Seelen Haus escrita por Semideusadorock, MaryDiAngelo


Capítulo 12
O porquê todo mundo conhece o Clóvis


Notas iniciais do capítulo

Hey cerejinhas e amorinhas!

O trem do inferno está saindo, tenham uma boa leitura e sobrevivam até o final!



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É claro que depois que Bianca mostrou que não era uma “simples humana pecadora” como havia sido definida, eles não perderam a chance de colocar os dois dentro de uma cela e irem correndo em busca de algo para torturarem a filha do capeta e descobrirem como as peças angelicais funcionavam com tal espécie.

— Você tem noção que agora que estamos presos estamos fudidos? — Leo indagou, vendo a menina caminhar até a grade e passar a mão para fora, começando a mexer na fechadura.

— Você tinha alguma ideia de como se livrar daqueles anjos e andar até as celas sem sermos pegos e termos que causar uma chacina no céu? — indagou o olhando por cima dos ombros, não parando de mexer na grade.

— Não, mas agora estamos pres... — ele foi cortado com a porta abrindo e ela sorrindo sapeca.

— Claro, estamos presos — ela assentiu saindo e mantendo a porta aberta para ele passar — estamos na cela de número cinco mil e quinhentos, qual é a do seu amiguinho?

O Valdez mordeu o lábio inferior e negou em reprovação saindo da cela e indicando o caminho já conhecido pelos corredores infinitos da prisão do céu, sendo seguido de perto pela torturadora que cada vez mais odiava aquele lugar e quanto tudo era branco.

— Qual o fetiche por branco que vocês têm? — ela indagou com uma cara de nojo, vendo que já estavam na casa de dez mil.

— E qual o fetiche que vocês têm por preto? — ele rebateu a vendo revirar os olhos.

— Quando se trabalha com sangue você não pode ficar usando roupa clara, preto esconde e você não tem que ficar trocando a cada segundo do seu dia, pois acredite eu passo muito tempo mexendo com tortura — ela respondeu, olhando alguns anjos se encolherem ao verem o Leo passar por ali, lembrando-se que ele também era torturador.

— Isso é nojento — ele foi sincero.

— Você colocou sua boca nisso — retorquiu sorrindo travessa ao vê-lo olhar para trás descrente.

— Bia, qual seu problema? — ele questionou negando em reprovação a fazendo reproduzir uma cara de entendimento exagerada.

— Ah, verdade, você colocou bem mais do que a boca, né? — perguntou com um tom sensual e divertido.

O anjo virou indignado, fazendo um barulho em pedido de silêncio a fazendo fingir estar ofendida.

— O que foi? Não quer que eu fale em voz alta que a gente...

— Bianca! — ele a cortou com um tom sério, a fazendo parar e sorrir de canto, mordendo o lábio inferior, ela adorava ele assim.

— O que foi? — perguntou usando um tom tão inocente que o anjo quase acreditou que ela não sabia o que estava fazendo, mas claro que as feições divertidas dela a entregavam.

— Não vou te falar nada — concluiu se virando a fazendo rir divertida.

— Eu adoro quando você fica assim — ela o segurou pelo braço, o puxando para si.

— Bianca, foco na missão — pediu, evitando ser beijado. — A gente resolve isso mais tarde...— se interrompeu ao ver a cara de emburrada que ela tinha feito em clara descrença que ele a havia negado um beijo. — Aah Bia, a gente não pode fazer esse tipo de coisa no céu, é tipo um farol, e meus irmãos tão olhando — ele apontou para um anjo aleatório em uma das celas.

E quando ele se virou para olha-la seus lábios foram selados e é claro que quando se tratava da filha do capeta ele não conseguia resistir por mais de trinta milésimos de segundos e acabou por retribuir o beijo dela.

— Difícil? — questionou, saindo batendo o pé e seguindo o corredor pelo caminho que eles estavam indo.

Leo mordeu o lábio inferior jogando a cabeça para trás negando em reprovação. Ouvindo uma risada vindo da cela que ele havia apontado.

— É Leonidas, não vai demorar a ser você em uma dessas celas — o anjo declarou, vendo-o suspirar.

— E você acha que eu não sei — admitiu, olhando Bianca que encarava algo ao longe.

— Leo, tão arrancando a asa de um garoto ali — a Di Ângelo falou alto o suficiente para tanto os anjos do ritual, quanto o Valdez ouvirem o que ela disse.

— Eita porra! — o Valdez falou, assustando o anjo com quem ele falava devido ao palavrão, mas correndo em direção a ficante e vendo que se tratava de seu amigo.

Leo colocou a espada para fora, vendo Bianca o olhar por inteiro.

— Por que você é tão sexy? — ela questionou, o fazendo bugar por alguns segundos, inclusive os dois anjos que vinham em direção a eles.

— Bia, isso lá é hora? — ele indagou falando duas oitavas mais alto, descrente.

— Ué, tu tá sexy agora, quer que eu guarde o comentário pra depois? Você acha que eu vou lembrar de te dizer e ter que explicar todo o momento já vivido só para dizer que tu é sexy? — ela questionou completamente confusa com a falta de romantismo do menino, anjos não deveriam ser românticos?

— Bianca! — repreendeu, fazendo com que os outros que estavam olhando confusos se assustassem com a constatação.

— Bianca Di Ângelo, um dos três filhos de Lúcifer — um dos anjos anunciou.

— Eu sei quem eu sou, não preciso ser auto apresentada, e somos quatro no momento — Bianca colocou a mão na cintura, olhando o anjo de cabelos ruivos perfeitamente penteados que havia falado.

— Quatro? — o outro anjo endireitou a postura, baixando um pouco a guarda curioso.

— Então, não sei como te explicar isso — ela riu, balançando a mão — mas então, meu pai está casado com a morte atualmente, e podemos dizer que eles têm uma relação bem ativa se é que me entende, e acontece que camisinha não funciona muito bem com anjos, demônios, vampiros, lobisomens, esse tipo de espécie, me entende, né? Aí gravidez faz parte, coito interrompido nem sempre funciona.

— Que? — Leo questionou confuso.

— O que? — ela indagou curiosa.

— O que é coito? — um anjo questionou confuso realmente mais interessado em conversar do que lutar.

— Ah... sexo — ela respondeu, franzindo o cenho e se perguntando se teria que explicar para eles o que era sexo.

Um dos anjos fez uma cara de entendimento enquanto o outro reproduziu uma feição de nojo com o dito, a fazendo concluir que eles tinham entendido o que era.

— É... não é tão nojento quanto aparenta ser falando, você percebe isso no ato — Bianca sorriu compreensiva, lembrava quando era uma criança e seu pai tinha lhe explicado todo o contexto de sexo e como eles, que eram criaturas sobrenaturais tinham que se cuidar.

— Por que fazer um treco desse? — o anjo indagou, fazendo Leo começar a se esgueirar, notando que eles iam continuar a conversar ali por um bom tempo.

— Porque é bom — Bianca foi sincera, dando de ombros.

— Vocês fazem esse tipo de coisa com muita frequência — o anjo de cabelos negros comentou, abaixando completamente a espada enquanto conversava com a menina — sabe? Dizem que é apenas por reprodução, mas vocês trocam tanto de parceiro que a gente dúvida um pouco.

— Entendo — Bia assentiu — eu não faço por reprodução, mas só tive um parceiro.

Quando ela disse foi que notou que Leo estava ali. O anjo que estava abaixado levantou a cabeça descrente olhando a menina que corou bruscamente ao notar que tinha admitido que era virgem antes da experiência com o Valdez.

O olhar claro do anjo foi: nós vamos conversar depois. O que a fez negar, e pigarrear alto.

— Mas, então... querem perguntar mais alguma coisa? — continuou a distrair os anjos, vendo o ruivo também baixar a guarda.

— Como é o inferno? — o que havia relaxado por último foi que questionou, a fazendo assentir compreensiva.

— De estrutura é bem parecido com o céu, mas tem hiperlotação, é calor e não tem eletricidade, só quando é pra fuder você com um choque surpresa, mas tu tenta acender uma lâmpada pra ver se consegue — se revoltou um pouco, afinal já tinha levado muitos choques quando ia usar a serra elétrica em algumas pessoas.

— Nossa, deve ser horrível — o anjo moreno concluiu — a proposito meu nome é Ethan.

— Prazer! E o seu? — ela se virou para o ruivo que sorriu tímido.

— Daniel — ele respondeu hesitante.

— Bem nome de anjo — ela assentiu suspirando — mas o inferno é legal, pelo menos eu gosto, a parte “rica” dá pra viver sem muitos problemas, apesar que eu tenho achado a Terra bem interessante ultimamente e o purgatório tem umas festinhas maneiras.

Leo fez um sinal de joinha quando soltou seu amigo a fazendo dar de ombros.

— Bom, mas agora me vou, já deu minha hora, tenho que arrumar meu quarto, comprar um macacãozinho rosa para minha mais nova irmã, sabe bem clichê dos rolê, e é isso aí, a gente conversa, podem ir me visitar lá no inferno se quiserem, mas lá é quente, então vão de regata, um short e tudo mais — ela começou a se afastar devagar.

Os anjos piscaram confusos se virando para onde Frank estava a alguns segundos e quando olharam para frente os três corriam em desespero para longe.

Um alarme alto começou a tocar, fazendo Bianca xingar, segurando os dois anjos pelo braço e sumindo logo dali, parando direto no inferno, afinal seu pai nunca deixaria anjos passarem por Cérbero.

— Uau, aqui realmente é escuro — Leo forçou a vista tentando ver algo um pouco mais distante do que um palmo a sua frente.

Um bater de palmas vindo da filha do capeta fez com que tochas se acendessem por todo o cômodo revelando uma fila de celas com almas gritando com a claridade.

— FILHO DA PUTA! — Hazel gritou de dentro de uma cela, fazendo Bia negar.

A demônio precisou apenas aparecer na frente da grade que a alma de Charles Mason se encolheu se afastando o máximo possível da grade e parar de tentar arrancar o sapato da irmã.

— Aí eu odeio esse lugar — a Levesque saiu apressada se estremecendo por inteiro — Bia você tem que voltar a comandar as torturas eu não nasci pra...

A filha mais nova do capeta se interrompeu ao ver o anjo parado ao lado de Leo.

— FRANK! — Hazel gritou pulando no pescoço do anjo recém salvo, que estava quase inteiro machucado, mas ele só conseguiu sorrir ao sentir os braços da garota o envolvendo e o corpo dela saindo do chão.

Bia abriu a boca confusa, olhando para Leo, e para o casal, alternando o olhar algumas vezes antes do Valdez rir.

— Entendeu o motivo dele ser preso? — questionou, sorrindo de lado.

— Que? — Bianca questionou confusa, sua mente parecia que iria explodir a qualquer momento, tanto que o inferno começou a oscilar, como se fosse uma grande ilusão e as almas a agonizarem dentro das celas. — Que?

— Bia, calma — Hazel se afastou do namorado, olhando a irmã completamente confusa.

— QUE? — Bianca perguntou novamente, querendo maiores explicações do que sua irmã estava saindo com um anjo e ela o tinha salvado de ser condenado.

— Olha, o Frank era encarregado de trazer as almas que passavam para o julgamento para o inferno, ou seja, ele vinha aqui muitas vezes e eu sou, ou melhor, era encarregada de receber as almas, principalmente depois que tivemos o problema com o Clóvis...

— Que? — Bianca questionou confusa.

— A alma que foi julgada errada e deveria estar no céu, mas já tínhamos tacado no inferno então ficou ali mesmo — Hazel explicou a situação de Clóvis e porque todo mundo conhecia o Clóvis.

— Como eu não soube disso? — Bia indagou realmente perdida.

— Não importa agora, mas basicamente eu comecei a sair com Frank a algum tempo e foi descoberto pelos anjos e ele foi preso e foi assim que eu conheci o Leo, ele teve que vir buscar Frank junto com os outros anjos, mas bem, Leo já vive na terra a muito tempo, logo ele é mais de boas — a Levesque explicou a história fazendo definitivamente Bianca explodir e isso foi refletido na alma mais próximas que virou apenas uma poça de sangue e tripas espalhadas pela cela que Hazel estava a alguns minutos antes.

— Vocês se conheciam? — a clara cara de raiva de Bianca era visível em qualquer um.

— Sim... — Hazel respondeu hesitante, afinal todos tinham medo de Bianca Di Ângelo, surpreendia Leo se aproximar da garota.

— Hum... — e ela sumiu, fazendo o Valdez assentir.

— É, vamos ter uma ótima noite de sono depois de eu ser espancado até ficar inconsciente e ter algumas coisas tacadas em mim, é isso aí, fiquem escondidos e se cuidem — Leo tentou desaparecer, mas nada aconteceu.

— Seus poderes não funcionam aqui, tem que ir de escada — Hazel respondeu, apontando pra grande e infinita escadaria instável de pedra.

O anjo abriu e fechou a boca negando.

— Vou esperar ela voltar aqui, to nem aí — Leo se sentou no chão decidido a ficar por ali mesmo.


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Notas finais do capítulo

- O que acharam?
— Sobreviveram?

Beijos e até!



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