O Legado escrita por Luna


Capítulo 68
Capítulo 68




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“Porque – disse ela – quando você tem medo e faz mesmo assim, isso é coragem.”

Coraline

 

As pessoas foram chegando aos poucos, a reunião estava marcada para começar trinta minutos atrás e isso irritava Eric mais do que os olhares enviesados que estava recebendo desde que chegou àquela casa. Por ele há essa hora estaria ajudando Eliza a fazer algumas de suas poções, mas cá estava ele, sentado em uma cadeira desconfortável, com Eliza em um lado e Anthony do outro, como se os dois fossem impedi-lo de ir embora se eles demorassem mais meia hora para começar.

Mas pontualidade não era uma marca de todos. Hermione uma vez ou outra lhe lançava um olhar, na verdade ela fazia isso a cada vez que o pegava olhando o relógio. Não é como se você tivesse outro lugar para ir, foi o que ela disse e ele mordeu a própria língua para não respondê-la. Não lhe devia satisfação, não seria desrespeitoso e não queria ouvi-la dizer que ir até o Beco Diagonal ver Dominique era um risco impensado e ele estava sendo tolo. Eric jamais seria acusado de cometer tolices.

— Acho que podemos começar. – Harry falou sentado na ponta da mesa.

— Até que enfim. – Eric falou um tom acima e recebeu um olhar duro de Hermione, mas o sorriso de Luna e Neville.

— O que ele está fazendo aqui mesmo? – Zacharias perguntou irritado. – Não sabia que a Ordem recrutava crianças agora.

— Eu até me preocuparia com sua opinião se eu ao menos soubesse o seu nome. – Eric sorriu zombeteiro, ele sabia quem Zacharias era, a comunidade purista era muito pequena para eles não se conhecerem de fato, mas nunca haviam sido apresentados, então ele poderia se dar ao luxo de tentar humilhá-lo.

— Eric tem notícias para nós. – Hermione falou tentando apaziguar a situação.

— Vamos começar por isso então. – Harry falou e estendeu a mão dizendo para Eric começar.

— O governo francês tem observado movimentações suspeitas de floo e aparatação na região. Um número crescente de chaves de portal também, nada ilegal, então não é como se eles pudessem mandar aurores para resolver a situação. Mas desde o terror acometido aqui que eles tem se preocupado com a possível ascensão de outro bruxo das trevas.

— Não consigo ver problema até aí. – Harry falou.

— Sim, não há de fato. O que eu achei preocupante, que eu alertei Hermione, foi a chegada de Illya Ivashkov com um grupo de amigos.

— Quem? – Neville perguntou e Anthony deu uma cotovelada em Eric antes que sua língua ferina aprontasse das suas.

— Illya é um importante bruxo russo, o herdeiro da família Ivashkov. Formou-se com uma das melhores notas no Instituto Durmstrang e tem gerido as finanças da família desde a morte de seu pai há dois anos.

— Por que deveríamos nos preocupar com ele então?

— Por que em uma conversa com o Presidente do Congresso Mágico Ivashkov disse está vindo para cá. A questão é, poucos sabem disso, já que ele se desligou da família há tantos anos de forma oficial, mas Vitorin é um Ivashkov, tio de Illya e pelo que o Sr. Achille falou foi sempre muito próximo de seu sobrinho.

— Desculpe, mas como você sabe disso? – Neville perguntou curioso.

— O sr. Achille se torna muito falastrão quando bebe hidromel, ainda mais se ele contém algumas gotas de veritasserum.

— Você não fez isso! – Hermione começava a tomar tons vermelhos.

Eric começou a rir da reação dela, era tão previsível.

— Claro que não. O que acha que eu sou? Além do que o Presidente não toma nada que não tenha sido fiscalizado antes. – Ele ainda tentava conter o sorriso. – Você me disse para me fazer indispensável, então eu me fiz. Algumas semanas o Presidente me chamou para uma conversa, disse que estava gostando muito do meu trabalho por lá e perguntou se eu não gostaria de ajuda-lo em algumas questões. Eu consegui ouvir algumas conversas e depois de forma indiferente eu comecei a fazer perguntas.

— Você o mandou espionar o Presidente do Congresso Mágico da França? – Ron perguntou para Hermione admirado.

— Claro que não, só disse que seria bom se tivéssemos um olho em outros países e como ele já estaria por lá estudando. – Ela deu de ombros. – Ele está tentando roubar você de nós.

— Claro que está. – Eric falou orgulhoso. – Inclusive me ofereceu uma posição oficial. Espero uma contraproposta, sra. Grager.

— Ora seu...

— Hermione, Eric, depois vocês podem continuar a debater sobre o seu futuro salário. Agora vamos voltar, o que Illya Ivashkov está fazendo aqui?

— Matando a saudade do querido tio? – Eric jogou. – Minha tarefa era trazer a informação, mas seu eu puder opinar eu diria para você alertar cada auror do país, aqui está uma foto dele, Vitorin pode estar se escondendo, ele é um bruxo procurado, mas Illya não. Se encontrarmos Illya, podemos encontrar Vitorin ou talvez a sra. Zabine.

Eric passou a foto na mesa, Hermione foi a primeira a pegar, pois estava na sua frente. Depois passou para Astória, Draco e então ela caiu nas mãos de Gina.

— Esse é ele? – A ruiva aproximou a foto mais do rosto. – Nossa.

— Sim, ele é muito apessoado. – Astória comentou com falso interesse.

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— Al? – Scorpius abriu uma brecha na cortina e viu Albus deitado com um braço em cima dos olhos.

— Oi.

— Já está quase na hora do jantar. – Falou se sentando na cama.

— Talvez eu nunca mais saia dessa cama. – Albus gemeu dolorido. – Estou realmente pensando em sair do time próximo ano. Não tenho mais condições físicas e mentais de levar isso adiante, ainda mais com os NOMs. Por favor, apenas me deixe morrer.

Scorpius sorriu. Albus reclamava toda vez que voltada do campo ou quando tinha que fazer um dever sozinho, pois todos já o fizeram enquanto ele treinava. Mas nunca saia de fato e Scorpius duvidava que ele fosse sair um dia.

— Vire-se, vou ajuda-lo a se sentir melhor. – Scorpius disse recebendo um olhar suspeito de Albus. – Vamos lá, Albus. Não temos a noite toda.

Albus se virou na cama e Scorpius subiu em cima dele. A primeira coisa que Albus sentiu foram as pontas dos dedos do loiro tomando seus ombros e os apertando levemente, ele gemeu com aquilo, era bom demais para ser contido. Fechou os olhos para aproveitar melhor a sensação.

— Você pode tirar a blusa, acho que fica melhor se eu tocar sua pele mesmo. – Scorpius disse tentando não se sentir envergonhado.

Já tinham se visto sem blusa, aquilo não era nada de mais, Albus se levantou para tirar a blusa e selou seus lábios com o de Scorpius, mas o loiro logo o empurrou de volta a cama.

— Isso é muito bom, Scorp. – Albus se derretia embaixo das mãos do namorado.

Scorpius se sentia cada vez mais quente, queria tirar sua blusa também, mas aquilo seria estupidez. Ele não podia, certo? A cada vez que Albus se remexia abaixo de si ou gemia um ponto em seu ventre se pressionava, ele se contorcia levemente e Scorpius já imaginava como seria distribuir beijos pelas suas costas.

— Aí, bem aí. – Albus falou. – Nossa, parece que você tirou um hipogrifo das minhas costas agora. Suas mãos são mágicas, Scorp.

Ele desceu mais as mãos parando próximo ao quadril. Não impediu seus olhos de descer um pouco mais, Albus tinha uma linda bunda e ficava ainda mais tentador naquela calça de quadribol. Como seria tocá-lo ali?

Não queria avançar nada, não queria deixar Albus desconfortável e estavam muito bem até ali, se não fosse sua vontade gritante de tocá-lo mais e mais. Sufocou o bom senso que gritava em sua mente e aproximou os lábios do ombro de Albus, primeiro distribuiu beijos singelos, sentia o suor que tinha molhado a pele dele horas antes, passou para o outro lado e dessa vez também beijou o rosto de Albus que se mantinha com os olhos fechados.

Resolveu ser mais audacioso e mordeu o ombro dele ganhando um gemido mais profundo.

— Quer que eu pare? – Perguntou, tinha que ter certeza que não estava ultrapassando nenhum limite.

— Merlin, não, não pare.

Scorpius sorriu e continuou. Os fios loiros caiam nas costas de Albus, enquanto o loiro mordia e beijava toda a sua extensão, ele parou no cós da calça e voltou para cima.

— Al, se vire.

Albus o fez sem questionar e Scorpius logo estava acima. Ele tomou um tempo distribuindo beijos por todo o rosto do moreno, ah aquilo era tão bom. Estar com Albus era sempre tão maravilhoso e agora as sensações que vinham eram quase sublimes. Albus moveu suas mãos pela blusa de Scorpius tocando sua pele arrepiada.

— Acho que podíamos tirar sua blusa também. – Albus propôs.

Scorpius parou momentaneamente para olhá-lo e sorriu. Sentou-se e abriu a fileiras de botões sobre o olhar atento do namorado. Voltou em seguida para a mesma posição de antes, mas dessa vez Albus não estava tão passivo, ele se apoiou nos cotovelos e levou sua boca até a de Scorpius, sugando seu lábio inferior, aquilo acabou com qualquer força de resistência que o loiro ainda poderia ter.

Ele pressionou seu quadril contra o de Albus e se deixou ser beijado com certa violência. Nada importava, não ligava se Albus queria deixar seus lábios inchados com a voracidade daquele beijo, desde que as mãos dele continuassem a apertar seu quadril daquela forma e ele continuasse a sentir aquele formigamento e pressão estava tudo bem.

Ah, Scorpius tinha fantasiado tanto sobre aquele momento, tinha tantas ideias do que poderiam fazer juntos para a relação se tornar mais prazerosa que quase se sentia envergonhado. Albus soltou seus lábios e o outro aproveitou para poder atacar o pescoço dele, Al tinha um ponto sensível perto da orelha e sempre fazia os melhores sons quando Scorpius passava a língua por lá e dessa vez não foi diferente.

Institivamente Albus empurrou seu quadril para cima ao tempo que Scorpius o fazia para baixo, isso fez com que ambas as ereções se pressionassem e eles não contiveram o gemido.

— Isso foi... – Albus ainda segurava o quadril de Scorpius e o mantinha bem perto do seu, não havia como deixa-lo sair dali agora.

— Sim...

Scorpius voltou a beijá-lo e Albus estava começando a sentir que estava perdendo naquele jogo e ele poderia jogar tão bem quanto Scorpius. Pegando o loiro completamente desprevenido ele segurou o quadril dele com mais força e o puxou fazendo com que a bunda de Scorpius ficasse encaixada em sua ereção.

— O que? – Scorpius parou o beijo e olhou surpreso recebendo apenas um sorriso.

Albus girou os dois e ficou por cima, abriu as pernas do namorado com o joelho e se encaixou ali, fazendo com que as ereções se pressionassem novamente e ambos ofegaram pela sensação que aquilo trouxe. Albus foi o primeiro a se movimentar e Scorpius o seguiu, a fricção aumentava a excitação dos dois e para Albus ouvir Scorpius gemer daquela forma era uma forma delirante de tortura.

Scorpius sentia os dentes de Albus por seu pescoço puxando levemente sua pele e a língua passando em seguida para aliviar a sensação, isso sozinho já o estaria deixando louco, mas ainda havia seu membro completamente duro em contato com o de Albus, ele não resistiu por muito mais tempo depois de ouvir o moreno dar um longo gemido e sentiu o líquido molhar sua roupa.

Albus saiu de cima dele caindo ao seu lado, as suas respirações estavam ofegantes, seus rostos continham algumas gotas de suor e seus pescoços apresentavam pontos vermelhos. Mas nunca estiveram tão satisfeitos quanto naquele momento.

— Scorp, você pode me ajudar a me sentir melhor sempre que quiser.

Scorpius apenas riu e se virou para beijá-lo mais uma vez.

— Bom saber, Al.

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— Eu não preciso dizer novamente como você está sendo estúpido, não é?

Thomas andava de um lado para o outro, enquanto Arwen desenhava sentada no banco aproveitando o calor.

— Eu fiz tudo o que podia. – Ele disse. – Eu mandei presentes, a enchi de sapos de chocolate, fui mais gentil com ela do que já fui qualquer vez na minha vida e pedi desculpas com todas as palavras que conheço. Mas ela sempre me olha como se eu fosse um inseto impertinente.

Arwen riu.

— Isso é tão Freya.

— Você disse que me ajudaria.

— Não, eu disse que você precisava de ajuda. – Ela o corrigiu. – E que você estava sendo absurdamente idiota.

— Essa parte eu já entendi, Arwen. Obrigado.

— Eu não sei o que quer que eu diga, Tom. – Ela baixou o caderno e levantou a cabeça para olhá-lo.

Ele sentou-se ao lado dela com os ombros caídos.

— Eu só queria... Eu só... Eu sinto tanta raiva, o tempo inteiro. – Ele falou derrotado. – Eu os vejo rindo, felizes e só consigo imaginar minha vida miserável. Cada vez que Freya sorria para mim ou me contava algo de sua família que deveria ser engraçado eu só conseguia ouvir a voz da minha mãe dizendo que eles destruíram toda a minha família, que por culpa deles meu pai morreu. Eu me odiava, pois sabia a raiva que ela sentiria de mim se soubesse que eu tinha vontade de sorrir quando via Freya fazer o mesmo.

— Oh Thomas...

— Eu nunca deveria ter me aproximado, Arwen. Que grande tolo eu fui.

— Não diga isso. – Arwen segurou a mão dele. – Ela é tão boa, Tom. Meio sádica, perversa, mas é muito justa e defende aqueles que ama com fervor. Foi isso que você viu que o atraiu nela, depois a curiosidade de saber o que tinha acontecido para ela ficar tão quieta fez com que se aproximasse e era apenas isso que faltava. Depois que você se aproximou não conseguia mais ficar longe.

— E agora ela me afastou de vez. Talvez seja o melhor para todos que fiquemos assim, não?

Arwen pensou um pouco. Ela queria ter as respostas certas para dar ao garoto, mas não conseguia ver o futuro dele por mais que se esforçasse e isso a preocupava mais do que demonstrava.

— Não posso fazer essa escolha por você, ninguém pode. Quando Freya decidiu se afastar ela fez uma escolha para ela. Foi o melhor que conseguiu daquela situação, teve sorte, poderia ter acabado dentro de uma caixa de fósforos.

Thomas riu, Freya era tão temperamental e explosiva que ainda pensava que podia acabar em uma caixa de fósforos.

— Se você a quer de volta precisa fazer um grande gesto, algo que fique claro que você não vai desistir. Mas se não consegue fazer isso, Tom, talvez seja melhor deixa-la. Não a magoe mais.

Ele tinha dois dias para decidir isso, em dois dias eles iriam embora e sentia que se deixasse Freya partir sem que se resolvesse a perderia. Achava o termo para sempre muito estúpido, acreditava que nada durava por tanto tempo, mas temia que pudesse perder Freya para sempre.

A manhã do embarque ocorreu sem grande problema, havia alguns aurores garantindo a segurança dos alunos e de longe Thomas conseguiu ver Freya com os outros. Eles provavelmente ocupariam uma mesma cabine, como sempre, e aquele com certeza não seria o melhor momento para abordá-la. Se bem que ele nem fazia ideia do que falaria ainda. Pelo menos ainda teria o tempo da viagem para escolher as palavras corretas.

Só desejava que não fosse mandado para o outro lado do planeta depois que fizesse o que estava planejando. Arwen tinha falado que ele deveria fazer um grande gesto, bem, ele tinha uma ideia, a mais estúpida e estapafúrdia ideia que alguém já teve. Abigail e Trevor jogavam Snap Explosivo, ele até tentou, mas sempre perdia, então os deixou lá e ficou apenas observando.

Sentiu seu estômago afundar assim que viu o início da plataforma. Pensava em desistir, aquilo era uma total insanidade, nunca daria certo, ainda poderia levar uma azaração de um dos Zabines só pela audácia de estar perto de uma das suas meninas.

Pegou o malão e saiu antes que a multidão de sempre se aglomerasse pelo corredor. Seu coração batia desenfreado, ele ainda podia desistir, era só dar as costas ao trem e a Freya. Eles nunca mais precisariam se falar, ela nunca mais olharia para ele. Eles estariam longe um do outro para sempre.

— Thomas, meu amor. – Foi tomado pelos braços quentes da mãe. – Estava esperando você do outro lado.

— Mãe, estava com saudade. – Ele levantou o rosto e foi agraciado pelo sorriso satisfeito da mulher.

— Oh meu pequeno tesouro, eu também estava. Vamos?

— Espera! – Ele segurou a mão dela quando ela pegou o malão. – Tem uma pessoa que quero lhe apresentar.

— Pessoa? – Louise estava surpresa, as únicas pessoas que já tinha conhecido da escola eram Abigail, Trevor e Arwen e mal os conhecia de fato.

— Sim, só espere. – Ele olhava ao redor e a primeira a aparecer foi Rose. Era fácil destaca-la na multidão com aqueles vibrantes cabelos vermelhos. Um por um eles foram saindo até que a viu. – Por favor, mãe, ela é importante. Por favor.

Louise não estava entendendo nada, mas o seguiu mesmo assim. Ele a guiou até um grupo de crianças e viu como ela ficou tensa quando percebeu os adultos que a acompanhavam.

— Thomas, o que...

— Por favor...

O primeiro a nota-lo foi Albus, que bateu no ombro de Rose que se virou alarmada já esperando o pior e isso chamou a atenção de todos os outros.

— Isso vai ser interessante. – Albus falou sorrindo.

Thomas estava tão envergonhado que beirava ao ridículo, mas parecia determinado e por isso ninguém falou nada até ele firmar seus pés na frente de Freya.

— É... Mãe essa é Freya Zabine, Freya essa é minha mãe, Louise. – Ele disse como tinha treinado mentalmente durante toda a viagem.

As duas se olharam e ficaram se avaliando. Louise não sorria mais, sua postura era clara que ela não queria estar ali.

— É um prazer, sra. Agnelli. – Freya falou, mas não estendeu a mão. Não sabia se ela a apertaria e não queria coloca-las naquela situação.

— Bem... É uma surpresa conhece-la, srta. Zabine. – Ela votou por ser a mais sincera possível sem ser indelicada, Thomas tinha dito que a menina era importante.

Depois o garoto falou o nome de todos os outros, os apontando. Todos repetiram o que Freya falou e só Amélia tomou a frente e estendeu a mão para a mulher.

— A senhora é mais bonita do que Tom descreveu. – Ela exibia um sorriso brilhante.

— Ah, você é a garota da Corvinal. Thomas disse que é muito inteligente. – Louise se permitiu dar um pequeno sorriso.

— Foi bondade dele.

— Mãe, esses são meus... É...

— Amigos, é a palavra que ele está procurando. – Scorpius falou e piscou para o outro.

— Isso, amigos.

— Interessante. – Ela não olhava para os adultos, aquilo seria um pouco além do que suportaria. – Nós temos que ir, querido.

— Claro.

A mulher deu as costas sem se despedir de ninguém e Thomas não sabia o que fazer naquela situação. Ainda estava parado na frente de Freya e a olhava esperando que ela falasse alguma coisa.

— É isso, essa é minha última jogada. – Ele colocou as mãos nos bolsos. – Provavelmente vou ser preso no meu quarto pelo resto da vida, então você pode me escrever se quiser.

Seu último movimento do dia foi dar um passo e beijar o rosto muito surpreso dela. Thomas parou apenas com alguns centímetros de distância.

— Eu vou. – Ela falou baixo e isso arrancou um sorriso dele.

Ele queria abraça-la, apertá-la forte e sentir seu perfume. Mas não se sentia tão confiante, então assentiu e voltou para junto da mãe para sair da plataforma.


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