A Love Of Another Life. escrita por Maria Vitoria Mikaelson


Capítulo 30
1x21 - Friends Support Friends.


Notas iniciais do capítulo

Eu voltei gente, demorei, mas, voltei. Para finalizar essa temporada linda de bonita, onde esses personagens são tão fofinhos hahaha.
Queria justificar aqui a razão do meu sumiço de todas as fanfics desse site, mas, são tantas razões e acho que isso não é necessário, já que o que realmente importa é que estou de volta, certo?
As postagens aqui serão mais frequentes que nas outras, mas, não se preocupem, pretendo voltar para todas que deixei a ver navios. Leitores de "Chances" que esperam meu retorno, logo mais estarei postando lá.

Queria contar com os comentários de vocês nesse capítulo por meio dos comentários, podem dizer o que acharam só para que eu saiba que ainda estão aqui e querem que eu continue?

Boa Leitura!



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"Posso ser dura, posso ser forte, mas com você não é mais assim. Há uma menina que se importa, atrás dessa parede que você simplesmente atravessa - Avril Lavigne"

Ponto de vista: Edward Cullen.

Assim que cheguei em casa me joguei na cama King Size sem me importar com a neve que estava no meu casaco. Comecei a olhar as fotos que havia tirado junto com Isabella, mas, logo depois ignorei a câmera á minha frente, me focando apenas no gosto dos lábios gelados dela sobre os meus, no seu cheiro de morango...

Me levantei retirando de uma vez o casaco e o cachecol ficando apenas com a camisa na parte de cima, puxei meus cabelos com forças, e joguei todos os objetos da minha escrivaninha no chão. Completamente irritado. Chutei uma foto de Rosalie que ela tinha insistido em deixar em meu quarto com mais raiva ainda.

Por que porcaria eu tinha aceitado a droga daquela aposta? ,O quão ruim eu era? Estava ignorando os sentimentos de alguém para provar que eu continuava o mesmo, mas, a grande questão era; Será que eu queria bem no fundo continuar a ser o mesmo?

Era tudo tão mais fácil quando eu não ligava para os sentimentos da Isabella, quando ela só era mais uma nerd qualquer renegada daquele colégio, mas, agora aquela resmungona é muito mais que isso;ela é minha amiga, talvez a única de verdade.

Droga Edward, a Rose e o Emmett também são seus amigos, desde sempre.

Me remoer de remorso não vai adiantar de nada, a única forma é mudar o plano; conquistaria a Bella, ganharia a aposta e logo após contaria a ela tudo, e ela me desculparia e nós continuaríamos a ser amigos.

Me questionei quais eram as chances disso dar certo, e a resposta foi zero, assim como a temperatura de Forks nesse exato momento.

(...)

A manhã de segunda –feira estava estranhamente ensolarada, o que era completamente confuso pois o fim de semana foi chuvoso, dirigi com um óculos de sol no rosto, e estacionei na minha vaga. Desci do carro e acenei para Emmett que retribuiu balançando a cabeça, logo coloquei a mochila nos ombros, caminhando até onde Isabella conversava animadamente com Riley. Fui até ela e dei um beijo nos seus cabelos apenas para implicar e ela me deu um empurrão de leve, mas, vi a fresta de um sorriso em seu rosto pálido. Sorri mais ainda ao ver ela de vesttido, talvez por conta do clima mais fresco.

— E ai preparado? — perguntou sorrindo. O que era mais estranho do que Forks fazer sol, porque Isabella não costumava sorrir pela manhã. Franzi as sobrancelhas.

—Para quê?— perguntei confuso e ela revirou os olhos.

—Como para que? Idiota, para me mostrar seu projeto de arquitetura. —  disse como se fosse obvio e eu vi Riley sair a francesa.

—Eu disse que um dia te mostraria. — enfatizei a palavra e ela sorriu ironicamente e levantou meu rosto na direção do céu. Fiquei mais confuso ainda.

—Está dia Edward, ou você por acaso está vendo alguma lua? — debochou com os braços cruzados, e eu sorri. Ai está a Isabella mau-humorada das manhãs.

—Tudo bem, depois da aula eu consigo a chave da sala de artes. —garanti, Bella assentiu e tirou o óculos do meu rosto, a encarei sem entender nada.

—Por que fez isso? — questionei e ela sorriu daquela forma misteriosa. Cara, ela nem quer ser bonita, mas ela é, sabe? E fica sorrindo desse jeito absurdo, como se não soubesse o que tá fazendo comigo.

—Eu gosto dos seus olhos, a forma como o sol bate neles os deixam ainda mais bonitos. — admitiu com um mínimo sorriso, como se não devesse falar aquilo.

—Eu também gosto dos seus; eles são eletrizantes, astutos, mas, o principal; misteriosos. — falei e vi ela me encarar sem nem sequer piscar como se procurasse algo para dizer, e então achou.

—Essa conversa está ficando ridícula demais, eu tenho que ir, não posso estragar minha fama de anti-social. —  resmungou me dando as costas e foi impossível não rir daquilo.

—Tchau nerd... — gritei rindo. — Sabe como é; para não perder a fama de popular babaca. — debochei e mesmo de costas, eu podia adivinhar que ela estava sorrindo.

 (...)

As meninas dançavam animadamente a coreografia da líderes de torcidas. Com alguns erros notáveis, mas, isso rapidamente era corrigido por Rose, que era a capitã.

Estava assistindo o treino das animadoras, hoje, por conta do sol, elas decidiram fazer no pátio da escola, lógico que tal coisa atraiu muito mais a atenção das pessoas, que já estavam amontoadas na grama, vendo as garotas com grande entusiasmo.

Mas, minha atenção se prendeu a um grupo especifico; Riley e Victoria. Isabella não estava com eles, o que era estranho, já que eles sempre andavam juntos.

Fui até lá.

— E a Bella, onde está? — perguntei com curiosidade, e a Victoria retirou os óculos escuros que usava.

— Bom dia para você também Edward. — debocha e eu dou um sorrisinho. — Bellaestá na biblioteca, digamos que ela tem um pouco de pavor de líderes de torcida. — esclareceu distraidamente, quase no automático e eu ergui uma sobrancelha.

—Por quê? — pela forma como Vick arregalou os olhos pude notar que a mesma não devia ter dito o que disse. Riley ao contrário pareceu não notar o incomodo dela.

—Falei demais, quem sabe um dia a Bella te explica, isso é coisa dela. — Victoria desconversou e eu assenti desconfiado.

Deixei de lado, porque Isabella sempre seria assim; A garota misteriosa da Califórnia.

(...)

Ponto de vista: Isabella Swan.

A biblioteca estava vazia, por conta de todos os alunos estarem no pátio, aproveitando o dia de sol para ver o treino das líderes de torcida, mas, eu não me encaixava nessa categoria. Preferia ficar aqui, quieta, sozinha, apenas com meus pensamentos.

Alguns raios de sol entraram pela vidraça lateral e eu sorri. Quando se passa tanto tempo no frio um pequeno vislumbre de calor é acalentador. Coloquei os meus fones de ouvido, e deixei meu corpo ser dominado pelas ondas sonoras tranquilizantes. Música também é agradável.

Batuquei a ponta do lápis sobre a folha de papel que eu estava desenhando, e passei o dedo levemente pelo rascunho. As cores rubras dominavam todo o desenho, a janela mais alta do colégio e duas mãos pequenas presas na sacada estavam presentes na imagem. Era uma visão assustadora, uma cena repleta de significado; era obvio como a pessoa da foto queria ajuda.

E de alguma forma eu sabia que não como ajudá-la.

Balancei a cabeça levemente e rasguei a folha rápido. Me acomodei na cadeira, fechando meus olhos em seguida. Deixando as lembranças e os pensamentos me guiarem em seguida. Pelo menos essas eram reais, não eram os restos que povoavam minha mente como peças de um quebra cabeça que nunca vou entender.

— Estou com med. — admiti com a voz fraca e os olhos  transbordando em lágrimas. Ele me encarou com o olhar frio que foi adquirido pela convivência comigo.

—Medo é um sentimento especifico de quem se importa. — rebateu com sua voz rouca perto do meu ouvido, me virei encarando seus olhos. Escuros, e antes carinhosos.

—Eu me importo. Esse é o problema. Me importo com você. Me importo com nós dois. Me importo com o que os outros dirá. — disse ofegante e ele por reflexo se afastou de mim. Mas, eu sabia que voltaria.

— Se você tem medo, isso nunca dará certo. — afirmou, e meu desespero só aumentou.

— Não fomos feitos para dar certo, mas, sim para ficarmos juntos, mesmo errados. —afirmei e ele me encarou rindo. Mas, não havia o menor humor ali.

—O problema é que no fim nós não ficaremos juntos. Nunca. — era a verdade, doía, demais para ser sincera, mas, é a verdade.

— Então por que continuar? — questionei sem me intimidar e o mesmo me prendeu contra a parede, enquanto eu sorria sem humor também.

—Por que nós não conseguimos nos separar...

Despertei dos meus devaneios ao ver Edward, balançando a mão em frente ao meu rosto, como se quisesse me acordar. Tirei os fones de ouvidos e suspirei.

Lembrar do passado me deixa abalada. Tenho que me recompor rápido.

—Encontrei Vick no pátio, e fiquei surpreso ao não te encontrar lá. —  falou como se realmente se importasse, se sentando na cadeira a minha frente.

—Sabe como é; líderes de torcidas, suor, caras pervertidos, enfim, nada disso faz minha praia. — declarei com a voz um pouco fraca e ele me encarou.

—Por que será que eu não estou acreditando nisso? — perguntou ironicamente, e eu revirei os olhos.

—E por que motivo você acha que eu te contaria se fosse outra coisa? — retruquei no mesmo tom que ele.

—Então a Isabella mau humorada está de volta. O que aconteceu com a garota animada de hoje de manhã ? — questionou me encarando.

—Foi embora, junto com minha paciência. — rebati e ele me olhou de forma séria. Quando eu estou sozinha, e as coisas que fiz me acompanham, as coisas boas vão embora.

—Qual é o problema? — ele não desiste, quer me apertar até eu ser sincera. Encaro um ponto de qualquer, antes de responder.

— O problema, Edward? O problema é que eu estou cansada. —admiti com o máximo de sinceridade que podia. Ele me encarou, sabendo que eu não falava de estar cansada fisicamente, mas, sim emocionalmente, e mesmo sem questionar os motivos Edward se aproximou de mim e tocou minha mão levemente.

O toque dele soou como uma brisa de conforto, e para minha surpresa eu não me esquivei.

—Sou péssimo para dizer as coisas certas, mas, eu vou tentar...Olha Bella, eu sei que sou um babaca e que de vez e sempre eu faço coisas estúpidas, da quais eu não me arrependo depois. Admito, mas, o que eu quero dizer é que apesar de tudo, você pode contar comigo. Eu quero ser um bom amigo, você acredita nisso não acredita? — já não era mais sobre mim, ou o que me deixa aflita, é sobre ele. Para aliviar sua consciência Edward precisa de uma confirmação de que não é tão ruim quanto é.

— Sim Edward. Eu acredito. — dei isso a ele, sem nem ao menos saber se devia. Se minto, ele não parece querer questionar.

E então um sorriso tranquilo nasceu no meu rosto e no dele. Nossa amizade — se é que podíamos chamar assim — era estranha e cheia de furos, mas, pelo menos era honesta.

(...)

Começamos a andar pelo corredor, que agora já se encontrava cheio em direção a sala de Artes a qual Edward estava com a chave e balançava lentamente no ar.

O clima estranho da conversa anterior parecia ter sido esquecido, e isso me aliviava de certa forma. Com certeza não quero ter uma conversa profunda com ele agora.

Edward encaixou a chave na fechadura, e girou a maçaneta, então nós dois adentramos ao lugar onde o mesmo fazia tais projetos.

—Como conseguiu a chave? — perguntei enquanto colocava minha bolsa em cima de uma bancada.

—Ser amigo do professor Xavier tem lá suas vantagens. — brincou abrindo as janelas e deixando a sala iluminada.

—Ele te ajuda nos projetos? — perguntei realmente curiosa e Edward me encarou.

— Mais que isso; ele me apoiou. — falou sorrindo, como se isso fosse realmente importante. Como se não acontecesse com frequência. Então se aproximou dos grandes armários de ferro e retirou de lá uma maquete.

Olhei fascinada, quando ele colocou a maquete em cima da mesa. Cada detalhe parecia ter sido pensado e executado com perfeição, mesmo, que eu não entendesse muito daquilo, podia ver que ali não existia nenhum erro. Edward realmente tinha talento. Encarei ele, e vi que esse me olhava com expectativa.

Me aproximei e toquei meus dedos levemente de forma hesitante, como se eu fosse quebrar aquilo, sorri, e aquilo pareceu deixar ele aliviado. Tateei as pequenas paredes, agraciada com seu encanto.

—O que é? — perguntei curiosa, me referindo ao projeto da maquete, e ao mesmo tempo hipnotizada.

— Uma biblioteca. — falou sorrindo de lado. Uma mensagem subliminar no ar. O encarei com uma sobrancelha arqueada.

— Algum motivo especifico? Alguém específico? — questionei provocando, e ele gargalhou.

—Tem pessoas que gostam e eu gosto dessas pessoas. — Edward respondeu dando ombros e eu balancei a cabeça negativamente.

Antes que pudesse dizer mais alguma coisa minha atenção se voltou para alguns folhetos espalhados de forma desajeitada na mesa a nossa direita, peguei um em minhas mãos e o li.

Tratava-se de um convite para uma feira de talentos de arquitetura aqui na cidade, deixava bem destacado que não precisava-se de formação universitária para participar.

Não li todo, apenas encarei Edward com uma da sobrancelhas arqueada.

— Por que você não participa? — perguntei colocando o folheto na mesa, e ele me encarou desconfortável.

—Não estou preparado. — desconversou, e eu semicerrei os olhos.

— Eu deveria ser como eu mesma nesse momento e não insistir? Ou você vai me falar a verdade logo?. — perguntei ironicamente e Edward suspirou.

—Não tenho certeza, sabe? Certeza se eu tenho talento, e talvez eu tenha medo de confirmar minhas dúvidas, perdendo essa competição. Sou inseguro em relação a isso, admito. — disse como se fosse difícil falar aquilo e talvez fosse.

—Achava que populares eram super seguros de si. — não consegui me controlar e debochei.

—Talvez sejam, mas, eu não. — com um sorriso de lado, o mesmo me disse isso, se encostando em uma mesa. Fui para o seu lado, ainda olhando a maquete.

— Uma vez me disseram que não é o número de vezes que você cai que te torna um perdedor, mas, sim o número de vezes que você levanta que te torna um vencedor. Talvez essa pessoa estivesse certa. —falei com um sorriso nostálgico.

— Isso tudo se resume a que? — perguntou encarando um ponto qualquer e eu suspirei.

—Se resume a que não importa se você vai ganhar ou não. Se você perder é porque aquele não era o momento certo de você experimentar o triunfo, significa que você terá outras oportunidades, mas, nunca vai saber se não tentar, e você tem talento, confie nisso, e se você não confiar em si próprio, confie em mim. — disse olhando no fundo dos seus olhos. Um sorriso apareceu no seu rosto.

—Nenhum dos meus amigos nunca se importou em perguntar qual era o meu sonho, ou qual eram minhas inseguranças. — admitiu mais uma coisa, com um ar quase envergonhado.

—Seria muito clichê se eu dissesse que não sou igual aos seus amigos? — perguntei com a sobrancelha franzidas. Edward gargalhou.

—Seria, e você não é nada clichê. —  debochou. Dei um empurrão em seu ombro. Ambos rimos.

—Você vai se inscrever, não vai?

—Vou e você vai estar lá, não vai? — perguntou quase inseguro de novo e eu encaro a maquete a minha frente mais uma vez.

—Vou, e também vou ser a primeira pessoa que vai te abraçar quando você receber a medalha. — lhe garanto isso, e a mesma mão que tentou me consolar mais cedo se entrelaça a minha. Não  nos olhamos para entender o que significa, mas, eu sei que significa algo.

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Notas finais do capítulo

Partes do passado da Bella inclusas aqui, hein?
E esse momento fofo no final?
Comentem!



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