Sempre que corria o olhar pelos lordes e conselheiros, Cersei percebia o quanto precisaria trabalhar para tornar aquela ralé digna de si.

Rainha Louca.

Fode-Irmão.

Puta.

Antes de despertar e chamar as estúpidas aias tagarelas, lembrava-se algo que dissera à um de seus preciosos meninos. Todos que não são nós, são nossos inimigos. Ela faria todas as grandes Casas serem destroçadas e apenas os leões de juba dourada poderiam governar o reino que imaginava com fervor indescritível.

Cersei mataria todos: veados, lobos, rosas, sóis, trutas, águias, lulas gigantes... todos padeceriam sob a ira da leoa. Não sobraria ninguém. Ninguém.

Seria a rainha, a mais poderosa delas.

Nenhuma maldita profecia iria mudar isso.

Não importava como ou quando, um dia, seria a máxima autoridade perante à cada homem e mulher dos Sete Reinos. Se curvariam diante de sua visão – uma bela dama de cabelos dourados e olhos verdes – majestosa. Falariam sobre seus feitos sem precedentes. Seria a maior de todos os que já se sentaram no Trono de Ferro. O Trono... desejara-o por tanto tempo... não mais! Era a legítima rainha de todos eles, jamais algum homem ousaria contrariar seus desejos.

Nem os Sete, nem qualquer criatura vivente, parariam Cersei Lannister.