Seelen Haus escrita por Semideusadorock, MaryDiAngelo


Capítulo 3
Almas...corpos e...clones?


Notas iniciais do capítulo

YAY! Olar amorinhas e cerejinhas ♥

Antes de tudo: UM IMENSO OBRIGADA A: Elizabeth, Dama Psicopata, Euluara Chase e Mysticfollower POR RECOMENDAREM NOSSA FICZENHA ♥
Vocês não tem noção do quanto eu - Maryzinha - e a Semideusa surtamos ao ver que a fic teve tanto retorno positivo! ♥
Obrigada mesmo, pessoinhas! Nós amamos vocês :3

Explicação do sumiço: basicamente foi o seguinte, a Semideusa viajou e, mesmo com nós duas mantendo contato, ela saia quase sempre e eu estava na casa da minha tia, o que nos impossibilitava de escrever para postar.

Então se preparem, pois o trem para o inferno está descendo.



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— Coloca logo, Nico! - Thalia brigou com o garoto, pois estava lerdo demais.

— Não quero. - Rebateu o menino, observando-a.

— Anda, coloca logo essa porra aí, não vai doer caralho! - A morena se segurou para não bater nele.

— Não vou colocar nada em você, Grace. - Nico revirou os olhos, vendo onde a discussão dos dois ia chegar.

— ANDA LOGO CACETE, EU GOSTO! - Thalia não se segurou e acabou gritando com ele. Existe alguém mais lerdo que o Nico?. Ela se viu a pensar.

— MAS QUE MERDA! - Nico gritou de volta, por fim colocando a mão em sua coxa desnuda pelo short jeans preto que ela usava.

— Morreu? Não, não morreu, que drama! - Thalia respirou fundo, para logo em seguida revirar os olhos.

Nico bufou, mas, por mais que não fosse admitir, aquilo era até estranhamente bom.

— Mas então, Nico...- Começou a Grace, atraindo a atenção do garoto. - Seu nome é só Nico mesmo?

Nico negou com a cabeça.

— Nico Di Ângelo.

— Hm. - A morena assentiu, dando um leve sorriso de canto. - E você gosta de sair?

— Não. - Respondeu simplesmente, agora cortando o contato visual com ela e descendo o olhar para suas coxas pálidas.

— Porque não? - Thalia continuou, já que não se importava para onde ele estava olhando.

— Por que não. - O moreno deu de ombros, levantando o olhar para a parede, onde algumas almas tinham um sorriso safado no rosto distorcido.

— Porque não, não é resposta. – A garota disse provocando-o para que ele começasse a falar mais sobre ele e não ficasse apenas com aquela cara de emburrado devido a sua chatice estrondosa.

— Porque não? – Nico perguntou rebatendo o jogo dela, não é porque ele era antissocial que ele não sabia brincar.

— Porque não. – Ela respondeu de automático notando o que tinha dito. - ...é um argumento que se utilize, é apenas uma frase para encerrar uma conversa...

— Então você entendeu o que eu quero fazer. – Ele disse sorrindo cortando a garota que olhou franzindo a sobrancelha fazendo uma clara cara de falsamente irritada fazendo-a ficar fofa.

— Não, não, não Nico Di Ângelo, nós vamos conversar e ponto final, eu quero saber sobre você e o senhor vai tratar de ser educado, ou pelo menos fingir ser, eu estou aqui com a maior boa vontade tentando tirar o fato de você ser um antissocial que quebrou meu braço, tentando superar o momento de agressão física fazendo uma amizade verdadeira depois de nosso breve momento de discursão e o senhor moço aqui fica me dizendo que quer encerrar a conversa com respostas idiotas como...- Nico que já estava ficando irritado com a garota falando fez a única coisa que sabia que faria ela calar aquela merda de boca.

O moreno selou seus lábios ao dela envolvendo-a em um beijo a puxando mais para seu colo fazendo com que ela sentasse nele.

— Eu sei que você fez isso para eu ficar calada, mas eu não aceito, vou falar sim é todo o meu direito falar, você não pode...- Thalia se separou do beijo continuando a falar, mas foi cortada por Nico.

— Thalia...- Ele disse chamando ela que ainda estava em seu colo.

— Aí que seja! - A morena beijou o garoto novamente se virando no seu colo ficando com uma perna em cada lado do corpo do moreno.

Nico tinha as mãos na coxa da garota e finalmente aproveitando o silêncio quando um toque familiar para ambos os dois que estavam aos beijos começou a tocar fazendo Thalia reconhecer o toque de celular tirando-o do bolso e atendendo sem ver quem era.

—Alô. – Ela disse jogando o cabelo para trás recuperando o ar.

— Thalia aonde você está? – Jason disse alto fazendo a garota se lembrar que estava indo para casa quando parou para ver o moreno.

— Ah...- Thalia começou, mas Nico que estava ali debaixo do colo da garota teve uma ideia de vingança e sorriu levando a boca ao pescoço da morena a fazendo se arrepiar com o chupão que ele deu ali e soltar o ar alto demais.

— Thalia o que foi isso? – Jason perguntou estranhando o som que saiu da boca da garota ao telefone.

— É.…nada, eu...eu só estou cansada dessa preocupação constante. - Ela disse tentando se levantar, mas Nico a segurou ali, e bom a garota não fez muito esforço para tirar o moreno de seu pescoço.

— É claro que eu fico preocupado, se você não esqueceu, você é dependente de remédio e a alguns dias atrás entrou em uma casa tecnicamente sozinha e apareceu com o braço quebrado inconsciente no hospital e não disse como se machucou. Então não venha me dizer para não ficar preocupado, porque eu sou seu irmão e eu te amo. – Jason disse tocando no ponto fraco da irmã, pois ninguém além da sua família sabia da esquizofrenia e ninguém mesmo sabia que ela evitava tomar os remédios com frequência para poder beber. 

A morena respirou fundo fechando os olhos rapidamente e abrindo de novo logo em seguida.

— Jay eu to na rua ok, já to indo para casa, não se preocupe. – A garota disse simplesmente conformada com a resposta, em partes ela entendia a preocupação do irmão considerando os argumentos postos contra ela.

— Tudo bem Lia, to esperando. – Ele disse desligando logo em seguida.

Nico claramente tinha notado o tom de voz dela, todos notariam, que tinha mudado de alegre e determinado para triste e acanhado e mesmo ele tendo ouvido o que o irmão dela havia falado ele fingiu não escutar, ela não precisava saber que ele sabia.

— Hey. – Ele disse baixo como quem fala com uma criança triste. – Tá tudo bem?

— Claro, meu irmão só é muito protetor. – Ela disse sorrindo fraco e beijando o moreno.

— Eu acho que deveria me desculpar pelo que eu fiz com você ao telefone, mas eu realmente não quero. – Nico disse sabendo que ela sorriria e estava certo.

— Não precisa, também não quero que se desculpe. – Ela disse o beijando novamente.

Mas foi um beijo mais rápido do que os que eles haviam trocado, com uma pitada de até logo.

— Nos vemos depois. – Ela disse se levantando, dessa vez não sendo impedida, saindo do colo do garoto.

— Tá. – Ele disse deixando que o tom de incerteza ficasse evidente em sua voz, mesmo ele não estando nem um pouco incerto. Mesmo ele achando ela muito irritante, queria vê-la novamente.

— Idiota. – Ela disse empurrando Nico de volta ao sofá que ele tinha acabado de se levantar. – Mesmo se não quisesse eu estaria aqui.

— Sei que estaria. – Ele disse sorrindo se levantando de novo e a acompanhando até a porta.

Nico esperou a morena sair oficialmente do terreno da sua casa para fechar a porta e assim que se virou para quem sabe voltar seus exercícios, ele deu de cara com o capeta, vulgo seu pai, olhando para ele com um sorriso pervertido, junto com várias almas que tinham o mesmo olhar malicioso do pai o encarando.

— Não. – Nico disse já sabendo que seu pai tagarelaria até ele obter respostas.

— Nico...

— Não. – Ele disse novamente voltando a sala. – Não, não, não…- Nico ficou dizendo várias vezes sem deixar seu pai falar.

— Na hora de fazer oral compra halls preta porque arde e dá prazer. – Hades lançou fazendo o filho se virar para encara-lo com a maior cara de confusão do mundo.

— Oi? – Nico disse incrédulo. – Não quero saber, apenas concordarei.

— É sério Nico, ela vai vir aqui mais tarde e do jeito que vocês estavam...

— O até logo não é necessariamente até logo realmente, pode ser até logo e nos vemos daqui a um ano com ela casada e uns dois filhos chamados Paulo, não que seja daqui a uma hora. – Nico se apressou, mas ele acreditava realmente que a garota voltaria mais rápido do que ele esperava.

— Aí que bonitinho, mal perdeu o bv e já vai perder a.…- Hades começou, mas Nico o cortou rápido.

— Pai, pai, PAI! - Nico falou rapidamente cortando o diabo. – Olha só, você vai sair daqui de boas, quem vai ficar cuidando de um bando de tarado sou eu, então parou que não sou obrigado a ficar ouvindo isso com um monte de alma me olhando estranho e algumas de um jeito bem pervertido.

— É a realidade Nico, você vai transar uma hora ou outra e já passou da hora não acha? – Hades disse fazendo o seu filho bater com a mão contra a cabeça não acreditando no que ouvia. – Não faça isso Nico, é sério, você tem que me ouvir, isso é preocupante, já deve ter até teia de aranha aí embaixo.

— Fui. – Nico disse se virando e subindo a escadaria.

— Vem aqui Nico Di Ângelo, nós temos que ter uma conversa bem séria, mesmo sendo a hora de você fazer sexo não quero netos tão cedo, eu sou muito jovem para ser avô. – Hades disse subindo atrás do filho.

— Jovem aonde? EU tenho idade para ser tataravô, você tá mais velho que a terra, toma vergonha na cara. – Nico disse se virando achando um absurdo o pai se achar o jovem, mesmo que o homem aparentasse no máximo trinta anos.

— Então quer ter filhos Nico, porque nunca me falou isso? – Hades perguntou. – Investe nela então, sabe ela parece ser uma boa garota para me dar um neto, se é isso que você quer, sem falar que acho que vai se divertir com ela, ela tem cara de ser bem safada...

— PAI! - Nico gritou interrompendo Hades talvez pela milésima vez no dia.

— É sério filho, fazer uma criança não é simples, tem que se desenvolver várias posições e ela tem realmente cara de quem toparia umas loucuras. – Hades disse encarando seu filho que tampou o rosto respirando fundo.

— Pai eu vou deixar fixo em minha mente que você está falando posições para foto...

— Que mané foto, não vai gostar de tirar foto durante o sexo, um porque atrapalha a fluidez e dois porque com a internet hoje em dia é muito arriscado, não vai querer fotos suas transando correndo pela rede, não se sabe em quem se pode confiar, vai que ela posta. – O capeta disse olhando o filho que estava incrédulo com a frase.

— Bom depois de presumir que tem fotos suas fazendo sexo na internet nunca mais mexerei nela e desejo apenas que volte para o inferno, agradecido. – Nico disse se virando não acreditando em nada que seu pai havia falado e decidido a dormir, pelo menos assim não ouviria nenhuma besteira.

Por algum milagre Hades cumpriu o pedido do filho voltando para o serviço no inferno e deixando o garoto em paz.

***

Nico acordou com uma batida insistente na porta o que o fez pensar que a porta do inferno estava muito agitada ultimamente. Ele suspirou e com preguiça de descer toda a escadaria apenas apareceu de pé na frente da porta a abrindo e arregalando os olhos ao ver no mínimo umas cem pessoas paradas em frente a porta com cara de assustados e claro Thalia sorrindo animada.

— Oiiieee! - Ela disse fofa fazendo Nico refletir que estava na frente de cem pessoas apenas de moletom no inferno. Fodeu.

— Thalia com quem você tá falando? – Um garoto loiro de olhos mel perguntou olhando em direção aonde o moreno estava e isso o fez lembrar que ele era invisível para os olhos humanos.

Nico tirou o véu sobre si e sorriu aparecendo mais à frente da porta como se tivesse escondido.

— O que é tudo isso? – Perguntou o garoto olhando diretamente os olhos azuis elétricos da morena que sorriu travessa.

— Bom como disse que não gosta de sair, sabia que não toparia ir a uma festa então eu trouxe a festa a você. – Ela disse levantando o braço bom mostrando as pessoas. – Podemos entrar e acabar logo com o medo bobo das pessoas por essa casa?

— Claro, só não quebrem nada. – Disse ele abrindo espaço para que todos entrarem já que não fazia a mínima ideia de como tirar todos dali e considerando que eram amigos da morena, ela não deixaria eles irem.

Mas Nico estava realmente mais preocupado com o pequeno detalhe de que se ele estava invisível para os olhos humanos, como Thalia conseguia o ver?

Todos começaram a entrar e instalar som e isopores com bebidas e a se divertir, Thalia parou na frente dele o empurrando um pouco mais contra a parede colando contra o corpo dele e ainda deixando que as pessoas adentrassem o recinto.

— Vai lá em cima se troca e desce para a festa. – Ela disse dando um selinho no garoto que respirou fundo não muito contente com a ideia e deixando ela sobre direção de manter a porta aberta, a merda da porta do inferno aonde tinham almas loucas para fugir.

Nico subiu o mais rápido que pode tentando parecer humano e vestiu uma roupa normal sem se preocupar se pareceria desleixado, afinal todos haviam o visto de moletom poderia parecer um mendigo com tranquilidade e voltou para o andar inferior aonde assim que parou no topo da escada viu a mistura de humanos e almas dançando.

Nico logo achou Thalia que tinha fechado a porta e dançava um pouco discreta com um copo de bebida falando com o garoto loiro que havia perguntado com quem ela estava falando, uma menina loira de olhos acinzentados e um menino moreno de olhos verdes mar.

O moreno se apreçou e sorrindo um pouco sem graça falou no ouvido da sua ficante.

— Eu não gosto de pessoas. – Ele disse e ela riu.

— Eu sei, deixa eu te contar um segredo, você não tem escolha. – Ela disse rindo e bebendo um gole do liquido em seu copo vermelho. – Nico deixa eu te apresentar meus amigos. – Ela falou agora mais alto. – Luke, eu e ele estudamos juntos desde que eu me lembro. – Ela apontou para o loiro que sorriu olhando para o braço do moreno envolto em Thalia. – Annabeth, minha melhor amiga eternamente. – Ela apontou para a loira que sorriu assentindo. – E esse é o lerdo que pega minha melhor amiga, mas pode chama-lo de Percy. – Ela apontou agora para o moreno que olhou indignado.

— Vaquinha. – Ele disse empurrando de leve a cabeça dela para baixo.

— Deixa eu terminar a apresentação viado. – Thalia gritou batendo na mão do garoto.

— Eu pego sua melhor amiga, não sou gay. – Percy rebateu e ela riu.

— Eu sei, mas gente esse é o Nico que eu conheci aleatoriamente quando vocês me mandaram invadir a casa dele. – Thalia disse apresentando o moreno que sorriu sem graça e arrependido.

— A culpa é deles então? – Ele perguntou e ela deu de ombros.

— Então foi você que levou ela pro hospital por causa do braço quebrado? – Luke perguntou já querendo começar um interrogatório que Thalia não queria entrar.

— Sim. – Nico disse olhando o loiro.

— E como ela quebrou o braço? – Luke perguntou em um tom raivoso e Thalia cortou fingindo um pouco estar sem graça.

— Não precisamos dar detalhes, acredite não vai querer. – Thalia disse beijando Nico logo em seguida e até um santo entenderia a indireta que ela mandou para Luke.

O loiro, por sua vez, apenas revirou os olhos e olhou para o outro lado, preferindo encarar alguns desconhecidos dançando do que virar uma vela ambulante para sua amiga.

Nico puxou-a para mais perto, descolando seus lábios e sorrindo levemente.

— Vamos beber! – Thalia exclamou e saiu do aperto do moreno, indo em direção a caixa onde as bebidas estavam, pegando um copo e uma garrafa e voltando para perto dele.

Antes que Nico tentasse negar, ela lhe estendeu o copo com um olhar ameaçador.

— Se não pegar, já sabe, né?

Ele apenas revirou os olhos, dando uma leve risada e pegando o copo, bebericando a bebida que lhe fez fazer uma careta, tendo a certeza que era um pouco forte.

Mal sabia ele dos planos da Grace; a cada vez que ele ameaçava soltar o copo em cima de algum lugar, ela aparecia e enchia o copo até a boca novamente, recebendo um olhar reprovador do menino.

Até aí tudo bem, não é? Ele não poderia ficar bêbado, graças a ser um ser sobrenatural, certo?

Errado.

No momento que o moreno ergueu o rosto, uma tontura o atingiu e ele começou a ver as coisas dobradas, tendo uma sensação estranha dentro de si, não sabendo dizer o que havia acontecido e o que iria acontecer.

Ele mirou os olhos azuis, agora, tão conhecidos por ele e sorriu ao ser puxado pela mão para onde vários mortais dançavam e pulavam ao som da música que tocava.

A morena sorriu, vendo que o que ela queria aconteceu. Ela tinha certeza que faltava bebida alcoólica naquele corpinho, por isso o mau-humor constante do garoto. Ali, olhando para ele dançar de um jeito meio estranho graças ao teor alto de álcool em seu organismo, ela apenas deu risada e se juntou a ele, tendo a certeza que iria morrer depois, já que alguma hora ele perceberia o que ela fez e, conhecendo-o bem, tinha certeza que ele ficaria irritado.

— Filho...- Hades apareceu na porta da cozinha, arregalando os olhos e se interrompendo ao ver vários humanos dançando juntos. Estão dando uma festa no.… inferno?! E ainda por cima não me convidaram!

O homem mirou seu filho dançar loucamente junto com sua namorada, fazendo-o ter certeza que ele estava bêbado, já que Nico nunca havia gostado de dançar, sempre foi deslocado nisso.

O capeta parou para prestar atenção na música que tocava, descobrindo ser bem animada e não resistindo ao impulso de sair dançando, de um jeito mais normal que Nico, é claro, mas não deixando de ser estranho.

Nico levantou o olhar e achou seu pai, tendo a certeza que estaria fudido depois. Ou não tanto, já que Hades se divertia como se fosse jovem. Coitado, iludido.

Thalia colou seu corpo ao do Di Ângelo, começando a rebolar lentamente contra ele, tendo certeza que isso o provocaria. Ele sorriu de canto, pondo as mãos na cintura da garota e acompanhando seu movimento, para logo após a virar de frente para si e atacar seus lábios de um jeito apressado. As mãos da Grace foram para baixo da camisa do moreno, que mordeu o lábio inferior dela, o puxando levemente.

Assim que eles descolaram seus lábios, ele olhou para um ponto atrás dela, achando ter visto uma das almas possuir um corpo humano, mas simplesmente deu de ombros tendo quase certeza que era coisa da bebida. Mas pouco tempo depois ele se tocou que não era coisa da bebida, já que ele não era normal e aquela casa estava cheia de almas.

Nico deu um selinho em Thalia, avisando que iria no banheiro e começou a se infiltrar mais ainda na multidão, indo em direção ao seu pai, que parecia não ter visto o que estava acontecendo. Ao ver uma das almas sair da parede para ir no corpo de uma garota, ele a agarrou antes que fizesse e a empurrou para dentro da parede de novo.

Porra tá todo mundo fazendo isso e logo comigo que você vai brigar? – Ele ouviu a voz grossa em seu pensamento, revirando os olhos e continuando a correr em direção a seu pai.

Assim que o alcançou, agarrou-lhe os ombros e disse:

— Alma...corpo...clone!

Hades o olhou estranho, arqueando as sobrancelhas.

— Agora eu tenho certeza que você bebeu demais.

Nico negou com a cabeça, tentando pôr os pensamentos em ordem para contar o que estava acontecendo, mas nenhuma ideia veio em sua mente para tirar o álcool de seu organismo.

— Vai beber água, vai. – O capeta orientou o filho, vendo que ele estava meio perdido.

O moreno deixou o pai, indo até sua cozinha e abrindo a geladeira, pegando uma garrafa que antes era de refrigerante e que agora estava cheia de água, colocando-a na boca e começando a beber o máximo que conseguia em pouco tempo.

 Assim que ele se sentiu melhor, foi até o arco da porta vendo o desastre que estava ali, mas algo o chamou mais atenção: em um ponto, Thalia se afastava lentamente de um Luke que sorria malicioso para ela.

Nico arqueou as sobrancelhas, começando a se desvencilhar das pessoas para chegar lá antes que Luke cometesse alguma besteira. Ele poderia estar alterado também, o que faria Thalia ter uma raiva descomunal dele, e mais: por mais que ele não queira admitir, uma leve pontada de ciúmes lhe pegou, ele estava mexendo com a garota que era sua, mas ele não admitia que era porque ela era bem irritante quando queria.

— Ah...Luke...! – Thalia o olhava meio assustada, enquanto chegava para trás com cautela, como se qualquer movimento brusco que ela fizesse poderia acabar sendo agarrada contra sua vontade.

— O que, Thalia? Vai me dizer que não quer? – O loiro se aproximou mais ainda, aumentando seu sorriso.

— Luke eu estou ficando com o Nico e você sabe disso! – Thalia exclamou, agora, exasperada. Sentiu o gelado da parede em suas costas, fazendo sua respiração falhar por alguns segundos. Porque diabos Nico está demorando tanto?

— Eu realmente não ligo. – Ele se aproximou e colocou as mãos na cintura da garota, que levou as mãos ao peitoral dele, o empurrando fortemente, tendo o sucesso ao fazer ele se afastar.

Nico sentiu a raiva em seu corpo tomar o controle, acabando por empurrar mais algumas pessoas que estavam em seu caminho e alcançar os dois, puxando o braço do loiro com força o fazendo se virar para ele. Deixou que seus poderes dominassem por míseros segundos, sentindo seus olhos se tornarem totalmente negros e as veias ficarem visíveis embaixo de seus olhos, sendo o suficiente para ver a alma dentro do corpo de Luke e expulsa-la dali.

Antes que o loiro voltasse a si totalmente, Nico pegou no braço de Thalia e puxou para um abraço, começando a se afastar com ela ainda grudada nele. Não faria sentindo ela ficar brava com algo que não era ele.

 O moreno avistou a amiga loira de Thalia, caminhando até ela e deixando a morena sob seus cuidados enquanto iria falar com seu pai, dando a desculpa que iria buscar água para a ficante.

— As almas. – Nico disse apressado ao se chocar com o pai, que o olhou com uma cara interrogativa. – Elas estão possuindo os corpos, de todos! Inclusive, possuíram o corpo do amigo da Thalia, que tentou agarrar ela contra sua vontade.

Hades sentiu a raiva em seu interior se manifestar, cerrando os punhos e travando o maxilar. Ele se deixou visível para os humanos, começando a caminhar até o meio da festa, empurrando as pessoas que o xingaram. 

— SAÍAM!

Para todos, o grito era algo comum. Porém, para Nico, só lhe mostrou o quão bravo o pai estava, quando sentiu uma forte tontura com o poder que ele havia colocado na voz. Se apoiou na parede em busca de equilíbrio, sentindo sua cabeça latejar. 

Annabeth arregalou os olhos ao ver sua amiga cambalear e cair em cima da própria. As duas só não foram ao chão, graças a parede que serviu de apoio para loira, que segurou Thalia antes que ela caísse de cara.

Nico olhou para frente, vendo as almas saírem totalmente agitadas e entrarem novamente na parede, no piso e em vários lugares que conseguiam se esconder. Ele deu uma risada, chamando as almas de “trouxas” por pensarem que Hades não estaria ali na festa para acabar com a festinha delas.

As pressas, os adolescentes começaram a sair da casa, deixando toda a bagunça para Nico, que soltou um muxoxo vendo que teria que limpar tudo sozinho.

Annabeth saiu da casa, ficando do lado de fora esperando a amiga, que havia dito que iria falar um tchau para o moreno e já sairia.

Thalia, agora recuperada da tontura repentina, caminhou até Nico, selando seus lábios, não ligando para Hades.

— Eu vou, volto depois.

Nico sorriu para a garota, que saiu às pressas perante ao olhar do capeta, fechando a porta atrás de si e encontrando com a loira, começando a ir para casa.


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Notas finais do capítulo

Sobreviveram a essa ida para o inferno?

Se sim, deixe o review nos dizendo como foi.
Se não, deixe o review mesmo assim, dizendo como foi a experiência de morrer.

Beijos de Escuridão ♥

Os espíritos podem estar mais perto do que vocês imaginam, inclusive dentro de você.