Seelen Haus escrita por Semideusadorock, MaryDiAngelo


Capítulo 11
Não tem mais volta


Notas iniciais do capítulo

Hey cerejinhas e amorinhas!

O trem do inferno finalmente está saindo em mais uma jornada, entretanto ele está fazendo um desvio para o céu, então com certeza a treta deve estar presente.
É um capítulo mais curto do que o normal, mas acontece!
Espero que gostem e voltem vivos!
Boa leitura!



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Bianca gritou, agarrando-se mais ainda em Leo.

— O QUE DIABOS VOCÊ ACABOU DE DIZER?

O anjo não se deu ao trabalho de responder, apenas começou a subir, sentindo a luz começar a envolver seu próprio corpo, e quando isso aconteceu foi que ele pensou: Eu estou levando a filha do capeta para o céu, será que ela consegue sobreviver a isso?

LEO VALDEZ EU JURO QUE EU VOU TE MATAR! — o pânico estava evidente em sua voz, mas ele sabia que ela estava longe de estar nervosa pela ideia de ir para o céu, mas sim pela a altura que eles estava, e aquilo o tranquilizava de uma certa maneira, já que, quando estivessem no céu não faria diferença para ela.

O anjo usou mais impulso nas suas asas, para fazer com que eles subissem mais rápido, entretanto isso a fez dar uma pequena queda de alguns centímetros, o que arrancou um grito da filha do capeta.

— FILHO DA PUTA, DESGRAÇADO, EU VOU ARRANCAR PENA POR PENA DESSA PORRA DE ASA SUA QUANDO ESTIVERMOS NO CHÃO, SEU MALDITO ANJO DO INFERNO — xingou, o que quase arrancou uma risada do que estava teoricamente sendo ofendido.

— Maldito anjo do inferno? — questionou, sorrindo de canto.

— VAI SE FUDER VALDEZ! Você definitivamente vai perder esse projeto de meio de transporte — declarou, apertando mais o pescoço do garoto e tentando achar uma maneira que se sentisse mais segura.

— Bia, eu não vou te deixar cair — declarou, sentindo as unhas dela encravarem em sua pele, enquanto a morena escondia o rosto na curva do pescoço dele.

— Acho bom, por que você se arrependeria tremendamente se fizesse uma burrice dessa — ameaçou.

A morena fechou os olhos negros, quando viu as nuvens começando a se condensar a sua volta, se agarrando o máximo possível a Leo, até que não aparentava mais que eles estavam voando. 

— Pode descer — alertou o garoto, vendo-a abrir os olhos e uma cara de nojo a dominou assim que viu a como tudo simplesmente era branco ali.

A morena colocou apenas um pé no chão, quando sentiu que ele não existia, indo e assustando Leo, junto com um grito que soltou de seus lábios e pulou, escalando o garoto envolvendo sua cintura com as pernas, a respiração acelerando e os olhos arregalados.

— O que eu to fazendo aqui? — questionou, firmando mais suas pernas, enquanto ele olhava ao redor para ver se ninguém estava se aproximando devido ao berro que ela deu.

— Um amigo meu vai ter seu julgamento hoje, preciso soltar ele da cadeia antes que ele seja taxado de culpado, percas as asas e sofras as consequências por isso — o Valdez explicou, levando as mãos as coxas grossas da garota, sustentando melhor o peso dela.

— Mas ele é culpado? — questionou, sem realmente se importar.

— Esse não é o caso — ele rebateu, a vendo revirar os olhos o que o deixou surpreso.

— O que foi? Eu acredito que todas as ações têm suas consequências e as pessoas tem que lidar com elas, não é a toa que sou eu que coordeno para que as pessoas recebam tais punições — Bianca explicou seu ponto de vista, mas deu de ombros — então, como vamos resgatar seu amiguinho? Considerando que se eu tocar o chão eu morro.

— Você tem uma parte de anjo em você, Bia, se você consegue ver deveria conseguir tocar — resmungou, olhando ao redor, começando a ficar nervoso, pois provavelmente ele não teria outra chance de voltar ali e faltava pouco para seu amigo ser julgado.

— Eu? Euzinha? — indagou e ele suspirou.

— Seu pai já foi um anjo um dia — lembrou, a fazendo revirar os olhos novamente.

— É, mas quando ele me colocou na barriga da minha mãe ele já era o capeta, logo sua parte anjo já havia morrido — contrapôs, se mexendo desconfortável, olhando ao redor.

O que ela poderia fazer? Aquele lugar era interessante, apesar de ser uma poluição visual cegante, ela conseguia se imaginar causando na vida anjos. Mas antes que qualquer um dos dois pudesse raciocinar, vozes cortaram o ambiente, fazendo os dois arregalarem os olhos e olharem para os lados.

Nada, nem mesmo um sofazinho para eles tentarem se esconder atrás tinha naquele lugar. Os anjos pararam ao ver a cena, de basicamente uma garota de camisola negra que ia até um pouco acima da metade de sua coxa agarrada a um anjo.

O Valdez mordeu o lábio inferior, fechando os olhos concluindo que seria ele que iria parar em uma cela, talvez para serem mais irônicos o colocassem ao lado de seu amigo, para ele ver o quão fudido estava, pois com certeza ele tinha quebrado bem mais regras do que o garoto.

Sentiu a menina descer e abriu os olhos assustado, vendo-a parada de pé, olhando os quatro anjos que haviam entrado.

— Leo? — uma garota perguntou confusa e descrente, o que claro deixou Bianca com uma cara nada boa.

A morena deu um passo a frente e de automático todos os anjos tiraram espadas pratas com cabos dourados e apontaram na direção da menina. Bia teve seu braço puxado não com tanta delicadeza assim, mas seu corpo foi posto para trás de Leo em uma posição protetora.

Os irmãos de Leo não gostaram nada da atitude, então um resolveu alerta-lo:

— Você está fazendo escolhas erradas Leonidas, deveria fazer as escolhas certas antes que não tenha mais volta — o anjo loiro alertou, ele era alto e o corpo magro parecia indefeso, mas Leo sabia que ele não era, os olhos castanhos focados no seu e sua voz grave tinha um tom calmo e pausado, claramente aquilo era mais uma ameaça do que um conselho.

— Não tem mais volta — Leo contrapôs, deixando que sua própria espada aparecesse em mãos, mas ele sabia que seria inútil tentar lutar contra os quatro, considerando que um simples toque em qualquer uma daquelas armas poderiam machucar gravemente a Bianca.

— Eu me entrego — Bia alertou, levantando as duas mãos ao alto, chamando a atenção de todos para si.

— VOCÊ O QUE? — Leo questionou pasmo a fazendo revirar os olhos negros.

— É inútil, eles são quatro, nós somos dois, faça as contas Leo — Bia respondeu como se fosse óbvio. — Não vou deixar você morrer tentando me defender.

— Garota inteligente — o loiro que tinha ameaçado Leo abaixou a arma se aproximando. — Mas a questão é o que nós iriamos querer com uma simples humana pecadora?

Bianca gargalhou alto, jogando a cabeça para trás descrente do que havia acabado de ouvir, quando o encarou novamente seus olhos estavam totalmente negros, as veias já saltavam por seu rosto ressaltando na pele branca.

— Eu não sou uma humana qualquer — confirmou, o vendo arregalar os olhos, assim como os outros atrás dele.


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Notas finais do capítulo

- O que acharam? Sobreviveram?
Beijos e até!



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