A filha de Isabella escrita por Nandah, Fernanda Pinheiro


Capítulo 7
Tempinho com a mamãe




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— Bella, seja uma boa mãe e me traga água. – Resmunguei me ajeitando no sofá. 

 

— Annie, seja uma boa filha e vai buscar. – Bella retrucou. 

 

— Poxa Bella, vacila mesmo. – Rolei no sofá caindo sentada no chão. – Agora vou ter que me arrastar até a cozinha. 

 

— Não seja tão dramática assim Annie. – Bella me jogou um travesseiro. 

 

— Ta pedindo guerra é? – Joguei o travesseiro de volta. 

 

— Vai desafiar? – Bella me jogou mais uma vez o travesseiro. 

 

— Ta pedindo pra morrer, só pode. – Joguei o travesseiro com mais força. 

 

— Não se esqueça que sou mais forte. – O travesseiro voltou com o dobro da força. 

 

— Ih vai ficar de caô agora tiazona? – Me levantei lançando o travesseiro nela. 

 

— Aqui está o poder da tiazona. – Bella rolou pro chão me acertando o travesseiro e desviando do outro que eu jogava. 

 

— Vou ter que te mostrar meu golpe karatê agora. – Falei pegando o primeiro travesseiro que encontrei. 

 

Fiz umas volta estilo capoeira e dei uma sarrada no ar enquanto jogava o travesseiro nela. 

 

— Que ousada. Aqui está meu golpe supremo. – O travesseiro veio com tanta força que eu cai deitada do outro lado da sala. 

 

— Já vejo o caminho da luz. – Abracei o travesseiro. 

 

— Annie, você está bem? – Bella aproximou-se do meu corpo estirado no chão. 

 

— GUERRA DE TRAVESSEIROS. – Anunciei levantando em um pulo e desferindo golpes contra ela. 

 

A casa de Charlie se transformou em uma completa zona, tinha enchimento na cozinha, penas na sala e no resto dos cômodos do andar de baixo. E eu e Bella estávamos bem ali no meio destruindo os últimos dois travesseiros em nós mesmas. 

 

— YA – Acertei a cabeça dela. 

 

— SEGURA ESSA! – Isabella acertou minha barriga. 

 

— O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI? – Uma voz mais grossa nos interrompeu. 

 

— Oi pai. – Bella lançou um sorriso amarelo para o homem que acabará de entrar. 

 

— Oi, vovô. – Me virei vendo sua cara carrancuda. 

 

— Limpem isso agora. – Ele falou pausadamente. 

 

Seu uniforme estava amassado, seus cabelos bagunçados e a cara era de sono. Eu podia rir em um momento como esse, mas Charlie não estava para brincadeira. 

 

— Eu não moro aqui mesmo. – Isabella deu de ombros pronta para ir embora, vacilona.

 

— Isabella Marie Swan Cullen. – Charlie proferiu o nome completo dela. 

 

— Mas eu vou ajudar, Annie. – Bella deu um sorriso forçado e me abraçou de lado. 

 

— Quando eu acordar quero tudo como estava antes. – Charlie alertou enquanto subia as escadas. 

 

Assim que ele sumiu do meu campo de visão me virei para Bella, nada feliz. 

 

— O que foi? – Sonsa! 

 

— Você ia me deixar aqui para morrer, SOZINHA. – Acusei ela. 

 

— Você faria o mesmo. – Ela me acusou. 

 

— Talvez, ok eu faria, mas em uma guerra não se abandona nenhum soldado. – Cruzei os braços. 

 

— Isso não é uma guerra, mas sim um furacão. Eu começo pela cozinha e você pela sala. – Bella se virou me deixando plantada. Falsiane. 

 

[…]

 

O barulho do aspirador de pó invadiu minha cabeça sem nem mesmo pedir licença. Bella varria e eu, graças à Deus, usava o objeto mais prático. 

 

As penas eram sugadas com uma grande facilidade e em poucos minutos minha parte já estava, quase, completamente limpa. Faltava por a plumagem dentro de um dos sacos plásticos (que seriam ótimos para matar Bella e depois esconder o corpo),  assim que o fiz me joguei no sofá. 

 

— Nem pense em descansar. – Bella voltou da rua, onde possivelmente estava pondo o lixo. 

 

— Bella, eu sou humana. Eu me canso, caso você não saiba. – Tentei explicar. 

 

— Então descanse no carro. – Bella resmungou. 

 

— Aonde vamos? – Perguntei já me animando. 

 

— Comprar travesseiros novos. – Bella disse saindo para o lado de fora e eu logo me apressei em segui-la. 

 

— Na volta podemos comprar chocolate quente? – Perguntei entrando no carro. 

 

— Se você se comportar, provavelmente. – Bella me olhou de esquina. 

 

— Comportada é meu nome do meio. – Dei um sorriso torto em sua direção. 

 

[…] 

 

— Ainda rola aquele chocolate quente? – Olhei para Bella com esperança. 

 

— Você derrubou uma pilha de travesseiros com um carrinho. – Isabella desviou os olhos da pista para me olhar. – Qual você acha que é minha resposta? 

 

— Com certeza, Annie. Vamos sim comprar chocolate quente? – Olhei para ela ainda esperançosa. 

 

— Não, Annie. – Isabella deu um grande suspiro voltando a atenção para a pista. – Não vamos comprar chocolate quente. 

 

— Você que sabe, você que sabe. – Dei de ombros sem esconder minha revolta. 

 

— Consequências das suas atitudes. – Bella se ajeitou ao volante. 

 

— Blábláblá. – Revirei os olhos. 

 

— Não seja infantil. – Bella falou. 

 

Ignorei ela completamente e continuei prestando atenção na pista a frente. Eu queria tanto uma xícara de chocolate quente nesse frio de Forks. Não desistiria tão fácil. 

 

— Às vezes me pergunto se você nega chocolate quente para a Renesmee. – Comentei. 

 

— Sem chantagem emocional. – Bella desviou. 

 

— Não, não é isso. – Forcei um suspiro triste. – Vovó Renée nunca me negou chocolate quente, nem mesmo no calor. 

 

— Ok, você venceu. Copo p e mais nada. – Bella revirou os olhos e eu sorri vitoriosa. 

 

1x0 pra mim. 

 

[…]

 

— É bom ver que vocês deixaram tudo como antes, até melhor. – Charlie observou enquanto descia as escadas. 

 

— Trabalho de mulheres, sabe como é. – Dei um sorriso orgulhosa. 

 

— É bom ver que estão se dando bem. – Charlie sorriu descendo por completo as escadas. 

 

— Eu e Bella somos amigas agora. – Sqn. 

 

— A amizade entre mãe e filha é majestosa. – Charlie estranhamente falou. 

 

— Fumou uma das ervas de Sue, Charlie? – Perguntei. 

 

— Já mandei parar com acusações falsas. – Talvez não tão falsas assim.

 

— Foi mal. – Revirei os olhos. 

 

— E não revira esses olhos castanho esverdeados para mim. – Charlie alertou se sentando no sofá. 

 

— Chato. – Dei língua para ele. 

 

— Onde está Bella? – Perguntou ligando a televisão. 

 

— Na casa dela, talvez. – Me ajeitei na poltrona. – Ou na casa do Ricardão, assim como Sue. 

 

— Sue é apenas minha amiga. – Charlie fechou a cara. 

 

— Eu nem disse nada sobre isso. – Dei um sorriso malicioso. – Estranho você já ir se defendendo. 

 

— Não começa Annalice. – Foi a vez dele revirar os olhos. 

 

— E o senhor não revire esses olhos castanho escuros para mim! – Esbravejei.


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Notas finais do capítulo

Heeeey, primeiramente não vai dar para responder os comentários do capítulo anterior, pois a internet ta sendo contada. Mas agradeço muito!!

Segundo, espero que tenham gostado do capítulo, hoje a Annie resolveu dar aquela chancezinha a Bella.

Terceiro, comentem e favoritem, ou, quem sabe, será que rola uma recomendaçãozinha? Hihi!

Bjooos, até mais ♥



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