A Love Of Another Life. escrita por Maria Vitoria Mikaelson


Capítulo 5
1864 - Playing With The Danger.


Notas iniciais do capítulo

Oii!
Gente, se tiverem gostando, peço que comentem para que eu continue postando! Só faltam mais 4 capítulos para a parte de 1864 acabar. Tentarei postar mais um, hoje, okay?

Boa Leitura!



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Forks – 1864.

Ponto de vista : Melinda Konstantinova.

Desci as escadas lentamente, e fiquei zonza com a grande movimentação, que estava acontecendo em minha casa. Algumas empregadas com vasos de flores, e Bartolomeu carregando caixas por todos os lados. Avistei Elizabeth e caminhei até ela, segurando a barra do meu vestido.

—Por que toda esta movimentação? — perguntei com a testa franzida, em sinal de confusão .

—Oh menina, não me diga que se esqueceu. Hoje é o dia da festa, em comemoração aos fundadores. — ela falou e eu me lembrei dessa festa.

—Acabei por me esquecer. Mas me diga, o meu vestido já chegou? — perguntei, tentando soar interessada. Mas ela me conhecia muito bem, para saber quando eu fingia.

   Elizabeth, minha fiel governanta, era como uma mãe para mim realmente.

—Sim! — confirma. — Mas me diga menina, por que chegastes tão pálida e nervosa ontem? — ela perguntou e eu tentei não tremer, ao me lembrar do ocorrido, do dia anterior.

—Não foi nada. Apenas achei que papai brigaria comigo, por chegar tarde. — justifiquei, sorrindo de forma graciosa.

—Não deveria ter se preocupado. Seu pai sabia que estava tratando dos preparativos do casamento. — ela falou, enquanto limpava uma bancada de madeira escura.

— E quem virá a essa festa? — perguntei de maneira cordial .

—Toda a sociedade, como de costume, incluindo seu noivo, senhor Joseph. — ela falou prestativa e eu tentei sorrir.

— Que bom, que Joseph virá. — disse educadamente e Elizabeth me olhou como se não entendesse o que eu estava dizendo.

—Achei que não gostasse da ideia de tê-lo como seu noivo.— disse sincera — ...Me esculpe por dizer isso. — ela falou de maneira arrependida e eu sorri .

— Não precisa se desculpar. Realmente a ideia, de tê-lo como noivo não me agrada, mas tenho que me acostumar com a presença dele. —  eu disse dando um sorriso amargo e ela afagou meu rosto.

—A senhorita sempre foi uma moça tão boa. Desde pequena sempre se comportou, sempre obedeceu as ordens do seu pai. Não merecia se casar de maneira forçada, com alguém que não ama — ela falou e eu fiquei grata pela consolação, tanto que sorri para a mesma.

—Talvez esse seja meu destino; Nunca me rebelar, aceitar o que a vida tem de me oferecer. Sei que nunca vou conhecer, esse tal amor verdadeiro, que tantos falam. E se conhece-lo, não poderei vive-lo. Porque estou presa a ideia de ter de me casar com Joseph. —  disse me lembrando do encontro que tive com Thomas.

— Deveria ir descansar, um pouco mais. A noite tem de estar bem disposta, para comparecer a festa.  — aconselhou, de maneira carinhosa e eu concordei.

Subi as escadas em direção ao meu quarto, me deitei na cama, e toquei meus lábios levemente, me lembrando do beijo de Thomas. Eu deveria me sentir tão impura, por estar de casamento marcado com outro homem e mesmo assim, pensar num estranho que rouba toda minha insanidade.

Me aconcheguei no meu travesseiro, e pensei no que a minha mãe faria em meu lugar. Eu nunca a conheci, e meu pai nunca fala dela, nem do que aconteceu com ela. Eu não sabia como era sua fisionomia, mas Elizabeth uma vez deixou a escapar que eu me parecia muito com ela.

(...)

Assim que o sol começou a ir embora, vi meu pai chegar em casa. Eu estava no meu quarto, Elizabeth estava me ajudando  a me vestir.

 O vestido azul cetim com algumas pedrarias pequenas, caiu perfeitamente em meu corpo. Esse era o traje,  que  tinha encomendado, com a madame Moufre.

Deixei meus cabelos presos em um coque com alguns cachos caindo, vesti minhas luvas de cetim, também azuis, e Elizabeth colocou em mim, um colar com um pequeno pingente em forma de coração.

Assim, que já estava arrumada, caminhei até a janela e vi que os convidados já começavam a chegar, em suas luxosas carruagens.

Elizabeth me chamou e eu segui ela, observei meu pai me esperando no topo da escada. Ele sorria para mim, deslumbrado.

Coloquei um belo sorriso no rosto e caminhei até ele.

— Será a mais bela da noite. — meu pai decretou e me ofereceu o braço e eu  cordialmente, aceitei.

Da parte alta, da escada, onde estávamos, tínhamos uma vista de todos lá em baixo. Eles olhavam ansiosos, esperando meu pai e a mim. Assim, descemos degrau por degrau.

No ultimo degrau da escada, Joseph me esperava com um sorriso vitorioso, como se exibisse um troféu. Mesmo a contra grado, aceitei seu braço e assim fiquei ao seu lado, esperando o discurso tradicional do meu pai.

Eu estava acostumada com a festa em homenagens aos fundadores desde pequena. Era uma tradição, homenagear; os Konstantinova, Phillipis, LongFell e Avery. Todos se reuniam para comemorar em homenagem aos fundadores dessa gloriosa cidade.

— É uma honra, mais uma vez, homenagearmos, essas incríveis família, que fundaram nossa cidade, a qual eu faço parte de uma. Eles construíram o nosso futuro. O futuro de Forks... — ele continuou o discurso e todos o olhavam, com muita atenção, enquanto Joseph, por sua vez, olhava para alguém com uma expressão amarga, no mesmo instante estranhei.

(...)

Cumprimentei a todos, em sinal de educação, revi velhos amigos do meu pai, que frequentavam minha casa e sorri falsamente para todos.

 Lydia já tinha chegado e trajava um belo vestido cor de pêssego. Ela estava ao lado dos seus pais. Trocamos poucas palavras sobre o dia anterior .

Vi Joseph se aproximar da orquestra e pedir uma música. Todos os casais foram até o centro da sala, e se posicionaram em seus lugares. Enquanto, os mais velhos observavam. Então começamos a dançar.

Passos leves, cabeça erguida, postura ereta e sorriso no rosto. Já sabia tudo o que precisava para dançar, com maestria. Desde pequena, tive aulas de etiqueta e bons modos, que me serviriam quando eu me casasse.

Depois de dançarmos, meu noivo pediu licença e foi conversar com alguns amigos seus, que estavam na festa. Peguei um ponche e segurei em minha mão de maneira delicada, até ver Lydia me chamando com uma expressão aflita no rosto. Larguei o ponche e passei apressadamente pelas pessoas, segurando a barra do meu vestido para não dar de cara com o chão.

— O que houve? — perguntei preocupada.

—Ele está aqui. Como não pensamos nisso antes? A família Avery, também é uma das fundadoras. — ela me comunicou aturdida e  foi minha vez de ficar aflita.

—Onde ele está? — tentei regular minha respiração. Estava nervosa.

—Eu não sei. — ela falou de forma sincera.

—Eu preciso tomar um ar. —  disse, segurando a barra do meu vestido, e caminhando até a varanda.

Me tranquilizei com ar gélido que passava por minha pele. A noite estava bonita e  bem iluminada. Me virei assustada, quando senti uma presença atrás de mim, assim me deparei com aquele oceano azul que eram seus olhos. Ele estava tão próximo a mim.

— Você não deveria estar aqui. — falei tentando controlar meu coração.

— Claro que deveria. Essa é a festa dos fundadores, e eu pertenço a família Avery. — ele disse com a voz calma.

—Eu tenho que ir, Joseph deve estar me procurando. —  disse me afastando dele, mas novamente, como ontem, ele puxou meu braço e me fez ficar.

—Fique mais um pouco. — ele pediu com palavras dessa vez, e eu o encarei.

—O senhor gosta do perigo, não é? — perguntei com uma voz ácida que nem eu mesma sabia que tinha.

— Por você, eu me arriscaria nele. — ele disse se aproximando de mim.

—Não digas isso... — Eu ia continuar, e então Thomas me calou colocando um dedo em meus finos lábios. Estremeci com seu toque.

—Shhh. — pediu e  rapidamente, cortou a distância que havia entre nós, e colou seus lábios nos meus. Eu sabia que nada adiantava, quando eu via os olhos deles nada mais me importava, e u não era a mesma.

Ele apertou minha cintura delicadamente, enquanto eu acariciava seu rosto de forma carinhosa.

   Assim que nos separamos, encaramos um ao outro .

— Isso é tão errado ...O que farei se percebi que me apaixonei por você? Mesmo estando prestes a me casar. — eu disse sofrendo e ele sorriu.

—Viva esse amor...Encontre-se comigo amanhã, na mesma clareira. — Thomas pediu, me olhando amoroso.

—Eu estarei lá. — disse convicta.

(...)

A festa continuou agitada. Apenas pedi licença ao meu pai, para me retirar, pois eu estava exausta. Essa era a melhor desculpa que eu poderia inventar.

Assim que cheguei, ao meu quarto. Caminhei até a janela e avistei Thomas lá em baixo, Quando ele me notou e sorri, corri para minha cama, e como de costume peguei meu diário.

Ele estava aqui hoje. Ele se aproximou de mim, senti sua pele em contato com a minha. Sim é de Thomas, que eu estou falando. Do único que rouba meus pensamentos e meus sonhos. Aquele dono dos olhos que me hipnotizam.

Joseph também estava aqui, mas como sempre era como se minha presença não existisse.

  Marquei de me encontrar novamente com Thomas depois do nosso beijo de hoje. Eu esperava que não me arrependesse...

Melinda Konstantinova. 30/09/1864.


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Notas finais do capítulo

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