Se Thalia queria morrer enquanto descia a escada? Com certeza! Seu coração estava um pouco acelerado e ela se sentia levemente zonza. Como o pai de Nico poderia ser tão mórbido?!

—  Tio Hades! —  A voz de Jason rompeu os pensamentos da irmã, enquanto ele se apressava para estender à mão para o senhor Di Angelo. O homem ergueu-se e abraçou Jason, a voz um tanto rouca recitando estar com saudades do garoto. Thalia ainda sentia que ia desmaiar. — Estava com saudades também! Mas agora vai ficar mais fácil nos vermos, voltei definitivamente!

—  Estou ciente disso. — O homem entoou, o sotaque italiano muito mais marcante que o do filho, bem como a voz mais rouca e profunda. —  Vai fazer companhia a mio bambino!

—  Enquanto ele quiser! — Jason sorriu, se afastando e gesticulando para a irmã. — Tio, deixe-me apresentar minha irmã, Thalia Grace.

— Oi. — A Grace sorriu o mais calmamente que pode, soando verdadeira.

O Senhor Di Angelo sorriu no que deveria parecer simpático, mas assustou ainda mais Thalia. E, então, seu sorriso se alargou, e ela podia dizer que era malicioso, porque já havia testemunhado ele em Nico. Com um atraso, a garota percebeu que ele não sorria maliciosamente para ela, e sim sobre o ombro dela, para Zeus Grace. Parecia que estava acontecendo uma conversa entre eles, ou melhor, pareciam estar terminando uma conversa entre eles. Por fim, o senhor Di Angelo arregalou os olhos —  ainda mais escuros que os do filho — e levou as mãos pálidas aos lábios finos.

—  Dio Mio! —  O italiano exclamou, aproximando-se de Thalia e tomando as mãos dela entre as suas. Ele se aproximou e beijou ambas as bochechas da moça, antes de afastar, apesar de ainda segurá-la pelas mãos. — Que bambina mais bella! Zeus, por que escondeste este tesoro?! Ah, se fosse antes de sposarmi!

Thalia sentiu-se empalidecer, nervosa, sem saber como reagir aos elogios do homem. Ela percebeu que Jason tentava segurar a risada, já ficando vermelho, e seu próprio pai parecia se divertir. O senhor Di Angelo apertou os lábios, uma covinha aparecendo com o sorriso mal contido — Todos naquela família tinham covinha?! —, mas parecia alheio ao desconforto dela.

— Hã… Obrigada?! — Thalia tentou responder.

— Apenas a verdade, anjo!

— O senhor é muito gentil, Senhor Di Angelo! — A Grace conseguiu sorrir, respirando com dificuldade.

— Dio Mio! — Exclamou, gesticulando. — Signore, non! Non sou tão velho! Chama de Hades.

— Hades? —Thalia questionou, franzindo a testa. A mente dela vagou pela conversa com Nico sobre os pais de ambos usarem pseudônimos da mitologia grega e, depois, vagou por tudo o que havia aprendido sobre o assunto em filmes e na escola. Vagamente, ela conseguia se lembrar que o deus tinha algo haver com morte.  Ou guerras, não tinha certeza. — Ah, como o deus.

— Esattamente! — Hades sorriu. — Eu e seu papa tivemos a mesma inspiração!

— Nico me contou a história.— Ela contou, fazendo o Senhor Di Angelo erguer a sobrancelha, parecendo genuinamente surpreso.

— Nico? Mio bambino? — questionou e então sorriu malicioso novamente, os olhos escuros brilhando. — Si, si. Seu papá me contou como estão… próximos.

Thalia sentiu o coração falhar uma batida e olhou de soslaio pro irmão, garantindo que ele não diria nada que não deveria. Por fim, a Grace conseguiu voltar ao controle sobre si e sorriu calmamente.

— Sim, nossos filhos são noivos. — Ela quase engasgou, mas respondeu tentando mudar de assunto e esperando que o homem estivesse a par da história.

— Si, si! — O italiano entoou feliz, confirmando. — Seu papá me contou também! Grande alegria unir as famílias! Pena que não posso desposar-te!

— Tenho certeza que Perséfone adoraria isso, Hades. — Zeus intrometeu, mas havia um sorriso leve em seus lábios. Thalia franziu a testa: seu pai estava… brincando? — Vamos, deixe minha filha em paz.

— Dio Mio! — Hades exclamou novamente. — Perdoname se sou inopportuno! Mio bambino sempre reclama do meu humor. Como ele o chama mesmo?!

— Ácido? — Jason sugeriu, rindo.

— Negro? — Zeus também sugeriu.

Hades apenas fez um gesto de desdém com a mão, ignorando os rapazes:

— Perdoname, signorita.

— Tudo bem. — Thalia riu, um pouco mais calma. — Só fiquei surpresa: Um amigo do meu pai com humor?! Isso é o apocalipse!

— Como se você alguma vez tivesse sido simpática o suficiente para conhecer algum! — Zeus ralhou, bufando. — Menina mal educada!

— Minha educação veio de quem mesmo? — Thalia revidou, irônica. Hades apenas riu, ainda segurando suas mãos.

— Ah, mia cara, tenho a situação perffeta para tirarmos a prova: amanhã, no jantar de seu tio. Virá?

Thalia abriu a boca para pensar em qualquer desculpa — algo que ela já vinha pensando em como fazer desde que seu pai falou do maldito jantar beneficente na casa do seu tio, por mais que adorasse a tia Sally  —, mas seu cérebro parecia não conseguir processar à tempo. Infelizmente, isso deu brecha para Jason responder:

— É claro, tio Hades! — O Grace sorriu, abraçando a irmã pelos ombros. — Será uma honra!

— Perffeto! — O senhor Di Angelo exclamou, apertando novamente suas mãos. — Será um prazer sua companhia!

Thalia sabia que deveria dizer que era recíproco, mas seu cérebro havia virado gelatina e ela sentia como areia em sua garganta. Por fim, apertou os lábios novamente e sorriu:

— Com certeza. O senhor deseja algo para beber?! — Ofereceu e, antes que o homem respondesse, já completava. — Tenho certeza que adorará meu chá! Só um minuto!

Desvencilhando-se rapidamente, ela rumou para a cozinha, ainda sentindo-se trêmula, ainda querendo matar o irmão. Ao se encostar na bancada, começou a rir , pensando em como tudo aquilo soava inusitado e em como Nico não poderia ser mais diferente do pai.

— Eu vou matar Jason… — Sussurrou para si, ainda rindo ao colocar a chaleira no fogo. Uma ideia surgia em sua mente e, no impulso, se viu com o celular na mão, procurando na lista de contato um número há semanas salvo, mas nunca utilizado.

Antes que perdesse a coragem, digitou rapidamente a mensagem e enviou:

“Ei, é a Thalia :)

Acabei de conhecer seu pai

Nunca vi alguém flertar tanto...

Já pensou em fazer teste de DNA?”

Respirou fundo e checou as horas, perguntando-se quanto tempo demoraria até Nico responder. Pelo horário, ele deveria estar indo trabalhar, então seria possível que só respondesse depois do expediente e, até lá, ela estaria questionando se havia alguma forma de apagar as mensagens antes que ele lesse. Infelizmente (ou felizmente), a resposta não demorou, fazendo o frio no estômago de Thalia aumentar:

“OMG

Não diz que ele flertou com vc!”

Thalia riu, pensando no que responder. Por fim, decidiu atiçá-lo.

“Bom

Alguém tem que fazer né?”

— Ai, não acredito que fiz isso! — Murmurou para si, se xingando. Por fim, mandou mais um emoticon “;)”, apenas para aliviar a mensagem. A resposta demorou mais dessa vez, tempo suficiente para a água do chá quase ferver junto com os neurônios de Thalia ao ler a mensagem:

“ ‘0’

Isso foi uma indireta?!”

Thalia se viu rindo e revirando os olhos, a vontade de mandar “Foi direta mesmo” fazendo seus dedos pinicarem, mas ela se conteve, mandando apenas mais um “;)”.

“Isso é um sim?!”

A Grace apertou os lábios, dizendo a si mesma que deveria parar por aí, mas não conseguiu:

“Estou sendo contagiada pelo seu pai”

No mesmo minuto, vinha a resposta de Nico:

“Seu plano médico cobre esse desastre?!”

Thalia riu, apertando os lábio e se atrevendo a ir além:

“Nao sei .-.

“Mas tem uma coisa bem chata em flertar por mensagem”

— Meu Deus, não acredito nisso. — Thalia murmurou, prometendo que demoraria a responder as próximas mensagens. Verificou a água que ainda faltava pouco pra ferver, mas não conseguiu. — Ah, quem se importa?!

Pegou o celular, vendo a resposta simples de Nico que havia sido enviada há um minuto:

“qual?”

Thalia riu, já imaginando o Di Angelo todo embaraçado ao ler a mensagem:

“Não te vejo ficando vermelho”

Decidiu verificar de novo o chá, derramando um pouco de água quente no bule e dizendo a si mesma que não poderia ficar muito tempo no celular. No entanto, em menos de um minuto lia a nova mensagem de Nico:

“Posso perguntar pq continua flertando comigo aqui então?!”

Thalia mordeu o lábio inferior, tentando pensar em uma resposta ao colocar as folhas escolhidas no bule. Seu coração estava acelerado e ela sentia as próprias bochechas quentes enquanto pegava o celular, aproveitando o resto de tempo que tinha esperando o chá ficar pronto. Mordeu os lábios ao digitar a resposta atrevida:

“Porque não conheço nenhuma forma mais explícita de mostrar o que eu quero“

Nico deveria estar com o celular na mão, pois na mesma hora já respondia:

“Uau! Você é direta”

Ainda sentindo o coração acelerado, questionou:

“Isso é algo bom ou ruim?”

Ela não sabia bem o que esperar ou o que faria se a resposta fosse negativa, mas nem teve tempo de surtar. O celular apitava e as mensagens apareciam no visor:

“Isso é algo que gosto.

Preciso ir antes que Silena me mande trabalhar

Conversamos mais tarde?”

Thalia sorriu boba com a resposta, ainda com o coração acelerado. Sentiu uma leve pontada com a despedida de Nico, mas suspirou com a promessa de que se falariam depois.

“ Sempre que você quiser. Bom trabalho.”

Ela continuava pensando em como Nico deveria estar vermelho com seus atrevimentos enquanto arrumava o chá na bandeja, junto com os complementos, como leite e mel. Antes de se dirigir a sala, verificou as últimas mensagens de do Di Angelo:

“Boa sorte com meu pai

Vai precisar

E não acredite em tudo o que ele diz

Principalmente sobre a história do Mc Lanche Feliz!”

Thalia riu, sabendo que seria a primeira coisa que perguntaria a Hades, assim que tivesse oportunidade. Equilibrando a bandeja em um braço, conseguiu digitar com o a outra mão:

“Sinto que preciso ouvir essa história”

A resposta veio no mesmo instante:

“ Não, não faça isso!”

Ela ponderou ser boazinha, mas parte de si sabia que a curiosidade falava mais alto. Por fim, decidiu encerrar com uma última mensagem, antes de enfrentar Hades Di Angelo:

“Deixe que seu pai me conte a versão dele da história

Depois, quero ouvir a sua ;)”

(...)

— Ok, vamos conversar. — Jason ordenou, trancando o quarto da irmã e guardando a chave no bolso.  Seu pai havia acabado de sair para jantar com Hades que, aliás, que não só havia elogiado o chá de Thalia, como havia estendido o convite, recusado por Dimi ter caído no sono.

— Não sabia que tínhamos parado em um filme de adolescentes, Jay-Jay. — Thalia revidou em chacota, sentada na cama com muita papelada em volta. O loiro somente revirou os olhos azuis e se sentou de frente à ela, o semblante singularmente sério. — Eu não tenho vocação para protagonista bobinha.

— Ah, não. Sabemos que seu papel é de Abelha Rainha, destruindo os corações dos tolos que se apaixonam por você.  — Jason replicou, sorrindo sarcástico. — O que eu espero que não aconteça com meu amigo! Aliás, irmãzinha, me explique direitinho porque você quer beijar o Nico! Achei que não fosse se envolver com ninguém!

Thalia pensou em dizer que, tecnicamente, ela não disse que ia beijá-lo, tampouco se envolver. Mas, a julgar pela preocupação do irmão, decidiu ser sincera.

— Eu disse que ia ficar longe de relacionamentos até me estabilizar. — Suspirou, olhando-o nos olhos. — Eu já tenho um emprego e não surtei até agora nessa cidade, acho que estou pronta. E Nico... Bom, ele é um cara legal. Dimitri adora ele. E... Não sei. Acho que pode dar certo.

Respondeu tranquila, ocultando o fato de que havia algo em Nico que a estava a atraindo. Talvez o sotaque italiano, o modo tímido dele, ou, ainda, a maneira como ele sorria todo tímido… Mas havia algo dentro dela que estava adorando a possibilidade de beijar Nico di Angelo. Felizmente, a resposta pareceu ser suficiente para Jason que assentiu, orgulhoso da irmã, mas não ficou em silêncio muito tempo. No minuto seguinte, fazia todas as perguntas possíveis sobre como e quando aconteceria o tal beijo, perguntas estas, que Thalia não se deu ao trabalho de responder. Sinceramente, nem ela sabia..

(...)

Thalia não conseguiu inventar uma desculpa para faltar ao baile do tio na noite seguinte. E, parte dela, sentia seu estomago embrulhar só de pensar que encontraria Nico cara-a-cara, logo depois de trocarem algumas mensagens um tanto constrangedoras, agora que ela parava para refletir. Ela tentou a dizer a si mesmo que a sensação de borboletas no estômago não tinha nada a ver com isso,  nem que foi Nico quem ela procurou assim que entrou na casa do seu tio, e, tampouco, foi decepção que sentiu ao não encontrá-lo.

Contudo, ela admitiu que ficou ansiosa para o Di Angelo vê-la, afinal, por mais que o vestido longo fosse incômodo de se caminhar e precionasse seu ventre — além, é claro, dos saltos finos que prejudicavam o equilíbrio—, ela se sentia — como Hades havia chamado mesmo?! — belíssima.  O estilo sereia do vestido parecia modelar seu corpo, chamando atenção para o decote em “v”, ainda mais ressaltado com o pingente de safira descansando entre seus seios. O tom, de um azul celeste, combinava com o as jóias, mas também contrastava com o azul tempestuosos dos olhos marcados em sombra negra, o mesmo tom escuro dos cabelos trançados em um penteado de lado.

Tudo aquilo — o vestido, as horas no salão arrumando os cabelos e a maquiagem — foram obras de Hera, mas Thalia havia se divertido, ainda mais porque havia passado boa parte do tempo conversando com sua madrasta, que, às vezes, não era tão ruim assim.

Agora ela se sentia desapontada ao chegar à casa do tio e encontrar apenas rosto desconhecidos: homens de meia idade em ternos caros e mulheres em vestidos luxuosos e jóias caríssimas. Ela nunca havia se sentido confortável em lugares assim, por mais que soubesse fingir o contrário, contudo, ter o irmão igualmente deslocado ao lado, parecia menos pior. Ainda mais com ele franzindo a testa e negando cada vez que alguém lhes oferecesse champagne.

— Signorita Grace! — Hades a chamou, adentrando o hall da casa. Ele segurava as mãos de uma menina em vestido rodado dourado, que olhava tudo impressionada: Hazel. — Fico feliz que tenha vindo!

— Senhor Di Angelo. — Ela sorriu, antes de se abaixar para cumprimentar a garotinha. — Hazz! Você está linda! Parece uma princesa!

Hazel abriu um sorriso amplo e se jogou em cima da Grace, abraçando-a apertado.

— Tia Thalia! — A menina riu, a apertando. — Cadê o Dimi?!

— Está lá fora, querida, brincando com Tyson.

— Eu quero ir lá! — A menina exclamou, se virando para Hades com os olhos pidões. — Posso?

— Daqui à pouco, Bambina.

Hazel fez um beicinho, mostrando que não estava satisfeita, mas ficou calada.

— Hey, tio Hades! — Jason apareceu atrás dos Di Angelo, dois copos suspeitos na mão. — Onde está Nico?

— Achei que você soubesse. — Hades retrucou, lançando um olhar de lado para Thalia. Parecia confuso, mas Thalia não o conhecia o suficiente para ter certeza.

— Não, achei que ele estaria aqui. —  Jason franziu a testa, sem entender o homem.  — Ainda mais porque Hazel veio.

— Ah, não, ele estava…. occupato. — Hades deu o mesmo sorriso malicioso de mais cedo, gesticulando com a sobrancelha. Thalia não entendeu muito bem a última palavra em italiano, mas foi fácil compreender quando completou:

— Papai saiu. — A menina explicou, olhando para o jardim ansiosa. Seus cachos castanhos batiam em seu rosto quando virava a cabeça rápido de mais, querendo sair do meio dos adultos.

— Ocupado? — Jason franziu a testa e arriscou um olhar para a irmã, que sorria educada, mesmo com o desapontamento em seu peito.

— Em um appuntamento. — O senhor di Angelo respondeu em italiano e, antes que traduzisse a palavra, Thalia sentia seu coração falhar uma batida, entendo o que estava acontecendo: — Um encontro.

Jason engasgou aos ouvir as palavras de Hades.

— Um encontro? — O loiro perguntou exasperado, alto o suficiente para chamar a atenção de alguns senhores em volta deles. —  Tem certeza?!

— Eu conheço mio bambino. — O senhor Di Angelo assentiu com a cabeça, sorrindo malicioso para Jason, mas olhando de soslaio para Thalia, como se estivesse a avaliando. —  Ele non me engana.

— Papai tomou banho de perfume. — Hazel delatou o pai alegremente, provavelmente ansiosa para acabar com o assunto e ir brincar.

— Você realmente não sabe nada sobre isso? — Hades questionou para Jason, seus olhos apertados de uma forma muito similar ao filho.

— Não.

Jason lançou um olhar pra Thalia, que se mantinha impassível, ainda sorrindo doce como se não estivesse abalada. Ela não estava certo? Quer dizer… ela e Nico não tinha nada mesmo. Por que deveria estar tão desapontada? Por que, de repente, sua roupa parecia incomodar ainda mais?

Ela manteve-se neutra enquanto trocava poucas palavras com o pai de Nico, que, enfim atendeu ao pedido de Hazel e a levou para o playground, se despedindo dos irmãos no momento.

— Sério, Thalia, eu não sabia nada disso. — O mais novo dos Graces murmurou, assim que o italiano saiu..

— Tudo bem, Jay-Jay. Todos temos o direito de nos divertir, não é? — Thalia retrucou, sorvendo um gole da taça que Jason havia lhe trago. Era algo doce, mas não parecia ter álcool.

— Não sabia se você queria champagne.— Jason se desculpou ao vê-la franzir a testa. — É apenas suco, mas posso pegar algo mais.

— Tudo bem. — Thalia sorriu novamente, tomando mais um gole. Parte dela queria uma boa dose de vodca, mas sabia que não seria sensato. — Depois dessa noite, eu não preciso de uma ressaca amanhã. Papai vai nos dar dor de cabeça suficiente.

E, como quem prova suas palavras, Zeus logo os chamava em um aceno, ansioso para apresentar os filhos aos seus grandes amigos. Thalia suspirou, tomando coragem: por pior que sua noite parecia estar se tornando, ela enfrentaria tudo de cabeça erguida. Afinal, era uma nova mulher, não era?!