SUNNY: O show foi divertido? 

SUGA: Foi incrível, como sempre. 

SUNNY: Já descansou? 

SUGA: Até onde posso. Tenho fansign daqui a pouco. O que vai fazer hoje?

SUNNY: Começou a nevar! O lago está congelado.

SUGA: Hmm...

SUNNY: Tiramos o dia de folga hoje. Vou patinar no gelo pela primeira vez.

SUGA: Vai ao lago? Com quem? 

SUNNY: Com as meninas.

SUGA: Você sabe patinar? Pensei que não gostasse de frio.

SUNNY: Não sei patinar, mas Yoora quer ir, então estou indo por ela.

SUGA: Você mima muito sua Maknae.

SUNNY: Ora, isso é porque sou uma boa Unnie. 

SUGA: Nee.

SUGA: Não esqueça de usar luvas de frio, não vou estar aí para te esquentar dessa vez. 

SUGA: Tenho que ir.

SUGA: Annyeon. 

Ele não checa a resposta, embora o celular vibre com as mensagens recebidas. Está decidindo se está arrependido de tê-la mandado usar luvas. Quer dizer, enviou aquilo sem pensar bem, mas... E se...? E se o que? Nem tem ideia de que tipo de possibilidade aquilo poderia gerar. Afinal, o que há por trás daquela mensagem? Nem ele sabe.

Yoongi suspira, exasperado. 

Não importa! Não há nada por trás da mensagem. Ele só a lembrou de se proteger, só isso. E o fez por que... Porque quis! E ponto.

Tentando se convencer disso, ele mete o celular no bolso e vai arrumar algo pra fazer.

Mali bate as mãos na mesa, frustrada, e solta o ar pelos dentes, tentando manter o controle de si. 

— Cuidado, ou a mesa vai acabar se partindo. - uma voz grave e meio rouca a faz se virar assustada. 

— Tae! - exclama, ao ver o rapaz de pé ali, as mãos enfiadas nos bolsos e sorrisinho na cara. 

Eles estão numa das apertadas salas dos staff, onde há apenas uma mesa de madeira com cadeiras e um sofá. A garota tem diante de si um pequeno kit de maquiagem e um espelhinho. Fora os dois, não há mais ninguém na sala.

Ela veste um tipo de uniforme de segurança adaptado para parecer mais feminino, mas o estilo a faz se perguntar que aquele pessoal pensa que ela está em alguma girlband. É um short preto e curto, uma camisa social branca e botas escuras. Mas de alguma forma quem quer que tenha escolhido esse visual pra ela conseguiu fazer com que ela pareça uma integrante do Blackpink. Mali até tentou reclamar, mas foi em vão. 

Taehyung, no entanto, aprova mentalmente as roupas, e então se aproxima dela.

— O que está fazendo? Está com cara de quem está brigando com um kit de maquiagem.

Mali lança aos objetos um olhar ressentido.

— Mandaram eu usar um pouco. 

— E...? Você não gosta? 

Ela desvia o olhar.

— Não é que eu não goste...

— Então qual o problema? 

Ela murmura alguma coisa, baixo de mais para que o outro ouça. 

— Quê? - ele chega mais perto. 

Ela responde ainda mais baixo.

Tae se apoia na mesa e a encara mais de perto.

— O que está dizendo, Mali? 

Ela cora e se inclina para trás, tentando diminuir a proximidade entre os dois. 

— É que não sei usar isso direito. - responde, envergonhada.

É verdade. Marina, quase vinte anos de idade, fluente em três línguas, campeã de Taekwondo, intérprete do Bangtan, Kpopper há quase cinco anos, não sabe aplicar maquiagem. A verdade é que nunca se interessou muito. Ela é uma garota simples. Sabe o básico: batom, máscara de cílios, lápis de olho... Nada de base, pó, corretivo, iluminador e blá blá blá. Sempre teve a impressão de que não conseguiria segurar a cabeça no corpo de tão pesada que ficaria se passasse tanta coisa.

E agora essa falta de interesse resulta num arrependimento por nem ao menos saber por onde começar. 

— Não sabe? - Tae repete.

Ela nega, e ele aos poucos substitui a expressão surpresa por um sorrisinho.

— Ya! Não zombe de mim! - Mali reclama, dando um tapa em seu ombro.

— Aya! Por que sempre me bate? - ele faz um biquinho, mas logo volta a rir.

A garota se encolhe de vergonha e esconde o rosto nas mãos.

— Ah, que inútil. - resmunga, frustrada - Não está ajudando, Tae.

Ele gargalha, e segura seus pulsos, afastando suas mãos do rosto. 

— Você não tem que se cobrar tanto, pabo. — diz, obrigando-a a lhe fitar - E não estou rindo de você.

— De que está rindo, então? - Mali devolve, ainda emburrada.

V abre um sorriso quadrado.

— Segredo. - declara, e pega as coisas dela - Vem, vou passar em você. 

Segue-se uma breve discussão gerada pela teimosia irremediável de Marina, mas que acaba com ela de olhos fechados para que o garoto lhe aplique a maquiagem. Ela sente o toque delicado dos dedos dele em sua pele, e começa a ser tomada por uma vontade desesperadora de abrir os olhos e ter certeza de que não está sonhando.

— Tae-ah. - chama.

— Hm? - sua voz grave responde, e ela relaxa.

Mais um pouco de silêncio e a dúvida volta, mesmo que seu toque permaneça ali, de encontro ao seu rosto. 

— V-ah? 

— Sim? 

Ela quase suspira em alívio. 

Enquanto isso, Taehyung está morrendo por dentro, tão perto dela...

Por mais que tente se concentrar na maquiagem, seus pensamentos continuam se voltando para a garota ali diante de si. 

Ele desiste. Finalmente admite para si mesmo: está apaixonado. Idiota. É isso que ele é. Um idiota que se apaixonou por uma garota incrível, mesmo que só a tenha visto por alguns dias. Como é possível?

Ele sabe que não foi por sua aparência. Quer dizer, ela é linda. Ridiculamente linda. Tem aquele nariz fofo que ele ama apertar para deixá-la constrangida. E os olhos grandes, expressivos, luminosos, assustadores quando ela luta, mas divertidos na maior parte do tempo. Os cabelos lhe caem tão bem... Longos e ondulados naturalmente, a franjinha lisa lhe conferindo um charme hipnotizador quando ela balança a cabeça. Além daqueles lábios nem grossos, nem finos, nem grandes, nem pequenos. Verdadeiramente dela, como se feitos sob medida. E a pele. Taehyung nem sabe como descrever de que forma aquele tom unicamente brasileiro o atrai.

Ou seja, ridiculamente linda. 

Mas essas foras coisas que lhe chamaram a atenção, e é só. Se fosse só pela aparência, ele é capaz de ser realista e dizer que conhece muitas belezas que rivalizam com Marina. Não. Não é uma mera atração por um conjunto de características físicas. 

É a forma como sua presença o faz se sentir à vontade e, ao mesmo tempo, com pontinhas de insegurança. É o jeito como ela sempre supera seus obstáculos tão bravamente, o que o faz ter a impressão de estar sendo constantemente desafiado a fazer o mesmo. É a sua disposição de sacrificar-se, a qual o faz experimentar uma confusão de sentimentos: gratidão, irritação, constrangimento, admiração, preocupação... É a sua coragem orgulhosa, que jogou na cara dele uma dúzia de palavras que até hoje ecoam em seus pensamentos confusos, que a trouxe para o outro lado do mundo, sozinha em uma terra estrangeira. É a forma admirável com que ela respira fundo diante do nervosismo e se recompõe para fazer o que tem que ser feito. E é também por momentos como esse, em que ela lhe mostra abertamente sua vergonha por coisinhas pequenas, ou quando ele conseguiu vislumbrar o medo em seu olhar logo antes de ela atacar três assaltantes, ou a decepção em seu rosto quando ele teve que sair logo após o reencontro.

É por isso e muito mais. "Muito mais", ou seja, tudo o que Taehyung ainda espera conhecer sobre Mali. 

— Tae-Tae. - ela continua chamando seu nome de tempos em tempos.

— O que foi? - ele responde suavemente, curioso com seu motivo para ficar repetindo aquilo.

— Annya. - ela responde apenas movendo os lábios, quase sem deixar escapar som algum. 

Ele prende a respiração e solta lentamente, obrigando-se a permanecer calmo.

— Posso abrir os olhos agora? - ela pergunta, uma vez que ele parou de usar o pincel em suas pálpebras.

— Espera, falta o delineador.

Ela permanece quieta. Taehyung a fita, analisando seu trabalho. Não fez nada de mais até agora, aplicando apenas uma maquiagem leve. O rosto dela não precisa de nada forte, pondera. Olha para os lábios novamente. Será que ela notaria a diferença entre o toque das pontas dos seus dedos para um leve encostar dos lábios...? 

— Aish! - deixa escapar, chateado consigo mesmo por não conseguir parar esse tipo de pensamento. 

— O que foi? - Mali pergunta. 

— Ah, annya. - ele responde, apressando-se para terminar - Só lembrei de algo que o Jimin falou mais cedo.

Ela sorri um pouquinho à menção do nome de Jimin.

— Ah, é? E o que ele falou? - pergunta. Na verdade, não quer soar intrometida, mas não suporta mais aquele silêncio, então quer manter V falando.

Tae deixa escapar a primeira coisa que vem à sua mente:

— Ele anda apaixonado por uma garota, mas acho que ainda não se deu conta disso. 

Mali quase ergue as sobrancelhas, mas contém a reação para não atrapalhar o trabalho dele.

— Jinja?! Park Jimin gosta de alguém? O Park Jimin? 

— Nee... - V confirma - É uma garota que ele conheceu numa praça. Se quer saber, tenho certeza de que ela gosta dele também, mas... Ah, nem sei o que se passa com aqueles dois. - ele faz uma pausa - Ya, não conte a ninguém. 

— Ye.

O silêncio enche a salinha mais uma vez, incomodando os dois. Mali ainda está surpresa sobre Jimin, por algum motivo que pensa ser engraçado. Estaria ela vivendo o momento em que um de seus Idols encontra a felicidade ao lado de alguém? Fofo! Ela se pergunta que tipo de garota encantou Park Jimin, e seus pensamentos acabam se tornando um pouco mais melancólicos quando sente o toque de Taehyung mais uma vez. E quanto a ele? Será que gosta de alguém? 

"Seria legal se ele gostasse" pondera. Claro que é triste por um lado. Toda fangirl já alimentou a esperança louca de um dia poder estar com seu Idol, nem que tenha sido por três segundos. Mas ela sempre foi daquelas que decidiu apoiar a felicidade deles ao invés de ser egoísta e se tornar um obstáculo, então sente que deve ficar feliz se ele ama alguém. Ainda assim, é meio melancólico, até por mesmo por estarem tão próximos assim, como são agora. 

Taehyung, por sua vez, considera que a reação dela parece cada vez mais triste. Por causa de Jimin? 

— V-ah. 

— Hm? 

— Você está gostando de alguém também? 

V é um bom ator. Um ótimo ator. E é por isso que ele consegue segurar o susto e contar até mentalmente três.

Um.

Dois. 

Três.

Ele solta uma risadinha.

— Segredo. - responde.

Ela faz um biquinho.

— Ya, você tem muitos segredos! 

Ele parece satisfeito.

— Sou um cara misterioso.

Mali foi ao Fansign como assistente do intérprete principal e como segurança dos meninos. Passou a maior parte do tempo de pé logo atrás de Namjoon, que sentava no meio da longa mesa, ajudando a traduzir as falas dos fãs, indo de um membro a outro para ajudá-los a conversar com eles enquanto assinavam. Já o intérprete oficial cuidava do que os rapazes falavam ao microfone. 

De um jeito ou de outro, não faltava trabalho, e Mali ficou imersa o suficiente nisso para não perceber que V a seguia com os olhos costantemente.

— Sayonara! - os garotos se despedem dos fãs com acenos animados e curvando-se em agradecimento - Arigatou! Daisuki!

Mali observa o caminho que eles usarão para voltar às salas exclusivas, e percebe o PD fazendo gestos com as mãos, mandando que os membros se apressem. Ela se volta para Rap Monster e fala baixinho:

— Vocês precisam ir agora. 

O líder assente, e começa a caminhar para fora do palco, os outros começando a vir atrás logo em seguida. Marina espera que todos tenham passado e assume seu lugar como última na fila, fazendo uma barreira junto com os outros seguranças para previnir que qualquer pessoa se aproxime de mais do Bangtan no curto caminho que passa diante da multidão. Em geral, os fãs são comportados. Um ou outro tenta alcançar algum dos membros, mas nada requer a intervenção da garota. 

Quando finalmente se encontram dentro da sala, ela sente como se pudesse voltar a respirar normalmente, e se joga em uma das cadeiras, suspirando.

— Deus, isso é mais difícil do que parece. - resmunga em português.

— Estou morto de fome! - Jin conversa com os demais no outro canto da sala - Quando vamos almoçar?

Eles já estão fazendo uma algazarra, e Mali se pergunta como têm tanta energia mesmo depois da longa sessão de autógrafos. Min Yoongi é o único quieto, observando a tela do celular, enquanto os outros discutem o que almoçar. Jimin também não está falando muito, mas solta exclamações com as sugestões, concordando ou não. 

— Podemos comer fora? - Tae sugere, fazendo os olhos de todos se virarem suplicantes para o PD.

Mais uma discussão se segue, que, de alguma forma que Mali nunca será capaz de explicar, acaba com ela e mais sete garotos em um restaurante próximo ao hotel. 

— Como diabos isso foi acontecer? - a garota resmunga para si mesma.

O restaurante não é nada muito chique, mas tem um ambiente reservado, sem muita visibilidade, já que é um daqueles tradicionais japoneses. Isso mesmo, daqueles que têm salinhas separadas e piso de madeira, com a regra de tirar os sapatos antes de entrar e com as mesinhas baixas que você se ajoelha no chão ao invés de sentar em uma cadeira.

V ataca antes que ela possa reagir e agarra a pontinha do seu nariz com um aperto delicado.

— Ya! - ela exclama com cara de "o que pensa que está fazendo?". 

Ele a solta e sorri, embora esteja cobrindo o rosto com a máscara preta.

— Só para o caso de você estar se perguntando se não está sonhando. - responde e Marina revira os olhos.

— Eu não ia...

O garçom chega e enterrompe sua fala. Estando ali justamente para traduzir e cuidar dos meninos, ela se concentra em sua tarefa até que todos tenham feito seus pedidos. Quando o atendente sai, ela fecha a porta de correr da salinha para garantir mais privacidade, possibilitando que todos tirem as máscaras e os bonés.

Os sete começam a comentar sobre o evento, enquanto ela apenas escuta a conversa. Está sorrindo bobamente antes mesmo que perceba. Aos poucos, começa a observar o grupo com mais cuidado. Eles falam animados sobre as fãs, elogiando algumas, impressionados com outras, vendo graça ou reagindo meio pasmos a algumas atitudes. 

Rap Monster parece ter um jeito meio filosófico de tratar o assunto, V se mostra bem à vontade, como se pudesse ser sempre ele mesmo em meio às ARMYs, Jungkook fica meio tímido pra falar muito, e Mali se pergunta se é por causa de sua presença ali. Afinal, o garoto parece ficar lançando-lhe olhares de tempos em tempos. Jin fala animado que uma das fãs lhe pediu para contar uma piada, o que leva os outros a soltarem brincadeiras provocativas, fazendo todos rirem. J-Hope fala. Tipo, muito. Ele ocupa bastante espaço, sempre rindo e sendo espontâneo sobre tudo, conduzindo a conversa para o lado mais divertido. Sentada entre ele e V, Marina se encolhe um pouco com a forma como os dois estão sempre se movendo para brincar com os outros, e acaba mudando de lugar para ficar ao lado de Suga e Jimin.

Yoongi também está se divertindo, soltando um ou outro comentário mais ácido, que todos ali sabem que não são maldosos. Mas ele continua checando o telefone. E Jimin também. Na verdade, ele não parece muito animado para a conversa. Participa, mas fica apenas sorrindo forçado para os outros. Isso faz Mali lembrar que o que Tae falou sobre a garota que ele gosta. Será que aconteceu alguma coisa?

Ela fica indecisa se deve perguntar ou não. Afinal, não é como se tivesse alguma intimidade com ele. Mais alguns minutos se passam e ela já não suporta mais a forma como parece doloroso que ele continue a fingir estar bem.

— Jimin Oppa. - chama baixinho, sem que mais ninguém ouça.

Ele lhe encara, parecendo só então se dar conta de sua presença ali. De fato, ela estivera tão quieta que não chamara a atenção de nenhum dos membros para si.

— Ah, Mali-ah. - diz, o que faz com que ela tenha vontade de rir. "Mali-ah" soa como "Malia".

Ela toma coragem e lhe estende a mão por debaixo da mesa.

— Eu... Sei que não tenho nada a ver com isso, mas sei que está triste. - fala, com um sorriso terno - Se continuar forçando a si mesmo, vai ser mais difícil de carregar, mas se falar com os membros, eles podem te ajudar. 

Ele parece surpreso, mas ela continua.

— Se precisa de coragem pra isso, pode pegar minha mão. Vou te dar uma forcinha.

Jimin continua encarando a garota, com os olhos meio arregalados. Tem vontade de rir. Ela é realmente alguém especial, pensa, lembrando de algo que Taehyung lhe falou há algum tempo. Ela o faz se sentir à vontade, e é por isso que ele acaba segurando sua mão, por mais constrangedor que isso seja. Espera que Tae não fique chateado. "Só preciso de um pouco de apoio".

Mali sorri de volta e aperta de leve a mão dele, em seguida virando para o grupo. Ela percebe o olhar de Taehyung sobre si, e faz um gesto discreto com a cabeça para indicar Jimin, que agora está fitando o celular enquanto respira fundo. V faz uma expressão de quem se lembrou de algo e se inclina para o amigo.

— É hoje, não é?

Jimin olha pra ele, meio aéreo.

— Hm?

— A cirurgia.

O menor engole em seco, e suspira ao assentir. V lhe dá um tapinha no ombro.

— Vai ficar tudo bem, Jiminnie. - diz - Ela vai ficar bem. 

Os outros se calam ao perceber a preocupação do garoto começar a se estampar em seu rosto. Jimin veio se esfoçando para agir naturalmente desde de manhã, fazendo o seu melhor pelas fãs e pelos membros, mas está cansado e finalmente se permite demonstrar o nervosismo.

— Está tudo bem, hyung? - Jungkook pergunta, quebrando o silêncio. 

Marina sente a tentação de se remexer um pouco em seu lugar, pensando se deveria sair para deixá-los à vontade, mas permanece quieta, apertando de leve a mão do garoto.

— Ah... - Jimin começa.

Ele troca um olhar com Mali, e ela lhe sorri, buscando encorajá-lo. O garoto solta sua mão e conta:

— Eu... Acho que estou gostando de alguém.