A Love Of Another Life. escrita por Maria Vitoria Mikaelson


Capítulo 17
1x08 - A Big Misunderstanding.


Notas iniciais do capítulo

Gente peço desculpas por demorar a postar, mas, é que esses dias me ocupei em maratonar séries e nem vi o tempo passando!
O caso é que se nesse capítulo, eu receber muitos comentários, faço um maratona com 3 capítulos domingo!

Boa Leitura!



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"Não importa qual seja a verdade, as pessoas vêem o que querem ver"

Ponto de vista: Isabella Swan.

O dia amanheceu nublado e eu estava deitada em uma espreguiçadeiras no jardim — sem me importar com isso. — lendo um livro que eu tinha achado no escritório do meu pai.

Jasper estava em seu quarto estudando para uma importante prova na faculdade, e Charlie estava em seu escritório, aqui em casa, trabalhando. Suspirei, quando fechei o livro.

Eu não estava totalmente concentrada na leitura.

Tomei um pouco do suco do laranja, que Dulce tinha acabado de trazer. Hoje era domingo, e o dia estava tedioso. Cogitei ligar para minha mãe para contar sobre ontem, mas, logo anulei essa possibilidade, afinal ela me faria um interrogatório daqueles.

Eu senti coisas diferentes ontem. Coisas que estavam adormecidas dentro de mim. Coisas que há muito tempo eu não sentia. Como por exemplo; Mágoa. Mágoa ao ver Edward beijando Rosalie, e eu sabia que não deveria sentir isso, mas, eu sentia.

Também me senti feliz ao saber que as coisas não tinham mudado após o nosso beijo. Pois mesmo não admitindo, eu estava começando a gostar de sua insistência. É! Eu sei! São sentimentos bem contraditórios.

Mas, era assim que eu me sentia desde que cheguei aqui. Completamente ao contrário do que eu era, mas,  talvez eu nunca mais fosse a mesma de antes. Eu só não sabia se isso era bom ou ruim.

Me assustei, ao escutar alguém chamando meu nome freneticamente. Balancei a cabeça, retirando meus pensamentos reflexivos, e e encarei a pessoa a minha frente. Era Alice, a mesma continha uma expressão confusa no rosto.

—Hey Bels, estou há mais de 15 minutos te chamando. Está tudo bem? Ou melhor, em que planeta você estava? — ela perguntou divertida, e eu coloquei meu livro na cadeira ao lado.

—Estou bem...Eu só estava pensando. — justifiquei, ela riu e se sentou ao meu lado esquerdo.

—Ontem, eu te vi no jogo. Você arrasou no visual. — disse empurrando meu ombro de leve.

—Eu só fui porque minha mãe me ligou, e insistiu que eu tinha que agir como uma adolescente norma. — falei fazendo uma careta, antes que ela tivesse conclusões precipitadas.

—E tem mesmo, se você quer saber, eu aproveitei muito a minha adolescência...Mas, mudando de assunto, eu vi Edward Cullen correndo atrás de você, literalmente. —  comenta com um sorriso malicioso.

—O Edward é um babaca. — pontuei irritada com a brincadeira dela.

—A Vick me contou que ele te chamou para sair e você recusou. Posso saber por quê? — ela perguntou curiosa.

—Não é obvio? Ele popular, e eu uma "nerd". Digamos que é no minimo estranho, ele me chamar para sair tantas vezes. — defendi minha opinião.

—Eu entendo, mas, você está vendo isso pelo ponto de vista “Grupinhos escolares divididos” Sabe, ele é um garoto, você é uma garota, vocês saem, se gostam e começam a namorar. — me explicou o processo e eu ri.

— Você está querendo me ensinar as regras de um encontro, e de um namoro adolescente? — perguntei incrédula e ela me encarou.

—Eu estou sim, porque eu quero que seu status de relacionamento mude. — ela criticou e eu dei um soco leve no seu braço.

—Eu estou bem assim, okay? — protestei achando graça da reclamação dela.

—Quando você vai superar... —  ia continuar, mas, eu a cortei e a ofereci um pouco de suco.

—Nada de assuntos chatos hoje. — decretei.

(...)

Eu, Alice e Jasper estávamos esparramados no sofá, cobertos de pipoca, assistindo ao filme “A Última Música” segundo Jasper a minha relação com meu pai, parecia um pouco com a da protagonista do filme, quando ele disse isso, revirei os olhos.

A noite já tinha chegado, e a lua estava iluminando a casa pela vidraça da parede. Vimos meu pai descer as escadas com um terno preto e um gravata vermelha. Totalmente elegante.

Alice assoviou, quando Charlie deu uma voltinha charmosa, para nos diverti, e Jasper bateu palmas, enquanto eu sorria.

—Uau pai, você está um arraso, para onde vai?. — perguntei colocando um punhado de pipoca em minha boca.

—Nós vamos sair para jantar. — ele disse sorrindo.

—Boa sorte, divirta-se. — desejei e ele me olhou com aquele sorriso que eu odiava; Significava que ele pretendia abranger nossa relação pai e filha.

— Quando eu digo nós Isabella, eu me refiro a você e eu. — ele disse risonho, eu parei de comer a pipoca, e uni minhas sobrancelhas o avaliando.

—Nem pensar. — disse voltando a prestar atenção no filme.

—Não seja má com seu pai, Isabella. — meu pai pediu e eu revirei os olhos.

—Me dê um bom motivo para jantar com você, papai. — pedi e ele sorriu de lado.

—Hoje seria o meu aniversário de casamento com a sua mãe. O que você prefere minha filha; Jantar comigo e me fazer companhia? Ou prefere que eu me tranque no meu escritório e me afogue com as lembranças do meu casamento com ela?. —  dramatizou e eu suspirei.

—Chantagem barata, essa ein tio Charlie? — Jasper brincou, recebendo uma almofada no rosto do meu pai. Sim. Ele sabia ser infantil às vezes.

—Tudo bem pai, eu vou. Será meu ato de caridade do ano. — eu disse com deboche, me levantando do sofá,  meu pai me abraçou e eu me esquivei rapidamente.

—Eu te amo, filha. — meu pai me informou e eu dei três batidinhas no ombro dele.

—Vai por mim, eu sei disso. — comentei, caminhando até a escada, e indo em direção ao meu quarto na última porta do corredor.

(...)

Desci as escadas, suspirando a cada segundo. Me vesti como uma filha perfeitinha se vestiria. Um vestido azul caneta que se encaixava perfeitamente as minhas curvas, complementados com um scarpin preto, e um rabo de cavalo bem armado.

 Assim que cheguei o último grau da escada, revirei os olhos ao ver a animação de todos, que me encaravam como se eu fosse uma modelo que tinha acabo de fazer o desfile do ano.

—Será que dá para vocês pararem de me olharem, como se estivessem vendo um animal em extinção? — protestei ofendida.

—Você está...Linda. — Jasper se pronunciou quase abismado.

—O que você está insinuando Jass? Que quando eu não estou arrumada, eu sou feia, é isso? — perguntei me fingindo de irritada.

—É lógico que ele não quis dizer isso filha, agora é melhor irmos logo, se não perderemos as reservas. — meu pai alertou.

—Até parece que alguém perde as reservas nesse fim de mundo. — murmurei irritada.

—Jass para de olhar para a Bella dessa forma, se não eu vou ficar com ciúmes. — Alice disse brincando.

—Até parece que eu me interessaria pela Isabella desse jeito, ela é praticamente minha irmã. — Jass disse automaticamente e eu sorri de forma triste, por culpa daquelas palavras, eu tive uma lembrança nada agradável e Jasper percebeu.

Como eu mesma disse, não adianta de nada você lutar para seguir em frente. Porque sempre haverá alguém que dirá uma frase, uma palavra sequer que irá desmoronar tudo o que você tentou construir, e apenas o que resta é confiar que o temp, levará tudo que te afeta de maneira negativa embora.

Jasper sibilou um Desculpa, silenciosamente, enquanto eu saia com meu pai em direção a garagem.

Entrei no banco do passageiro e coloquei meu cinto ainda em silêncio, enquanto meu pai se acomodou no banco do motorista e ligou o carro. Olhei para a paisagem escura da floresta, enquanto ele dirigia, e suspirei.

—Ânimo Bels, vai ser divertido. — ele falou forçando um sorriso e eu me controlei para não dizer; Duvido muito.

Isso magoaria os sentimentos dele, e tudo que eu não preciso no momento é ver meu pai magoado.

—Okay pai, okay. — foi a única coisa que eu disse, querendo acabar com aquela pequena conversa.

(...)

Após vinte minutos de mais silêncio, chegamos ao restaurante, que tinha uma aparência elegante; As paredes eram de um vidro escuro, diferente das da minha casa, e também haviam algumas flores desenhadas de forma artesanal na estrutural frágil.

Algumas das mesas eram coladas a parede em lugares mais confortáveis e discretos. Ao fundo do estabelecimento, uma mulher tocava piano, numa música calma e serena, perfeita para o clima do restaurante .

—Senhor e senhorita Swan, me acompanhem por favor. — o maitre do restaurante nos cumprimentou, e pediu educadamente — é lógico que aqui eles já me conheciam, meu pai já deve ter me mencionado nas vezes que veio aqui. —

O homem elegante, nos guiou até a mesa que já estava reservada para nós. Nos sentamos ,e um garçom veio até nós, nos dando o cardápio.

—Então filha, gostou do restaurante?. — meu pai perguntou tentando puxar assunto, mas, eu o ignorei, começando a folhear o cardápio.

—Eu acho que vou pedir um risoto ao molho branco, e um vinho branco, o que acha? — ele tentou de novo, e eu suspirei.

 — Pode ser, eu acho que também vou pedir isso, só que ao invés do vinho, vou querer um suco de laranja. — falei com um sorriso falso, finalmente cedendo.

Então, ele chamou o garçom e ditou nosso pedido, mesmo pediu licença e se retirou nos deixando novamente a sós. Meu pai começou a observar o restaurante detalhadamente e sorriu, como se tivesse lembrado de algo bom.

—Quando sua mãe e eu nos casamos, uma vez na semana, nós jantávamos aqui, você ficava em casa com a Dulce e sempre reclamava por não vir conosco. — ele disse sorrindo nostálgico e eu revirei os olhos.

—Será que tem como só hoje, nós não falarmos sobre o seu casamento com a mamãe? — perguntei debochando, e ele levantou as mãos em sinal de rendição, me fazendo sorrir agradecida.

Assim que o jantar chegou, comemos em silêncio, apenas apreciando a boa música, e escutando os murmúrios das conversas das pessoas que estavam no local. Então no meio do silêncio, eu me engasguei ao ver quem estava sentado a duas mesas a minha frente.

Oh não!.

(...)

Ponto de vista : Edward Cullen.

A minha noite de domingo se encontrava um tédio completo, eu estava jogando vídeo game no meu quarto, mas, obvio que  não ia passar uma noite tão tranquila assim. Não tinha essa sorte, afinal, eu sou Edward Richards e tudo é complicado para essa pessoa, como eu sempre digo.

Mas também, hoje, eu não estava afim de sair com nenhuma garota, depois de ontem, estou de ressaca, por culpa da festa de comemoração, por ter ganhado o jogo.

Meus pais tinham acabado de chegar de viagem, por conta disso, estavam insistindo para jantarmos no restaurante mais caro da cidade, e como eu não apresentei nenhum argumento convincente para negar o convite, fui intimado a ir.

E logo, aqui estou eu, a caminho do restaurante.

Assim que adentramos ao local, sentamos em nossa mesa de costume, e o dono do restaurante — que era amigo do meu pai há tempos — nos cumprimentou.

Fizemos nossos pedidos, enquanto meus pais me contavam sobre sua mais recente viagem, eu apenas acenava a cabeça como se estivesse prestando atenção na conversa.

— Fico feliz, em saber que você venceu o jogo, filho. — meu pai elogiou. O que era raro vindo de Carlisle Cullen.

—Na verdade quem ganhou foi o time, eu apenas ajudei. — defendi minha opinião.

—Mas, o mérito é todo seu afinal. Isso será ótimo para acumular pontos para faculdade, daqui á dois anos.  — meu pai previu e eu encarei incrédulo.

—Eu sei disso pai, mas, ainda falta muito tempo para isso, e você sabe que eu estou me dedicando. — disse irritado com o rumo da conversa.

—Não vamos brigar aqui, okay? Somos educados. — minha mãe protestou e eu suspirei, mexendo com o garfo, no meu prato de estrogonofe que tinha acabado de chegar.

—Veja se naquela mesa, não é o grande empresário Charlie Swan. — meu pai direcionou o olhar a esse homem, mas, eu ignorei isso.

—A acompanhante dele é uma bela moça, mas, com certeza é muito nova. —  minha mãe falou, e aquilo despertou minha curiosidade.

Me virei lentamente, e fiquei surpreso com o que eu vi. Era Isabella que estava com esse tal Charlie, ela parecia ter bastante intimidade ao conversar com ele, e as vezes soltava alguns sorrisos que eu nunca tinha visto em seu rosto, ela ainda carregava a expressão de ironia em sua face, mas, ela se suavizava quase que forçadamente, quando o homem falava alguma coisa que a fazia rir.

Pude reparar também no quanto ela estava bonita com aquele vestido, não que ela não fosse quando está vestindo um moletom, mas, mostrava a beleza dela que estava escondida. Seus olhos pareciam felizes, mas, havia uma pontinha de tristeza ali ,uma que eu não conhecia.

Ao reparar meu interesse na garota, meus pais se entreolharam confusos, e depois me encaram como se me perguntassem algo.

—Você conhece essa garota? — meu pai questionou, com a testa franzida, e eu olhei para mesa não acreditando que ela fosse daquele jeito.

—Sim, ela se chama Bella, e é só mais uma nerd insignificante do colégio. — respondi revirando os olhos, enojado pela atitude dela.

—Ela não parece isso... Bella é um nome tão bonito e a garota faz jus a ele. — minha mãe, disse com um sorriso leve nos lábios.


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Notas finais do capítulo

Comentem!!!