponta na direção da porta, assim eu poderia ver totalmente o rosto dela e meus pés ficaram na outra ponta, as persianas estavam fechadas, assim como a janela acima de cima que dava a vista do corredor, assim ninguém veria nada e a da janela do outro lado do quarto, para os raios solares não entrarem pela manhã. Uma batidinha na porta e eu levantei sentando no sofá a ponto de ver Bailey entrando no quarto segurando Nate nos braços e ele soluçava mesmo com a chupeta na boca, estava de pijama e no ombro da morena estava a bolsa dele.

Desculpa Damon, mas ele está estranhando tudo e chamando pela casa dele, nós tentamos de tudo mas ele esta realmente assustado --- Bailey falou sem jeito e me entregou Nate que me abraçou pelo pescoço chorando totalmente sentido ao vim para meus braços.

Tudo bem Bailey, obrigado -- agradeci me despedindo dela com um beijo no rosto e um abraço de lado por ter essa mercadoria em meus braços, encostei novamente a porta quando ela saiu desejando boa noite e afirmando que eu poderia ligar a qualquer momento pedindo socorro -- O que houve Nate?

Vamos pra casa -- ele pediu quando sentei com ele no sofá

Não posso, a elena precisa de mim -- falei apontando para a imagem de elena na cama

Cha.. chama ela -- ele falou entre um soluço

Ela não pode sair ainda, está em um sono profundo -- expliquei -- Não gostou de brincar com o Tucker ?

Xim -- respondeu envergonhado

Então por que não quis ficar lá e dormir com ele ?-- perguntei

Você não foi -- ele respondeu me surpreendendo -- Puquê não foi?

Já disse, elena precisa de mim e eu preciso dormir aqui -- falei colocando ele sofá e ele começou a chorar voltando rastejando para o meu colo -- Tudo bem, não precisa chorar eu vou deitar também

Ta -- concordou soltando um outro soluço e eu deitei no sofá, entreguei a ele o lençol do Mickey que ele dorme todo enrolado e ficou quieto, chorando baixinho enquanto soluçava deitado encolhido ao meu lado.

Sabe falar paralelepípedo ?-- pergunto baixinho

Nã.. não -- ele soluçou e realmente estava sentido demais

Sabe brincar de sombra ?-- pergunto e novamente ele nega e eu explico a ele a brincadeira e uso a iluminação do abajur na parede a nossa frente onde o mesmo estava a cerca de um metro e meio de distância no máximo do sofá onde estávamos -- Que animal é esse?

Um carro -- ele respondeu

Carro não é animal seu burrinho -- falei rindo dele e ele riu junto ainda com a chupeta na boca -- Vou dar uma dica ele tem penas e bico

Assim?-- tirou a chupeta da boca e me mostrou

Não, outro tipo de bico -- respondi -- Anda que animal é esse?

Um passaínho -- ele respondeu animado após chutar quatro coisas totalmente nada haver e eu confirmo -- De novo

Que animal é esse ? -- faço a sombra com minha mão

É um miau --- ele falou animado ao ver as orelhinhas do gato na parede pela sombra -- Minha vez

Ta -- concordei e ele levantou ficando próximo a parede e fez coisas com o dedo, apenas os moveu como fazendo a sombra parecer apenas dedos movendo-se -- O que é? Uma multidão eufórica no show do Bon Jovi? -- respondi perdido e ele negou rindo -- São um bando de bonecos de praia que ficam se movendo com o vento?

Não -- respondeu negando fortemente -- São monhocas

Minhocas ? uau que coisa dificil -- falei e ele voltou a deitar ao meu lado -- minha vez ...

Não -- ele negou quando tentei novamente adivinhar o que ele estava fazendo na sombra da parede -- É o pica pau da tv

Tá idêntico -- comento e ele sorri, brincamos disso por um tempo até que eu enjoo da brincadeira e ele ja estava cansando também mas foi preciso cerca de meia hora com ele resmungando mesmo com a chupeta na boca, como se cantasse a letra de uma musica que so existia na cabeça dele e após isso foi silêncio total, olhei para o garotinho e ele estava dormindo ao meu lado, todo enrolado em seu lençol do mickey e todo apertado já que o sofá não tinha espaço, o coloco sozinho no mesmo e deixo o travesseiro ao lado dele impedindo que o mesmo caísse e sentei na poltrona reclinável do quarto observando elena e observando Nate. 

Bom dia -- Lexi falou baixinho ao me acordar de manhã, me espreguicei sentindo minhas costas doer por ter dormido na poltrona e ela sorriu apontando para Nate no sofá dormindo folgadamente -- O que ele faz aqui?

resumindo tudo, ficou assustado em dormir na casa da Bailey por achar desconhecido e veio pra cá no meio da noite -- respondi baixinho e novamente me espreguicei -- Merda

O que ?-- perguntou

Minhas costas -- respondi me alongando e lexi riu

Deita no chão -- mandou e eu a olhei desconfiado mas fiz, deitei de barriga pra baixo e ela retirou os tênis dela ficando apenas de meia e subiu em minhas costas, Lexi fez uma pressão e sentir estalar o local que estava doendo -- Sentiu?

Sim, você é a melhor -- respondi levantando e me sentindo melhor e ela sorriu piscando -- Preciso de um café para me manter acordado

Não dormiu quase nada não é ?-- ela falou sentando na poltrona

Não, eu fui pegar no sono após as 3:30am -- respondi sentando no sofá e olhei o horário pelo meu telefone, era 07:00am suspiro vendo que dormir por três horas e meia apenas. Lexi comentou algo sobre Klaus ter saído mais cedo do plantão essa manhã pois iria ao aeroporto buscar os pais de Elena com Caroline.

Eles estão vindo?-- pergunto surpreso

Sim, chegam as 10:00 mas Klaus precisava dormir um pouco antes de ir buscar ele, então saiu do hospital as 04:00am e eu vim para ficar no lugar dele e to aqui desde então, tive cirurgia até a poucos minutos -- explicou e Nate acordou sentando no sofá ainda sonolento -- Bom dia Nate

Budia -- respondeu todo embolado com o bico na boca

Vai já tomar banho e escovar os dentes pra tomar café -- falei advertindo ele e o mesmo apenas concordou ainda perdido em sono -- Vamos começar

Demorou -- Lexi comentou quando sai do banheiro que tinha no quarto com Nate enrolado em sua toalha e o rosto molhado, cabelos escondidos na touca da toalha que tinha orelhinhas de cachorro.

Não é fácil dar banho em uma criança -- reclamei sentando no sofá com minha blusa parcialmente molhada e minha calça na região das coxas e ela secou o garotinho conforme eu pedi

Ai -- ele reclamou se afastando quando Lexi secou ele meio forte

É muito fresquinho, tem certeza que é homem ? -- lexi questionou e eu ri a repreendendo -- Ele é fresco

Você é bruta, quebra osso lexi -- falei tomando a toalha dela e secando ele -- Vamos ver como se coloca uma fralda

Vou pesquisar no google -- lexi pegou o telefone dela para pesquisar, após passar talco no menino, ela jogou tanto que me fez tossir -- Preparado?

Fale -- afirmo

Primeiramente você abre a fralda separando as duas extremidades da mesma -- lexi começou a ler e eu fiz -- Coloque em uma superficie onde possa repousar a criança

certo -- afirmo após colocar no sofá mesmo -- E agora?

Coloque a criança -- ela disse lendo e eu deitei nate em cima da fralda aberta -- Abra a parte adesiva separando-a da fralda e cole na extremidade anterior após passá-la entre as pernas da criança, fazendo isso com a outra parte adesiva na extremidade contrária da fralda .. não parece tão difícil

Acabei-- falei e Nate levantou fazendo uma lateral da fralda soltar - deveria ser assim? 

Prende isso direito --- ela resmungou e eu o fiz deitar novamente para ajustar

Eu sou muito bom nisso -- falei após colocar a fralda de Nate e o coloquei de pé a minha frente para vesti-lo, primeiramente a sua bermuda jeans azul escura e depois sua blusa amarela com detalhes em azul da cor da bermuda, Lexi colocou o sapato dele e penteou os cabelos de Nate -- Parece que um boi lambeu o cabelo dele Lexi

O que eu posso fazer? uma trança ?-- ela questionou sem opções e passou a mão no cabelo de Nate que logo soltou-se ficando livre e levemente assanhado, arrumando apenas com os dedos -- Bem estiloso

Bonito?-- ele perguntou colocando a mão na cintura

Não, meninos colocam a mão no bolso -- falei ensinando a ele -- Isso, assim mesmo garoto

Vamos?-- Nate perguntou após o meu banho e a minha troca de roupa, havia colocado o uniforme do hospital, ainda estava pensando se trabalhava ou não, e minha roupa limpa viria com Enzo quando o turno dele começasse. Fomos ao refeitório e dei a ele o café da manhã do lugar, um sanduíche de queijo e presunto com suco de laranja e café com leite, e mamão cortado com maçã.

Come tudo -- falei vendo ele largar o mamão de lado no prato por não gostar

Não -- negou fazendo careta

Isso é ruim eu sei -- concordei deixando passar e continuei tomando meu café para manter-me acordado, enquanto comia um sanduíche, quando Enzo chegou eu troquei de roupa e fui a uma floricultura pessoalmente comprar um buquê de flores para enfeitar o quarto de Elena, rosas claras seriam uma boa opção ou algo colorido.

Aquela -- Nate apontou para uma flor lilás, uma orquídea que estava dentro de um pequeno vaso pintado de branco, era muito bonita e simples a planta, pedi para a atendente separar a orquídea que Nate escolheu e pedi que fizesse um buquê de rosas vermelhas e outro colorido para presentear alguém e ela perguntou se gostaria de escrever um cartão e eu fiz, escrevi dois cartões.

Sabe escrever Nate? -- pergunto e ele nega -- Quer ajuda para escrever algo?

xim -- ele concordou e eu o ajudei a escrever seu nome em um cartão para Elena, a letra saiu estranha por que ele não sabia escrever mas a intenção valia. Após pagar pelos pedidos, sai da floricultura com o garotinho segurando -me pela calça, coloquei ele no banco de trás do carro e deixei os dois buquês e a orquídea no banco da frente, dirigir de volta ao hospital e peguei um pequeno congestionamento mas nada que me fizesse surtar, eu não iria trabalhar.

Acha que ela vai gostar das flores?-- perguntei observando ele pelo espelho do carro xim -- afirmou -- Flores lindas

São lindas sim -- concordei e o sinal abriu fazendo os carros a minha frente seguirem e eu pude seguir também mesmo que um pouco lento. Estacionei em uma das vagas no estacionamento do hospital e abri o cinto de segurança de Nate, saio do carro e abro a porta para ele descer, o ajudando e em seguida fecho a porta, pego a orquídea e entrego a ele -- Não derrube, segure firme

Ta -- ele concordou acenando com a cabeça fortemente e pego os dois buquês no banco, fechando o carro em seguida e travando o mesmo, Nate segurava a orquídea com as duas mãos e me seguia, andando ao meu lado fazendo um esforço danado para carregar a planta e isso me fez rir, andei o mais devagar que pude para ele me acompanhar -- Ta muito pesado

Seja homem .. quer dizer grande -- falei e ele apenas balançou a cabeça, chamo o elevador e quando abre deixo que ele entre primeiro, aperto o botão do andar onde o quarto de elena estava, no segundo primeiro andar e quando as portas se abrem Nate sai primeiro e eu em seguida -- Ta pesado?

xim -- respondeu colocando a planta no chão e passou a mão na testa cansado e isso me fez rir Anda, a elena ta esperando as flores -- falei parado esperando ele

Ta escravizando a criança Damon?-- Stefan perguntou surgindo logo atrás da gente

Não -- neguei -- É o presente dele para elena, então ele carrega

Que maldade -- stefan o defendeu -- Quer ajuda Nate ?

Não, eu posso -- ele falou pegando a planta do chão e agarrou fortemente na região da barriga, Stefan o olhou admirado e nos seguiu até o quarto da elena, Bonnie e Bailey estavam verificando os sinais vitais dela.

Coitadinho -- Bailey falou tomando a planta dele colocou novamente no chão

Ele pode Bailey -- falei devolvendo a planta a Nate -- Anda, levanta essa planta .. mostra a elas que você é homem

Sou homi -- ele falou pegando a planta -- Viu?

sim -- as duas concordaram e arrumei um lugar para colocar as flores que compramos para elena, as orquídeas de Nate ficaram no criado próximo a cama e meus dois buquês ficaram no móvel próximo a janela. Essas flores são lindas -- Bonnie comentou

É minha -- Nate falou indo pra perto da orquídea para proteger a planta

você comprou pra elena ?-- bonnie perguntou

aham -- ele afirmou

o dinheiro era meu .. mas tudo bem -- falo sentando no sofá e Nate veio pro meu lado sentando colado a mim, Bailey nos olhou e sorriu e eu quis saber o que se passou na cabeça dela. Stefan se aproximou da cama de elena e tocou a mão dela, segurando carinhosamente.

Fica boa logo Lena, continue lutando cunhadinha -- ele conversou com ela e Nate me cutucou e apontou para stefan

O que?-- pergunto

Vai la -- ele falou baixinho e Bailey riu

Vá lá -- incentivo e ele desce do sofá em um pulo e corre ate a cama, cutucando stefan para chamar atenção do meu irmão -- eu preciso ver isso

Ela ama ele -- Nate falou surpreendendo todo mundo -- Sai dai

Ela é minha cunhada Nate -- stefan explicou e ele voltou ate mim

O que é isso?-- perguntou

Cunhada? -- pergunto e ele assenti -- É o nome que se dá a esposa do irmão .. entendeu?

Não -- respondeu

Ele é meu irmão, e ela é minha esposa.. sendo assim ela é cunhada dele, quer dizer que a elena é esposa do irmão dele, nesse caso eu -- expliquei novamente -- Entendeu? -- e ele negou de novo me fazendo suspirar.

Ele pode ficar perto dela?-- perguntou e eu assenti -- puquê ?

Por que ele é meu irmão -- respondi e ele concordou sentando novamente ao meu lado e vi novamente o olhar de Bailey sobre nós -- O que é Miranda Bailey?

Nada, só que vocês parecem ter uma ligação -- ela falou obvia e eu ri da bobagem dela

O que é isso ?-- Nate perguntou apontando pro estetoscópio de Bailey

É para escutar o coração -- respondi

Faz tum tum?-- ele perguntou

Sim -- respondi

Dói?-- perguntou

Você pergunta demais garoto --- respondi colocando a mão na frente da boca dele -- Onde posso desligar você?

Não pode -- ele respondeu rindo e Bailey se retirou com Bonnie depois que ela atualizou todos os dados dos sinais vitais de elena no prontuário dela, Stefan saiu um pouco depois, mas antes ofereceu ajuda caso eu precisasse, meu irmã é tão bom que as vezes me pergunto se somos realmente irmãos. As onze levei Nate para almoçar e belisquei um pouco o meu pedido, não sentia muita fome no momento, Já Nate comeu como se não houvesse um amanhã e mais uma vez se sujou -- Diculpa

Precisa aprender a comer sem sujar -- falei o levando para o banheiro do quarto da elena e lavei sua boca -- Sabe o que você precisa aprender  também?

O que ?-- perguntou Fazer xixi como homem, não pode mais usar fraldas Nate -- falei seriamente -- Quer ser grande?

aham -- respondeu rapidamente

Então faça xixi na privada como todo homem grande -- falei tirando a fralda dele e consegui algo para apoiar o garoto na frente da privada -- Faça xixi na privada

Não, tenho medo -- ele negou querendo descer do apoio e eu o coloquei de novo -- Não..

A privada não vai te engolir Nathaniel, ela serve para pessoas fazem suas necessidades ai -- expliquei obvio e ele negou -- Você ja tem três anos, já pode fazer pipizinho ai no troninho, então fará no troninho como gente grande, ou não vai conseguir nenhuma namoradinha .. meninas não gostam de meninos que usam fraldas

Não?-- perguntou e eu neguei -- Ta bom

ta bom nada garoto, você não sabe o que ta falando -- falei me encostando na pia -- Anda faça xixi

Não consigo -- negou -- Não sei

Quando a vontade vier, não prenda apenas segure seu .. seu .. seu pintinho e mire na privada -- falei obvio -- É super fácil ta bom?

ta -- concordou e eu encostei na pia esperando e esperando -- Não consigo

Quer que eu saia? eu sei que quer fazer xixi por que bebeu uma latinha de coca cola no almoço -- falei obvio e ele ficou me olhando -- Eu vou sair e sentar no sofá e você fica e faça seu serviço

Saio do banheiro e deixo a porta aberta, por que ele era uma criança e deveria ter medo de portas fechadas, sento na cama de elena e seguro sua mão acariciando levemente. estava um pouco gelada então arrumo sua coberta deixando mais fofa e levanto mais um pouco cobrindo até abaixo dos seios para esquentá-la um pouco mais.

Ei socorro -- ouvir a voz de Nate e retorno ao banheiro para ver o garotinho olhando pra dentro da privada e a fralda descartável dele estava la dentro solto um gemido de frustração com a imagem e vou pegar uma luva descartável para retirar a peça de dentro, após isso a jogo no lixo e mando Nate sai do banheiro -- Diculpa

Você não pode ficar sozinho por dois segundos não é ?-- falo colocando outra fralda nele -- To ficando bom nisso

......

Oi Querido -- Miranda Gilbert falou me abraçando quando entrou no quarto de ele após o meio dia, estava ansiosa pela forma que andou na minha direção e como me apertou no abraço -- Como ela está?

instável -- respondi cumprimentando Grayson

Como foi isso Damon?-- ele perguntou se aproximando de elena

Bom.. houve uma rebelião no presidio e vários presos foram realocados a emergências de hospitais da cidade, Seattle Grace foi um deles.. -- comecei a explicar o que aconteceu oque eu sabia que tinha acontecido, havia lacunas vazias ja que elena não teve tempo de me contar. Miranda chorou e eu não soube o que falar, deixei que o marido a consolasse enquanto eles tocavam no braço e cabelo de elena, Nate apernas observava tudo encolhido no sofá -- O que foi amiguinho?

Ela ta chorando -- ele falou olhando Miranda chorar -- Puquê?

Por que a Elena é filha dela, e nenhuma mãe gosta de ver a filha machucada -- expliquei e ele se aproximou quando sentei no sofá

Elena dodói?-- perguntou pra variar

Sim, elena muito dodói -- respondi e ele começou a chorar e sentou no meu colo me abraçando -- Tudo bem amiguinho não precisa chorar

Oi Nathaniel -- Miranda o cumprimentou e ele respondeu baixinho -- Lembra de mim? a tia Mirando e o Tio Grayson ?

Aham -- respondeu em um aceno de cabeça Não vai me abraçar ?-- ela questionou e ele levantou indo ate ela a abraçando rapidinho e voltando para mim, Miranda sorriu com a cena e perguntou pelo estado de Natalie, respondi o que sabia e ela comentou que iria tentar ver a mesma depois mas primeiro ficaria um tempo com elena.

Chegou flores para a paciente ... -- Jeremy entrou no quarto com um buquê de flores amarelas em mãos e parou de falar ao ver o casal em pé próximo a cama de elena a velando -- Desculpa

Olá Jeremy -- Grayson o cumprimentou e ele forçou um sorriso na direção do pai -- Você parece tão adulto

É ... faz parte do crescimento humano -- ele respondeu -- Onde posso colocar as flores Damon?

Onde quiser Jeremy, pode por junto as outras duas -- aponto para o móvel onde estava os dois buquês que comprei e ele colocou as flores ali -- Já conhece a Miranda?

Não -- respondeu em negação

É a mãe da elena, e esse é o irmão da elena -- falei sem saber o que dizer por que o clima não era dos melhores no quarto

Ouvir falar muito de você por anos -- Miranda falou sem jeito e apertou a mão de Jeremy

Eu também ouvir algumas coisas sobre você -- ele respondeu com um sorriso meio forçado e após isso um silêncio se instalou no local e eu até pude ouvir meus pensamentos e todos eles eram irônicos, elena estaria me repreendendo agora se imaginasse qualquer um deles e estivesse acordada -- Como ela passou a noite?

instável -- respondi e ele suspirou

Eu estava de folga, sai da cidade para visitar um conhecido -- ele comentou -- Sinto muito não estar aqui pra ela

Não poderia ter feito nada Jeremy, eu não pude -- me lamentei e ele sentou no sofá

Estou torcendo por ela, sei que elena é uma pessoa forte -- ele falou solidário a minha dor e eu agradeci

Hora de verificar alguns machucados -- Bonnie falou entrando no quarto com Richard e Bailey, Tyler pegou as luvas calado e se aproximou da cama, os pais de elena se afastaram para dar espaço e eu me aproximei para ver como ela estava, Tyler verificou a parte interior da boca da elena usando dois dos dedos para abrir.

Lacerações ainda avermelhadas e o edema abundantes -- ele comentou -- Podemos passar algo nos cortes?

cortes?-- Grayson questiona curioso

Elena tem alguns machucados na parte interior da boca, nas bochechas pra ser mais específica, um lado esta mais comprometido que o outro na verdade -- Richard respondeu matando a curiosidade dele e a minha afinal eu nem estava sabendo disso

Achamos que ele deve ter feito esses machucados -- Bailey comentou -- A bochecha dela esta um pouco inchada e acreditamos que foi por agressão no local, tapas ou socos e isso pode ter causado os ferimentos internos

minha menina -- Miranda falou abraçando Grayson e voltando a chorar

Retirando o colar cervical -- Bonnie anunciou e eu pude ver as marcas de dedos no pescoço de elena -- estão começando a ganhar uma coloração roxa

sumirá em alguns dias -- Webber comentou me olhando em seguida e eu estava sem reação ouvir Miranda soluçar fortemente e ouvir Bailey falar algo sobre algum medicamento e aplicar no soro após trocar, mas eu me sentia fora de órbita tudo parecia tão confuso e distante -- Ela está com sinais vitais instáveis e ate agora não nenhum sinal de infecção, tudo parece bem

Nada ta bém Richard, e aquele filho da puta ainda ta na CTI --- Falei irritado saindo do quarto sem paciência e ignorei o chamado dele e de Bailey, entrei no elevador e apertei o botão do andar onde ficava o CTI, Terceiro andar, caminhei até o quarto onde ele estava e para minha sorte o policial não estava no momento guardando a porta do loca, abrir e entrei a fechando em seguida -- Somos só nós dois agora

Damon não faça nada que va se arrepender depois -- ouvir a voz de enzo e ele parecia ofegante

Não vou me arrepender -- falei encarando o maldito na cama,em pé próximo ao suporte ventilatório dele

sim vai sim, por que eu te conheço amigo -- ele falou se aproximando -- Não é como ele

ele tentou me matar, e depois tentou matar a mulher que eu amo enzo -- grito irritado

Eu sei, mas você não fará nada contra ele -- enzo falou se aproximando e eu ri em meio as lágrimas -- Eu sei disso por que conheço meu melhor amigo, não é capaz de fazer mal a ninguém, mesmo sendo alguém baixo e sem pudor ou coração que maltrata outras pessoas, pessoas inocentes e eu sei que o mundo será bem melhor sem ele mas.. você não é como ele, não tira vidas como ele tentou fazer com você e agora com a elena, você mantém as pessoas vivas, mantém as familias no fim do dia, você é bem melhor que ele, Mark tentou tirar sua vida, e agora tentou tirar a vida da elena, mas não deixe que ele tire de você quem realmente é

Ele merece tudo de ruim -- falei apontando para o desgraçado e enzo concordou

sim ele merece, e eu adoraria te ajudar a acabar com ele mas precisamos continuar sendo médicos e livres para ajudar pessoas que passam pelas mãos de criminosos como ele, precisamos manter vidas -- ele falou calmo e dois seguranças apareceram com Richard e Bailey e os dois estavam ofegantes por terem corrido e os dois policiais se aproximaram -- Tudo bem, não precisam tocar nele, Damon não fez nada contra o paciente

Precisa sair dai senhor -- o policial falou colocando a mão no seu coldre para pegar a arma

mantenha a mão ai, meu amigo não fez nada -- enzo entrou na minha frente -- ele apenas precisava desabafar com o maluco que tentou matar a esposa dele, mas não tocou no Mark e em nada, eu fiquei aqui o tempo todo -- ele explicou e o policial abaixou a mão.

O que você tava pensando ?-- Bailey sussurrou quando eu sai do quarto

Você viu como ela estava Bailey, vocês não me contaram dos ferimentos na boca e nem que ele tentou a asfixiar, esconderam isso de mim caramba -- falei parando no meio do corredor

Damon se acalma -- Richard pediu e eu neguei

Quero ver todos os exames que fizeram, quero ver cada maldito exame que foi feito na minha esposa -- comuniquei e eles suspiraram. Enquanto observava os papeis e as imagens no tablet do hospital, tentando manter as informações o mais limpa possível na minha cabeça, conseguia ver de relance as figuras de Enzo e Lexi fora da sala me olhando através da persiana aberta, Richard estava com eles e os três conversavam e me olhavam.

E ai?-- Enzo perguntou entrando na sala com os outros dois

Nenhum sinal aparente de estupro, sinais de agressões na face e nos pulsos, um edema cerebral devido golpes na cabeça, região avermelhada durante inspeção na nuca próximo ao couro cabeludo com fios de cabelo solto nas roupas que ela usava e ferimento profundo no abdômen, laparoscopia exploratória de emergência após perder muito sangue, para cardíaca com retorno após reanimação e um coma induzido devido sua fraqueza após todo o procedimento -- falei largando mais um dos papeis que havia acabado de ler na mesa

Quer saber o estado dele?-- Lexi perguntou e eu assenti

Membro superior distal quebrado após forte impacto no mesmo, alguns ossos foram esmagados, marcas de mordida na mão e no braço, foi necessário pontear a mão dele durante a cirurgia, ferimento a bala esternal necessitando de uma laparotomia de emergência para retirada da bala e controle de hemorragia esternal grave, teve uma parada cardiorespiratória mas foi reanimado e permanece no CTI -- lexi falou rapidamente e eu apoiei minha cabeça na mesa cansado de tudo isso.

Ela lutou -- Richard comentou e eu apenas balancei a cabeça -- continua lutando Damon e você não pode arruinar sua vida e a dela, tentando acabar com Mark daquele jeito, elena precisa de você e outras pessoas também precisam de ti

Eu sei -- afirmo -- Não vai se repetir

Que bom querido -- ele comentou solidário -- Elena está aguentando, se ela continuar assim e o edema cerebral diminuir nas próximas 24 horas nós começaremos a diminuir os sedativos para acordá-la.

..............................................................

Precisa ir com eles Nate -- falei tentando convencer o garotinho a ir com os pais de elena no final da tarde e ele negou correndo pro canto do quarto se encolhendo.

Posso fazer algo que gosta para o jantar querido -- Miranda tentou e ele negou -- Não?

Nate fica -- ele falou ameaçando chorar

Que tal irmos comer pizza? -- ela tentou e ele me olhou já perdido se aceitava ou não

Vai -- incentivei

Você não?-- peguntou e eu neguei -- Nate não também

Não pode ficar dormindo aqui no hospital comigo Nate, não é muito confortável e não é recomendável -- falei tentando permanecer calmo e ele me abraçou quando me abaixei para ficar a altura dele -- Eu sei amiguinho, não quer sair daqui

Não -- ele falou

Sim e não se fala mais nisso -- falei serio e ele negou, tentei convencer e depois tentei impor mas não tinha esse direito sob ele, e ver nate chorando para ficar me fez ceder ao pedido dele e mais uma noite ele me fez companhia. 

............

Elena estava na mesma há mais de 70horas, três dias inteiros que eu a observava deitada e inerte naquela cama de hospital e não conseguia dormir mais que alguns minutos, acordando a todo momento a noite e mal me concentrando no trabalho durante o segundo dia, hoje eu fiquei na mesma, tentei manter minha cabeça ocupada e fiz meus atendimentos enquanto Miranda e Grayson estavam cuidando e observando elena. Nate estava na creche e já havia passado no quarto de Natalie para observar seu quadro, ela parecia um pouco mais corada e forte que os primeiros dias mas ainda não havia acordado. Me preparei para uma cirurgia no meio da manhã e sai por volta das 12:00pm quase quatro horas na sala de operações mas não me sentia animado, eu estava ali em corpo, e cada movimento meu era automático durante todo o procedimento, não estava me importando com nenhuma outra pessoa naquela sala, além do paciente que precisava sair vivo e eu fazia o meu possível. Quando sai minha cabeça parecia prestes a explodir e meu humor não era dos melhores.

Você parece exausto -- Grayson comentou quando entrei no quarto após a minha cirurgia

Ta tudo sob controle -- assegurei deitando no sofá, no espaço que restou dele já que o meu sogro esta a sentado em uma extremidade.

Doutor Salvatore -- Jesse entrou no quarto -- Precisamos de ajuda

Mais que merda.. tudo bem vamos lá me diga o que há ?-- indago e ele me entrega o prontuário -- Diagnóstico por favor

Acho que pode ser obstrução intestinal -- respondeu

Sabe o que pode ser que causou isso?-- pergunto

A paciente tem a mania de por cabelo na boca quando esta nervosa ou ansiosa -- ele comentou

Não quero nem imaginar, apenas faça um ultrassom para assegurar de que há algo ali e ao confirmar avise-me e bipe Richard Webber, casos estranhos é com ele mesmo -- falei passando a ordem

Mais alguma coisa senhor ?-- perguntou

Suma -- respondi obvio e ele saiu quase correndo e esbarrou em Rebekah que estava entrando no quarto de elena com Nate segurando sua mão

Tocando terror nos internos da elena, precisa mesmo disso ?-- perguntou

Seu lance é bebês, não precisa intimidar ninguém e nem saberia -- falei passando as mãos nas têmporas por que minha dor de cabeça não estava ajudando em nada, Rebekah me chamou para almoçarmos e eu sentei -- Chama a lexi .. agora

Me chamou ?-- Lexi perguntou entrando no quarto uns 15 minutos depois e eu assenti sentado no chão -- O que houve?

Me estala -- pedi

As costas ?-- perguntou e eu assenti -- Eu disse que esse sofá acabaria com você

Anda Alexia -- resmunguei

Deita no chão e tira esse jaleco primeiro e a sua blusa do uniforme -- mandou retirando os sapatos e a meia e eu fiz o que ela mandou, e em seguida deitei no chão, Lexi subiu em minhas costas -- Respira pelo nariz e solta pela boca --quando fiz o que ela mandou a loira pressionou com o pé a parte da minha lombar e eu senti estalar -- Sentiu?

sim -- afirmo e ela faz mais uma vez -- ai

Precisa liberar sua tensão, suas costas esta toda dura Damon -- ela resmungou sentando nas minhas costas e estalou meu pescoço também e eu senti relaxar rapidamente -- Melhorou?

Aham -- afirmo e ela levanta sentando no sofá para por os sapatos, coloquei minha blusa do uniforme e meu jaleco

Você precisa descansar Damon, eu posso dormir com elena essa noite -- Miranda ofereceu e eu neguei

Sim, aceite -- Lexi falou me acertando um tapa no pescoço

está tudo sob controle -- afirmo piscando para minha amiga e ela revira os olhos não acreditando nisso, fomos almoçar com Nate e os pais de elena, sentei com os dois e o garotinho comendo um pouco da minha lasanha e do meu refrigerante, enquanto meus amigos estavam em outra mesa conversando.

Bailey disse que os exames de elena mostram uma melhora --- Grayson comentou animado

Eu ainda não vi os resultados dos exames de hoje -- falo meio perdido -- O que bailey disse exatamente?

Que o edema esta cada vez menor -- comentou -- Estão diminuíram ainda mais os medicamentos

Eu vi no prontuário preso a cama, diminuíram as sedativos essa manhã -- comento e Nate me cutuca -- Sim ?

Eu preciso fazer pipi -- ele sussurrou no meu ouvido

emergência.. sai da frente --- falei segurando ele no colo pelo corredor enquanto corria para o banheiro e ele dava risada e entrei no banheiro masculino, abri uma das cabines e apoiei Nate nos meus pés, em cima dos meus sapatos para ele ficar mais alto.

Olha pálá -- ele falou apontando pro lado e eu concordei e olhei pro lado -- Acabei

Muito bem amiguinho, agora você é um homenzinho -- falei ajudando ele a lavar as mãos

Sou gandi -- se gabou e eu concordei dessa vez -- Toca ?

Aê -- falei batendo na mão dele o deixando feliz e Nate saiu saltitante na minha frente de volta a cantina, quando terminamos o almoço deixei que ele tomasse uma coca cola e comer uma fatia de torta de chocolate por ter se saído bem no banheiro e ele ficou ainda mais feliz.

Doutor salvatore ?-- chamaram e eu virei meu rosto na direção da voz enquanto miranda falava algo para Nate beber com calma e comer a torta com calma

Sim Janette -- falei a reconhecendo

Mandaram chamar o senhor, a Doutora Gilbert acabou de despertar -- ela falou calma e eu levantei da cadeira em um pulo

Subam com o Nate em alguns minutos -- falei para meus sogros quando eles levantaram e ambos concordaram voltando a sentar se se abraçaram animados chamando atenção de quem estava a volta mas eu não fiquei para ver nada, apenas segui para ver minha elena. Havia adrenalina espalhando-se por meu corpo me dando impulso de caminhar ate o quarto dela, e eu estava ansioso para ver seus olhos abertos novamente, meu coração estava acelerado e eu não conseguia tirar o sorriso do meu rosto.

Tudo bem .. calma -- Bailey falou retirando o tubo dela quando cheguei na porta e usou um lencinho para limpar sua boca ressecada -- Consegue falar ?

Aham -- ela afirmou e começou a tossir secamente

Sua garganta apenas esta seca -- Bailey falou jogando fora o lenço e as luvas de procedimento a enfermeira arrumou a cama e Bailey mandou que providenciasse um pouco de água para Elena.

Oi -- elena falou ao me notar na porta e sorriu fracamente, me aproximei ao escutar sua voz e ela me estendeu a mão que estava livre de agulha, toquei a mesma e estava fria.

Oi -- falei sentando na beira da sua cama -- Como esta se sentindo?

Eu estou com sede e com dor -- respondeu -- Que procedimento foi feito?

Laparoscopia exploratória -- respondi e ela tocou três pontos em seu abdômen já sabendo onde estavam as suturas da cirurgia

Quando?-- perguntou hoje é seu terceiro dia de pós operatório.. 4 com o da cirurgia -- expliquei

Por que eu demorei a acordar? -- perguntou curiosa e voltou a tossir segurando a parte dos pontos com as duas mãos durante as tossidas.

Havia um edema cerebral, achamos que por alguma pancada -- Bailey comentou aplicando um pouco de morfina para diminuir a dor que elena estava sentindo

Alguma? foram todas -- elena comentou com um sorriso triste -- O que aconteceu com ele?

Não vamos falar nisso agora -- respondi acariciando seu rosto e a enfermeira retornou com uma jarra de vidro com água e um copo de vidro numa bandeja, serviu um pouco a elena e ela bebeu agradecendo.

Eu volto depois para verificar você elena -- Bailey anunciou deixando o quarto assim como a enfermeira e nós dois ficamos sozinhos, elena tentou sentar na cama e eu a ajudei, inclinando a mesma pelo controle fazendo com que ela ficasse um mais inclinada, meio sentada e ela agradeceu.

Eu fiquei muito assustado -- assumo após um minuto calado

Desculpa -- elena desculpou-se e eu quis rir

Pede desculpas como se a culpa fosse tua -- falo revirando os olhos e ela sorriu -- Não comece a dizer que foi culpa tua por ter ajudado Alice a fugir elena, já superamos essa ladainha quando ele tentou me matar lembra? ajudou Alice a se livrar de uma coisa péssima na vida dela, mas não tem culpa de nada que aconteceu depois, ele é o único culpado, entendido?

sim -- elena assentiu -- O quanto ficou preocupado?

Quase nada -- respondi a fazendo rir e ela logo fez careta ao sentir dor -- Sabe que me preocupei do dedinho do pé ao meu ultimo fio de cabelo quando você apagou e não respondeu mais ao meu chamado, acho que a única vez que tremi tanto foi quando estava a caminho do hospital onde minha irmã estava internada

Não quis te preocupar -- ela falou alisando meu rosto -- Nem fazer ter essas lembranças que o deprime

O final dessa vez foi diferente -- sussurro obvio e ela balançou a cabeça concordando com minha observação.

Me dá um beijinho de bem vinda de volta -- ela pediu curvando-se mas deve ter sentido dor devido sua careta e eu a fiz deitar de novo

Eu vou até você -- falei me aproximando um pouco mais dela e curvo-me para beijá-la calmamente, elena sorriu quando minha testa estava colada a sua, e nossos lábios tão próximos um do outro e eu sorri de volta imensamente feliz por ter ela em minha vida ainda. Comecei com um selinho e foi revigorante sentir os lábios dela junto aos meus novamente, a sensação de eletricidade que começou ali e se espalhou por todo meu corpo me dando vida novamente foi esmagadora. Quando nossos lábios começaram a mover-se um sob o outro em perfeita sincronia, as batidas em meu coração ficaram mais calmas e a tempestade de informações que tinham em minha cabeça sumiram, familiarizadas com o sabor da sua boca fina e delicada na minha, separamo-nos com um estalinho em nossas línguas e ela sorriu beijando-me castamente -- Bem vinda de volta

Obrigado -- ela agradeceu enquanto eu limpava com meu dedo envolta de sua boca e ela fazia o mesmo comigo, os pais de elena entraram no quarto chamando atenção da mesma -- Mamãe?

minha querida -- Miranda falou a abraçando e eu me afastei um pouco para não atrapalhar mas não levantei da cama, não queria me afastar totalmente dela -- Me desculpa elena, eu te amo tanto filha

Eu também mãe -- ela afirmou chorando no abraço assim como a mãe dela -- Eu sinto muito por ter surtado e ignorado vocês

Nós entendemos -- Grayson falou abraçando ela assim que Miranda a largou -- Não aceitamos totalmente ser ignorados mas entendemos e por isso não insistimos tanto em nos comunicarmos mas nós amamos você elena e assim que soubemos o que aconteceu, compramos passagens fizemos as malas e voamos pra cá, estávamos desesperados por noticias suas, para ver você foi assustador passar por isso

Me desculpe -- elena se desculpou

Não precisa se desculpar .. aliás nós atrapalhamos os dois ?-- Miranda falou sem jeito e eu neguei

Eu estava dizendo a elena que quase nem me preocupei com ela -- falei fazendo os dois rirem -- Que estava até verificando na minha agenda quem seria a substituta dela em minha vida

Tenho que achar essa agenda e queimar -- elena falou piscando e a mãe dela concordou -- Oi Nate

Oi -- ele respondeu sorridente -- É meu -- falou apontando para a orquídea e ela sorriu feliz ao ver a mesma e as outras flores no quarto

São lindas, fico agradecida -- ela falou e ele apenas balançou a cabeça em concordância e veio ate mim sussurrar que ela gostou

sim ela amou -- afirmo -- escolheu muito bem

é -- concordou e elena me olhou sorridente

Eu me sai muito bem cuidando do garoto sozinho, aliás ele sabe usar a privada agora -- falei a deixando surpresa e Nate concordou pulando animado

sozinho -- ele falou feliz 

Parece que agora é um homenzinho -- elena comentou piscando e ele concordou num aceno de cabeça -- pode me dar um beijo e um abraço? -- ele concordou e eu o coloquei na cama, Nate se posicionou ao lado de elena e a abraçou pelo pescoço e beijou a bochecha dela -- Que beijo bom 

Obigado -- ele agradeceu -- Não tá dodói mais?

estou melhorando -- elena respondeu carinhosa e fez cafuné nos fios de cabelos claros e lisos do garotinho. 

ELENA: 

Eu me sentia extremamente dolorida ao acordar, doía toda parte do meu corpo e eu mal conseguia me mover naquela cama mas estava feliz em despertar e ter recebido mais essa chance. Recebi visita dos meus amigos residentes, e recebi flores de Ben e Bailey para aumentar o jardim que era meu quarto no momento, cada um dos meus amigos vieram me ver, Lexi e enzo foram os últimos pois estavam ocupados antes mas apareceram e eu fiquei a todo momento sob a companhia de Nate ao meu lado, e Damon teve que fazer uma consulta mesmo sem querer me deixar mas eu o convenci a ir e voltar o mais rápido possível. 

Precisa se alimentar -- minha mãe falou colocando uma tigela de sopa de galinha na minha mesinha e eu não consegui fazer uma cara muito satisfatória com isso, não era um dos meus pratos favoritos -- Nada de careta dona elena 

ah mamãe -- resmunguei -- não há nada melhor e mais gostoso que sopa de galinha? 

Não, come isso e não reclama -- ela falou me entregando a colher e eu tive que comer mesmo contra minha vontade, havia também um copo de suco de abacaxi e eu bebia devagar. 

Oi elena -- Jeremy apareceu na porta do meu quarto meio sem jeito 

Jeremy, oi -- respondi sorrindo -- entre eu não mordo 

Eu sei -- ele afirmou e se aproximou -- Eu pensei em trazer flores mas já havia comprado antes, e não quis repetir o gesto então trouxe bombons dessa vez 

Eu amei as flores -- falo sorrindo grata -- Muito obrigado mesmo 

Não sabia qual te agrada então trouxe bombons tradicionais -- ele falou me entregando a caixa de bombom com laço rosa em volta e eu sorri feliz. 

Eu amo bombons tradicionais -- falo abrindo a caixa para pegar um 

Nada disso, primeiro sua sopa mocinha -- minha mãe me tomou meu presente e eu resmunguei indignada 

Viu? o que eu tive que aguentar todos esses anos -- falei resmungando e tomando mais um pouco de sopa -- Eu não quero mais 

Vai comer tudinho -- ela mandou como sempre -- Precisa ganhar forças para se recuperar mais rápido, não concorda Jeremy? 

Sim senhora -- ele respondeu e riu da minha cara de tacho 

Você é uma mãe mandona demais e você Jeremy é um irmão traidor, deveria me apoiar para me conquistar sabia?-- falei fazendo minha mae rir 

Não caia na chantagem dela Jeremy, afinal estamos apenas nos preocupando e cuidando dessa bebezinha -- ela falou sentando na poltrona e ficou observando -- Anda Elena, não estou vendo a tigela ficar vazia 

mandona -- resmungo baixinho e Jeremy rir sentado na ponta da cama, observo Nate cochilando no sofá todo encolhido e sorriu com a cena. Meu pai surgiu com dois copos de café, um para ele e um para minha mãe e cumprimentou Jeremy. ele parecia meio tenso perto do meu pai e o mesmo parecia meio perdido quanto a aproximação do garoto, como se nunca tivessem se visto antes, como se fossem totais estranhos mas eram pai e filho no mesmo quarto de hospital.

Agora pode comer um ou dois bombom -- minha mãe me devolveu meu presente e eu ofereci um a Jeremy 

Não, obrigado -- ele agradeceu 

anda Jeremy, pega -- falei insistindo e ele pegou agradecendo, mordi um dos bombons fechando os olhos com o gosto do chocolate na boca e sorri agradecendo a ele mais uma vez -- Podemos jantar novamente? 

Jantar?-- questionou 

sim como da outra vez, mas dessa vez acho que nosso pai poderia ir junto -- falei sugerindo e ele me olhou surpreso assim como meu pai -- Sabe para tentarmos um momento juntos 

Por mim tudo bem -- Jeremy falou 

seria maravilhoso -- meu pai falou sorrindo e eu balancei a cabeça concordando e minha mãe sorriu para mim, um enorme sorriso na verdade e eu voltei a comer meu chocolate. Não pude comer mais do que dois chocolates mas estavam delicioso e depois eu comeria mais, Jeremy saiu do quarto após alguns minutos comigo e ter ele ali mesmo que por alguns minutos, e parte do tempo meio calado devido a presença dos meus pais foi o suficiente para me deixar feliz. A noite meus pais foram para casa de Caroline onde haviam se hospedado e Damon deixou o turno para me fazer companhia, Nate foi jantar com Lexi e Enzo Rebekah e Stefan também e eles tentariam fazer ele dormir em casa essa noite, seria apenas damon e eu no hospital por essa noite. 

Eu estou cansada -- falei após beber um pouco de água e ele sorriu cansado sentado na poltrona -- Vem pra cá 

Não é indicado -- ele comentou levantando da poltrona -- Mas eu não sou muito de ligar para isso 

Que bom -- falei me afastando um pouco na cama para ele deitar ao meu lado e ele me abraçou, fazendo-me deitar de lado e ficarmos de conchinha --  Obrigado por não desistir de mim e ter ido a minha procura Damon, eu sempre soube que poderia contar com você pra me salvar 

sempre -- ele afirmou e isso me fez sorrir apaixonada -- Eu te amo 

Eu também te amor -- respondi beijando a mão dele e comentei sobre Jeremy ter vindo me ver essa tarde e ele me contou o que aconteceu enquanto eu dormia e tudo que pensou no primeiro encontro ele meu pai e meu irmão e em como o clima não era dos melhores, eu me peguei rindo das coisas que ele pensou e percebi que ele até em seus momentos mais bobos me fazia feliz. Damon se esforçou tanto esses dias que eu estava hospitalizada, ele estava exausto e eu dormir após chamar por uma enfermeira com o botãozinho do controle e pedir que me aplicasse algo para dor como bailey recomendou caso eu sentisse dificuldade e a dor ampliasse na escala de 0 -10 que me fez no inicio da noite e após o remédio, eu sentir-me mais leve para dormir e peguei no sono abraçada ao meu marido lindo e protetor que demonstrou me amar na mesma intensidade em que eu o amava. Damon era a razão para não desistir de lutar contra Mark, por não desistir da minha vida, ele era a razão da minha felicidade rotineira e das minhas crises de raiva, assim como era a razão da minha calma logo em seguida, minha força e minha fraqueza, minha certeza de todos os dias e todas as noites, ele simplesmente é minha razão em vida.