A Love Of Another Life. escrita por Maria Vitoria Mikaelson


Capítulo 12
1x03 - Mysteries Of Bella.


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo!
Boa Leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/714451/chapter/12

"Quem se julga superior aos outros, não enxerga bem aqueles que o cercam".

Ponto de vista : Bella Swan.

Dirigi pelo asfalto coberto de neve, enquanto voltava para casa. A estrada estava com pouco movimento; As florestas na beira da rodovia se  encontravam silenciosas, e as montanhas, assim como todo resto estavam sendo dominadas pela neve.

Continuei dirigindo, mas, logo após freei bruscamente, e encostei minha cabeça no volante.

Eu estava cansada. Era tanta coisa para administrar. Primeiro esses sonhos malucos que eu tenho. Segundo eu tive que me mudar para essa cidade. Ontem, eu quase fui atropelada, e agora fui convidada para sair, pelo cara que a Rosalie gosta desde...Sempre e que se acha o dono do mundo e o maior pegador do planeta.

Sai do carro, carregando minha mochila no ombro, deixando o automóvel estacionado no meio fio, e entrei na floresta.

Esse era um dos meus passa-tempos preferidos aqui nessa cidade; Fazer trilhas.

Eu não sei porquê, mas, isso me acalmava.

As folhas estavam molhadas por causa da recente chuva, e a terra estava úmida. Continuei a caminhar, desviando de alguns galhos, logo,  me sentei no tronco de uma árvore, e continuei a pensar nas chances que eu tinha de não encontrar mais Edward Cullen na minha frente, e a conclusão foi rápida; Minhas chances eram minímas, assim como minha vontade de voltar para casa agora.

(...)

Assim que vi que noite estava aparecendo, voltei até o meu carro com passos lentos, e acelerei em direção a minha casa, que estava a milhas de distância.

No percurso, liguei o rádio em uma estação qualquer, e coloquei num volume baixinho.

Estacionei o carro na garagem, e logo depois subi a escada de pedras, até chegar na porta. A abri e entrei na minha casa.

Estava estranhamente silenciosa, caminhei até a sala, e vi meu pai perto da sua adega, com um copo de um Whisky na mão, perto da lareira, que estava o aquecendo por conta do frio.

 Ele estava com uma expressão de raiva negativa. Sim,ele tem uma expressão de raiva negativa e uma positiva; Negativa é quando ele está com raiva e decepcionado, e a positiva é quando ele está com raiva e aliviado.

—De novo, você sumiu e só voltou a noite. Você sabe que eu fico preocupado. — ele me repreendeu com sua voz serena. Eu o encarei.

—Não precisa se preocupar pai. Eu só faço isso para me acalmar. — eu falei, pois não queria dizer, que se não o fizesse, provavelmente surtaria devido aos sonhos que tinha. Logo, comecei a subir as escadas.

—Desse jeito nossa relação pai e filha, não vai evoluir. — foi a única coisa que eu escutei antes de fechar a porta do meu quarto com força.

Larguei a mochila no chão, e como de costume me sentei no parapeito da janela e abracei meu próprio corpo. Para assim, ter mais um momento de reflexão.

Escutei o barulho do meu celular tocando, mas não me dei o trabalho de atender. Já sabia quem era, e não estava com a miníma paciência de ouvir essa pessoa.

 (...)

Acordei estranhamente bem, eu não tive sonhos estranhos ontem a noite, por isso estava de bom humor.

Desci as escadas e caminhei até a sala de jantar, onde meu pai estava tomando café da manhã junto com Jasper. Como eu disse, é como se ele fosse parte da família.

—Bom dia. — os cumprimentei, enquanto me sentava.

—Bom dia Bella, sua mãe ligou hoje de manhã, ela está preocupada. Já faz mais de uma semana que você não liga para ela. — meu pai disse, enquanto bebericava um café.

—Ahn...Eu ando muito ocupada. Muitos deveres de casa. —  menti descaradamente. A verdade é que eu sabia que se ligasse para ela, a mesma me faria um interrogatório.

Me despedi dos dois sem nem tocar na comida, e fui até a garagem, logo acelerei em direção ao motivo dos meus dias ficarem mais coloridos.

(...)

Cheguei na escola como sempre num horário com pouca movimentação, e agora estava em frente ao armário da Victoria ouvindo ela falar, que já está há três dias sem pegar ninguém. Sim, isso é um recorde para ela, levando em conta que da ultima vez que ela fez isso, só aguentou um dia.

—Ontem  Edward Culle me chamou para sair. — contei do nada, para que ela parasse de falar. Vick, arregalou os olhos no mesmo instante que recebeu a informação.

—E você ...?  — ela me incentivou a continuar.

—Disse não. — respondi o obvio e ela me olhou incrédula.

—Por quê? —  exigiu a resposta.

— Primeiro; Ele é quase o amor platônico da Rosalie, que não por acaso me odeia. Segundo; Ele faz parte do grupo de populares que humilham as pessoas e se acham donos do universo. E terceiro; Ter encontros no colegial, não está nos meus planos. — expliquei a ela que continuou indignada, até o Riley chegar.

—O que aconteceu? — ele perguntou, ajeitando os óculos.

— Edward Cullen, chamou a Bella para sair e ela disse não. — Victória disse irritada.

— Por que um popular convidaria a Bella para sair? Sem ofensas. — ele perguntou desconfiado e eu cruzei os braços.

—É isso que eu estou me perguntando até agora. Está vendo Vick, alguém tem um cérebro aqui. — debochei e ela revirou os olhos.

—Vocês dois são paranoicos demais. Vai ver ele só te achou interessante. — reclamou, e dessa vez fomos nós que olhamos incrédulos para ela.

—De qualquer forma, eu disse não, então está tudo resolvido. — falei dando de ombros e Maggie bufou.

—Quem bom que você tem juízo. Bem, vamos para aula. — Riley disse e eu o acompanhei até a sala de aula.

(...)

Depois de duas aulas de geografia, e duas de literatura, as aulas do primeiro tempo tinham acabado, guardei meu material no armário e peguei meu caderno de desenhos.

Eu precisava tirar algumas dúvidas com o professor Xavier, sobre alguns desenhos que eu tinha feito. Não bati na porta, porque achava que ele estava sozinho.

Assim que entrei, me deparei com o Edward sentado desenhando algo. Quando ele me viu, ele me encarou, e então eu me lembrei do fora que dei nele.

— Ahn...Eu volto outra hora, desculpe. — disse me encaminhando até a porta, quando vi que o professor Xavier não estava ali.

—Não precisa ir. Como também não precisa se envergonhar por ter me dado um fora. Isso acontece sempre. — ele falou tentando passar uma postura séria, e eu arqueei minha sobrancelha. — Okay. Eu nunca levei um fora. —  disse suspirando e pela primeira vez na presença dele, eu sorri.

—Desculpa, não é nada pessoal, é só que... — Tentei explicar gesticulando com as mãos.

—Só que eu sou um popular babaca do grupo da Rosalie, não é isso?  — ele perguntou sério.

—Inclui muito mais do que isso, é complicado. — comentei com um sorriso amargo.

—Vai me dizer que você nunca teve um encontro? — ele perguntou incrédulo e eu revirei os olhos.

—Não é isso. E só que eu prefiro me manter no meu lugar, ou na minha zona de conforto. —  falei convicta, e antes dele responder, o professor Xavier apareceu.

—Bella, você precisa de algo? — ele perguntou de maneira educada.

—Não! Eu só queria esclarecer uma dúvida, mas, não é tão importante assim. — eu disse dando de ombros e fui até a porta.

Caminhei pelos corredores lotados e coloquei meu fone de ouvido. Tentei apressar meus passos, até alguém esbarrar em mim e derramar propositalmente café quente sob minha roupa, arfei enquanto tentava me enxugar.

—Isso é só um aviso baranga, para você se manter longe do meu Edward, porque se eu te ver a pelo menos trinta centímetros perto dele sua vida vai piorar e muito. — Rose disse com malicia, antes de me empurrar de novo e sair na maior cara de pau pelo corredor.

Me encaminhei até o banheiro feminino, e  tentei tirar aquela mancha de café do meu moletom com água, mas, a mancha não saia.

Me encostei na pia e suspirei, me lembrando de como minha vida aqui é perfeita. Ri de mim mesma com a ironia, joguei a mochila no chão, e escorreguei na parede do banheiro, deixando minha cabeça entre meus joelhos.

—Poderia ser Canadá, Alasca, Grécia...Mas, por que eu tenho que ter nascido logo aqui em Forks? — resmunguei para mim mesma.

 [...]

Caminhei até o refeitório e avistei Victoria em uma mesa e comecei a andar em direção a ela, até Emmett, um dos populares mais babacas, derrubar seu lanche bem perto dos meus pés.

Olhei para ele.

—Você devia limpar isso, ou a sua mãe empregadinha não te ensinou? — ele perguntou debochando. Então todos os populares riram, e eu não sei porque, mas, me virei para Edward que desviou seus olhos. Ele era como eles, afinal.

Voltei meu olhar para Emmett e me agachei pegando a bandeja no chão, e entreguei a ele.

Reunindo toda minha dignidade falei:

—Você não deveria desperdiçar comida. — avisei com a voz serena, e depois fui me sentar ao lado de Vick.

Ele continuou lá, estático, por minha falta de reação e eu suspirei.

Empregadinha, imagine se ele soubesse que você é filha de Charlie Swan.  — Vick debochou e eu a ignorei.

—Eles são idiotas, Vick, só isso.  — disse indiferente e ela revirou os olhos.

—Idiotas gostosos. — pontuou, mordendo os lábios.

Então eu observei Rosalie praticamente se sentando no colo de Edward.

Parece que ele superou seu primeiro fora fácil.

—Ela não tem amor próprio, não? Se menosprezar tanto é tão nojento. —disse me referindo a Rosalie e Victoria me encarou.

—Ela gosta dele. —  simplesmente falou e eu ri.

— Não. Ela não gosta, ela considera ele um capricho. Eu duvido que um deles saiba o que é gostar de alguém. — comentei com deboche e foi a vez dela de rir.

—Assim como você. —  disse irônica.

—Eu sei gostar das pessoas. Eu simplesmente opto por não fazer isso com frequência. — expliquei a ela.

—Sério, eu vou rir muito quando você se apaixonar por alguém. —Vick falou divertida e eu a encarei.

—Isso não vai acontecer. — garanti, e peguei meu caderno dentro da bolsa, afim de terminar a lição de casa.

—Você devia superar esse medo de amor. Só porque seus pais se separaram, não quer dizer que vai acontecer o mesmo com o resto do mundo. —  afirmou séria e eu suspirei.

—Eu sei disso, e sei também que as pessoas ficam a cada cinco minutos querendo dar palestras sobre o que eu sinto ou deixo de sentir. — eu disse irritada e a mesma continuou séria.

—Bella você sabe que ... — não deixei ela continuar.

—Tudo bem. Okay. Eu já me acostumei com as pessoas achando que eu sou louca, por simplesmente achar que se apaixonar é uma grande porcaria. — comentei com deboche e ela suspirou, mas, disfarçou seu descontentamento quando Riley chegou.

—Adivinhem! Acabaram de chegar novos livros na biblioteca. — ele anunciou feliz .

—Isso é ótimo, Riley. —  disse realmente feliz com a animação dele.

Então meu celular, começou a tocar. Deslizei a tela e vi o nome Mamãe, ignorei a chamada e Vick revirou os olhos.

—De novo fazendo isso. — ela me repreendeu.

— Faz um favor para mim Vick, para de se intrometer na minha vida. Sei lá, vai caçar algum garoto no vestiário da escola. — desejei e peguei minha mochila,  saindo do refeitório.

Logo após vi, que o Riley me seguiu.

Ele parecia magoado. Droga! Eu tinha que aprender a controlar o que eu falo, mas, também não é problema meu, se a Vick não dá bola para ele.

Chegamos a biblioteca, e ele permaneceu calado. Comecei a andar entre os caminhos das prateleiras, enquanto ele organizava alguns livros por ordem de data.

Assoprei um livro que estava a minha frente, mas não o peguei.

—A biblioteca é seu refúgio, não é? — Riley perguntou do nada e eu peguei um livro na prateleira.

—É o seu também. — rebati e ele sorriu.

—Mas, eu sei do que eu estou fugindo e você foge de quê ? Eu não sou burro Bella, eu sou observador. Você não chega nem perto de ser uma nerd, você foge do passado e por isso não vive o presente. — Riley falou tocando meu braço e eu me esquivei.

—A fragilidade é nossa maior fraqueza Riley. Não vou ceder e te contar sobre minha vida antes daqui. — falei convicta,  me sentando em uma das mesas vazias.

—É isso que você acha sobre a fragilidade?. — ele perguntou ajeitando o óculos.

—É isso que eu tenho certeza. — falei abrindo o livro.

—Então não conhecemos a verdadeira Bella. — ele brincou.

—Nem uma parte dela, esse é meu charme. — brinquei de volta.

—Você não é charmosa, Bella. —  disse num tom sério e eu sorri de lado.

—Como eu disse, você não me conhece . — pisquei para ele e e comecei a ler o livro.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Nerd Anti- Social? Será que Isabella Swan é só isso? Continuem acompanhando a história, que vocês descobrirão que essa garota tem muitos segredos!
Comentem!