Laços Cortados escrita por Katinip


Capítulo 4
Não somos mais o que fomos um dia


Notas iniciais do capítulo

Olha eu aqui de novo



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/713884/chapter/4

6 Anos atrás…

Aquele dia amanheceu cinza e chuvoso.  O silêncio dentro daquela casa era gritante, dando espaço para a melancolia reinar sobre aquele os corredores e cômodos da casa. Quem entrasse naquele local com certeza seria envolvido pelo ar pesado que dali emanava.

Sakura se encontrava deitada  naquela cama que não era sua, ao eu lado sua melhor amiga jazia, porém, diferente dela, Sakura não carregava olheiras profundas pela falta de descanso e olhos vermelhos por causa do choro. Assim que colocou os olhos na loira, a rosada soube como fora à noite de Ino, e seu coração se apertou ao se dar conta do sofrimento da amiga.

O pai da Ino estava doente já fazia um ano e por causa disso havia sido internado à alguns meses, tudo por causa de um tumor no cérebro.  Mesmo com duas cirurgias realizadas e toda a quimioterapia dada, ele não foi capaz de resistir e acabou morrendo na semana passada. Desde então Sakura estava na casa de Ino, tentando ajudar sua amiga e a mãe dela com o que fosse preciso, mesmo que só para não deixar a loira sofrendo sozinha.

Sakura gostava muito do senhor Yamanaka, não apenas por ser um homem bom e atencioso, mesmo sendo um ex-fuzileiro naval, mas também porque era uma das pessoas que mais fazia sua melhor amiga feliz. Ino tinha uma ligação especial com o pai, coisa que só eles tinham, e a loira tinha um amor e carinho enorme por ele. Sakura também sofria com a tristeza da amiga mas sabia que seu sofrimento não chegava nem aos pés do dela.

— Ino… Você precisa se levantar. Daqui a pouco será o enterro dele. - chamou a rosada por sua amiga, recebendo apenas um fungado como resposta. - Vamos lá, amiga, sua mãe estará te chamando já, já.  

— Não… não quero ir a esse enterro. Não quero olhar ou falar com ninguém.  

— Não quer se despedir do seu pai?

— Pra quê? Ele já foi embora mesmo! -  retrucou a loira, um pouco mais alto.

— Ino…

— Ele já se foi, me abandonou aqui sem ele, nem ao menos se despediu, e daí que não é culpa dele? Por que ele teve que ir, Saky? Por quê? - a Yamanaka estava sentada agora, lágrimas caíam de seu rosto novamente.- Ele se foi e tudo que sobrou agora foi essa dor maldita. Eu quero que ela vá embora também, Sakura! Eu quero! Quero que ela vá embora e traga meu pai de volta. Eu preciso dele de volta, Sakura, não vou aguentar sem ele aqui. - colocou as mãos em seu rosto e começou a chorar. Sakura ouvia o choro sofrido da amiga e acabou derramando lágrimas junto com ela.

— Sempre tive medo dele morrer em campo. O que eu mais temia era à chegada de algum militar na minha porta com a notícia da morte dele. Quando ele se aposentou dessa profissão foi um alivio pra mim, achei que não precisava temer mais a morte dele, e agora… - voltou a se desesperar - O que eu vou fazer, Sakura?  

Sakura respirou fundo tentando conter as lágrimas que vinham. Ela não sabia o que fazer pois não entendia a dor da melhor amiga, nunca havia perdido alguém próximo à ela, nem mesmo pensava no assunto. Olhou para Ino mais uma vez e tentou consolá-la:

— Hey… Não fale assim, Ino. Você não deve lembrar do seu pai apenas como um fardo, alguém que trazia apenas angustia e preocupação para você. Seu pai sempre foi tão bom com você, amiga. Ele deu tudo por você junto de sua mãe, e sempre tentou ser o mais presente possível na sua vida, mesmo com seu trabalho ou sua doença. Sei que está doendo, Ino, não sei o quanto, mas sei que dói. Sei também que não vai doer tanto para sempre, um dia… Bem, um dia irá cicatrizar. - suspirou, pensou no quanto não estava ajudando com suas palavras. - olha, eu não posso fazer muita coisa por você… Mas posso te ajudar com seu sofrimento. Posso prometer ficar ao seu lado e tentar o máximo possível preencher esse vazio aí dentro - apontou para o coração da loira. - Não sou o suficiente mas posso tentar. Seu é insubstituível, claro, e ele sempre vai ter seu espaço, mas quero ajudar você mesmo assim. - sorriu para ela.

Ino olhou para Sakura com os olhos marejados e à abraçou apertado, agradecendo-a em seguida.

— Obrigada por estar aqui. Obrigada por tentar. Tenho tanta sorte em ter você como amiga. - a soltou logo em seguida, dando um sorriso ínfimo.  

— Mas agora é sério… Se você não quiser ir ao enterro, posso ficar aqui e dizer a sua mãe que você não está se sentindo muito bem.  

— Não, não, não precisa. Eu vou sim. Quero me despedir dele e também… Minha mãe precisa de mim, sei que ela também deve estar procurando forças de onde não tem para dizer adeus a ele. - suspirou triste. - mas me prometa uma coisa, Sakura.

— O quê?

— Não saia do meu lado nunca. - olhou para amiga intensamente, fazendo-a entender que a frase tinha mais significados do que palavras poderiam expressar.

— Prometo.  

(…)

⊱❊⊰⊱❊⊰

Olhava agora para a mulher à sua frente em choque.  Piscou uma, duas, três vezes, tentando digerir a situação em que estava. Sakura sabia que uma hora ou outra reencontraria todos aqueles que deixou para trás, mas  é claro que ela estava mais pronta para reencontrar alguns do que outros.

— Quanto… Quanto tempo, Sakura - Ino sorriu hesitante. Não sabia como agir com a mulher à sua frente a quem um dia já teve como melhor amiga.

— Parece que não foi tempo o suficiente. - Sakura falou friamente, deixando todo o choque por reencontrar a loira, de lado.

— Eu senti sua falta. - a Yamanaka falou mais baixo porém foi ouvida pela rosada.

— Hn. Sério? Eu já não lembrava de você fazia um bom tempo. Acho que se você não viesse falar comigo, eu teria continuado a não lembrar. - Sakura se sentia ridícula falando tais coisas para Ino, mas não conseguia se controlar.

— Ah, então… Que bom que vim aqui falar com você.

— Hn. Se você diz… - virou-se novamente para as prateleiras à sua frente começando sua busca por qualquer livro que prendesse sua atenção o mais rápido possível.

— Sabe, você não vai encontrar livros do seu gosto aí, os livros de aventuras ficam naquela prateleira do… 

— O que você está fazendo aqui, Ino? - perguntou a rosada, olhando novamente para a loira.

— Bem, eu trabalho aqui. Minha mãe é a dona, ela abriu essa livraria há três anos atrás. Mas só fico aqui no turno da tarde já que de manhã eu vou para a faculdade e… 

— Já entendi. - cortou-a. Ino se retraiu com o tom de voz de Sakura, mas não queria continuar assim. Pelo comportamento que estava recebendo da rosada, sabia que ela ainda guardava mágoa de si, mas ela não queria continuar dessa forma, gostaria muito de resolver as coisas com sua ex-melhor amiga.

— Sakura… sei que ainda guarda rancor por mim, e sinceramente não a culpo por isso, mas eu quero muito consertar coisas, quero que nós duas voltemos a ser o que éramos antes, nós podemos conversar, ir à algum outro lugar e tentar resolver…

— Não. - calma e fria, a voz de Sakura reverberou entre elas. - Você não entende, Ino. Não há mágoa, não há rancor. Não há nada. Em nossa última conversa eu disse a você que não valia a pena nem mesmo te desprezar e era verdade. Arrancar você do meu coração significou não nutrir nem um sentimento sequer por você. Nem um. Nem mesmo raiva. - Ino olhava para Sakura petrificada com o discurso da amiga. Ali, naquele momento, a garota à sua frente não parecia a Sakura que conhecia de anos atrás.

— Você diz isso, mas continua querendo me machucar com suas palavras, Sakura. Seus atos não condizem com o que sai da sua boca. - rebateu a loira olhando firmemente para a rosada.

— Você não entende, Ino - Sakura sorriu de canto com um certo quê de deboche - Eu não digo essas palavras para te atingirem, digo porque é a verdade. Se você está se doendo por elas, a culpa não é minha. - Ino respirou fundo, fechou os olhos e os abriu de novo. 

Não queria que a conversa fosse para esse lado, não queria uma briga ou uma troca de farpas que de nada levaria as duas. Só o que desejava era uma reconciliação com Sakura. Respirou mais uma vez, e tentou de novo:

— Sakura, só quero conversar. As coisas ficaram tão mal resolvidas quando você foi embora. Eu senti tanto sua falta que mal podia aguentar. Nunca alguém substituiria você ou o que tivemos. Já se passaram quatro anos… Eu achei que podíamos voltar a pelo menos sermos amigas depois de todo esse tempo. - disse a loira, tentando mais uma vez atingir o coração da garota.

— Eu não costumo criar laços com pessoas não confiáveis. Sabe, é sempre bom evitar esse tipo de gente, se não se pode confiar em alguém, então não se pode ser amigo dela. - disse por fim. O que Sakura mais queria era ir embora dali. Todo o seu bom humor de hoje de manhã que se deu por causa do reencontro com Naruto e Hinata, acabara ali. Começou a dar passadas para longe, mas parou. Sem se virar para Ino, soltou:

— Só me diga uma coisa. Valeu a pena? - esperou a resposta da loira.

— O quê? 

— Valeu a pena perder minha amizade por ele? - Sakura não queria olhar nos olhos dela, pois tinha medo de acabar chorando se a resposta fosse positiva. 

Depois do que pareceram horas, a Yamanaka respondeu:

— Não. Claro que não. - Sakura não aguentou e acabou virando-se para olhar para ela. Precisava comprovar a resposta.

— Está falando isso porque acha que é o que eu quero ouvir ou está sendo sincera? - perguntou friamente. Ino sorriu.

— Estou sendo sincera, Sakura. Não vale a pena quando não se é correspondida. Ele nunca teve sentimentos por mim, somente por você. - Ino disse e Sakura arqueou as sobrancelhas. - Não me olhe assim. Ele errou muito, mas mesmo errando ele ainda amava você. Se ele fez o que fez, teve um motivo. 

Sakura sentiu a raiva inflar em seu interior. Como ela ousava defender Sasuke? Ah, claro. Uma vez traidora, sempre traidora. Riu amarga.

— Sim, o motivo foi você e sua vontade de tê-lo em sua cama, por isso você o defende, não é? Já esperava por isso. - revirou os olhos e se virou mais uma vez para sair daquele lugar, estava se sentindo sufocada ali dentro.

— Você não entende, Sakura! Quando eu disse que você deixou coisas mal resolvidas quando foi embora, não foi apenas com relação a mim. Há várias coisas que você não sabe, por isso deveria dar uma chance para ele se explicar. 

— Assim como também não posso compreender seus motivos? - olhou para Ino. - Ou você vai negar que não ficou com ele por livre e espontânea vontade? Que não desejou estar com ele? - perguntou a rosada, sínica. Ino deu passo para trás.

— Não, não nego. Mas eu me arrependi. Meus motivos não são justificáveis, mas você não sabe os dele. Não sabe como ele sofreu quando teve que fazer o que fez. - Sakura riu. Irônica e amarga, riu das palavras da mulher à sua frente. 

— Sasuke sofreu, foi? Coitadinho. Ele sofreu também quando estava metendo em você? - sua fala foi rude, e Ino a olhou estupefata. - Me diga, o quanto ele chorou enquanto gozava, quando você gemia de baixo dele, hein? Aposto que muito. - sorriu irônica. - Você não me engana, Ino. Nem ele. Os dois se merecem, tudo farinha do mesmo saco. - com uma última olhada, Sakura andou até a saída daquele lugar e dirigiu-se até seu carro. Queria o máximo de distância possível de Ino.

⊱❊⊰⊱❊⊰

— O casamento é só daqui três semanas, Naruto! Por que ele tem que estar aqui amanhã? - perguntou Hinata, aflita. Tinha medo de como Sakura ficaria depois que descobrisse sobre a vinda de Sasuke à Konoha.

— Não sei, Hinata, não sei! Sasuke é imprevisível, ele disse que só viria para Konoha alguns dias antes da cerimônia. - disso Naruto, que mesmo não tentando transparecer estava um pouco frustrado pela situação.

Hinata olhou para o homem à sua frente e respirou fundo. No fundo, os dois meio que desconfiavam do motivo que trazia Sasuke para Konoha de uma hora para outra.

— Naruto-kun… Você acha que… Tem a ver com o terno da Sakura? - perguntou cautelosa, olhando para ele. - Ele sabe que ela voltou e está aqui. Será que ele quer…

— Não. Sasuke sabia as consequências de sua decisão quando fez o que fez com a Sakura. Ele não tentaria se redimir ou se desculpar com ela agora, não faz o feitio dele adiantar tanto uma viagem só para isso. - respondeu Naruto.

Hinata abriu a boca para falar alguma coisa, mas foi interrompida com o som de seu celular tocando em cima do sofá. Foi até ele e atendeu sem olhar quem eram.

— Alô?

— Hinata… - ouviu a voz baixa de Ino do outro lado.

— Ino? Está tudo bem? - perguntou a morena. Naruto fez uma careta de desagrado ao ouvir o nome da loira.

— Sakura esteve aqui. - Hinata arregalou os olhos.

— Sakura esteve aí? Vocês discutiram? - perguntou aflita. O Uzumaki logo se interessou pela conversa e fez um gesto para que Hinata colocasse no viva-voz.

— Bom, mais ou menos… Eu tentei conversar pacificamente, mas ela foi fria e distante. Ainda não me perdoou. Não a culpo.

— Nem eu. - falou Naruto, e a Hyuuga o repreendeu com um olhar.

— E como você está? - continuou a Hyuuga.

— Bem, não estou  satisfeita com a situação, mas vou ficar bem, espero. Queria  que pudéssemos voltarmos a ser o que éramos antes, mas acho que não será possível. - suspirou a loira do outro lado.

— Sinto muito, Ino.

— Ah, tudo bem… Bom, eu tenho que desligar agora, vou fechar a livraria e ir para casa.

— Tudo bem então. Só me responda uma coisa, a quanto tempo Sakura saiu da livraria? - perguntou Hinata, notando a demora da amiga.

— Já faz uma meia hora. Por quê?

— Ah, nada, é que ela vai ficar aqui em casa e ainda não chegou com suas coisas. Mas acho que ela já deve estar vindo. Enfim, obrigada.

— De nada. Tchau, Hina.

— Até mais, Ino - despediu-se e desligou a chamada em seguida. Olhou para o noivo que entendeu a pergunta muda dela.

— Ela deve estar querendo ficar sozinha, Hina-chan. Esfriar a cabeça… Sakura só deve estar querendo processar as coisas. - respondeu o loiro.

— Sei disso mas… Me preocupo com ela. Não quero nem ver qual será a reação dela quando encontrar o Sasuke. - suspirou a Hyuuga. Naruto foi até ela a abraçando e depositando um beijo em sua testa.

— Sakura sabia o que esperar quando decidiu voltar, Hinata. Não se pode fugir para sempre de algo mal resolvido do seu passado. E ela deixou varias coisas mal resolvidas quando foi embora. - disse ele enquanto fazia um carinho no rosto da morena.

— Sei disso, eu só… Não gosto de como as coisas estão. Sakura não merece isso. - respondeu a morena, enquanto apreciava o carinho dele.

— Também acho que não. Mas não podemos fazer nada quanto a isso. - suspirou - Mas vamos deixar todo esse drama para quando ele acontecer de verdade, agora eu quero tomar um banho bem gostoso com você. - o loiro riu quando Hinata enrubesceu, e começou a puxá-la junto a si em direção ao banheiro.

⊱❊⊰⊱❊⊰

Assim que terminou de arrumar sua mala, o moreno deixou um recado para sua secretária de que estava se ausentando de seu trabalho nas próximas três semanas. Não estava nem aí se seu pai reclamaria depois, já sacrificou muitas coisas por causa daquela empresa, desde horas preciosas dos seus dias, até coisas mais importantes. Nunca fora irresponsável com seu trabalho e era muito dedicado ao que fazia, então, não faria mal passar três semanas de folga, visto que não fazia isso a um bom tempo.

Caminhou até seu carro e colocou sua mala no banco de trás, partindo para o aeroporto de Tókio em seguida. O avião partiria daqui à duas horas e a viagem demoraria, no máximo, umas seis horas.

O moreno fazia várias viagens a todo momento, pois com o trabalho que tinha, era praticamente obrigado. Ser um dos sócios majoritários das Empresas Uchiha era muito vantajoso, porém, cansativo. Seu trabalho não era moleza, como muitos pensavam, só porque era filho de CEO. Seu pai não admitia incompetência, principalmente se está vinha de um de seus filhos. Tinha que ser perfeito no que fazia, nada de erros, nada de preguiça. Era por isso que sua família tinha posse de uma das empresas mais prósperas do Japão no ramo de TI.

Mas aquilo não era o que Sasuke queria. Ser sócio majoritário da empresa de seu pai não o agradava nem trazia prazer à sua vida. Porém, o que ele queria não contava, seu pai não admitiria ser contrariado, e Sasuke não tinha poder o suficiente, e nem onde cair morto para ir contra seu pai na época em que ele impôs o futuro de seu filho mais novo. Fazer o quê.

Estaca aliviado de poder passar alguns dias longe daquele lugar, longe de seu pai, longe de tudo que envolvia sua vida atual. Estava ansioso para voltar ao lugar onde seu melhor amigo se encontrava, um lugar onde ninguém decidiria nada por ele, ou prendê-lo dentro de uma sala fechada para que trabalhasse o dia inteiro. Onde poderia respirar ares novos e ser, ao menos por alguns dias, livre.

E, claro, um lugar onde poderia finalmente reencontrar a garota que um dia, teve seu frio coração nas mãos.

Ah sim, ele estava ansioso para chegar à Konoha.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Olaaa, tudo bem? Falem o que acharam, gosto muito de saber a opinião de vocês. Well, semana que vem tem mais!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Laços Cortados" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.