A Love Of Another Life. escrita por Maria Vitoria Mikaelson


Capítulo 15
1x06 - A Kiss In The Rain.


Notas iniciais do capítulo

Cá estou eu, com mais um capítulo, que já adianto é bem legal!
Gente, quero adiantar para vocês que tem muita surpresas sobre essa fanfic vindo por ai, continuem comentando que logo saberão quais são!

Boa Leitura!



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"Tenha em mente que as pessoas mudam, mas o passado não."

Ponto de vista : Edward Cullen.

Saber que ela desenhou meus olhos, já era um grande avanço para mim. Afinal, significa que ela pensa o suficiente em mim a ponto de desenhar de prestar atenção neles. Assim como eu presto atenção nos seus.

Ela acabou ficando irritada com minha brincadeira e saiu resmungando palavras inaudíveis do ginásio. Eu tinha que confessar que estava começando a me divertir com ela, a sua insistência em me dizer não, era algo cativante.

Suas respostas rápidas e diretas me surpreendiam. Assim como sua calma, e seu mistério...Que porcaria! No que eu estava reparando? nas características de uma pessoa, que a dias atrás não fazia a miníma diferença na minha vida.

Como de costume, treinei para o jogo do fim de semana, depois de tomar um banho e me trocar no vestiário da escola, encontrei Jéssica Stanely, a melhor amiga da Rose no ginásio. Droga! Eu iria me atrasar para a aula de biologia.

—Oi Jéssica, tudo bem?...Não preciso da resposta agora. Depois a gente se fala, eu tenho que ir para aula. — falei rapidamente, mas, ela barrou minha passagem.

—Eu vim te dar um presentinho especial, para você ter sorte no jogo do fim de semana. — ela disse com um sorriso malicioso e eu não entendi nada.

—Okay, depois a gente convers... — ela não deixou eu acabar a frase e se apoiou nas pontas dos pés e me beijou. Eu fiquei estático no primeiro momento, mas, logo após retribui. Afinal era só um beijo.

Nos separamos ofegantes.

—Isso foi ótimo, mas, eu realmente tenho que ir para a aula . —  disse apontando para saída e ela sorriu de forma maliciosa de novo e depois saiu rebolando no seu uniforme de líder de torcida.

Essas garotas estão ficando completamente maluca; Primeiro a Rose me ataca no banheiro, agora a Jéssica me beija do nada. Eu estou me sentindo uma inocente vitima.

Bom, mas, eu tinha que aproveitar, afinal, não é todo dia que as meninas ficam tão seduzidas por você, não é mesmo?.

(...)

Ponto de vista : Isabella Swan.

Eu estava ajudando o Riley a guardar os livros de astronomia, que tinham acabado de chegar, na biblioteca. Ele tinha fingido que aquilo no refeitório não tinha acontecido e eu agradecia por isso.

O sinal tocou e eu me despedi dele, me encaminhando até o corredor, para assistir a aula de biologia, a qual eu fazia dupla com o Edward. Hoje teríamos que apresentar a parte teórica da experiência de ontem.

Parei no meio do corredor, quando eu escutei um bip no meu celular, o peguei no bolso da minha mochila, e vi que era uma mensagem de um número desconhecido. Abri e me deparei com uma foto, era Edward beijando uma líder de torcida, com a mesma roupa que estava hoje.

Sorri para mim mesma de forma amarga. Oque eu estava esperando? Que ele fosse diferente de toda a turma nojenta dele? É claro que ele não era, ele era só mais um deles no fim das contas.

Fingiu que queria sair comigo, apenas para debochar da minha cara e depois rir de mim pelas costas junto com todos seus amigos. É nesses momentos que eu agradeço por não acreditar em amor, se eu acreditasse sairia magoada disso, mas, aqui estou eu; intacta.

Entrei dentro da sala de aula, e reparecia que ela estava com poucos alunos.

O professor ainda não tinha entrado dentro da sala, me sentei no meu lugar e agradeci mentalmente por Edward ainda não ter chegado.

Então o professor Connor entrou na sala com seu mau-humor matinal, e já começou a escrever no quadro negro,  sem nem se quer nos desejar bom dia.

Eu não liguei para isso, apresentei o trabalho sozinha.

Então mais uma vez, Edward chegou atrasado, pediu desculpas ao professor e se sentou ao meu lado. Eu apenas ignorei sua presença.

—Desculpa por me atrasar, mas, é que o treinador Brandon pediu para eu ficar um pouco mais, para ele me dar algumas instruções para o jogo.  — ele mentiu e eu o encarei incrédula.

—Você mente muito mal Edward, e a propósito você fica péssimo no ângulo esquerdo.  — eu disse debochando, o passando discretamente meu celular. Assim que ele viu a foto, arregalou os olhos.

—Eu posso explic... — ele começou, mas, eu o interrompi.

—Mas não vai, porque você não me deve explicações, porque nós não somos absolutamente nada. — respondi o encarando.

—Eu agi como um completo idiota, tenho que me desculpar. — ele disse sem me olhar.

—Você sempre foi um idiota, não precisa se desculpar por ser você mesmo. — respondi friamente.

Não falamos mais nada, apenas nos concentramos na aula. Quando ela  acabou, guardei meus materiais numa velocidade surpreendente, e sai da sala, sem nem se quer olhar para o rosto dele.

Encontrei Vick no corredor, e ela estava digitando algo em seu celular freneticamente , e só percebeu minha presença quando eu a cumprimentei. Segundo ela, a mesma estava marcando um encontro com um aluno do terceiro ano.

Depois fomos até o estacionamento. E la não tinha vindo de carro hoje, então eu a dei carona. Dirigi até o centro da cidade e paramos numa lanchonete pouco movimentada, mas, muito boa.

Pedi um café expresso, e ela pediu um milkshake. Pegamos nossos pedidos e nos sentamos numa mesa afastada.

Eu vi dois garotos olhando na nossa direção, desviei os olhos ,e Vick percebeu e então piscou para eles e eu revirei os olhos.

—Então, como foi a apresentação de biologia?. — ela perguntou guardando seu celular.

—Ótima, com direito a mensagem com foto, de Jéssica vadia e Edward Cullen se beijando. — respondi bebendo meu café lentamente.

—Eu sinto muito. — ela disse me encarando com pena, se tem uma coisa que eu odeio é que me olhem com pena. É algo tão humilhante.

—Não sinta. Porque eu não sinto nada. — respondi a ela de forma áspera.

—Você finge que não sente, é diferente. — ela corrigiu e eu revirei os olhos.

 — Eu não aceitei sair com ele. Eu não me importo com ele, então por mim, ele pode beijar a primeira pessoa que aparecer na frente dele. Pare de agir como se eu fosse a garota mais frágil do mundo.  — pedi quase implorando.

—Okay não vamos falar de coisas que não são importantes. Vamos falar do jogo do fim de semana, a qual eu tenho um encontro marcado com Peter Johanson. — ela disse sorrindo mudando de humor.

—Boa sorte. — desejei.

—E eu vou ter, e alias você vai estar lá para me ajudar e...Oh droga. — ela não terminou a frase, pois se eu olhar estava focado na porta da entrada, automaticamente me virei, e me deparei com Edward entrando com Emmett e se sentando com ele numa mesa a nossa direita.

—Eu pensei que esse lugar era pouco movimentado. — murmurei.

—Ele não tira os olhos daqui. — ela falou sorrindo.

—Que péssimo para ele. — eu disse balançando meu café e então ela sorriu de lado, de um jeito malicioso.

—Ele está vindo para cá junto com o Emmett. — cantarolou, mas, já era tarde demais, a essa altura eles já estavam ao nosso lado.

— Oi meninas. — Edward cumprimentou. Emmett apenas balançou a cabeça.

—Oi Edward, Emmett. — Vick disse acenando, e eu apenas peguei minha mochila e me levantei.

—Hey Isabella, eu não mordo. — Emmett disse com um sorriso debochado.

—Quem morde sou eu. — falei friamente, sem nenhum rastro de sorriso.

Então joguei o dinheiro do café em cima da mesa, e sai do local sem nem sequer me despedir de Vick, mas, antes de eu chegar ao meu carro, alguém me puxou pelo braço, me fazendo consequentemente ficar muito próxima dessa pessoa.

Era uma proximidade perigosa. Era Edward.

Pode parecer clichê, mas, eu sentia como se aquilo já tivesse acontecido antes. Como se eu já soubesse o que viria em seguida. Aqueles olhos, distância, o clima, os olhares, e tudo aquilo.

—Você pode me soltar, por favor. — pedi educadamente, antes de fazer alguma besteira e assim ele o fez.

—Olha Isabella, eu sei que eu fiz totalmente ao contrário das minhas palavras, que eu te chamei para sair, e no mesmo instante já estava beijando a Jéssica. E u sei que sou um estúpido, e que já fiz coisas idiotas com você, mas, eu estou tentando mudar. Eu percebi o quanto você era legal, e estou tentando ser seu amigo ou algo a mais. — ele disse discursando.

—Eu simplesmente não acredito. Me deixa em paz. — pedi de forma suplicante.

—Mas que droga, por que você tem que ser tão desconfiada em relação as pessoas? — ele perguntou irritado—.

—Ninguém está te pedindo para ficar me seguindo como um louco, eu nunca nem se quer falei com você. — protestei.

E vi que já estava começando a chover. Droga! Eu iria me molhar por causa dele, e dessa discussão boba, isso é tão ridículo.

—Pensa por um momento como uma garota normal, não como uma nerd anti-social, solitária, e desconfiada. — ele pediu bravo.

—E você me deixa em paz e seja por um momento alguém menos chato, não um mauricinho que não aceita não como resposta. — eu pedi de volta e a essa altura já estávamos próximos de novo, e a chuva gelada já tinha começado.

—Eu não vou desistir. —  disse convicto.

—E eu não vou parar te de dizer não. — avisei.

—Ótimo. — ele disse me desafiando a continuar.

—Ótimo. — falei também, e dessa vez estávamos mais próximos ainda.

Então eu prendi meu ar, retirando qualquer pensamento indecente e me virei, mas, ele foi mais rápido e me puxou pela cintura colando nossos lábios, de forma desesperadora. Senti todos os pelos do meu corpo se arrepiarem e seguindo meu instinto, eu retribui agarrando com força os seus cabelos. Sua língua pediu passagem, eu aceitei e assim começamos uma guerra. O beijo não era nada romântico, pelo contrário,  era necessitado.

As gotas de água da chuva nos molhavam deixando o beijo gelado. Girei minha cabeça para o lado, enquanto ele segurava minha nuca, e algo se acendeu em mim com aquele beijo. Eu percebi que eu me sentia atraída pela insistência dele.

Também o idiota tinha que beijar tão bem assim?.

O empurrei, quando me toquei do que tinha feito, e tentei recuperar meu ar. Olhei para os lados e por sorte ninguém tinha visto o beijo.

A rua estava vazia por causa da chuva.

—Nunca mais ouse me beijar. — avisei lhe dando uma bofetada, e correndo até o meu carro,  entrando nele depressa.

—Eu sei que você gostou, Bella. — foi a ultima coisa que eu ouvi antes de sair em alta velocidade pelas ruas cobertas de neve.

(...)

Assim que cheguei ao meu quarto, deslizei pela porta e me sentei no chão, abraçando meu próprio corpo. Me perguntando o que eu tinha feito. Eu retribui um beijo de um garoto popular e o pior gostei disso.

Eu senti algo diferente ao beija-lo, uma sensação estranha como Como...eu não conseguia definir, só sei que foi estranho e...bom.

Mas, ele continuava sendo Edward Cullen. Um cara idiota, babaca e cretino. Só mais um popular dentre outros, e eu...bom eu continuava sendo a garota insignificante que não faz nada para mudar isso. A mesma garota que não acreditava no amor por causa da conturbada separação dos pais, e a mesma garota que tinha um passado que prefere ocultar, e a mesma que gosta ou gostava dele...

É tão estúpido imaginar que todos os ferimentos vão passar, por que mesmo que isso aconteça as cicatrizes vão continuar ali, como lembrete do seu sofrimento.

Porque sempre alguém irá mencionar uma frase que te lembrará de tudo. Sempre alguém irá deixar escapar uma palavra que seja, que pode desmoronar tudo que você tentou construir até agora.

Era assim que eu definia tudo, ou simplesmente, era assim que eu me sentia, eu tinha o direito de me sentir assim. Todos nós temos, essa é a grande realidade .

Dizem que sofrer faz parte da vida, mas se sentir feliz em amar alguém também deveria fazer não é?.

Como eu agiria agora? Simples! Eu iria fingir que esse beijo não aconteceu, afinal, esse era o meu maior talento; Fingir. Fingir que me importo, fingir que estou bem, fingir que eu estou seguindo em frente. Eu faço tanto isso que chego a achar que já virou um hábito.

Acho que nem eu mesma posso definir quando estou fingindo, ou estou sentindo aquilo de verdade, porque é algo automático.

Me levantei e encarei a neve que caia pela janela.

Talvez, eu fosse como a neve fria, e frágil...

Depois de jantar com Jasper e meu pai, subi para meu quarto alegando que estava exausta, mas, a verdade é que eu não queria que eles me enchessem de perguntas sobre como foi meu dia, afinal, o que eu diria? Ah foi normal, sabe eu vi Edward Cullen beijando uma líder de torcida vadia, e depois ele me beijou e olha que perfeito eu retribui.

É! Com certeza dizer aquilo estava fora de cogitação .

Sem nem ao menos trocar de roupa, apenas retirando meu tênis, me joguei na minha cama fofinha e abracei meu travesseiro com força.

Você deita na cama para dormir, mas, não dorme. Não dorme porque sua imaginação é maior que teu sono, não dorme porque você fica criando cenas em sua mente que provavelmente, não vão acontecer, não dorme porque as malditas lembranças te perturbam, não dorme porque você deita na cama para imaginar, não para dormir.


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Notas finais do capítulo

Qual o melhor primeiro beijo, Melinda e Thomas, ou Bella e Edward? Hahahahahaha.
Já falei que as armações da Rose serão despreocupantes!
Comentem!