O Legado escrita por Luna


Capítulo 69
Capítulo 69




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/713733/chapter/69

Se um dia pensou que o bem venceria. Seu tolo, você errou!

Desventuras em Série.

 

— Juro que pensei que Tom fosse vomitar a qualquer momento. – Amélia ria enquanto colocava mais um pedaço de torta na boca.

— O que eles esperam com isso? – Eric perguntou.

Ele estava bem mais agradável do que se lembrava, participava das conversas e dava sua opinião também, embora Amélia sempre se irritava quando ele o fazia.

— Acho que ele gosta dela.

— Mas e aí? Não é como se fossem ficar juntos. – Ele falou como se fosse óbvio.

— Por que não?

Eric a olhou como se ela fosse estúpida e desviou o olhar para Eliza que apenas os observava. Não queria falar nada que fosse trazer memórias ruins a mulher, não achava que Agnelli seria capaz de fazer qualquer coisa semelhante à Sophia, mas sabia que ela não permitiria que seu único filho se relacionasse de forma intima com um Zabine ou com qualquer um deles. Amizade ela até poderia tolerar, mas um romance? Acreditava que o garoto estaria indo para outro país antes da ideia ser concebida.

— Você sabe o que aconteceu aos Agnelli, certo?

— Mas Freya não tem nada com isso. – Ela começava a se alterar.

— Não importa realmente. – Eric cortou seu bolo despreocupadamente.

— Como você pode dizer algo assim?

— Essa é a verdade. – Ele voltou a encará-la. – Ela carrega a mancha pelo que seus avós fizeram e a verdade é que eles mataram os Agnelli, mesmo que os considerassem amigos, não por crueldade, mas porque era necessário.

Amélia o olhava embasbacada, sem conseguir acreditar que o que ele estava falando era verdade.

— Mas...

— Você não sabe o que é isso, Amélia, pois sua mãe a manteve segura por muito tempo. As pessoas ainda conseguem vê-la como uma boa corvinal, inteligente, solícita e gentil, mas com o passar do tempo eles vão enxergar cada vez mais o seu nome. – Ele a olhava com firmeza. – Você não aprendeu a lidar com isso ainda, com o peso do nome, com o rancor das pessoas que acham que nossos avós e pais deviam estar em Azkaban e a raiva deles passam para nós também, pois nós somos o futuro. O que eles foram ontem é o que seremos amanhã.

— Isso não é verdade.

Eric revirou os olhos.

— Não importa, Amélia. A verdade tem bem pouca importância, o que importa é o que as pessoas acreditam. E a verdade aqui é que sua família é perigosa e deve ser contida, e para a sra. Agnelli seu filho não deveria ter qualquer relacionamento com qualquer um de vocês.

Amélia ficou preocupada. Não sabia o que pensar disso e nem o que esperar, só restava torcer para que tudo não acabasse tão mal.

0o0o0o

Eliza tinha saído fazia algumas horas e instantes antes James tinha chegado através da lareira, eles receberam instruções que diziam claramente para evitar o quarto e eles sabiam que Eliza tinha pedido que Eric se mantivesse por perto para supervisioná-lo, o que foi algo absurdo, eles não eram mais crianças. Mas Eliza não tinha medo que eles colocassem fogo na casa.

— Albus foi para a Mansão, deve voltar em alguns dias. – James falou com sua cabeça nas pernas de Amélia.

— Freya me escreveu, eles querem passar uns dias aqui na próxima semana.

— Estou saindo. – Eric falou próximo a porta já. – Volto antes de Eliza.

— Você não deveria nos vigiar? – James sorriu se levantando um pouco.

Ele ainda não se sentia tão a vontade perto do mais velho dos Nott, ainda meio ressentido pelo que aconteceu em Hogwarts, mas conseguia ver algumas melhoras no comportamento do outro.

— Potter, se algum dos Zabines suspeitarem que a inocência de Amélia foi maculada foi está muito mais que morto. – Ele deu um sorriso zombando. – Tenho certeza que você vai manter suas mãos em locais adequados.

Eric já tinha fechado a porta quando o travesseiro foi de encontro a ele. O sorriso de James tinha sumido subitamente e Amélia sorriu.

— Não seja bobo, eles não farão nada com você. – Amélia voltou a passar a mão no cabelo dele e James fechou os olhos apreciando o carinho.

Foi surpreendido pelos lábios dela tomando o seus, o começou foi calmo, mas Amélia se tornou mais exigente e o beijava com urgência.

— Nossa. – James falou em um suspiro depois que ela se afastou, se levantou e sentou de frente para ela. – Isso foi inesperado.

— Não temos Lily, ou professores ou qualquer um dos nossos amigos agora. Devíamos aproveitar. – Amélia chegou mais perto.

James fez que ia levantar, mas a menina foi mais rápida e subiu em seu colo, com uma perna de cada lado, o mantendo preso no sofá.

— Amy, sua mãe...

— Não vai chegar agora.

— Eric.

— Acabou de sair.

— Seu pai...

— Eu não conto se você não contar. – Ela chegou mais perto capturando o lábio inferior dele e puxando lentamente.

— Você vai ser minha perdição. – James sussurrou.

0o0o0o

Eles estavam no laboratório, Eliza tinha deixado Amy ajudar, desde que Eric ou ela estivesse por perto. Não que Amélia fosse inepta em poções, a garota era até muito boa, mas não havia como correr o risco deles errarem naquelas poções.

— Você deve cortar as raízes do mesmo tamanho.

— Isso é impossível. – Ela reclamou.

— Não, não é. Você tem dois olhos, use-os e não me faça ter que refazer seu trabalho preguiçoso. – Eric soltou sem olha-la, ele lia um livro atentamente e se irritava cada vez que ela perguntava algo que ele julgava ser coisa de aluno do primeiro ano.

— Quando você vai embora?

Eric sorriu. Não é que ela o detestasse, ele era até boa companhia quando não estava frustrado com algo, irritado ou querendo ser maldoso. Ela também tinha muita paciência, Freya e Rose tinham desistido de habitar o mesmo ambiente que o Nott no segundo dia, prometeram que voltariam assim que ele fosse embora.

— Em alguns dias. – Ele respondeu. – Agora bata as sementes até só restar farelos.

— Você sabe o que a srta. Dafne veio fazer aqui? Mamãe falou que não era nada demais, mas ela parecia estar mentindo.

— Se ela não falou provavelmente você não deve saber.

— Eric...

— Greengrass veio olhar na mente de Eliza, ver se havia algum resquício de quando ela desapareceu. Alguns feitiços se deterioram com o tempo, algo poderia ter vindo a superfície.

— E...?

— Nada, tudo está a mesma coisa.

— Isso é bom, certo? – Amélia perguntou duvidosa.

— Claro. – Eric voltou para o livro. Ele era um mentiroso excepcional, mas Amélia conseguiu ver a mentira quando os olhos dele não acompanhavam mais as letras.

— Você vai ver Timothy e Nick? Eles sentem sua falta.

Eric levantou o rosto rapidamente e uma raiva começou a florescer dentro de si.

— Você falou sobre mim em suas cartas?

— O que? É claro que não.

— Vocês não podem falar nada, não é seguro para nós ou para eles. Amélia...

— Nós não falamos. – Amélia gritou. – Nossa, dá para se acalmar? Eles só comentaram que sentem sua falta.

— Isso não faz o menor sentindo. Nunca fomos próximos, mal nos falávamos quando eu voltava da escola ou antes disso. – Ele falou com amargura.

— Não importa, eles gostam de você e querem vê-lo, ter certeza que está bem mesmo.

Eric pareceu pensar um pouco.

— Não é seguro. Sebastian ainda é uma ameaça para todos nós.

— Nós sabemos. – Ela esmagava as sementes com raiva.

Eric duvidava que ela ou seus irmãos soubessem de fato o perigo que Sebastian apresentava para cada um deles. Ainda não sabia se o homem seria capaz de mata-lo, suspeitava que sim, já que ainda tinha Timothy e Nicholas, mas seu maior medo era que seu avô usasse seus irmãos para força-lo a fazer algo. Como ele poderia negar qualquer coisa se a vida de um dos dois estivesse em risco?

— Eric?

Ele voltou seus olhos para ela novamente.

— Você rasgou a página. Acho bom consertar logo antes que mamãe veja o que você fez com uma de suas coleções.

Ele xingou em francês e fez o feitiço fazendo a página voltar a seu estado anterior.

0o0o0o

A casa de Eliza Hall não ficava em um bairro muito movimentado, quando eram jovens eles queriam morar em um lugar mais isolado, onde não precisassem temer usar magia. Blaise não queria criar o filho escondido, tendo que esconder sua natureza especial. A casa mais próxima ficava a pouco menos de um quilômetro de distância, eram pessoas que ela mal tinha contato.

O dia tinha sido normal, Eliza fez companhia para Amélia, elas passaram um tempo no laboratório, Eric tinha ido ao Ministério e voltado depois de escurecer, ele trazia uma garrafa de vidro que seria sua chave de portal para dali a dois dias, ele iria direto para a sede da Ordem, onde moraria até Hermione achar um local seguro o suficiente para ele. Nenhum lugar parecia bom o bastante para ela e a mulher já tinha desistido de leva-lo para sua casa, tudo tinha um limite, foi o que ele falara para uma Hermione emburrada.

Todos já dormiam, a noite já tinha dado espaço a madrugada, não havia ninguém por perto, pelo menos não trouxas. O primeiro som foi uma explosão, mas ninguém na casa acordou, ela foi distante o suficiente para passar despercebida. Depois dessa várias foram ouvidas. A grama que crescia ao redor da propriedade iluminava a noite escura com suas pequenas chamas.

As três pessoas dormindo na casa estavam alheias aos aurores que observavam as pessoas encapuzadas se aproximando, todas com a varinha erguida, mas ainda hesitando em atacar, podia ser só uma coincidência, poderia não ter nada a ver com Eliza, Amélia ou Eric. Todos os três eram alvos.

Amélia começou a se mover na cama, seu sono estava perturbado, era como se ela conseguisse sentir a aura negra se aproximando de seu lar.

— Nós devemos fazer algo? – Paul perguntou.

— Apenas denunciaríamos nossa posição. Devemos esperar.

— Eles não sabem onde ficam a casa, estão jogando feitiços aleatórios.

— Não importa. – Paul falou. – Logo eles vão bater na barreira e saberão que chegaram a algum lugar.

— É magia ancestral, eles estarão seguros. – Acácia falou novamente, ela já começava a prender o cabelo.

— Que não é tão ancestral assim, a proteção não é infalível.

— Qual é o seu problema? – Ela jogou exasperada com a negatividade dele.

— Eles estão incendiando o local, vão colocar em risco a vida de trouxas. – Paul se aproximou para vê-los melhor. – Vai ser impossível manter o Congresso afastado disso.

— Ben?

— Nossa função é protegê-los, não podemos nos desviar disso. – Ele falou com um peso.

Amélia se mexeu novamente, suas mãos agarraram o cobertor o trazendo para mais próximo do corpo, ela se ergueu assustada quando o primeiro feitiço atingiu a proteção que envolvia a casa. O brilho do local onde o feitiço atingiu iluminou o quarto, ela se levantou e foi para a janela, mais feitiços atingiam o lugar, ela via as pessoas com casacos longos e máscaras duelando com meia dúzia de bruxos de vestes roxas e azuis.

— Amélia. – Eliza entrou no quarto agitada e se agarrou a filha, Eric estava parado à porta olhando fixamente para a janela.

— Tenho que ajudar. – Ele falou e foi para as escadas.

— O que? – Amélia olhou dele para a mãe alarmada.

— Eric. – Eliza gritou e o seguiu correndo. Amélia ainda permaneceu alguns segundos parada sem reação antes de tomar o mesmo caminho que os outros dois, encontrou a mãe barrando o caminho da porta. – Você não vai sair dessa casa.

— Eles estão lutando lá fora, acha que ficarei escondido aqui? – O rosto dele já tomava porções vermelhas.

— Sim, é isso que irá fazer. Eles são bruxos treinados.

— Eu também sou. – Eric deu mais um passo e Eliza ergueu a varinha.

— Não me faça petrifica-lo, Eric. Eu não quero, mas farei se você insistir. – Eliza tinha os olhos brilhantes pelas lágrimas. – Eu prometi que protegeria você e não vou deixa-lo correr para o perigo.

— As proteções não durarão para sempre. É melhor enfrenta-los lá fora do que aqui dentro, Eliza. Seja razoável.

— Confie na proteção da casa. – Amélia tocou o braço de Eric chamando a atenção dele para si. – Não importa o quão seja difícil, confie na proteção da casa.

— A magia não está forte o bastante. – Eric falou baixo.

— Confie na proteção da casa. Eles não conseguirão entrar, eu prometo, Eric.

Eles sentiam a vibração da proteção a cada vez que um feitiço atingia o bloqueio, o barulho dos feitiços se chocando do lado de fora chegavam até eles em um som abafado. Eliza tinha Amélia em seus braços e derramava lágrimas silenciosas, Eric sentava no chão com suas costas apoiadas no sofá e parecia perdido em seus pensamentos, sua mão apertava a varinha com tanta força que já estava branca.

Vários feitiços atingiram a casa ao mesmo tempo os fazendo ficar alertas, eles prenderam a respiração e esperaram pelo momento em que a proteção cairia, houve uma rajada de energia mágica e o silêncio que segundos depois foi cortando por um grito de puro sofrimento.

Paul parecia ávido por ação e sua impetuosidade traria consequências terríveis. Ele não mediu a estupidez que era correr na direção dos mascarados e sua atitude impensada fez com que os outros fossem atrás. O embate logo aconteceu, os aurores não estavam em maior número, mas tinham grande perícia e conhecimento mágico para nivelar o ataque.

Logo eles descobriram onde a casa deveria estar, a bolha de magia formava uma barreira que não os deixava avançar. Um pequeno grupo se dividiu e começou a atacar a bolha, tentando ver os pontos fracos, mas eles não existiam. Havia proteções demais no lugar para um grupo como aquele conseguir invadir, Ben sabia disso. Eles deveriam estar seguros agora.

Em algum momento ele perdeu Acácia, eles foram se separando e agora ele não conseguia vê-la. Toda vez que tentava busca-la era atacado por outra pessoa e tinha que voltar sua atenção para o duelo, ele viu quando Paul caiu a sua direita e apenas podia torcer para que não tivesse sido nada fatal, aquilo fez com que o medo surgisse.

Todos foram para o chão quando a magia que protegia a casa se expandiu depois de ser brutalmente atacada. Ben bateu a cabeça e estava meio zonzo, via pequenos pontos negros a sua frente e piscou os olhos para tentar fazê-los desaparecer. Se levantou com dificuldade para ver os outros aurores tentando se levantar também.

Ele saiu cambaleando, ignorou a auror que tentava acordar Paul, ele precisava ver Acácia. A encontrou distante do grupo caída no chão e sentiu mais do que ouviu quando o grito desesperado saiu de sua boca. A perna dela estava em uma posição estranha, a boca aberta como se ela estivesse no meio de uma frase e os olhos abertos.

— Acácia? – Ele a pegou nos braços, os olhos dela encaravam a noite perdidos. – Acácia, fala comigo, por favor.

Mas não havia resposta. Acácia nunca mais falaria qualquer coisa.

Eliza correu até a janela e não viu mais nenhuma daquelas pessoas que vestiam casacos e máscaras, conseguia ver alguns bruxos caídos próximo ao limite da barreira, mas esses vestiam a farda dos aurores. Ela olhava atenta para ver se conseguia saber o motivo do grito.

— Eliza? – Eric estava parado logo atrás de si.

— Acho que é seguro agora. Amélia, fique aqui.

Ela abriu a porta e saiu correndo sendo seguida de perto por Eric. Ela conhecia dois deles, Paul e Clara, já os tinha visto antes.

— O que aconteceu? – Ela perguntou a eles. Paul não parecia bem e era amparado pela companheira.

— Um ataque. – Ele respondeu o óbvio.

— Eliza. – Eric a chamou e apontou para um ponto distante. Um auror alto e forte segurando um corpo pequeno próximo ao seu.

Enervate. – Ben apontava a varinha para o corpo de Acácia. – Enervate. Vamos lá, Acácia, por favor. Enervate.

— Benjamin. – Eric se aproximou. – Benjamin, pare.

— Não, não, não. – Lágrimas escorriam por seu rosto. – Não pode ser, ela está bem, ela vai acordar.

— Oh Merlin! – Eric e Eliza se viraram para a voz e se depararam com Amélia com os olhos arregalados e uma mão tampando a boca. Seus olhos já brilhando. Ela avançou os últimos metros que faltavam e caiu no chão ao lado de Ben, pegou a mão de Acácia e a puxou, como se quisesse chamar sua atenção. – Não, isso não... Acácia, Acácia. Mamãe, faça alguma coisa.

— Querida...

— Não, mamãe. Esta é a Acácia, ela nos protegeu na escola, ela é boa. Por favor. Eric, Eric, você é inteligente, por favor, ajude ela.

— Amélia...

— Façam alguma coisa. – Ela gritou e começou a chorar, Eliza foi até a filha e a ergueu do chão.

Ben observava tudo como se não pudesse acreditar que aquilo fosse real. Eric se ajoelhou ao lado dele e colocou uma mão no ombro do auror. Eles não eram próximos, se viam as vezes no Ministério, o conheceu mais no último ano por causa do seu trabalho em conjunto com os aurores, ele era um dos melhores da equipe e daqui alguns anos provavelmente ascenderia ao posto de Chefe. Mas aquele homem que estava a sua frente era apenas a sombra do grande auror que conheceu, ele estava quebrado.

— Benjamin, vamos leva-la para dentro. O fogo vai chamar atenção dos trouxas, não podemos estar aqui quando chegarem.

O auror escutava o som da voz de Eric, mas não absorvia as palavras. Tudo parecia muito distante agora.

— Eu a amo. – Ele falou. – Eu a amo desde sempre. Como...

— Eu sinto muito, Benjamin. Eu realmente sinto. – Eric não sabia consolar ninguém, ele queria sair dali, estar naquele lugar quando os trouxas chegassem só traria mais problemas.

— Querido, vamos entrar. Está frio, lá dentro ela ficará mais confortável, sim? – Eliza tomou a frente e tirou Acácia dos braços de Ben a colocando para Eric leva-la. Ela puxou o auror para cima e o levou para casa, ainda olhando preocupada para Amélia que não parava de chorar.

Aquela seria uma noite infernal.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O Legado" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.