A Love Of Another Life. escrita por Maria Vitoria Mikaelson


Capítulo 34
1x25 - Between Conversations.


Notas iniciais do capítulo

Minhas desculpas sobre sumir não serão fáceis de serem compreendidas, então me limito a dizer que a fanfic voltou oficialmente com direito a um capítulo por dia essa semana, vamos acabar essa primeira temporada logo e começar a segunda.
Comentem, favoritem e recomendem, quero saber que vão continuar lendo.
Boa Leitura!



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"Os melhores conselhos são sempre os mais difíceis de seguir."

Ponto de vista: Isabella Swan.

Batuquei meus dedos em cima da mesa e observei Vick esparramada na cadeira do refeitório, seus fios ruivos estavam levemente bagunçados e seu rosto um pouco amassado, como se ela tivesse tido uma péssima noite, suspeitava que isso havia acontecido mesmo. Um óculos escuro cobria seus olhos verdes, encarava o copo de café como se ele fosse morder ela a qualquer instante.

— Vou ser a primeira Julieta de ressaca da história de Forks, os ensaios começam daqui a pouco e olha como estou. — dramatizou puxando os óculos lentamente, revirei os olhos e bebi um pouco do meu suco de laranja.

—Com certeza será ridículo. — debochei sem a mínima paciência para escutar as reclamações dela, podia não estar de ressaca, mas não estava com o melhor humor. O motivo?  Tinha atendido uma ligação da minha mãe hoje. As conclusões sobre meus sentimentos são obvias.

—Tem como você me apoiar? — resmungou fazendo uma careta.

— Não, não tem, porque não é culpa minha se você se embebedou ontem, ficando com uns cinco caras só porque o Riley resolveu que precisava de uma namorada, vulgo Jéssica piranha 2 que satisfizesse seus desejos carnais. — fui direta logo de uma vez, ela arregalou os olhos.

—Ele é nosso amigo, tenho direito de me preocupar com ele. —  protestou indignada.

—Você se embebedou, isso não é ficar preocupada, é ter dor de cotovelo. — retruquei irritada pela conversa, qual é. Já estava irritada por todo aquele drama envolvendo os dois, eles poderiam ser como eu e serem felizes sozinhos não podiam?.

— Às vezes você é insuportável Isabella. — falou incrédula, revirei os olhos.

— Que bom que é só às vezes. — ironizei.

O grupo de populares se sentou na sua mesa de costume enquanto conversavam sobre algo que parecia estar no auge da importância. Mas decidi ignorar isso, afinal não era da minha conta.

— Oi meninas, bom dia. — Riley falou quando já estava próximo de nossa mesa, Vick se levantou e reuniu seus materiais rapidamente.

— Tenho que ir Isabella. Tchau. — falou ignorando Riley completamente, me perguntava como ela conseguiria ignorar ele nos ensaios. Mas com certeza ela não pensou nisso. Afinal é sobre a Vick que nós estamos falando.

— É impressão minha ou ela está me evitando? — Riley questionou com uma sobrancelha arqueada se sentando logo em seguida.

—Não é impressão, ela realmente está te evitando, e eu deveria estar fazendo o mesmo afinal você seguiu meu conselho completamente ao contrário. Posso saber se você tem um bom motivo para isso? — questionei irônica e ele suspirou.

— Tenho um bom motivo sim. Estou tentando tomar as rédeas da minha própria vida, não quero ser mais o garoto bobo e ingênuo que todo mundo sabe que é apaixonado pela melhor amiga, menos ela. — explicou sério, e eu o encarei incrédula.

—É isso que você é Riley, doce, cativante e sincero. É isso que te faz ser especial. — falei indignada por a atitude dele .

—Não, não é o que eu sou, é o que as pessoa me rotulam. O que elas esperam que eu seja, você entende muito bem de rótulos Isabella, do quanto eles são ruins. As pessoas nunca esperam mais de mim, sempre esperam que eu seja compreensível e que fique para sempre á espera de que a Vick me note, mas sou muito mais que isso, e a Jéssica pode ser tudo que vocês falam, mas ela me faz ter a sensação que sou eu mesmo. Quando alguém te faz bem de verdade você não se importa com a opinião dos outros, porque no fundo você não quer perder a única pessoa que de verdade acreditou em você.  Sei que sempre defendi a ideia de que todos os populares são babacas e ridículos, mas algumas pessoas são diferentes, a Jéssica para mim é uma exceção. —  desabafou e eu o olhei sem palavras.

No fundo sabia que Riley tinha razão, ninguém tinha direito de julgar sua decisão, ele tinha escolhido a Jéssica vadia sim, mas e dai? ele estava feliz. Então não importava todo o resto, quanto a Vick ninguém poderia fazer nada, ela nunca havia percebido o garoto incrível que estava ao lado dela por isso o perdeu.

—Supondo que você esteja certo, você não acha que a Vick merece uma conversa definitiva? — sabia que aquilo era pedir de mais, mas era sobre minha melhor amiga e eu precisava fazer aquilo por ela .

—Uma conversa sobre o que? Sobre eu ter sofrido esses anos todos por ela, enquanto ela se esfregava com o primeiro cara que aparecesse na frente dela? —  questionou irônico e ao mesmo tempo ofendido.

—Uma conversa sobre ela ter descoberto isso tarde de mais. — falei calma e ele me olhou surpreso, abriu e fechou a boca várias vezes antes de formular uma palavra. Foi fácil juntar peça por peça ao ouvir as lamúrias da Vick, ela tinha total certeza que o Riley nutria fortes sentimentos por ela.

— O.o que? — balbuciou como se não acreditasse no que eu tinha acabado de dizer .

— Não sei como me apaixonar por alguém Riley, não sei o que as pessoas sentem quando acontece, se é ruim ou bom. Imagino que seja uma porcaria, mas esse não é o X da questão. Acho que você está fazendo o que a Vick fez por anos, não está enxergando algo que está em sua frente, talvez na frente dela também. A Vick gosta de você e qualquer um pode perceber, o jeito como ela tem ciúmes de você, a forma como ela te quer por perto, como vocês tem tantas coisas em comum, mas ao mesmo tempo são diferentes. — falei o que achava e ele me olhou com seus olhos verdes brilhando em confusão.

— E o que você quer que eu faça com essa informação? — questionou sério, tentei sorrir.

— Use ela da melhor forma antes de decidir ficar com qualquer uma que seja, pense se é realmente o que você quer fazer ou se você só está fazendo para fugir de um sentimento não correspondido. — aconselhei tocando levemente sua mão, logo após peguei minha mochila e sai do refeitório, o deixando com seus pensamentos.

(...)

Fechei os olhos levemente sentindo o vento bater no meu rosto bagunçando meus cabelos, era uma sensação boa, confortável. Estava sentada em um dos bancos que ficavam em frente ao prédio da escola.

 Queria ficar um pouco sozinha, para refletir sobre as palavras de Riley, tentando chegar a uma conclusão, talvez para organizar meus pensamentos em relação a ficar desconfortável agora quando tenho algum momento "durável" com Edward. Mas obviamente Edward Cullen não sabe respeitar o espaço pessoal de uma pessoa, já que ele não consegue ficar sem ver meus lindos olhos por cinco minutos que sejam.

— Estava te procurando. — falou com a voz rouca próximo ao meu ouvido, abri os olhos encarando seu rosto como  havia o reconhecido sem vê-lo? simplesmente pelo seu cheiro amadeirado. Oh droga! Estou reparando no cheiro dele.

—Que interessante. —debochei, Edward riu levemente já sabendo que eu não o cumprimentaria educadamente, afinal não seria eu se fizesse isso.

—Sabe, estava pensando que você iria assistir o ensaio do Riley e da Vick. — falou franzido as sobrancelhas, mas ignorei completamente sua observação.

— O Riley está certo em ficar com a Jéssica. — conclui minha linha de pensamentos, ele me olhou como se eu estivesse louca.

—O que?! — perguntou confuso, balancei a minha cabeça antes de me explicar.

—Ele está seguindo em frente entende?  Está superando, ele me disse algo que ficou gravado nos meus pensamentos; Não importa que seja ela ou que seja qualquer outra pessoa, o que realmente importa é que pela primeira vez ele sente que é importante para alguém. —expliquei, Edward assentiu e se sentou ao meu lado.

É, talvez as palavras de Riley tenha mexido de mais comigo. Ficamos em silêncio apenas observando o céu a nossa frente e ignorando todo o resto que não parecia ser importante.

— Deve ser horrível amar alguém e não ser correspondido. — falou como se pensasse alto, o olhei, ponderando as palavras.

— Talvez a melhor opção seja não amar ninguém. — expliquei minha teoria, Edward olhou no fundo dos meus olhos.

—Você fala de um jeito, sinceramente, nenhuma vez na sua vida você quis se apaixonar? Esse é o sonho de qualquer garota. — perguntou com as sobrancelha franzidas como se fizesse uma careta, pensei antes de responder.

— Percebi há um tempo que o amor acaba... por mais que a gente queira nada é eterno, os amores machucam. Para mim a única coisa que parece eterno é o sofrimento, ele remoí tudo de bom que você tem e deixa um buraco profundo no seu coração. — falei com a voz fraca e senti meus olhos marejarem, mas me segurei, sem entender o porque de eu dizer isso.

—Não precisa falar mais nada. – pedi baixinho, o olhei sabendo que dessa forma não precisava dizer nada mesmo, porque meus olhos diriam tudo.

Sempre quis alguém que me ouvisse. Não as bobagens que eu falo de vez em sempre. Mas o que minha alma não sabe dizer. Que fizesse esforço para...capitar tudo o que não sai da minha boca.

Encostei minha cabeça no ombro dele, enquanto deixava mais uma vez o silêncio nos acompanhar na conversa confusa que havia se iniciado.

—Hoje fiz uma descoberta interessante. —  disse sorrindo divertida deixando de lado aquele clima, ele olhou para mim curioso, esperando eu continuar, como se dissesse que não iria me atrapalhar.

— Acho que confio em você. — admiti com um meio sorriso em meu rosto, por alguns ele ficou estático, mas logo após assentiu.

— Confio em você também Isabella, acho que eu confio mais em você do que em mim mesmo. —  falou tocando minha mão de forma hesitante, olhei para nossas mãos entrelaçadas.

Era isso eu confiava nele, talvez sempre tenha confiado, mas nunca tenha conseguido admitir, tinha uma coisa em mente  esperava estar certa, ou seria minha ruína.

Ponto de vista: Edward Cullen.

 Acho que confio em você.

Essas palavras ecoavam em minha mente como uma música chiclete, dessas que a gente acha chatas, mas que não saem de nossas cabeças.

Definitivamente eu era uma pessoa horrível, pela primeira vez por culpa daquelas palavras que soaram mais altas do que um grito havia pensado nas consequências das minhas ações, seria assim, a culpa iria me remoer agora? cada coisa que fiz? Tudo seria perdido quando a Isabella descobrisse, nossos momentos juntos, tudo. Tudo por causa de uma maldita aposta.

Ela confiava em mim, e eu estava traindo a confiança que ela demorou tanto tempo para depositar. Iria trair ela da pior forma possível.

 Me perguntava com nunca havia notado ela em meios aos alunos da escola, porque ela era alguém que mesmo escondida no seu canto contagiava qualquer um com o charme que exalava, como alguém nunca havia reparado no brilho dos seus olhos claros quando ela lê um livro? no sorriso sincero que aparece em seus lábios quando ela fala algo de forma hesitante? como eu não havia reparado?

Sempre preso no meu mundo, entre os populares, sem pensar em nenhuma da estúpidas ações que nós fazíamos dia à dia.

 A única solução para aliviar minhas culpas era contar para ela. Mas sabia que nunca faria isso, não encarando seus olhos e seu meio sorriso. Era um covarde, sabia disso.

— Cullen presta atenção no jogo. — o treinador chamou minha atenção e decidi que ficar pensando nisso não iria me ajudar em nada, o que me restava era esperar o que estava por vir.

(...)

Depois do treino fui lanchar no refeitório junto com Emmett, Jéssica e Rose, já estavam em seus lugares e conversavam sobre algum assunto fútil que provavelmente me deixaria com tédio, me sentei no meu lugar e me deliciei com meu sanduíche.

— Jéssica me contou sobre a comemoração de você e os nerds ontem, não sabia que a Bella era tão...espontânea. — Rose tentou encontrar uma palavra que não fosse ofensiva, agradeci por isso.

—Se você conhecesse a Isabella bem, saberia que ela é interessante. — debochei e ela soltou uma risada sarcástica.

— Com certeza você deve conhece-la bem mesmo. Mas me diz Edward como vai a aposta? já temos um possível ganhador? — perguntou provocando, olhei para ela sem paciência.

—O que você acha? — questionei irônico.

—O que acho? Deixe-me pensar...Até agora não vi a nerd anunciando que tem algo com você além de uma amizade estranha, então cheguei a conclusão que o Emmett está com mais chance do que você. — falou. Mas eu vi algo estranho em seus olhos, ela estava aprontando algo, se levantou rebolando e saiu de minhas vistas me deixando sozinho com Jéssica que estava pensativa, enquanto Emmett se servia no balcão dos alimentos.

—A propósito parabéns pelo namoro. — desejei sinceramente, porque gostava de Riley.

—Obrigada, acho que pela primeira vez estou feliz de verdade sabe? O Riley é legal, parece real, você me entende?...Quer dizer  nunca namorei sério com ninguém...então... — tentou desconversar e sorri vendo que ela não queria perder a pose de seguidora de Rose, como se aquilo fosse bom.

— Entendo Jéssica, quando você encontra algo real, você não quer perder. — conclui olhando para um ponto qualquer lembrando da teoria que Isabella defendeu aquela a qual havia sido dita pelo Riley, e ela me encarou com seus olhos  expressando compreensão.

—Você está se sentindo culpado pela aposta não é? — perguntou séria, a olhei surpreso, mas depois pensei que seria bom desabafar sobre aquilo com alguém, porque se não eu iria explodir e Jéssica me parecia uma boa opção no momento.

— Estou me perguntando, por que fiz isso? — admiti ignorando meu lanche.

—É pela popularidade, ela faz isso com a gente, ou você acha que às vezes não me sinto culpada por apoiar a Rosalie nos planos dela? tudo pela popularidade Edward, a gente vive como se isso fosse a coisa mais importante do mundo. — disse e eu quase sorri por sua sinceridade, afinal aquela era a realidade em partes.

—E o que você me aconselha a fazer? que eu conte a ela, e perca a sua amizade, ou espere ela descobrir para me odiar em seguida. —debochei esperando um bom conselho, o que Jessy falou me fez refletir.

—Só quem pode saber o que é melhor é você. Ser julgado pela verdade. Ou rejeitado pela mentira...


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Notas finais do capítulo

Apaixonados por Edward e Bella?



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