Durante o Fim escrita por Van Vet


Capítulo 22
Segundo Dia - Hermione


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!
Esse capítulo ficou pequeno, mas prometo que amanhã posto um maior e mais emocionante.

Beijão!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/714113/chapter/22

Quando tudo acabasse, quando os Estados Unidos tomasse as rédeas da situação novamente (isso certamente deveria já ter acontecido), e eles voltassem para suas rotinas, Hermione prometeu que daria um jeito no comportamento de Rose. Teimosa, petulante, revoltada e histérica… não foi esse os valores que a morena esperava encontrar na sua filha adolescente. Ela nem vinha contabilizando aquele caso sórdido em que a menina deu um soco na cara de uma criança de onze anos na escola a semanas atrás. Hermione nunca espancou ninguém na escola, exceto Draco Malfoy, na sétima série quando a doninha provocou Rony chamando a Sra. Weasley de coelha parideira.

  

   Pensar em problemas tão corriqueiros era uma forma que ela encontrava de não entrar em parafuso sobre as tentativas de morte acometidas contra os Weasley. Uma nave ambulante e um avião. Um avião! Se Rony não tivesse acordado no último segundo eles estariam irreconhecíveis de tão esmagados pela turbina de um avião. Um avião! Hugo toda hora parava de ajudar a mãe a carregar a minivan deles para observar a aeronave e falar “mãe, nunca achei que ia ver um avião no meio da rua da vovó”... Um AVIÃO!

 

   Hermione sentiu o enjoo subir do peito para a garganta, obrigando-a a apoiar-se na pilastra da garagem e vomitar.

 

ー Mamãe, tá passando mal? ー Hugo questionou-a, muito preocupado, incubido da tarefa de levar uma lancheira de sandwiches enquanto ela carregava a mala maior, repleta de garrafas d’água e bolachas.

 

    A morena colocou os cabelos atrás da orelha, respirou profundamente e disse para seu menino:

 

ー É só um mal-estar. Tá passando…

 

ー Tem certeza? Quer que eu chame o papai?

 

ー Não! ー ela exclamou, se endireitando ー Só entra no carro, filho. Fica no banco de trás que eu vou tirar a gente da garagem.

 

ー Tá legal ー Hugo assentiu suspirando como um homem adulto resignado por não conseguir deixar seu emprego.  

 

  Se eles sobrevivessem à tudo aquilo, no mínimo, Hugo e Rose não seriam mais os mesmos. Rose atravessaria a juventude no pior estilo rebelde sem causa e Hugo ficaria tão traumatizado que algum psicólogo caro de Miami, especialista em estresse pós-traumático infantil, recomendaria videogame para deixar o cérebro do garoto ocupado a maior parte do tempo. Ele diria à Hermione, após ela ter gasto a maior parte do salário dela nessa consulta de alta qualidade, que estudos recentes apontavam os benefícios dos jogos eletrônicos nesses casos. Retornando para casa, seu esposo perguntaria da consulta e quando ela dissesse sobre o mais do mesmo os dois discutiriam feio tendo como tema principal a mania dela de querer sempre o melhor para as crianças, que significava também o mais caro. E assim a vida de casal seguiria até alguém ter coragem suficiente de colocar a rubrica num papel que levasse divórcio no seu cabeçalho.

 

     Hermione se agachou sobre a torneira da garagem e lavou a boca e o rosto para tirar os vestígios de enjoo. Amarrou os cabelos num rabo de cavalo alto, pegou as chaves da minivan e entrou pelo banco do motorista ligando o motor.

 

ー Colocou o cinto de segurança, filhote? ーindagou ao menino, fitando-o do espelho retrovisor.

 

ー Humrum ー ele meneou a cabeça afirmativamente.

 

  Não importava se Rony ou Rose precisassem voltar para a casa, ou que restou dela, para usar o banheiro ou beber uma água. Tudo aconteceria na estrada, a caminho de sabe lá Deus onde. Ela não ficaria nem mais um minuto naquele bairro, seu pressentimento gritava de novo e mais uma vez. Afinal eles conseguiram derrubar um avião. Um avião!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Durante o Fim" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.