A Love Of Another Life. escrita por Maria Vitoria Mikaelson


Capítulo 29
1x20 - A Little Remorse.


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo para vocês!
Comentem!
Boa Leitura!



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(Música do capitulo )

"A gargalhada é o sol que varre o inverno do rosto humano"

Ponto de vista: Isabella Swan.

 Riley, Vick e eu estávamos sentados no banco em frente da escola, eu estava escutando música no meu fone de ouvido, Riley estava lendo um livro distraidamente, e Vick digitando algo no seu celular, me encontrava apoiada com a cabeça nas pernas do Riley e com os olhos fechados apenas balançando minha cabeça ao ritmo da melodia lenta.

Era a hora do intervalo e em vez de ficarmos no refeitório como fazíamos todos os dias, decidimos aproveitar nossos minutos de descanso ao ar livre e até que isso estava sendo bem relaxante.

Resmunguei, abrindo os olhos quando alguém puxou meus fones e me deparei com o filho da mãe Cullen me fitando.

Me sentei bruscamente, irritada por ele ter atrapalhado meu momento de calmaria e ele apenas soltou um risinho por causa da minha irritação.

— E ai galera; Qual é a boa para o fim de semana?. — questionou animado, e eu revirei os olhos.

— Ficar bem longe de qualquer ideia sua. — respondi ironicamente.

—É mesmo? Porque eu ia convidar vocês para um passeio incrível amanhã. — ele garantiu e eu o avaliei de cima a baixo como sempre fazia quando ia negar alguma ideia sua.

— Eu dispenso, tenho que estudar minhas falas para o teste da peça. — Vick disse guardando o celular.

— Vou ter que passar o final de semanas com meus pais. — Riley contou e Edward me encarou esperando uma resposta minha.

—Eu tenho que inventar desculpas como eles fizeram, só para ser educada ou só dizer não na sua cara mesmo? — indaguei com certo deboche, e todos de maneira sincronizada reviraram os olhos. — Okay, vou ficar com a segunda opção: Não. — foi minha resposta.

—Por favor. — Edward implorou.

—Não. — cantarolei.

—Por favor. — insisti.

—Não. — repito.

—Sim.

—Não.

—Sim.

—Não.

—Sim.

—Sim. — repito em um grito, exausta de toda aquela infantilidade.

—Você aceitou? — indaga sem acreditar que sua tática deu certo.

—Sim. Eu pateticamente aceitei. — admito quase rindo de desespero.

 (...)

Ponto de vista: Edward Cullen.

Me aproximei da Isabella por causa da aposta que eu estava concentrado em ganhar, mas, eu tinha que confessar que ela era uma ótima amiga, em todos os quesitos, toda aquela ironia ácida que ela tinha não mudava esse fato, e os amigos delas pareciam ter se tornado os meus também, três malucos reunidos que acima de tudo sempre permaneciam ali juntos, suportando as personalidades distintas entre eles.

Parecia que ali eu me sentia encaixado, que eu não precisava fingir que era um babaca o tempo todo, e a coisa mais fácil do mundo era se acostumar com aquilo, e Droga! Isso me fazia perder o foco do verdadeiro motivo de eu estar ali, porque com certeza não era ficar amigos dos nerdzinhos, o foco principal era mostrar que eu continuava o mesmo.

Então, por que era tão complicado prestar atenção nisso quando eu estava com Bella?

Ela e eu estávamos a caminho das nossas aulas, andando no corredor, Bella se encontrava estranhamente calada, como se estivesse pensando se deveria falar algo ou não, mas, por fim pareceu decidir que sim.

— Edward...É...Eu queria te agradecer. — falou hesitante e eu encarei sem entender.

— Pelo quê?

— Por ontem. Por ter me ajudado, e eu tenho que admitir que talvez eu estivesse enganada sobre você, porque, você é uma pessoa legal e pode até ser diferente dos populares que rondam Rosalie. —  declarou e ao ouvir aquelas palavras saindo da boca dela, pela primeira vez eu senti remorso, pelo que estava fazendo. Eu estava brincando com uma pessoa como se ela fosse um boneca pronto para ser manipulada.

Não ligue para isso Edward, são apenas palavras. — pensei internamente tentando não me afetar com o rumo daquela conversa.

— Ah por favor, olha o que eu estou dizendo, que te acho diferente dos outros, deleta isso, okay?. — disse aturdida ao receber meu silêncio e eu quase ri daquilo.

—Eu gostei de você ter dito isso. — admiti, falando a verdade em partes e ela balançou a cabeça.

— Eu preciso ir para minha aula, amanhã a gente conversa. —  desconversou e me abandonou ali no corredor.

Suspirei ao notar que já sentia sua falta.

 (...)

Ponto de vista: Isabella Swan.

Assim que cheguei em casa fiz minha lições e almocei com Jasper, que estava em casa hoje. Meu pai estava trabalhando, mas, logo chegaria.

Desci as escadas lentamente, segurando um livro na mão direita e me sentei no sofá, abrindo-o em seguida, mas, não consegui lê-lo, parei para refletir sobre como o Edward ficou estranho quando eu lhe agradeci por ter me ajudado ontem, mas, também por que eu fui agradecer de novo? Se já tinha feito isso uma vez?.

Escutei a porta da minha casa sendo aberta, meu pai entrou, com uma expressão nada boa, ele afrouxou a gravata, suspirou, logou sua maleta para o lado, e eu deixei meu livro de lado, curiosa pelo motivo dele estar daquela forma.

— Isabella Marie Swan. Nós precisamos ter uma conversinha. — ele falou de forma irritada.

Vi que o negócio era sério, afinal ele havia falado meu nome completo. Mas, não dei muita importância.

— Sério pai? Pena que eu não estou enfim. — debochei me levantando, mas, ele puxou me sentando novamente e cruzou seus braços.

— Eu sou seu pai, Isabella. — me repreendeu por meu comportamento e eu revirei os olhos.

— Sério? Eu sempre achei que fosse o Brad Pitt, eu e ele temos várias semelhanças, os traços são os mesmos. — falei com uma falsa expressão de surpresa tocando meu rosto.

— Mais uma dessa e você terá um castigo mais eterno do que o amor de Romeu e Julieta. — ameaçou por causa da minha piadinha e eu pensei numa coisa que uma vez ele próprio me disse.

Meu pai disse que eu tenho um dom, que eu me escondo através de minha inteligência e que faço piadas porque tenho medo de levar qualquer coisa à sério, porque quando levamos as coisas à sério...Nos importamos.

— Tudo bem pai. Sem piadinhas. — cedo, levantando os braços em sinal de rendição.

— Uma semana Isabella, uma semana, que você não liga para sua mãe para dizer a ela que está viva. — me reprendeu e eu revirei os olhos.

— A mamãe é muito carente pai, ela tem a família dela lá, garanto que isso é o suficiente. — debochei cansada desse assunto.

— Você é a filha dela, você é importante para ela. — afirmou seriamente e eu ri.

— Será pai? Por que eu sinceramente acho que se eu fosse importante para ela, a mesma não teria me despachado para Forks. –falei ironicamente e meu pai suspirou.

— Nós já conversamos sobre isso. — me lembrou do fato e eu balancei a cabeça concordando.

— Sim, nós já conversamos, o que significa que não precisamos voltar a esse assunto de novo, não é? — perguntei exausta e ele me encarou chateado.

— Okay Isabella. — respondeu derrotado.

— Ah e só para constar; eu vou sair com alguém amanhã de manhã. — avisei para não haver reclamações depois.

— Com quem?. —  perguntou curioso e se sentou no sofá a minha frente, de forma automática me levantei e peguei meu livro.

— Posso garantir que é com um ser humano e não é o Brad Pitt. — disse antes de subir as escadas, e podia sentir meu pai revirando os olhos por conta de mais uma das minhas piadinhas.

(...)

Me perguntava mentalmente quem era o ser humano que convidava alguém para passear às cinco horas da manhã no sábado e eu só chegava a uma conclusão ou a pessoa é muito estúpida ou é Edward Cullen, no fim, ambas as opções significam a mesma coisa.

Ajeitei a toca cinza em minha cabeça. Eu estava agasalhada da melhor maneira possível.

 Tudo por que as manhãs de Forks são congelantes, dava até para enxergar o bafo gelado sair de nossas bocas, eu tinha me arrependido por não ter trazido luvas, por isso coloquei minhas mãos no bolso da jaqueta para esquentá-las.

Estava esperando o Edward em frente a uma das florestas mais famosas da cidade, a chamada Vale do Paraíso, nome ridículo, eu sei.

Conferi as horas no meu celular e vi que novamente ele estava atrasado.

Batuquei a bota no asfalto impaciente e me encostei no meu carro, que estava estacionado no acostamento, quase levantei minhas mãos em agradecimento ao ver Edward estacionando sua Ranger Rover, assim que ele saiu suspirei e fui até ele.

 — Por que não demorou mais? Eu realmente estava decidida a te esperar. — ironizei e ele revirou os olhos.

— Oi, bom dia Isabella, eu estou muito bem e você?. —  ironizou de volta, o que me fez revirar os olhos. — E eu me atrasei porque não estava encontrando minha câmera. — explicou e eu franzi as sobrancelhas, confusa.

— Câmera? Para que câme...?— ele não deixou nem eu terminar a pergunta e me puxou pelo braço delicadamente.

Adentramos a floresta, enquanto pingos de neve escapavam das árvores e caiam em cima de nós. O barulho das minhas botas, faziam os pássaros ficarem acordados e cantarem animadamente enquanto eu apenas observava admirada.

As nuvens estavam escuras, acinzentadas por conta do horário e da chuva recente que tinha acontecido em Forks.

Fizemos uma trilha, esbarrando em alguns galhos ,e quase escorregando em algumas folhas molhadas. Assim chegamos, depois de vinte minutos andando em silêncio á uma espécie de colina muita bonita, que eu não sabia que existia — e olha que eu fazia muitas trilhas por aqui —.

Assim que chegamos ao topo que não era tão alto puxei o ar meus pulmões estavam um pouco doloridos por conta do ar gelado. Edward abriu a sua mochila e tirou de lá sua câmera, logo começou a fotografar o céu amanhecido pelo horizonte a nossa frente, e até então eu não estava entendendo nada.

— Eu te convidei às cinco da manhã, porque esse é o melhor horário para a fotos ficarem perfeitas. —  explicou e voltou a fotografar, enquanto eu apenas assenti abobada.

Abracei meu próprio corpo, e fechei os olhos, apreciando o silêncio e a calma daquele lugar.

— Você vem sempre aqui? — perguntei encarando a paisagem a nossa frente, e ele não desviou os olhos da câmera.

— Venho. Eu gosto do silêncio. — contou sorrindo, e foi quase impossível não sorrir também. Me deixei levar por as sensações incríveis que aquele lugar me proporcionou.

Ele me encarou sorrindo e balançou a cabeça como se tivesse tido uma ideia brilhante e eu me assustei porque com certeza viria besteira pela frente.

— Quer tentar? — ele ofereceu e eu aceitei, pegando a câmera em minhas mãos, enquanto ele me ensinava o ângulo perfeito. Edward ficou atrás de mim, em uma distância confortável, mas, escutar sua voz perto do meu ouvido me causava arrepios, o Cullen segurou em minhas mãos e um choque elétrico percorreu o meu corpo, por isso me esquivei e o entreguei a câmera aturdida.

— É melhor você continuar sozinho. — falei séria, e ele me encarou confuso, mas, concordou.

E então ele voltou a fotografar, e eu apenas o encarei, apreciando a cena, a pele dele clara contrastava com os pequenos raios de sol que pareciam surgir depois da tempestade, e seu sorriso parecia de orelha a orelha, porque ele realmente parecia gostar do que estava fazendo.

— O que foi?  — perguntou hesitante ao notar que eu estava o fitando, mas, mesmo assim sorrindo.

—Você fotografando assim parece ter um lado... — eu não precisei continuar, porque ele fez isso por mim.

 — Humano. — respondeu serenamente e eu sorri.

— Eu não ia dizer isso. — revidei e ele me encarou.

—Ia sim, e quer saber; isso não importa, às vezes é bom deixar o jeito popular babaca de lado, e ser uma pessoa melhor. — explicou encarando o horizonte a nossa frente e eu fiz o mesmo.

— Você devia fazer isso mais vezes, isso de ser menos ''popular babaca''. — aconselhei, enfatizando as palavras e ele sorriu como se concordasse.

— Sabia que eu nunca trouxe ninguém aqui? — falou sorrindo e eu gargalhei.

— Que cantada barata, Edward. — debochei como se estivesse decepcionada.

— Eu estou falando sério ninguém é louco o suficiente para acordar cinco horas da manhã para um passeio como esse, quer dizer, exceto você. —disse tentando ficar sério e eu dei um empurrão de leve em seu ombro.

— Isso era para ser um elogio? — questionei com ironia.

—Só para minha defesa; eu sempre te elogio, falo quando você está gostosa e atraente. — zombou fazendo uma careta e eu o encarei, revirando os olhos.

— Você é um idiota. — falei batendo no braço, e ele sorriu.

—Isso era para ser um elogio? — questionou repetindo minha pergunta e eu sorri também.

— Considere como um, é o máximo que você vai conseguir de mim. — retruquei e Edward me encarou com um sorriso de lado.

— É mesmo, vamos ver. — disse se aproximando de mim e antes de eu fazer algo, ele começou a fazer cócegas em mim, enquanto eu ria desesperadamente e o mesmo ria da minha cara.

— Fala; o Edward é gostoso, atraente e irresistível. — pediu e eu balancei a cabeça, negativamente.

— N.ã.o. — pontuei com a voz fraca por conta das risadas que não paravam.

Como eu sou uma pessoa super sortuda, acabei tropeçando nos meus próprios pés por causa das risadas. Resultado disso: acabei caindo para trás e o Edward caiu em cima de mim.

O que nos fez rir mais.

Mas, então logo parei ao encarar seus olhos verdes, e seu rosto próximo ao meu. Podia sentir seu halito gelado perto da pele do meu rosto descoberta, tentei empurrar ele, mas, Edward não se afastou.

— Edward... — tentei falar com a voz rouca, mas, ele me ignorou totalmente.

Sem dar tempo de eu esboçar qualquer reação, ele segurou meus braços na lateral do meu corpo, e cortou a distância que existia entre nós.

Primeiro, encostando nossos narizes um no outro enquanto nossos olhos estavam concentrados na imensidão verde, e então seus lábios tocaram levemente os meus, e eu como a burra que sou retribui, deixando ele me dominar por completo, e o que começou calmo se intensificou. Sua língua pediu passagem, e eu aceitei, começando um beijo selvagem em certos pontos, então, Edward soltou meus braços e eu puxei seus cabelos levemente, enquanto nossas cabeças se movimentavam lentamente no ritmo do beijo, nossos lábios pareciam dançar uma valsa lenta moldada por passos delicados.

E então, eu percebi que eu gostava do lábios dele, gostava da forma que eles se encaixavam nos meus, a forma como ele aquecia o meu corpo, e o gosto de menta gelado.

Isabella, o que você está fazendo? — me perguntei mentalmente e então reagi, o empurrando dessa vez com força, o deixando confuso.

Me levantei tentando recuperar o ar e reformular frases, e Edward estava ofegante também.

— Eu te disse que você não deveria mais me beijar. — falei finalmente algo.

— Mas, Isabella...Aconteceu e ... —  também tentou falar, mas, eu o impedi.

— Eu preciso ir embora, é isso. —  disse atordoada, segurando minha bolsa com força, mas, ele segurou meus braços me obrigando a encara-lo.

Droga! Esse estúpido tem noção de quanto é bonito?.

— Calma Bella, foi só um beijo, não precisa ficar assim. Nós somos só amigos okay? Isso não vai mudar. — explicou calmamente e eu puxei o ar lentamente antes de falar.

— Tudo bem. Acho que exagerei um pouco, nós somos amigos não é? Sim. Tudo vai ficar normal. — falei me tranquilizando e internamente pensei: Eu não tenho tanta certeza se tudo vai ficar normal.

— Vamos continuar o que estávamos fazendo?. —  perguntou e eu o olhei incrédula. Edward revirou os olhos. — Não o beijo, as fotos. —  disse e eu suspirei aliviada, assentindo em seguida.

Continuamos como se nada tivesse acontecido e ele não sabia o quanto eu agradecia por isso.

O frio parecia diminuir ao poucos já que o dia oficialmente estava amanhecendo, as fotos estavam ficadas mais iluminadas.

— Por que gosta de fotografia? — questionei tentando entendê-lo e ele me encarou.

— Meu sonho é ser arquiteto e acho que as paisagens combinam com isso. — explicou como se não fosse nada. Assenti.

— Você bem que podia me mostrar um dos seus projetos. Sei que tem alguns com o professor Xavier. — falei tentando descontrair o clima.

— Você está falando sério?. — falou surpreso e eu sorri.

— É lógico que eu estou, Edward.


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Notas finais do capítulo

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