Fita Azul escrita por Helly Nivoeh


Capítulo 40
"E agora estamos aqui."


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoinhas!
Voces não sabem como fiquei feliz como feedback positivo do capítulo anterior, e estou cada vez mais apaixonada por vocês e por essa fic! E vocês?
Bom, sem muita enrola, boa leitura!

Recapitulando:
Jason teve um encontro do dia do Halloween com uma garota chamada Morgana Scream. Foi um fracasso e ele chegou em casa e foi direto dormir, não podendo buscar a irmã e o sobrinho.
Nico, Thalia, Dimi e Hazel estão passando o Halloween juntos enquanto isso, então Thalia e Dimi tiveram que dormir no apartamento de Nico;
Nico e Thalia estão entrando em um relacionamento, mas ainda não contaram para as crianças;
Luke e Thalia namoraram e hoje são amigos, além dele ser um dos donos da HTK, onde ela trabalha.



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Thalia não entendia muito bem qual era o problema de Nico em dividir a cama. Tudo bem que eles não estavam oficialmente em um relacionamento sério, mas não era como se eles não fossem adultos e já tivessem deixado a virgindade anos atrás, certo? Afinal, ambos tinham filhos.  Contudo, o italiano era super recatado a maior parte do tempo.

Havia momentos em que ele agia o contrário, impelido por algum instintos, como quando a beijou na fazenda ou quando a puxou para dançar na varanda. Aliás, aquele momento, para Thalia, havia sido perfeito. A maneira como Nico a conduzia, a música suave e o calor do corpo do italiano a havia feito se sentir em um filme romântico. Não que ela admitisse isso, claro. Mas seu coração ainda batia acelerado toda vez que pensava em como Nico a havia beijado. Sim, realmente havia acontecido algo especial ali.

Agora havia um silêncio confortável enquanto seguiam para o quarto de Nico. O rapaz abriu a porta, até então fechada, e sorriu um pouco tímido:

— Fique à vontade. — Ofereceu, dando espaço para Thalia entrar.

Thalia não sabia bem o que esperava, mas a primeira coisa que passou em sua cabeça foi: confortável, como o resto do apartamento.

As paredes escuras e piso branco mantinham o padrão de cores, junto aos detalhes vermelhos como cortina, tapete e pequenos enfeites. A cama de casal era grande, com lençóis negros e almofadas monocromáticas, encostada na parede lateral que tinha uma janela ampla e, na parede de frente, uma televisão plana encaixada em um painel.

Para completar, o quarto ainda tinha um closet com portas de vidro que mostravam roupas bem organizadas dentro, além de estantes com livros e uma mesinha com duas poltronas confortáveis. Era um lugar amplo e organizado, que transparência a personalidade de Nico de uma forma muito íntima.

— Pode me arranjar uma roupa? — Thalia perguntou, sentando-se na poltrona um pouco receosa, puxando o zíper da bota. — Uma camiseta ou algo assim?

— Cla-claro. — Nico gaguejou, abrindo as porta do guarda-roupa. — Qualquer uma?

Thalia assentiu, também um pouco nervosa e logo Nico lhe oferecia um camiseta preta e um short da mesma cor. Ela ergueu a camiseta e, mesmo Nico sendo esguio, provavelmente ficaria um pouco grande, mas o short com certeza bateria no joelho de Thalia.

O italiano saiu, murmurando que ia dar licença para ela se trocar e, logo depois, ela percebia que estivera certa: a blusa era folgada na cintura, mas moldava-se nos seios sem sutiã — belo dia para usar blusa frente única, ela pensava — e cobria até três dedos acima das coxas. Já os shorts… além de ficarem abaixo do joelho, não paravam de cair.

— Não teria algo mais justo, teria? — Thalia perguntou, segurando o elástico para que não deslizasse assim que Nico voltou para o quarto. Ele fez uma careta e buscou no closet, mas sua expressão dizia que não. — Que tal uma cueca?

A Grace perguntou, em parte maliciosa, em parte porque era o mais óbvio. Cuecas eram mais justas do que shorts, se encaixariam melhor nela.

— Co-como? — Nico gaguejou, o rosto virado para tentar esconder o rubor.

— Você usa boxer. — Ela o lembrou, sorrindo sapeca. — Ficaria um short em mim.

Nico a olhou nervoso por alguns segundos, mas, como estava sendo de praxe naquela noite, concordou, retirando uma cueca preta de bolinhas brancas de dentro da gaveta.

Thalia continuou a sorrir ao deslizar os shorts folgados pelas pernas, vendo Nico engolir em seco e desviar o olhar ao vê-la se despir. O que, para Thalia, era muito drama: a camiseta cobria a maior parte da calcinha. Além do mais, a peça íntima negra e rendada era maior do que o biquíni que havia usado na fazenda.

— Juro que não entendo você. — Ela riu, terminando de vestir a cueca. Não ficava muito justa claro, Nico tinha muito mais “bunda” do que ela, mas era confortável e cobria mais que o necessário.

— Por quê? — Nico perguntou, um pouco vermelho. Thalia apenas negou com a cabeça e se aproximou da cama, engatinhando até alcançar a parede.

— Posso dormir no canto? — Ela fez um bico, enroscando-se entre as cobertas.

Nico riu e balançou a cabeça, virando-se de costas para despir a camisa. Thalia o reprovou em pensamentos, pensando sobre quão careta o italiano podia ser, mas sua opinião logo se desfez ao vê-lo tirar a calça jeans e trocar por uma de moletom cinza. Aliás, a cueca era azul, tal como a camisa que tirou e a camisa que vestia para dormir. Mas Thalia deixou esse comentário para si.

— Sem me assediar, lembra? — Nico ergueu a sobrancelha irônico e Thalia apenas riu sapeca, vendo-o  apagar o interruptor.

O quarto foi quase todo coberto pela escuridão, exceto pela fraca luz que vinha do abajur de cabeceira e iluminava a silhueta de Nico.

Thalia aproximou-se mais do canto, dando espaço para que ele deitasse sob as cobertas. Estavam deitados de barriga para cima há uma distância mais que suficiente, com um conversa um tanto mecânica sobre deixar a luz acesa ou apagada. Optaram pelo segundo. Por um momento, havia apenas o silêncio constrangedor, então Thalia começou a rir:

— Isso é muito estranho! — Ela comentou, virando o corpo na direção dele e se aproximando.

— Tenho que concordar que sim. — Nico também riu e virou-se, suas mãos buscando as de Thalia.

— Já tem um tempo que eu não durmo com alguém. — Thalia suspirou, entrelaçando seus dedos. Na penumbra, ela conseguia ver apenas a silhueta de Nico, mas o calor de seu corpo era reconfortante. — Desde que tive Dimitri eu não me envolvo de verdade.

— E agora? — Nico sussurrou. — Estamos nos envolvendo?

Thalia sorriu sapeca e se aproximou mais, selando seus lábios em um leve pressionar.

— O que você acha? — Ela perguntou baixo, acariciando os cabelos de Nico.

— Que eu gosto de me envolver com você. — O italiano retrucou, a puxando para outro beijo, dessa vez com um pouco mais de toques e menos de respirações.

— Depois eu que fico te assediando. — Thalia implicou rindo, entrelaçando suas mãos novamente.

— Só um pouco. — Nico riu, levando suas mãos unidas até os lábios e os pressionando sobre a mão de Thalia. — Posso perguntar por que não se envolveu com ninguém nos últimos anos?

Ela deu de ombros e Nico levou a mão direita até os fios negros, acariciando-os.

— Você sabe: filho, faculdade, irmão… — Thalia contou. — Eu queria um tempo para organizar minha vida, lidar com o que eu precisava, redescobrir quem eu sou. Tudo o que eu menos precisava era de mais alguém na minha vida. — Ela fez uma pequena pausa, antes de continuar em um tom mais rouco para brincar, piscando para ele. _ Além do mais, não havia ninguém que valesse à pena. — Nico lhe deu um sorriso divertido e um beijo rápido.. — E você? O que aconteceu depois de Hazel?

— Mais do mesmo. — Nico suspirou, se aninhando nos braços de Thalia para aproveitar o cafuné. — Também não quis me envolver com ninguém. Só queria ser um bom pai e, quem sabe, terminar a faculdade, que eu nunca comecei.

— E agora estamos aqui. — Thalia comentou, buscando seus olhos na penumbra.

— E agora estamos aqui. — Nico concordou, sentindo a mão de Thalia sobre seu coração acelerado.

— O que você fez comigo? — Ela sussurrou, aproximando seus corpos. — Como me fez gostar tanto de você?

— O mesmo que você fez comigo. — Nico replicou, também baixo, seus rostos a centímetros de distância até que seus narizes se tocassem. — Mas eu gosto disso.

— Talvez eu goste também. — Ela sorriu, sentindo os lábios de Nico percorrerem sua bochecha até o pescoço, provocando um arrepio. — Talvez eu também goste de você.

Ela prendeu a respiração ao sentir o pressionar dos lábios de Nico em seu pescoço, dando-se conta de que a mão dele estava acariciando sua cintura. Thalia sentiu um formigamento pelo corpo e os arrepios a fizeram estremecer, o calor do desejo a envolvendo. “Isso foi uma péssima ideia”, pensou, mas não se concentrou muito quando os dentes de Nico lhe puxaram a carne com cuidado, lhe roubando um arfar.

Thalia não perdeu tempo ao puxá-lo para si pelos cabelos, seus lábios se encaixando.

Ele a beijou lentamente, de maneira suave e calma, seus braços a envolvendo em um abraço e suas pernas se enroscando. Thalia suspirou na boca de Nico, um tanto sedenta por mais, mas enfeitiçada por quão leves e delicados podiam ser os beijos de Nico.

Quando ele se afastou, Thalia ainda podia sentir a respiração exasperada e quente em seu rosto, os batimentos rápidos e fortes do italiano e a forma como seu próprio coração estava acelerado.

Nico sorriu e a beijou na ponta do nariz.

—Boa noite, Thalia. — Ele sussurrou, afagando-lhe os cabelos longos. Ela não pode deixar de sorrir, adorando a forma como ele pronunciava o nome, o sotaque dando mais charme e significado.

— Boa noite, Nico. — respondeu, fechando seus olhos para adormecer com o carinho.

 

(...)

 

Thalia acordou resmungando com o despertador do celular. Ela demorou um tempo para perceber onde estava, mas levantou-se de uma vez ao ver que o celular já estava no terceiro despertador e ela ainda teria que ir em casa trocar de ir roupa.

— Merda! — Resmungou, tentando pensar numa forma de sair sem acordar Nico. Com a visão ainda turva de sono, deslizou até a ponta da cama, tentando iluminar com o celular. Para piorar, desequilibrou-se na ponta da cama, segurando-se na parede quase caindo no chão. Ela praguejou e Nico se remexeu na cama, mas não acordou.

Thalia suspirou, achando suas roupas dobradas sobre a mesa e foi pro banheiro, torcendo para ter toalhas extras.

“Parece que voltei a adolescência”, a garota pensou durante o banho quente, “Saindo de fininho cedo e com a roupa do dia anterior.”. No entanto, ela não pode deixar de sorrir ao pensar que havia certa piada que, dessa vez, ela só havia, de fato, dormido.

Quando saiu do banheiro,  já havia vestido de volta seus jeans e a blusa, decidindo que não era tão ruim assim: poderia colocar o casaco e, junto as botas de cano longo, poderia ir trabalhar daquela forma. A HTK não era conhecida pela rigidez com a roupa dos funcionários.

Ia apenas mandar uma mensagem para o irmão avisando que deveria levar Dimitri para a escola e tentar chegar o mais rápido possível a estação de metro.

Ela parou na porta do quarto de Nico, tentando abrir fazendo o mínimo de barulho e sem tropeçar em nada, mas seu esforço foi desnecessário: Nico estava sentado na ponta da cama, os cabelos amassados e uma expressão sonolenta.

— Bom dia! — Thalia saudou, divertindo-se com a forma com que ele a olhava ainda sonolento, as roupas amarrotadas e um sorriso leve.

Buongiorno. — Ele resmungou com o sotaque sobrecarregado e Thalia se aproximou para abrir as cortinas.

— Acordei você? — Ela perguntou, enquanto Nico puxava sua mão e levava aos lábios em um beijo.  — Desculpe.

— Tudo bem, tenho que levar Hazel para a escola. — O italiano sorriu puxando-a para si. — E essa não é uma forma ruim de acordar.

Thalia sorriu sapeca, mesmo sabendo que não deveria enrolar e já estava atrasada para o trabalho. Sem dizer nada, sentou-se de lado  no colo dele, abraçando-o pelo pescoço.

— Não, não é. — Ela riu, encaixando o rosto na curva do pescoço de Nico e deixando um beijo. — Mas espero que da próxima vez dê mais tempo para aproveitar e eu não tenha que sair correndo.

Ela riu e Nico a abraçou, acariciando sua perna.

— Próxima vez é? — Ele comentou, fazendo-a apenas rir em seu pescoço.

— Não vai ter próxima vez? — Ela murmurou manhosa e Nico a apertou na cintura, fazendo-a ergueu o rosto.

— No que depender de mim, vai sim. — Respondeu, acariciando a coxa de Thalia e descansando o queixo no ombro dela. — Com um tempo pro café da manhã na cama.

Thalia riu, deslizando os dedos pelo cabelos de Nico em um carinho.

— Vou cobrar. — Ela avisou sapecq. — Preciso mandar uma mensagem pra Jason pedindo que leve Dimi pra escola. Não vou ter tempo de passar em casa, preciso pegar o metrô em um hora.

— Eu posso te levar. — Nico ofereceu. — Não leva mais que trinta minutos até a estação e posso deixar Dimi na sua casa. Ele se arruma e levo as crianças, Hazel não vai reclamar tanto de acordar um pouco mais cedo.

— Certeza? — Thalia perguntou receosa. — Não vai te atrapalhar?

— Não, só trabalho à noite. Uma das vantagens de ter Silena como chefe.

— Então pode ser. — Thalia sorriu manhosa. — Acho que posso ficar um pouco mais na sua presença.

— Vai ser uma grande tortura, não é? — Nico implicou, rindo ao bater com a ponta do dedo no nariz de Thalia.

— Demais. — Ela riu sapeca, beijando-o na bochecha. No entanto, Nico empurrou seus corpos para a cama, suas mãos seguindo para a barriga de Thalia em cócegas enquanto ela gargalhava.

— O que você disse? — Ele questionou, vendo-a se contorcer, tentando segurar as mãos dele.

— Isso é tortura. — Thalia retrucou, puxando os pulsos de Nico para cima da cabeça e segurando-o. — Você é mau!

— Só um pouquinho. — O italiano replicou, aproximando os rostos e pressionando seus lábios com leveza por alguns segundos. — Vou tomar um banho rápido pra dar tempo de fazer o café e  acordamos as crianças. Prepare-se para ver Hazel mau humorada.

Thalia riu, vendo-o quase rastejar para fora do quarto. Respirando fundo, decidiu que o melhor seria pelo menos passar maquiagem, agradecendo o fato de ter aprendido com Silena Beauregard nunca sair de casa sem o básico.

Quinze minutos depois, um Nico ainda sonolento, mas úmido e apenas de toalha entrava no quarto, quando Thalia deu um sorriso travesso, analisando-o de cima a  baixo e demorando-se no tórax nu.

— Meus olhos são aqui em cima. — Nico debochou, aproximando-se dela que apenas riu.

— Quem disse que eu quero olhar seus olhos? — Thalia retrucou, tocando-o sobre as costelas e subindo, até abraçá-lo no pescoço. — Ou melhor: só seus olhos?

— Eu tenho certeza que não. — Nico retrucou, abraçando-a pela cintura e aproximando os corpos, com cuidado para não molhar Thalia. Ela mordeu o lábio inferior, sorrindo sapeca e Nico aproximou os lábios, a beijando delicadamente.

— Definitivamente não é uma forma ruim de começar o dia. — Thalia ronronou, beijando-o no pescoço.

— Não, não é. — Nico respondeu rindo e empurrando a cintura de Thalia levemente. — Mas preciso vestir uma roupa.

— Que nada. — Thalia provocou, mordendo-o no lábio inferior.

— Você não está atrasada? — Nico perguntou, parte da sua concentração em suas palavras, a outra parte na forma como Thalia deslizava as unhas por seu pescoço, provocando arrepios. Estar tão próximo e seminu não era uma boa ideia, não quando dormiu ao lado dela e teve sonhos que o fez acordar várias vezes em uma situação complicada.

— Como sou uma boa moça, — Thalia pontuou, seus olhos fixos nos de Nico, provocando-o. — e estou atrasada, vou deixar você se vestir. Mas… Não demore, querido, ou essa sua toalha não vai durar muito tempo.

Ressaltou, sorrindo maliciosa, deslizando os dedos até a ponta da toalha amarrada na cintura e pressionando seus lábios novamente. Com um último sorriso, ela saiu do quarto, decidindo acordar o filho antes que se atrasasse mais.

 

(...)

— Adorei o novo estilo. — Luke comentou, entrando na sala de Thalia e se sentando na ponta da mesa. — Combina mais com você do que aquela coisa toda série e recatada.

— Agradeço o elogio. — Thalia sorriu, empurrando um pouco a cadeira para poder cruzar as pernas. — Quis inovar, como nossa empresa propõe, e algo mais confortável trás muito mais benefícios do que saltos agulhas e saias lápis. Acredito que se enquadra na HTK.

— Como seu chefe, — Luke ponderou, também usando seu tom formal. — devo acrescentar que inovações são a base do nosso negócio. Como seu amigo, digo pra deixar todo aquele visual femme fatale pra Hylla.

— Como sua subordinada —  Thalia sorriu — eu dei uma ótima desculpa pra minha roupa. Como sua amiga…

Ela mordeu o lábio inferior, sorrindo sapeca e Luke ergueu as sobrancelhas, malicioso.

— Impressão minha ou alguém não teve tempo de ir em casa?

— Não é o que você está pensando. — Thalia riu, tentando ficar séria.

— Vindo de você: sempre é. — Luke retrucou, sentando-se na ponta da mesa.

— Não dessa vez. — Ela riu, ajeitando a postura. — Nós apenas dormimos. Sem amassos… sem muitos amassos. — Ela se corrigiu, piscando os olhos com malícia.

— Já estão nesse nível?

— Nós estávamos vestidos, Luke. — Thalia retrucou.

— Por isso mesmo: dormir juntos sem sexo é sinal de relacionamento. — O loiro ponderou. — Quanto tempo nós dois demoramos pra fazer isso mesmo?

— Era diferente. — Thalia ponderou, mesmo sabendo que havia uma parte de verdade nas palavras do amigo. — Nós éramos adolescentes cheios de hormônios e achávamos que a vida era sexo, drogas e Rock in Roll. Nesse caso, nós dormimos juntos porque não tinha como voltar pra casa e havia duas crianças dormindo no quarto ao lado. Não foi algo planejado.

Luke a fitou por um minuto, cético, então abriu um sorriso malicioso.

— Nem você acredita nisso.

Thalia fez um bico e resmungou, cruzando o braços sob os seios.

— Eu realmente tenho que conhecer esse cara. — Luke implicou, apertando a bochecha da amiga. — Pra te deixar assim toda caidinha...  

— Vai à merda, Castellan. — Thalia retrucou, dando um tapa na mão dele.

— Você não devia dizer isso ao seu chefe. — Luke retrucou em chacota.

— Não se preocupe, nunca direi isso à Hylla. — Thalia sorriu sapeca e deu-lhe outro tapa na perna. — Agora, pode sair da minha mesa, por favor? Tenho trabalho à fazer. E ainda cheguei atrasada!

— Tudo bem senhorita Thalia Super-Profissional Grace. — Luke resmungou, levantando-se e arrumando a camisa pólo. — Vou te deixar trabalhar. Só me responda se vai na minha festa sábado.

Thalia inclinou o corpo sobre a mesa para firmar os cotovelos, apoiando o rosto nas mãos para fita-lo por alguns segundos. Por fim, sorriu, assentindo.

— Vou. — confirmou. — E faço questão de ir acompanhada.

Luke retribuiu o sorriso malicioso, fechando a porta da sala ao sair.


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Notas finais do capítulo

Oi pessoinhas, tudo bem com vocês?
Sei que estavam animados com as postagens semanais e eu também estava, mas talvez isso se torne difícil durante esse mês por causa de um trabalho temporário que me suga muito fisicamente e ainda mais psicológicamente. Isso é um desabafo e um pedido para não se sentirem abandonados ou preocupados caso eu suma do Nyah! ou das redes sociais.
Aliás, esse capítulo ia ser reescrito por casa das sugestões de SorryIamCrazy, mas por falta de tempo e por cansaço eu preferi anotar as ideias pra encaixá-las mais tarde.
Ademais, eu adoraria saber o que estão achando desse relacionamento Thalico caminhando e/ou sobre o que acham do Luke e da Thalia. O próximo capítulo será a festa e adoaria ver as teorias do que vai acontecer - Vai ser muita coisa, logo aviso, haha!
Aliás, tem algo que vocês queiram ver antes dessa festa?
Enfim, nos vemos nos comentários?
Beijos e obrigada pela atenção!
Roupinhas: https://br.pinterest.com/hellynivoeh/fita-azul/cap%C3%ADtulo-40-e-agora-estamos-aqui/