A Love Of Another Life. escrita por Maria Vitoria Mikaelson


Capítulo 7
1864 - A Magic Dance.


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, cá estou com mais um capítulo e só faltam mais dois, para essa fase de 1864 acabar. Espero que estejam gostando e que comentem, para eu saber a opinião de vocês sobre a minha história, já que isso me alegra muito.

Ah e para quem não sabe, a história tem um trailer ; https://www.youtube.com/watch?v=6nnxJkc0cUM

Boa Leitura!



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Forks. — 1864.

Ponto de vista : Melinda.

No dia seguinte, eu estava me arrumando para ir ao baile na casa de Lydia.

Assim que desci as escadas, a qual meu pai me esperava no último degrau, o mesmo sorriu.

Eu estava trajava, um vestido azul e meus cabelos estavam soltos deixando os cachos negros caírem em cascatas. Minhas luvas, para complementar com os outros detalhes, eram brancas.

Ele me ofereceu o braço sorrindo e eu aceitei.

 Caminhamos até o exterior da nossa casa e fomos até a carruagem.

O caminho até a casa de Lydia foi demorado. Talvez pelo fato dela morar na parte central da cidade.

 Quando chegamos em frente a sua casa, meu pai me ajudou a descer da carruagem.

Várias pessoas já se encontravam no local; Pessoas da mais alta sociedade. Moças arrumadas com seus belos vestidos e rapazes em ternos caros conversando entre si.

Cumprimentei alguns amigos de papai, apenas por educação e logo após entramos para dentro.

Assim que Lydia me viu, caminhou rapidamente e se pôs ao meu lado.

Meu pai pediu licença e se retirou.

 — Seu noivo Joseph, acabou de chegar. — ela disse pegando uma taça de champanhe e se servindo.

— É mais do que normal, o mesmo estar nessa festa. Afinal toda alta sociedade está aqui. — respondi educadamente e ela soltou um risinho.

— Portanto Thomas também estará aqui. — complementou minha frase com certo desdém e eu a encarei.

 — Você está estranha, Lydia. — observei e ela sorriu .

—Não é nada demais. Só estou eufórica por conta da festa ...Se me der licença preciso cumprimentar alguns convidados. —  falou forçando um sorriso e logo se retirou do lugar que estava.

Caminhei pelo espaçoso salão, buscando a presença de alguém conhecido. Mas, não encontrei ninguém que me interessava.

Assim que me virei, me deparei com Joseph, me olhando sorrindo, tentei sorrir também, numa tentativa fracassada.

— Estás tão bela essa noite, minha noiva. —ele elogiou.

— Fico honrada de pensar isso de mim. — respondi de forma educada.

—E como não pensaria? És a mulher mais bonita desta noite ,e de todas as outras. — tentou galantear .

—Fico feliz em saber que meu futuro marido, me acha tão bela. — falei com certo sofrimento, ele sorriu e pegou em minha mão.

— Aceitaria dançar comigo? — perguntou.

—Sim. — respondi assim, mesmo que internamente, eu dissesse Não.

Fomos até onde os outros casais estavam e começamos a dançar como era tipico naquela época, ou seja, passos decorados e graciosos, com a ausência de erros, sorrisos nos rostos, e expressões serenas.

Então trocamos de pares,  sorri e fiquei surpresa quando vi que estava nos braços de Thomas. Continuamos a dançar, apenas com toques suaves, seguindo o mesmo ritmo das outras pessoas.

—És muito louco, Thomas. — disse, enquanto sorria verdadeiramente.

— Louco por ti, Melinda. — O Avery falou sorrindo também.

Ele me girou, depois voltei as seus braços, ainda sorrindo.

Vi que agora, Lydia era a parceira de Joseph; E dançava com ele, enquanto os dois estavam com expressões sérias.

 — A senhorita dança muito bem. —Thomas fez minha atenção voltar para ele e eu soltei uma risada.

—Não tão bem quanto você. — falei a verdade.

— Não quero que essa dança acabe. Não quero me separar de você.  — ele falou de forma sôfrega e eu percebi o sentido oculto de suas palavras.

— Uma hora tudo acaba. Nada é para sempre. — disse aquelas palavras tentando demonstrar meus sentimentos em relação as suas esperanças.

— Nosso amor é. — garantiu.

Mas, antes de eu dizer qualquer outra coisa, nos separamos porque a música tinha acabado. Me despedi dele com um olhar ,e então logo em seguida caminhei até onde meu pai estava. O mesmo me olhava de uma forma estranha, só que nada falou, apenas continuou me observando.

Um garçom me ofereceu uma taça de champanhe, porém antes de eu sequer aceitar, Joseph apareceu e negou ao garçom de forma educada.

Eu o questionei com o olhar.

— Não seria bom para a reputação de uma Konstantinova, beber em uma festa. Afinal a senhorita é uma moça respeitável. — ele argumentou e e eu suspirei.

— Que bom que se preocupa comigo, meu noivo. —  agradeci falsamente, enquanto ele erguia uma taça no ar.

— Não acha estranho o exagerado interesse que Thomas Avery tem na nossa conversa? Ele não tira os olhos daqui. —  ele perguntou com um sorriso maldoso e eu fiquei nervosa.

—Ele pode estar procurando uma maneira de conversar com você sobre negócios, afinal ele é novo na cidade. — tentei desviar suas suspeitas e ele riu.

— Como sabe que ele é novo na cidade?. — ele perguntou com um pingo de desconfiança. Oh, as suspeitas continuavam..

—Lydia me contou em uma de nossas conversas. — respondi rapidamente.

—Então novos moradores da cidade são temas de suas conversas? Achei que falassem sobre vestidos e joias. — observou com ironia e em seguida riu da minha expressão incrédula.

— Não sou fútil e superficial. Só gosto de me manter informada sobre o que acontece em Forks. Afinal essa é minha cidade. — respondi de maneira cordial.

—Entretanto, de nada lhe servirá isso, quando nos casarmos. — ele retrucou.

— Eu já sei de meu futuro promissor; Casar-me com o senhor, ficar em casa bordando, enquanto você viaja a negócios, e ter filhos que terão o mesmo futuro que o meu, não é isso? — perguntei de forma ácida.

—Tentar ser moderna para época Melinda, não lhe impedirá de se casar comigo. — ele respondeu bruto e segurou meu braço com força.

— Solte-me! Está me machucando. — pedi quase desesperada e vi que Thomas, já vinha em nossa direção, notando isso também, Joseph me soltou.

— Bela noite, não? senhor Phillipis. — Thomas o saldou, e eu lhe lancei um olhar repreendedor. Ele não deveria ter se intrometido, isso irá causar desconfiança.

— Sim, e para mim está melhor ainda, pelo fato de estar ao lado de minha noiva. — Joseph respondeu com um sorriso cínico.

— Realmente! Está em bela companhia. — Thomas, falou me olhando.

Ficamos num silêncio desconfortável, enquanto Joseph encarava Thomas de forma ameaçadora. Até que meu pai apareceu.

 — Temos que ir, Melinda. Está ficando tarde, tenha uma boa noite Joseph...e senhor Avery. — ele falou com seu ar superior.

—Thomas, apenas Thomas. — pediu, mas meu pai ignorou.

—De onde eu venho, a educação fala mais alto, e temos que nos tratar de forma cordial. — meu pai respondeu a ele.

Lancei para Thomas, um olhar que significava: Amanhã nós nos encontraremos.

(...)

Quando chegamos em casa, Elizabeth ainda estava acordada a nossa espera.

Meu pai subiu as escadas, sem nem ao menos me dar boa noite.

—Como foi a festa menina? — ela perguntou carinhosamente e eu suspirei.

—Thomas estava lá, nós dançamos, foi tão mágico...Só que ele e Joseph quase brigaram. — contei a ela, que se aproximou de mim.

—Mas me diga; Seu pai desconfiou de algo? —perguntou preocupada.

— Não! Pelo menos, eu acho que não. Mas, ele estava estranho. — confessei e lhe disse minha opinião.

— Não pense nisso ,vá dormir. — ela aconselhou e eu concordei.

Subi as escadas lentamente, e assim que cheguei ao meu quarto tranquei a porta e caminhei até a janela, observando como a noite estava bonita.

Após um tempo, saí dali, e  troquei minhas vestes.

Me deitei e peguei meu diário. Acariciei a capa pensando em Thomas, e em minhas próprias confusões sentimentais, então logo após comecei a escrever.

Querido diário, hoje dancei com Thomas, e não posso definir o que senti...Foi bom, foi intenso e foi diferente. Assim como o próprio dono de tão belos olhos verdes é. Sorri ao me lembrar de seu toque, mas, então, o sorriso desapareceu, quando me lembrei de como meu pai, Lydia e Joseph, estavam estranhos hoje.

Mas é melhor eu não me preocupar com isso, amanhã me encontrarei com Thomas, e eu não sei porquê eu tinha uma sensação estranha sobre isso.

Melinda Konstantinova 16/11/1864.


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Notas finais do capítulo

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