Fita Azul escrita por Helly Nivoeh


Capítulo 33
Paladino não quer um novo amigo. (Nem Tempestade ou Blackjack).


Notas iniciais do capítulo

Recapitulando:
Os Di Angelos foram convidados a passarem o final de semana na fazenda de Hera.
Começou a chover e Thalia e Nico ficaram presos no celeiro, com direito a uma sessão de amassos e pedidos de desculpas, o que os deixou em um clima de muito romance.
As crianças querem cavalgar, já Nico... Bem, vocês verão!
Boa leitura!



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De fato eles foram cavalgar. Thalia foi a primeira, deixando Jason e Nico com a louça do café e seus pais com as crianças, que precisavam trocar de roupa. Ela entrou nos estábulos com preguiça, olhando os cavalos se agitando cada um em seu espaço. Alguns deles estavam adormecidos e outros relincharam enquanto ela passava, escolhendo qual seria o melhor para as crianças montarem.

Ela própria escolhia um cavalo mais manso, contudo, seus olhos sempre buscavam o mesmo cavalo sempre que entrava nos estábulos. Ainda que dissesse que era sem pensar ou só para admirar, ela sempre parava na terceira bainha, apoiando-se na cerca para analisar o cavalo ali deitado.

Ele era maravilhoso, mesmo quem não entendesse nada de cavalos notaria. Sua pelagem era toda negra, até o focinho, seu porte alto e forte, um garanhão, e mesmo sua postura sempre denunciava que não era dócil, tampouco fácil de montar.

— Esse é Blackjack? — O sotaque inconfundível de Nico di Angelo a fez erguer a sobrancelha levemente, continuando a olhar para o cavalo. O rapaz se colocou ao lado de Thalia, também debruçando os braços na cerca e encostando no braço dela, provavelmente de propósito. — Você parece gostar mais dele do que dos outros.

— Talvez seja um pouco de verdade.  — Thalia sorriu, sem olhar diretamente para Nico. Blackjack ergueu a cabeça e relinchou, não muito feliz em ver o italiano. — E ele não gostou de você.

— Uau, isso é animador. — O rapaz murmurou e Thalia riu.

— Ele não gosta de ninguém. Bom, exceto de mim e de Percy.

Ao ouvir o nome, Blackjack ergueu  a cabeça e olhou em volta, como se procurando o rapaz, relinchando novamente quando não encontrou.

— O que é preciso para comprar a amizade dele, então?

— Torrões de açúcar. — Thalia riu. — Foi o que Percy fez, na verdade Blackjack é dele. Mas, enquanto meu amado primo está na Califórnia, eu vou aproveitar esse meu melhor amigo, não é mesmo, chefe?

O cavalo relinchou, concordando e Nico franziu a testa.

— E você? Como conquistou ele?

— Ah, foi amor à primeira vista. — Thalia riu. — Blackjack me amou desde o primeiro momento. E odiou Annabeth. Ele tem um bom gosto.

— Você não gosta dela. — Nico comentou, e Thalia suspirou.

— Não. Annabeth Chase, agora Jackson, é uma das piores pessoas que eu conheço.

— Jackson?! — Nico ofegou. — Quer dizer que ela e Percy…

— Se casaram. — Thalia suspirou. — Exatamente. Em Las Vegas com todo aquela loucura e blablablá. Quem diria que a garota certinha iria fazer uma coisa dessa?

— Eu nunca imaginei que Annabeth faria algo assim.

— Vocês se conhecem? — Thalia franziu a testa. — Fala dela como se fosse uma amiga.

— Não realmente uma amiga. — Nico fez uma careta. — Nos conhecemos na escola, alguns clubes em comum, alguns amigos em comum… Sabe como é.

— Eu não sabia disso. — Ela resmungou, sentindo o estômago embrulhar com a informação.

— Eu era meio que nerd, então, quando fui calouro, entrei em alguns desses clubes. Annabeth liderava a maior parte deles, não sei como nunca ficou louca com tudo.

— Ah, ela ficou. — Thalia retrucou amarga. — Na verdade sempre foi, nunca nos demos certo por isso. Desde… sei lá... os doze anos, talvez.

— De onde vem tanto… — Rancor, provavelmente era o que ele iria dizer, mas pensou melhor. — desentendimento?

— A base? — Thalia suspirou, sua mente voltando há mais de uma década. — No primeiro dia de aula da sexta série, Percy e Annabeth se conheceram. E ele, como o idiota que é, se apaixonou por ela. E ela deu um fora nele. Quer dizer… ele tinha doze anos e ela acabou com o coração dele.

— Bom.. — Nico murmurou. — Eles se apaixonou bem rápido, não? Quer dizer, um único dia…

— Mas não foi só isso. — Thalia o interrompeu, não querendo ouvir o argumento. — Annabeth brincou com o coração dele durante anos, pisando como se fosse seu brinquedinho favorita. Percy nunca mereceu isso.

Nico preparou-se para rebater, dizendo que Annabeth não era obrigada a retribuir os sentimentos de Percy, mas foi salvo por Hazel.

— Papai, olha o tanto de cavalo! — Ela exclamava, olhando com profunda adoração. — Olha, esse é do meu tamanho! Eu posso montar?!

— Você nunca fez isso antes, Hazz. — Nico murmurou, com aquela cara de pais que não querem negar nada para os filhos, mas sabem que não tem escolha. — Você pode se machucar.

— Eu posso ensinar! — Dimitri sorriu, puxando a “noiva” pela mão. — Eu tenho um cavalinho só meu!

— Deixa, papai! — Hazel suplicou, fazendo um bico. — Eu vou tomar cuidado.

A essa altura, Zeus e Hera haviam alcançado-os e analisavam as crianças pedindo.

— Thalia podia ensinar. — Hera sugeriu, baixo o suficiente para as crianças não ouvirem. — Ela ensinou Dimi e ajudou Jason quando eram crianças.

Nico apertou os lábios nervoso, olhando a filha com atenção.

— Thalia é uma ótima amazona. — Zeus defendeu, fazendo a filha arregalar os olhos surpresa. — Conseguiu domar até Blackjack. Não conheço ninguém melhor para ensinar sua filha.

Thalia olhou com atenção para Nico, ele parecia até pálido com a situação, mas retribuiu o olhar dela

— Prometo cuidar dela. — A garota ofertou e ele assentiu.

— Tudo bem, não sei dizer “não” para Hazel.

 

Realmente ele não disse “não” e Thalia tomou o máximo de cuidado. Primeiro ela escolheu uma égua calma para apenas cavalgar com as crianças, apenas para poderem sentir a sensação, estarem em contato com o animal. E Nico tinha admitir que seu coração estava mais do que acelerado com a cena de Hazel e Thalia montadas em uma sela, as gargalhadas da menina tão altas que fazia o coração de Nico saltar.

— Papai! Papai! Papai, olha! — Ela sempre pedia, rindo e segurando a cela.

— Olhe sempre pra frente, Hazz. — Thalia comandava, esporeando o cavalo para ir um pouco mais rápido e deixando Nico a beira do colapso.

— Cuidado, bambina! — Nico pediu, engolindo em seco.

Thalia riu olhando para ele — e descumprindo o mandamento que havia acabado de dar para Hazel — e sussurrou algo ilegível no ouvido de Hazel que também olhou para ele e riu. Aquilo era um complô?

— Fica calmo, Nico! — Ele ouviu a voz de Jason, surgindo ao seu lado. — Cavalgar faz parte do legado dessa família.

E, para exemplificar, ele apontou para o cavalo malhado que galopava um pouco distante e mais rápido do que o de Thalia, com Zeus e Dimitri em cima. O menino também gargalhava a cada esporada que o avô dava no animal, divertindo-se com a velocidade.

— Você e Hazel estão entrando agora, precisam assumir o legado.

— Achei que já era da família fazia tempo. — Nico retrucou, e foi respondido com um sorriso debochado:

— Você entendeu exatamente o que eu quis dizer. — Jason replicou e Nico preferiu se fazer de desentendido. — Aliás, não pense que me esqueci que você me abandonou arrumando a cozinha sozinho. Acha que só porque estou te empurrando pra minha irmã, isso te deixa livre de todas as obrigações como amigo? Não é bem assim!

— Então admite que está me jogando para cima de Thalia? — Nico retrucou e Jason sequer desfez o sorriso.

— Eu já admiti várias vezes. E deu certo, não deu? — Ele replicou, debochado.

Nico nem podia dizer como estava dando certo. A imagem do dia anterior, no celeiro, preencheu sua mente, e foi como se seu sangue esquentasse. Ele ainda conseguia se lembrar do toque de Thalia, do seu cheiro e gosto, e mal podia acreditar em quão longe eles quase haviam ido, ainda mais ao pensar que ela o parou.

Ela o enfeitiçava e isso era incrível e perigoso, por mais que Nico tivesse aceitado os risco de começar um pseudo-relacionamento. Ele havia sido apaixonado por uma figura de Thalia Grace, a Leah, por alguns anos e feito algumas coisas estúpidas naquela época, agora estava conhecendo uma mulher que em muitos —e nos melhores — pontos se diferenciava dessa “Leah”. Não queria estragar tudo..

— Ei, vocês vão só ficar plantados como dois espantalhos?  — Thalia implicou, sorrindo debochada ao parar perto deles.

— Eu não sei montar. — Nico respondeu, dando de ombros e Thalia ergueu a sobrancelha em desafio.

— Olha só, Hazz, acho que você não é minha única aluna hoje.

— Nem pense nisso! — O italiano engoliu em seco.

— Jay? Pode me ajudar a descer Hazel? — Thalia pediu e o irmão prontamente acatou. ajudando a pequena Di Angelo a descer.

Thalia olhou para o pai dela com um sorriso inquisidor e estendeu a mão:

— Vamos, falso cowboy, não confia em mim?

Ela sorria maliciosa e mais uma vez Nico engoliu em seco.

— Ei, Hazel, que tal irmos com a vovó Hera ver qual pônei você vai montar? — Jason perguntou, já guiando a menina para longe do pai.

Thalia continuava a olhar para Nico com um sorriso predatório, mas já tinha recolhido a mão. Ela sorriu lasciva e apertou os olhos.

— Você realmente não confia em mim? — Thalia questionou e Nico apertou os lábios.

— Não é isso. — Ele retrucou. — Eu só tenho impressão que suas intenções não são as melhores.

— E quais seriam? — Ela questionou. — Acha que só quero tirar casquinha de você?

— Tenho impressão que é tirar mais que isso.

— Talvez.

Ela continuou sorrindo ao esporear a égua, correndo e deixando uma nuvem de poeira com Nico para trás.

 

Aparentemente o “não” de Nico não valia de nada para nenhum Grace. Hera havia decidido que era um ótimo dia pra piquenique — agora que o céu clareava em um belo sol e a grama estava verde e brilhante — e sabia exatamente o local perfeito: uma pedreira um pouco distante, onde eles teriam que ir a cavalo. Nico protestou várias vezes, mas Hera passou um bom tempo preparando uma bela cesta com guloseimas e agora já montava na égua malhada.

— Larga de drama, Nico. — Jason ralhava, segurando os arreios do próprio cavalo cinzento. Tempestade era o nome, Nico lembrava. Mas esse Tempestade ele não iria encarar. — Até Hera vai.

— Obrigado, Jay, mas eu não estou afim.

— Isso é medo! — O loiro ralhou. — Vamos, é divertido!

— Já disse que não, Jay. Agora, cuide de Hazel, ok?

E Hazel logo aparecia, saltitando com suas botas novas botas vermelhas e o cabelo trançado sob um chapéu combinando.

— Vamos, papai! — Hazel pediu, segurando a mão de Nico em um olhar de cachorrinho abandonado. — Os cavalos são bonzinhos, nossos melhores amigos.

Tempestade relinchou e deu coice no ar, negando a informação com veemência. Nico franziu a testa antes de voltar o olhar para a filha:

— Comporte-se, ok? — Ordenou, pegando-a no colo para ajudar a subir na sela com Jason. — Obedeça Jason ou vai ficar uma semana de castigo.

Hazel assentiu séria e Nico sorriu, sentindo o coração doer de preocupação.

— Ainda não conseguiu fazer esse bundão ceder? — Thalia reclamou, aparecendo atrás de Nico trazendo um cavalo branco, mais alto e forte que os demais.

— Ninguém fala mais bundão, Thalia. — Jason riu, parecendo em dúvida se lançava um olhar de misericórdia para o amigo.

— Não posso fazer nada se ele é. — Thalia sorriu irônica, parando ao lado de Nico ainda segurando o cavalo. Ela deu um olhar indiscreto para as nádegas do italiano e sorriu lasciva. — Você sabe que eu adoro sua…

— Hazel! — O italiano exclamou, cortando a frase no meio.

— Que? — A menina perguntou, franzindo a testa sem entender nada.

Thalia sentiu o rosto esquentar e Jason riu ainda mais. Sim, por um momento Thalia havia esquecido a presença da pequena Di Angelo.

— Não esqueça de se comportar. — Nico recomendou novamente, nervoso.

— Ah, Hazz sabe se comportar muito mais do que você, Anjinho. — Jason retrucou, segurando os arreios de um Tempestade ansioso. — Enquanto você perde a batalha, eu vou indo com nossos pais. Menos gente para ver sua vergonha.

— Muito obrigado pelo incentivo. — Nico resmungou, sendo ignorado.

— Thalia, papai já tá indo com Dimi? — A Grace assentiu para a pergunta do irmão. — Ok, vou com Hazel e você leva Nico. Sem muitos desvios, por favor.

O loiro piscou para a irmã que apenas sorriu lasciva:

— Tentarei, maninho.

Jason não deu resposta, esporeando Tempestade e deixando Nico e Thalia à sós.

 

(...)

 

— Vamos, não é tão difícil. — Thalia persuadiu, sorrindo de canto.

Nico suspirou e revirou os olhos, tentado a ceder com o “olhar de cachorrinho”, mas também encarando o cavalo branco tão feliz com a ideia quanto ele. Nico não gostava muito de animais e os animais não gostavam muito de Nico. Era um relacionamento de “cada um no seu lugar” que durava anos e agora pediam para Nico transpassar. Não era óbvio que aquilo não ia dar certo?!

— Você não disse que queria arriscar? — Thalia retorquiu, segurando a mão de Nico.

— Não foi bem essas palavras e muito menos nesse sentido. — Ele franziu a testa resmungando.

— Vamos, Paladino é um amor, não é? — Thalia fez carinho no focinho do cavalo, que não só aceitou como pediu por mais. — Viu? Ele é manso, o completo oposto da dona.

— Por que suponho que a dona seja você? — Nico retrucou, mas repensava a batalha a cada sorriso de Thalia. Ela se colocou na frente de Nico, impedindo-o de olhar para Paladino.

— Vamos, tente pelo menos uma vez! — pediu, abraçando Nico pelo pescoço. — Pelo menos montar, eu prometo que vou estar aqui.

Nico suspirou nervoso, mas a abraçou pela cintura. Thalia continuou com o olhar pidão e um bico, afagando-o na nuca.

— Por favor. — Ela pediu mais uma vez e o beijou de leve nos lábios.

Nico revirou os olhos, siente que se arrependeria disso, mas assentiu:

— Tudo bem.

Thalia sorriu como uma vencedora e o soltou, soltando Paladino da árvore e o levando até Nico.

— Pode subir. — Ela ofereceu e Nico ergueu a sobrancelha, irônico:

— Devo levitar até ele, por acaso?

— No que exatamente você presta atenção quando me vê montando? — Thalia deu-lhe um sorriso debochado, deixando-o vermelho.  — É só pôr o pé esquerdo no estribo e passar a perna por cima. Não é difícil.

Nico resmungou em italiano e se aproximou do cavalo. Paladino deu um passo para a frente inquieto e Thalia o acalmou, acariciando-lhe o focinho.

— Calma, rapaz. — Ela sussurrou para o cavalo. — Ele é amigo.

O cavalo obedeceu e Thalia assentiu para Nico. O italiano suspirou novamente e segurou na sela, tomando coragem para colocar o pé no estribo. Ele olhou ansioso para Paladino, mas o animal era dócil sob a mão de Thalia segurando o arreio.

Thalia sorriu incentivando Nico e ele tomou coragem erguendo a perna direita para passar por cima do cavalo.

No entanto, Paladino escolheu o momento para trotar para frente. Nico não alcançou o lombo do animal e se desequilibrou, soltando a sela, escorregando o pé e indo direto para o chão. O cavalo se assustou com o barulho do tombo e relinchou, trotando para frente. A primeira reação de Thalia foi correr para ajudar Nico. A segunda, ao constatar que ele estava bem — e xingando muito em italiano — foi a de gargalhar.

— Eu nunca vi um tombo tão bobo. — Ela exclamou e Nico fez um bico emburrado, ainda sentado no chão. — Ei, não fique assim! — pediu, beijando-o na bochecha. — Vamos tentar de novo!

— Não mesmo! — Nico protestou, tentando se levantar, mas já era tarde: Thalia corria atrás do cavalo, não demorando a trazê-lo de voltar.

— Vamos! — Ela suplicou. — Dessa vez eu vou segurar o arreio!

Nico resmungou mais umas dez vezes que não e Thalia retrucou mais uma onze vezes que sim, então Nico se viu tentando montar em Paladino novamente.

Dessa vez Thalia segurava segurava com força o arreio e Nico foi um pouco mais rápido ao colocar o pé no estribo, erguendo a perna pronto para montar. Contudo, dessa vez Paladino também não foi tão calmo, Nico mal erguia a perna e o cavalo começou a correr, derrubando o rapaz novamente.

Nico xingou alto ao bater no chão e dessa vez Thalia nem checou se ele estava bem primeiro: abafou o riso e foi atrás do cavalo, que não ia muito longe.

— Poxa, amigo, precisa me odiar? — O italiano resmungou e Paladino relinchou, nada feliz em ser amigo.

— Dessa vez ele vai se comportar, não é Paladino? — Thalia perguntou para o cavalo, sorrindo.

— Dessa vez?! — Nico exclamou em pânico. — Não vai ter dessa vez!

— Só mais uma!— Thalia suplicou.

E não foi só mais uma. Na verdade, eles perderam a conta de quantas tentativas e tombos aconteceram, a cada queda Thalia usava um argumento — e talvez um beijo — diferente para conseguir o que queria.

E, no fim, Nico conseguiu subir em Paladino.

— Eu disse que ia conseguir! — Thalia bateu palmas, fazendo um Nico, agora sujo e esfolado, fechar a cara.

— Não disse não.

— Tenho certeza que sim. — Ela retorquiu, sorrindo maliciosa. — Agora, vamos, faça ele andar.

— E como dessa vez, senhorita? — Nico retrucou irônico, um pouco irritado

— Você só precisa dizer, ué. — Thalia deu de ombros.

— Ok. — Foi a vez do italiano retorquir antes de se inclinar na direção do cavalo. — Senhor Cavalo, poderia, por favor, andar?

Aparentemente a resposta era não. Paladino empinou o corpo, relinchando. Nico apertou os arreios na mão e Thalia prendeu a respiração assustada, e, por sorte o rapaz não foi ao chão.

— Você está bem? — Thalia perguntou sem fôlego, aproximando-se de um Nico trêmulo.

— Estou. — Ele engoliu em seco.

— Tem que segurar firme. — Repreendeu irritada, e quando ela estendeu a mão para ajudá-lo a descer, Nico percebeu que Thalia também estava trêmula. — Melhor parar com as aulas de hoje.

Nico a entregou as rédeas e desceu de Paladino, que relinchou.

— Tem certeza que está bem? — Thalia perguntou novamente e Nico assentiu, se aproximando dela logo após vê-la amarrar Paladino na árvore. — Ótimo! — A Grace retrucou, acertando-lhe um tapa no braço. — Não me assuste novamente!




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Notas finais do capítulo

Cavalos não gostam do Nico e não gosta de cavalos. DIficil essa vida, né?

Roupinhas: https://br.pinterest.com/hellynivoeh/fita-azul/cap%C3%ADtulo-34-fazenda-grace/

Próximo capítulo está quase pronto, mas queria saber se vocês querem que eu continue com as postagens semanais ou preferem que o intervalo aumente. Eu entendo que normalmente meus capítulos são maiores que o padrão e como isso pode ser irritante, então falem a verdade, ok?

Estou quase terminando de responder os reviews, mas minha faculdade está apertando então meu tempo disponível está diminuindo muito. Se ficou comentários sem responder nos últimos três capítulos, me avisem!

Obrigada pela atenção!


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Vocês já deram olhada na minha nova fic "Solo Per Me"? Ela está cheio de elogios por ser super amorzinho e ter uma relação bem legal Thalico. Vem ler!
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