Durante o Fim escrita por Van Vet


Capítulo 31
Segundo Dia - Rony


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoal!

Essa é a última postagem do ano, o que não é nenhum drama, afinal 2017 já tá logo ali, na semana que vem. Estou super feliz de começar essa fanfic pertinho do fim de 2016 e ter tantos retornos maravilhosos como esse que vocês estão me dando. Obrigadíssima!

Após esse capítulo as coisas começarão a ficar tensas para a nossa família. Peço que vocês continuem sendo muito otimistas, apesar dos pesares, e ajudem nossos amados Weasley a chegar no "pote de ouro" com suas excelentes vibrações...

No mais, um maravilhoso e feliz ano novo para todos nós. Depois dessa carniça aqui merecemos, não é mesmo?!

Super beijo e encontro todos em 2017!
:***



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/714113/chapter/31

Ele achou que não conseguiria dormir em meio a todo aquele calor e a adrenalina do momento, mas, na verdade, conseguiu. Não foi capaz de lembrar quando o sono chegou, apenas fechou os olhos por um segundo e capotou. Na certa Hermione lhe passou segurança na direção e seu cérebro desligou.Ela era a melhor motorista de carro que ele conhecia, muito melhor do que ele também.

 

   Rony abriu os olhos lentamente, vindo das profundezas de um sono profundo após mais de vinte e quatro horas intranquilo, e a primeira coisa que enxergou foi o céu tomando a forma alaranjada do finzinho da tarde. Ele esfregou o rosto vigorosamente, tentando tirar a sonolência e ouviu Hermione dizer:

 

ー Você chegou a roncar.

 

ー Bastante ー completou Hugo, lá de trás.

 

ー Não foi intencional, eu juro ーo ruivo respondeu rouco e sorridente ー Onde estamos?

 

ー Acabamos de passar por Titusville. Falta pouco ー a esposa informou.

 

ー Não devíamos ter passado na casa na minha mãe, já estaríamos em Jacksonville há muito tempo se tivéssemos ido direto de Tampa.

 

ー E como advinharíamos tudo que você e Rose descobriram, de Tampa?  ー ela parecia calma e otimista.

 

ー É verdade ー ele concordou balançando a cabeça.

 

   A estrada não estava mais completamente às moscas. A cada cinco minutos, ou um pouco mais, era possível ver um carro guiando velozmente ao lado deles. Ainda era um dado assustador, normalmente aquelas rodovias viviam cheias de veículos, contudo mais animador que horas atrás.

 

ー Eu preciso é de um banho! ーexclamou, se sentindo pegajoso dentro da roupa.

 

ー E eu de chocolate ー a morena disse.

 

ー Chocolátra ー ele observou, brincando ー Necessidade primordial nessa situação, de fato.

 

ー Eu já te disse, e foi mais de uma vez, que eu posso sobreviver a qualquer coisa se puder comer chocolate ー Hermione piscou.

 

  Rony olhou nostálgico para a mulher e as recordações o sugaram para uma lembrança longínqua, de treze anos atrás…

 

    Um Rony Weasley de vinte e dois anos de idade, pai de uma garotinha encantadora de apenas três meses, entrou na ponta dos pés no quarto do bebê e caminhou até o berço da pequena. O quarto estava na penumbra, iluminado fracamente por um abajur de pouca potência, e na cama de solteiro ao lado do berço, Hermione dormia profundamente.

 

Ele não ouviu coisas, Rose realmente resmungava no berço, e estava prestes a acordar a mãe que já dormia tão pouco. O pai ergueu os braços para a bebê e tirou-a de lá cuidadosamente. Ela, uma coisinha toda vermelhinha, se contorceu de leve nas suas mãos, mas acabou ficando quieta, encarando-o curiosa.

 

ー É, sou eu, seu pai ー deixou-a informada para o caso de Rose se esquecer no meio do caminho e acabasse com seus planos de fazer a morena dormir, abrindo um berreiro.

 

   A mais nova integrante da família fez bem o seu papel, permanecendo calma e observativa enquanto o homem a tirava do quarto, descia os degraus para o térreo e a acomodava no seu colo, depois de sentar-se no sofá.

 

ー Agora nós vamos dar uma passeada pelos canais ー disse ele, pegando o controle remoto e mudando de emissoras somente para passar o tempo.

 

  A cada minuto sua atenção era desviada para a criaturinha no seu colo, que num piscar de olhos se tornaria a criança mais genial do fundamental e num outro piscar a adolescente mais astuta que ele já conheceu, depois da sua esposa.  Ele tinha mesmo que aproveitar enquanto Rose apenas tinha o poder de dormir o dia inteiro e chorar muito alto. Enquanto era possível pegá-la no colo com as duas mãos e passar muito tempo juntos, contemplando o silêncio alheio.

 

   Um filme promissor começou na televisão e Rony dividiu a atenção entre a tela e a menininha. Eles permaneceram assim por pouco mais de uma hora, mas então a pequena ruiva começou a reclamar e a reclamação se transformou rapidamente em seu choro mais estridente.

 

ー Filha, calma. Vai acordar a mamãe ー o pai pediu, a voz em pânico, balançando o bebê no colo para tentar acalmá-lo. Isso só a enfurecia mais.

 

   Lá se ia seu plano de ver Hermione dormir umas quatro horas seguidas. Não demorou cinco minutos e a morena descia afoita pelas escadas, amarrando seu roupão e correndo para ajudá-los.

 

ー Ela estava tão quietinha, aí de repente começou a ficar irritadaー disse Rony, desapontado, entregando a filha para mãe, com os rosto morto de cansaço.

 

  Hermione pegou Rose e foi se sentar no sofá.

 

ー Eu tentei fazer ela se acalmar. Você precisa dormir, sei disso. Queria que tivesse dado certo… ー ele prosseguiu na sua ladainha de desculpas.

 

   A esposa continuou concentrada na filha. Ela deixou um pouco do roupão deslizar pelo ombro e ergueu a blusa. Magicamente a garotinha encontrou algo bastante interessante debaixo da roupa da mãe e se calou.

 

ー Para certos assuntos uma mãe acaba sendo insubstituível ー objetou serena acariciando a cabecinha de Rose na amamentação.

 

ー Desculpe ー o esposo suspirou, se sentando ao lado delas.

 

ー Duas horas dormindo, Ron. É meu novo recorde em dois meses, estou bem ー apesar do seu rosto dizer o contrário.

 

ー Eu não achei que eles davam tanto trabalho ー disse, abismado.

 

ー Nem eu ー Hermione sorriu para a filha.

 

ー Na próxima nós podemos fazer você amamentá-la antes, quem sabe eu consigo mais tempo para você.

 

ー Você pilota empilhadeiras no porto. Tenho medo de algo causar algum acidente de trabalho por falta de sono.

 

ー Mesmo assim, consigo ajudar. Nós a fizemos juntos, logo temos que criá-la juntos ー respondeu enfático para terminar com os argumentos dela.

 

  Hermione ergueu uma sobrancelha, contrariada.

 

ー Você anda praticando argumentos demais ー acabou rindo.

 

ー A ideia é sobrevivermos. Eles não dizem que os primeiros três meses são os piores? Então já deve estar acabando ー disse Rony, otimista.

 

ー Vai sonhando, vai sonhando.

 

ー Mas não é? ー ele olhou-a espantado. “Algum dia voltariam a dormir uma noite inteira?”

 

ー  Eu posso sobreviver se você comprar mais chocolate. Você não comprou?

 

O ruivo fez uma careta de pânico. Havia esquecido completamente do pedido dela de mais cedo. Ele levantou prontamente, apalpando os bolsos do jeans para ver se estava com a carteira. Hermione riu daquilo e puxou-o com a mão livre, que não segurava Rose, pelo pulso.

 

ー Vou sobreviver ainda mais se tiver você aqui, sempre ao meu lado. Senta e fique comigo um pouquinho, Ron.  


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Durante o Fim" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.