A Love Of Another Life. escrita por Maria Vitoria Mikaelson


Capítulo 14
1x05 - Just An Explanation.


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!
Na realidade nem teria capítulo hoje, mas, como eu fui surpreendida com uma recomendação maravilhosa da "Sara Tobias" resolvi postar esse capítulo totalmente dedicado a ela. Sério, essa primeira recomendação me deu um "Up" para escrever mais! Obrigada de verdade, eu adorei!

Boa Leitura!



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"Você não pode forçar alguém a se apaixonar por você, mas com certeza você pode aumentar suas possibilidades".

Ponto de vista Isabella Swan.

Novamente, aquilo tinha acontecido. Novamente eu tinha tido uma lembrança estranha, e por causa disso, tinha perdido a maioria dos meus desenhos, e o pior, eu ainda tinha tido uma conversa relativamente longa com o Edward. O que me causaria brigas com a Rosalie logo mais.

Assim que cheguei em casa, me deparei com Dulce, limpando a adega do meu pai. Larguei minha mochila no sofá, e suspirei, me atirando no mesmo, então ela notou minha presença.

Vi uma caixa média, em cima da mesa de centro e a peguei. Notei que o cartão estava destinado a mim. Sorri ironicamente ao saber de quem se tratava, então,  abri a embalagem e me deparei com uma caixa de chocolate belgas.

—Acabou de chegar. Direto da Califórnia. — Dulce falou como se lesse meus pensamentos.

—Isso não me surpreende. — falei suspirando, e deixei os bombons no lugar que estavam. Dulce riu para mim.

—Como foi a aula? Você parece mais feliz, do que das outras vezes —ela observou, esperta como era e eu dei ombros

—Eu tenho direito de sorrir de vez em quando, não tenho? — perguntei mexendo no controle remoto da TV.

— Devia sorrir sempre. Você tem um sorriso tão lindo, assim como o sorriso da sua mãe. —  falou nostálgica e eu me permiti sorrir de novo.

—Eu gosto quando você diz que eu me pareço com ela. — confessei e ela largou os utensílios de limpeza e se aproximou de mim.

—Sente falta da sua casa lá, não é? — ela perguntou me conhecendo como ninguém mais conhecia e eu procurei uma resposta adequada.

—A minha casa sempre foi aqui. Esse é o meu lar. Só que passei tanto tempo na Califórnia que acabei me esquecendo disso. — respondi mordendo os lábios, e ela suspirou.

—Seu pai está muito feliz, por você estar aqui. Como a muito tempo não estava, baixe a guarda só um pouco. Eu sei que você ainda guarda magoas pela conturbada separação deles, e por tudo que aconteceu esse tempo todo, mas, ele está tentando, ele quer recuperar a relação de vocês. Dê uma chance a ele. —  pediu carinhosamente.

—Eu vou tentar. — concordei e me levantei do sofá.

(...)

Assim que cheguei ao meu quarto, tranquei a porta ,e caminhei até o espelho do banheiro avaliando meu rosto. Sorri um pouco ao me lembrar da insistência de Edward, mas, logo a face da realidade voltou.

Sentimentalismo, não vai me levar a lugar nenhum, muito pelo contrário.

A quem eu estou querendo enganar, ele só quer brincar comigo, me usar da mesma forma, que usa a Rosalie e eu sou muito melhor do que isso.

Passei a mão em meus lábios, quando tive mais umas das minhas lembranças, e me apoiei na bancada da pia. Suspirei e coloquei meu cabelo atrás da orelha. Ainda perdida nos pensamentos que povoavam minha mente; Aqueles fantasiosos e dos quais eu não sabia o significado, e os reais, os que eu temia mais.

Logo após, decidi que um banho me deixaria relaxada, e foi isso que fiz. Então, após substituir minha roupa manchada por uma limpa, fui para o primeiro andar da minha casa, afim de arrumar algo para passar meu tempo, e chegando lá, me deparei com o casal “20” de Forks; Alice e Jasper.

—Boa tarde. —  Jasper cumprimentou.

—A tarde está péssima. — Falei resmungando.

—O que aconteceu? — Alice perguntou curiosa.

—Eu perdi meus desenhos. Todos eles.  —  disse fazendo biquinho e  me jogando no sofá, não demorou muito, para  Jasper alisar meus cabelos, enquanto Alice gargalhava do meu drama.

—Então, mudando de assunto, nós estamos combinando de irmos assistir o jogo de basquete da sua escola. Já que meu pai é o treinador. E eu meio que fiquei sabendo que o Edward e o Emmett são as atrações principais. — ela convidou e eu fiz uma expressão de nojo.

—Sem chances. Prefiro atravessar o atlântico de biquini. — debochei, ao me lembrar do convite de Edward.

—Isso significa não, né? —  perguntou com uma careta, já sabendo da resposta.

—Mas, pensa pelo lado bom amor. Assim podemos ficar juntinhos sem ninguém incomodar. — Jasper disse com um sorriso malicioso, olhando diretamente para a baixinha.

—Eu não estou segurando vela. Eu estou segurando uma tocha olímpica. Agora com licença, eu preciso ir até o banheiro vomitar por ter visto essa melação, daqui a pouco eu volto. — eu disse de forma irônica, logo me levantando, o que fez os dois caírem na gargalhada.

(...)

Bati algumas vezes na porta do escritório do meu pai, e então entrei, antes mesmo dele permiti. Ele estava lendo alguns papeis, mas,  logo que percebeu minha presença, direcionou seu olhar a mim e sorriu.

Me aproximei mais dele, de forma hesitante. Afinal, resolvi seguir o conselho de Dulce. Vou tentar melhorar nossa relação .

—O que você está fazendo? — perguntei tentando iniciar uma conversa.

—Estou fazendo os últimos ajustes da coleção de joias. — ele respondeu me encarando.

—Eu...Posso ver? — pedi, tentando expressar interesse.

Então, ele estendeu as folhas para mim. Peguei delicadamente e me surpreendi com o que vi, logo, acariciei o papel e sorri.

—São topázios. — sussurrei como uma afirmação.

—A pedra preferida da sua mãe. — ele confirmou sorrindo.

—Por quê?... — não formulei o resto da pergunta, pois sabia que ele entenderia.

—O nosso aniversário de casamento, está se aproximando, quer dizer, se nós estivéssemos casados...Eu me lembro que ela disse que quando você fosse uma adolescente e pudesse ser responsável por si mesma, nós iriamos viajar juntos, só os dois, para comemorar, ela gostava da ideia de um mês no Havaí. — ele falou para si mesmo e eu segurei as lágrimas que queriam cair.

—Você sente falta dela, não é pai? — aquilo soou mais como uma afirmação, do que uma pergunta.

—A saudade é umas das consequências do amor, e eu duvido que um dia eu deixe de amar ela. — respondeu convicto e eu joguei os papeis em cima da mesa.

—É, mas, agora, o senhor tem que se conformar. Porque ela reconstruiu a vida dela, longe desse fim de mundo, e enquanto o senhor fica pensando nela, ela está aproveitando o casamento perfeito dela, na vida perfeita dela. —  falei de forma cruel, mas, não me arrependi, ele precisava ouvir aquilo.

—Ela é sua mãe, Bella. — ele argumentou assustado com minha frieza.

—É por isso mesmo, que eu sei do que eu estou falando. Renée está pouco se lixando para os seus sentimentos. — retruquei.

—Eu estou tentando me reaproximar de você, mas, você não facilita. — ele afirmou quase desesperado por um bom comportamento meu e eu sorri de forma irônica.

—Boa sorte com isso. — desejei e sai daquele escritório.

 (...)

Depois de ter jantado, sozinha, na cozinha, logo após a breve discussão com meu pai, eu estava teclando freneticamente, acrescentando alguns detalhes do meu trabalho de Literatura...Só mais um ponto, e ...acabou.

Fiquei olhando para a tela vazia do computador, então fui para a parte de pesquisas, e digitei o site oficial da escola.

E logo na página inicial, estavam anunciando o jogo do fim de semana, com uma foto do Edward, aumentei aquela imagem e fixei nos olhos dele, mas, logo após, suspirei, e fechei a tela do computador.

(...)

Acordei com raios solares no meu rosto. Uau, o sol resolveu aparecer  nesse fim de mundo.

Levantei resmungando, mas, ao mesmo tempo tranquila. Afinal mais uma vez, nada de sonhos estranhos. Me sentei na cama e me alonguei.

Logo, peguei meu celular, no criado mudo e olhei as horas; 07:10.

Se eu não me arrumasse depressa, iria me atrasar. Sai da cama e abri a cortina do meu quarto, o deixando mais iluminado. Assim, caminhei até o banheiro e fiz minha higiene matinal .

  Acabei optando por um look mais leve, já que o clima não estava tão congelante aquela manhã.

          Por sorte, não me atrasei, consegui chegar a tempo de assistir a primeira aula, e sem muita animação, todas a que seguiram no primeiro tempo.

Na hora do intervalo depois de uma longa aula de cálculo, avistei Riley e Vick, sentados em uma mesa afastada no refeitório.

Vick estava concentrada, escrevendo algo em um caderno, enquanto Riley se encontrava olhando para o sanduíche dele como se fosse a coisa mais mais interessante do mundo.

—O que você está fazendo? — perguntei a Vick assim que me sentei.

—Estou fazendo uma lista, dos caras que tem uma boa reputação, e que são capazes de sustentar um relacionamento sério comigo. Sugere alguém? — ela perguntou animada e eu dei ombros.

—A pessoa mais responsável que eu conheço, é o Riley. — respondi indiferente e Vick arregalou os olhos, enquanto Riley se engasgou com seu suco.

—Ele é meu amigo. — ela protestou como se isso fosse algo absurdo e ele pareceu ficar magoado.

—Mas, tem boca para beijar, braços fortes para agarrar...Então serve. — respondi com tédio.

—Se eu quero um relacionamento sério. Eu quero alguém que me entenda, me apoie e tenha uma boa conversa. — ela ignorou minha última frase, e recomeçou com seus critérios e eu revirei os olhos.

—O Riley tem tudo isso. — argumentei.

—Ei! Será que dá, para vocês pararem de falar de mim, como se eu não estivesse aqui?  — ele protestou de forma irritada.

—Eu só estava te ajudando. — respondi me defendendo.

—Eu não preciso desse tipo de ajuda, Isabella.  — ele falou frustrado se levantando, pegando sua mochila e saindo do refeitório.

—Olha o que você fez, Bella, agora ele vai ficar chateado com a gente. — Vick disse me repreendendo.

—Se ele ficou chateado, eu posso garantir que não foi por minha culpa. — eu falei a encarando.

—Como assim?  — ela perguntou confusa .

—Se toca Vick, a verdade está bem na sua frente. — respondi com um ar misterioso.

(...)

Eu precisava relaxar em algum lugar, e ficar suportando o mau humor do Riley na biblioteca, estava fora de questão. Por isso vim para o ginásio vazio e me sentei na arquibancada. Estava tentando ler o livro de química para adiantar os assuntos da próxima aula.

Senti alguém se aproximar, e olhei por cima do livro. Era Edward, o popular babaca que sismou em sair comigo. Sem me preocupar, voltei a minha atenção as paginas e  ignorei a presença dele. O mesmo, apenas ficou com os braços cruzados me encarando, então em determinado momento, fingiu uma tosse.

Revirei os olhos e fechei a capa do livro com força.

—Tudo bem. O que você quer? — perguntei me rendendo.

—Uma explicação. —  disse com divertimento.

—Que explicação?. — perguntei com as sobrancelhas franzidas.

—Você não aceitou sair comigo, e disse que não se apaixonaria por mim. Eu quero que você me explique, se está tão determinada a negar uma aproximação comigo, por que está desenhando meus olhos?. — ele perguntou articulando e eu fiquei confusa.

—Eu não desenhei seus olhos. — protestei, e ele tirou um papel amassado do seu bolso e colocou ao lado do seu rosto, mas, eu ignorei por uns instantes.

—Isso não prova nad... — não continuei, pois fiquei estática quando percebi a semelhança do desenho, com os olhos dele.

Eu falei a verdade, quando disse que não tinha desenhado pensando nele. Eu tinha desenhado esse olhos, depois que vi os mesmos em um sonho...Só que eu nunca tinha reparado na semelhança dos olhos de Edward, com a pessoa do meu sonho.

—Oh ...droga. — xinguei baixinho.

—Então Isabella, eu ainda estou esperando uma explicação. — ele disse com um ar de vencedor, ao ver minha reação.

—Esses são os olhos do Riley. — menti descaradamente com a primeira coisa que apareceu na minha cabeça.

—Os olhos do Riley são castanhos esverdeados, e esses são verdes claros, portanto iguais aos meus. — ele argumentou.

—Então, você anda prestando atenção nos olhos do Riley? — brinquei, numa tentativa de enganar ele ,mas ele revirou os olhos— Okay. Eu errei de lápis de cor, seres humanos erram, não é mesmo? — inventei a desculpa mais fajuta de todas.

—Bella, eu não sou burro. — ele disse impaciente, e eu reparei que ele me chamou Bella.

—Mas, parece... E dai se eu tiver desenhado seus olhos? Pode significar que eu os achei bonitos. — eu mudei o foco.

—Ou também, pode significar, que você está pensando muito em mim. — ele disse com um ar convencido, e eu revirei os olhos.

—A primeira opção é mais realista; Agora você pode, por favor, me devolver esse desenho? . — pedi tentando soar delicada.

—Não. Eu vou ficar de lembrança do dia que Isabella sem sobrenome, me desenhou. — ele falou com divertimento.

—Ainda me pergunta, porquê eu te acho tão babaca. — resmunguei enquanto guardava meu livro, dentro da mochila.

—Eu te deixo em paz ,assim que você aceitar sair comigo. — ele disse como uma proposta e eu o encarei.

— Por que eu? Logo eu?. — perguntei suplicante.

—Por que você é Isabela, a nerd solitária, e eu vou te conquistar. — ele afirmou e eu ri.

—E eu vou sair com você um dia. — debochei de forma irônica

—Sério mesmo ?-ele perguntou de forma fingindo animação para minha ironia.

— Não, não, não, não ,não ... — continuei e ele pegou seu caderno e anotou algo.

—O que você está fazendo?  — perguntei deixando de lado, minha sessão de “Nãos”.

—Estou anotando o tanto de não, que você já me deu. Esse vai ser o número de beijos que eu vou ganhar de você, quando eu te conquistar — ele afirmou com um sorriso divertido.


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Notas finais do capítulo

Admitam é muito difícil decidir, se você shippa mais Melinda e Thomas ou Edward e Isabella! hahahaha
Comentem!