A Love Of Another Life. escrita por Maria Vitoria Mikaelson


Capítulo 4
1864 - A Kiss Matched.


Notas iniciais do capítulo

Oii!! Espero que curtam o capítulo e comentem!
Boa Leitura!



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Forks - 1864.

Na manhã seguinte, a moça dispensou os serviços das criadas, e se vestiu sozinha. Optando por um vestido rosa claro, e luvas de renda. Deixou uma parte do seu cabelo presa e outra solta.

Foi até o seu criado-mudo e pegou o livro que Thomas havia lhe dado,o escondendo bem. Não queria que ninguém o visse com ele.

Assim, escutou três batidas na porta, mandando quem quer que fosse entrar.

Era Lydia.

—Oh Lydia, que bom que você chegou. — ela falou, encarando a amiga com ansiedade.

—Assim que seu pai me avisou, que eu deveria ir a cidade encomendar um vestido com você, eu fiquei confusa. Nós não já tínhamos encomendado vários essa semana? — ela olhou Miranda, desconfiada.

—Lydia... Aconteceu algo, que eu não te contei naquele passeio...Eu conheci um moço; Thomas Avery, ele me entregou esse livro e pediu que nos encontrássemos novamente, para eu entregar a ele. — Melinda falou, mostrando o objeto a  ela. Lydia lhe olhou desesperada.

—Oh Melinda, não me diga que se apaixonou por esse moço. —  pediu segurando as mãos da amiga, com força.

— Não! Claro que não. Como poderia? Só o vi uma vez— negou.

— Quem nega duas vezes, afirma uma. — Lydia rebateu e a outra suspirou.

—Confesso que algo me encantou nele. Mas sei que isso não pode significar nada. Afinal sou noiva, só tenho que entregar esse livro e pronto. — Melinda disse, tentando sorrir.

— Eu espero que seja só isso. — a moça loira disse, acariciando as mãos da amiga.

— E será. — confirmou.

(...)

Chegaram, de carruagem na cidade,  Lydia se despediu da amiga lhe desejando sorte. Melinda, caminhou até onde tinha visto Thomas pela primeira vez , e encontrou o mesmo, com uma expressão feliz.

— Pensei que não viria. — ele disse, sorrindo de forma encantadora.

— Eu não deveria ter vindo. Só vim entregar, o que lhe pertence. — ela falou de maneira nervosa, lhe entregando o livro.

— Venha! Vamos para um lugar que ninguém nos veja. — ele disse puxando sua mão delicadamente e ela de forma hesitante, aceitou.

Caminharam, por uma viela. Até chegarem, em um parte florida. Uma trilha no meio da floresta, bem iluminada.

Por mais que Melinda, achasse errado o que estava fazendo. Algo lhe dizia para confiar em Thomas.

Logo, chegaram a uma linda clareira, com muitas flores, pássaros cantando, e um belo lago no meio da paisagem.

 O som da água se movendo, deixou Melinda encantada. Ela amava a natureza, mas por passar tanto tempo presa dentro de casa, não conseguia ficar próximo a ela.

— Isso é muito belo. — falou, ainda encantada.

 — Não tão belo, quanto a senhorita. — ele a elogiou e a mesma corou.

— O que o senhor quer comigo ? Eu sou noiva, e pelo que ouvi de você, me diz que, o senhor não quer nada com a vida. — ela lhe perguntou de forma direta, e ele ficou surpreso.

—Eu nunca imaginei que fosse encontrar alguém, que fosse tão perfeita quanto nos livros são descritos. Mas assim que vi a senhorita, enxerguei um anjo em minha frente. Tão bela. Tão perfeita...Pode parecer tolo o que vou dizer agora; Mas acho que me apaixonei por você — ele disse, segurando as mãos de Melinda.

— Pois trate de esquecer esse sentimento. Porque ele é errado. — ela lhe repreendeu, mas por dentro estava emocionada por suas palavras.

 — Quem é o sortudo, que tem a senhorita como noiva? — ele perguntou desviando o assunto. Não queria assusta-la, com suas declarações.

— Joseph Phillipis. —  respondeu nervosa .

— Oh muito almofadinha. A senhorita merecia alguém melhor. — ele falou–lhe.

— O que sabe sobre mim, para saber se ele me merece ou não? Só me viu uma vez. — ela rebateu, ainda fraca por suas palavras.

—Dizem que os olhos,são o espelho da alma, e quando eu olho para a senhorita;  Vejo pureza, bondade e inteligência. —  disse e ela se emocionou ainda mais.

— Como pode ter certeza ? Essa conversa do senhor, não tem cabimento. — ela disse começando a se afastar, mas ele foi mais rápido, pois puxou seu braço delicadamente e seus corpos ficaram próximos.

— Diga, olhando nos meus olhos, que não sentiu o mesmo quando me viu. Que não pensou em mim enquanto dormia. Diga que não ansiou por nosso encontro. — ele pediu a jovem, que o encarava aflita.

— Não me peça isso.  —  falou e ele sorriu.

— Do que tem medo? —  perguntou.

— De comprovar que me apaixonei pelo senhor, mesmo só tendo lhe visto uma vez. — ela falou com sofrimento.

— Por quê? — ele perguntou, sem entender .

— Porque, eu não suportaria saber que experimentei o amor, mas não pude vive-lo para sempre. Daqui há pouco tempo, irei me casar. Esse é um fardo que eu vou carregar. — ela disse convicta e e Thomas a soltou.

—Desculpe-me. — lamentou-se e Melinda se virou para ele .

—Não á nada que pelo que deva se desculpar. Eu já lhe entreguei o que lhe pertencia, agora nunca mais nos veremos. —  garantiu e antes dela ter chance de escapar, ele colou seus lábios nos dela.

De forma doce e apaixonada, e sem se dar conta, ela correspondeu. Segurando o rosto do belo moço, enquanto ele acariciava seu cabelo. Ela se sentiu completa, extasiada, como era descrito nos livros. Um verdadeiro beijo, de um casal apaixonado.

Quando se separam, colaram a testas e se olharam por exatamente alguns minutos sem falar nada.

— Isso não deveria ter acontecido. — Melinda finalmente expressou uma reação e saiu correndo e ele foi atrás dela.

—Eu sinto muito. — ele lhe disse ao pé do ouvido.

—Nós nunca mais, iremos nos ver. — ela decretou e se afastou daquela campina.

Correu desesperada, até avistar Lydia, a amiga lhe acudiu, lhe abraçando sem entender nada da situação e acariciou o rosto da amiga, enquanto, lágrimas caiam do seu belo rosto.

(...)

Quando chegaram a casa de Melinda, as duas subiram para o quarto da mesma, que ainda chorava. Ela se jogou na cama, até se acalmar um pouco.

 Lydia caminhou, até a porta para garantir que o pai de Melinda não visse as condições que sua filha estava, e assim trancou-a.

 — O que aconteceu? — Lydia inquiriu, já desconfiando o motivo dela estar assim.

—Nós nos beijamos. — ela confessou, se acalmando mais.

—Eu imaginei que isso aconteceria. O que você tem na cabeça de se encontrar com um homem, mesmo estando comprometida? — ela perguntou, se sentando na cama da amiga.

—Eu não sei. Algo me dizia que eu tinha que ir até lá. — defendeu-se .

—Amiga, por mais que eu não apoie a ideia de você se casar obrigada, eu sei o quão errado é trair o seu noivo. — sua amiga disse e ela a encarou.

— Você não teria coragem de contar ao papai, não é? — lhe perguntou desesperada.

—Como você pode achar isso de mim? Eu nunca contaria isso a ninguém. — ela falou ofendida, então a outra, a abraçou.

— Desculpe-me, eu estou muito confusa. —  se desculpou, limpando as lágrimas, que insistiam em cair.

— Agora se recomponha. Seu pai pode aparecer a qualquer momento, e não é aconselhável que ele te veja assim. — Lydia falou e a outra, pela primeira vez depois de muitas horas sorriu. Concordando em seguida.

(...)

Ponto de vista : Melinda Konstantinova.

Quando a noite chegou, depois de um jantar silencioso com meu pai, me encaminhei até o meu quarto.

Passei a mão sobre os meus lábios, me lembrando do beijo. Meu primeiro beijo.

 Como era de costume, peguei meu diário afim de escrever, sobre como me sentia.

Querido diário, eu beijei Thomas mesmo sabendo o quanto é errado. Me deixei levar pelo que acho que sinto por ele. Me arrisquei. Traí Henrik e o pior; trai a confiança que meu pai depositou em mim. O que ele faria se descobrisse o que eu fiz?

Eu avisei a Thomas, que não nos veríamos mais, mas a verdade é que eu sabia que eu queria vê-lo de novo.

E se não fosse tão errado sentir seus lábios novamente sobe os meus? Ele disse estar apaixonado por mim, mas como poderia se só me viu uma vez? Essa eu mesma poderia responder, já que eu também acho que me apaixonei por ele, á primeira vista.

Sim, eu estava apaixonada por Thomas Avery e sabia o quanto isso ia me custar...

Melinda Konstantinova. 29/09/1864.


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Notas finais do capítulo

Comentem!



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