Durante o Fim escrita por Van Vet


Capítulo 44
Quinto Dia - Hugo


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal!
Obrigada pelo feedback do último capítulo. Amei!

Hoje o capítulo é bem curtinho, mas é pra manter a fic em andamento.
Beijão!



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  O garoto do dia anterior, o bochechudo de olhos grandes, sentou-se ao lado de Hugo na bancada do refeitório, acompanhado de sua família.  Hugo também se encontrava com a sua, o pai, pelo menos. Conforme o galpão abarrotava de pessoas era mais difícil manter um bom lugar nos colchonetes. Não havia nenhum tipo de ordem ou respeito em quem dormia onde, logo uma vigília constante era necessária. Normalmente, quando precisavam sair para comer ou usar o banheiro, o faziam em duplas. O menino e o pai. Rose com a mãe. Rony tomando conta do Weasley mais novo e a irmã pajeando a mãe machucada.

 

ー Você percebeu? ー o menino arrulhou para Hugo, que sorvia a sopa silenciosamente.

 

ー Percebi o quê? ー perguntou ao outro, que como Rose comentara era intrometido mais do que o suficiente.

 

ー Os carros do exército pararam de vir desde hoje de manhã.

 

ー E daí? ー ele deu de ombros, sem entender. Ao seu lado, o pai, mais animado desde ontem cedo, mergulhava um pão velho no seu prato e comia as bocadas, distraidamente.

 

ー E daí que se pararam de chegar alguma coisa aconteceu… Quando chegamos aqui papai contou oito jipes do exército e um caminhão. Só está aparecendo dois nesses dias… e hoje chegou apenas um.

 

   O pequeno ruivo parou a colher a caminho da boca, perplexo, começando a entender:

 

ー Os aliens pegaram eles então?

 

ー Com toda a certeza! ー o garoto exclamou exibindo aquela típica expectativa, a velha companheira dos anseios de Hugo.

 

ー Mas então alguém virá para tirar a gente daqui se… se eles chegarem.

 

ー Não há dúvida, filho. Eles estão ocupados cuidando das fronteiras, por isso não retornam. Estão todos bem e vamos vencer essa guerra muito em breve  ー Rony intrometeu-se, mais por dentro da conversa infantil do que ele poderia imaginar.

 

   Assim que terminaram a sopa, pai e filho depositaram a bandeja vazia na pia de descarte e caminharam de volta para o encontro das mulheres. No caminho o pai o alertou para que não desse ouvido àqueles boatos porque as ideias mais estranhas e fantasiosas surgiam por todas as bocas ao redor deles. Lembrou também que a estadia dentro do galpão era breve e tão logo as estradas estivessem seguras iriam buscar um modo de se encontrar com o resto da família.

 

   Nos colchonetes, Rose e Hermione estavam sentadas, papeando sobre qualquer assunto muito importante, que morreu com a aproximação dos dois. Pensando um pouco não havia como Hugo não perceber uma sintonia diferente emanando do trio. A irmã cessou com as sessões de bufos e cara feia, por exemplo. A mãe, bem melhor do tornozelo, chegou a sorrir em algumas ocasiões. O pai andava comendo feito uma draga, o tempo todo sondando o refeitório, coisa que normalmente não fazia quando se sentia preocupado ou entristecido.

 

      E Hugo… começava a esquecer o incidente de três dias atrás… O carro, as pessoas raivosas, a briga dos pais…

   

   Praticamente não dedicava nenhum tempo do seu dia para essas lembranças. Exceto ao dormir, quando não era possível controlar seus sonhos ruins, ele praticamente voltou ao seu estado normal. Curioso, matutando sobre o espaço e as formas de vida invasoras, e como poderia se defender de um extraterrestre cabeça de abobrinha.


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