A Love Of Another Life. escrita por Maria Vitoria Mikaelson


Capítulo 6
1864 - Accepting Love.


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo!
Boa Leitura!



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Forks -1864.

Ponto de vista : Melinda Konstantinova.

No outro dia nos encontramos, e conversamos assuntos que eu nunca tinha tratado com Joseph.

Thomas tinha a incrível capacidade, de me encantar de uma forma que nem os livros o faziam

 Eu tinha decidido que merecia experimentar o que muitos chamam de amor.

Aquele foi só um dos primeiros encontros, depois disso nos encontramos muitas vezes. No mesmo horário da tarde, enquanto meu pai resolvia assuntos na cidade.

 Bartolomeu sempre me ajudava nas fugas, me levando até o local marcado de carruagem.

Elizabeth também me ajudava. Sempre me acobertando, quando papai chegava antes de mim. Ela alegava que eu merecia viver um grande amor. Lydia apesar de sempre me repreender, dizendo que eu sofreria depois, nunca revelou meu segredo a ninguém.

Thomas tinha uma forma só dele de me mostrar o novo; de sempre me surpreender.

Sorri ao me lembrar de uma tarde, em que nós tiramos uma foto com um homem de postura elegante que ficava numa praça afastada da cidade. Guardei aquela foto no meu diário, porque sei que ali era o lugar que ela estaria mais segura.

Agora estávamos deitado na grama daquela clareira, observando pequenos flocos de neve se formando, e dando uma cor branca aos matos  que antes eram verdes.

Isso indicava que o inverno estava começando. Mas, mesmo assim não estávamos com frio, o sentimento que nutríamos um pelo outro, nos dava o calor necessário para nos mantermos aquecidos.

 — O que acha que acontecerá, quando eu me casar com Joseph?. — perguntei observando seu rosto. Então ele virou para mim, retirando alguns flocos de neve de seu terno, e logo depois observando uma árvore a nossa frente como se estivesse pensando em uma resposta.

 —Você não irá se casar com Joseph, Melinda. — ele falou com aquele sorriso que desperta sensações nunca sentidas em mim.

— Eu realmente admiro sua positividade, Thomas, mas, já me conformei com o fato de que serei a senhora Phillipis. — disse como se aquelas palavras me doessem, e doíam mesmo.

—Não. Você será a senhora Avery. Pois se casará comigo. — falou ainda não se abalando com minhas palavras.

— Meu pai nunca permitirá isso. Joseph é filho do melhor amigo dele, por isso não posso desistir de algo que já está planejado desde que somos crianças, e além do mais, o que pensariam de mim? —questionei e pela primeira vez naquele dia, ele ficou sério.

—Eu enfrentarei seu pai, Joseph e tudo que vier para frente para permanecer ao seu lado, por todo o sempre. — garantiu e se aproximou de mim, acariciando meu rosto.

— Por que se apaixonou por mim? Poderia ter se apaixonado por qualquer moça solteira. Existem tantas nessa cidade. — perguntei sem entender e ele soltou uma gargalhada graciosa.

 — Pelo mesmo motivo de você ter se apaixonado por mim, mesmo sendo comprometida. Não podemos escolher quem amar, o coração faz isso por nós, ou então aquele que tantos chamam de destino. — afirmou e eu deixei que uma lágrima escapasse de meus olhos azuis, emocionada com suas palavras .

Thomas se aproximou e me beijou

Talvez ele tenha razão; Não podemos escolher quem amar; É como desafiar o destino que está preparado para nós. Fugir do nosso amor, é como desviar de um caminho que já está traçado .

Após alguns minutos Bartolomeu apareceu, e nós nos despedimos.

Caminhei até a carruagem e entrei na mesma, no caminho, ela balançava de um lado para o outro, por causa da estrada de pedras que estávamos trilhando. Olhei para janela e vi que passávamos pela floresta negra.

    Por mais que ela parecesse amedrontadora, aos olhos dos outros, ela não me assustava ou me dava medo. O que ela me causava era curiosidade. O que será que havia além dos limites da floresta? Eu esperava descobrir um dia.

Depois de mais alguns minutos, paramos em frente da minha casa. Bartolomeu me ajudou a descer e eu caminhei até a varanda da mesma, onde Elizabeth regava algumas plantas.

Ela me observou com um sorriso no rosto .

Logo, começou a caminhar em direção a parte interior da casa e eu a segui segurando a barra do meu vestido longo e pesado. Assim, ela entregou o regador para uma criada e se virou para mim .

— Como foi o seu encontro com o moço Thomas? — perguntou sorrindo, eu apenas abaixei a cabeça, mas, ela a levantou delicadamente.

— Eu estou com medo Elizabeth. Meu casamento está se aproximando e eu não vou mais me encontrar com ele. — admiti e ela me abraçou de forma maternal, e eu me aconcheguei ali, com seu carinho.

— O destino pode lhe surpreender, menina. — comentou acariciando meus cabelos e eu tentei sorrir.

— Tomara que ele me surpreenda de uma forma boa. — desejei e ela me mandou um sorriso encorajador .

(...)

Mas tarde, eu não desci para o jantar, alegando estar com um mal estar, Elizabeth disse que teríamos visitas, mas, não me importei com isso no momento, que ela avisou.

 Depois de acabar de ler mais um livro, eu estava inquieta no meu quarto. Decidi descer pois eu estava faminta, andei o percurso sem fazer barulho e quando ia me direcionar até a cozinha, escutei um barulho na biblioteca do papai, por isso caminhei até lá e me encostei na porta

 Duas vozes estavam exaltadas e eu as reconheci logo de primeira eram Joseph e papai; eles estavam discutindo.

 — Isso não pode ser verdade...— meu pai gritou para Joseph.

 — Está duvidando da minha palavra?... — meu noivo gritou de volta.

 — Quem lhe disse tamanha lorota? ... — meu pai perguntou e Joseph se silenciou por um instante .

— Uma pessoa de confiança... — antes de eu poder ouvir o resto da conversa, Elizabeth chegou e me repreendeu por estar escutando atrás da porta, dizendo que isso não é uma coisa que uma dama faria.

Expliquei que desci, porque estava com fome, e ocultei o pedaço da conversa que ouvi. Ela mandou, eu subir para o meu  quarto de volta, que ela levaria a comida até lá.

(...)

Assim que jantei, retirei minhas longas vestes e as substitui por uma camisola de renda com mangas cumpridas.

Como de costume, peguei meu diário e escrevi tudo que eu pensava, como em todas as noites.

Tudo que eu fazia quando chegava de um encontro com Thomas era pensar nele e em seguida ficar me perguntando se ele também ficava horas pensando em mim

Assim que terminei de escrever, assinei meu nome e anotei a data.

Apoiei minha cabeça no travesseiro e me enrolei nos lençóis de seda.

Eu não sei porque, mas, eu sentia que algo ruim iria acontecer

Escutei um barulho na minha janela e caminhei até a mesma, me deparando com Thomas, lá em baixo.

—Thomas, o que está fazendo aqui? Por acaso és louco? — perguntei preocupada, mas, ao mesmo tempo feliz.

— Só queria saber se lhe encontrarei amanhã no baile da família LongFell. — ele disse com sua voz rouca, que acariciava meu coração .

— Sim. Eu irei. — afirmei e pedi que ele fosse embora, afinal meu pai não poderia vê-lo aqui.

Me virei e voltei para minha cama. Agora conseguindo dormir mais tranquilamente, afinal eu tinha visto os olhos que tanto me acalmavam.


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Notas finais do capítulo

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