O Legado escrita por Luna


Capítulo 59
Capítulo 59




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“O mundo estava entrando em colapso, e a única coisa que realmente importava para mim era que ela estava viva.”

Percy Jackson e os Olimpianos

 

Eles não sabem em que momento seu tranquilo passeio se transformou em um pandemônio de gritos e feitiços. Tudo corria tranquilamente, Amélia e Freya entraram na Loja de Penas Escribas, Tim resolveu que iria rapidamente à livraria, enquanto Anthony iria a loja de animais buscar um tônico para sua coruja. Eles se encontrariam em alguns minutos em frente à Gemialidades Weasley.

Amélia não estava acostumada a ter tantos galeões de uma vez, sua bolsinha estava repleta das moedas de ouro. Ela ainda não se sentia bem em gastar o dinheiro dos Zabine, em outro momento ela teria que escolher entre as lindas penas de faisão, mas agora ela poderia simplesmente comprar as três, o que para alguns seria um alívio para ela era mais um formigamento no cérebro.

Freya estava no andar superior tomando chá com Rosemary, a atendente simpática que estava na loja nesse dia. O pai de Rose explicava as qualidades de cada pena com paciência para Amélia, ela estava quase desistindo e levando a pena azul apenas por tê-la achado mais bonita que as demais quando começou a escutar os barulhos do lado de fora.

Ela tentou ver pelo vidro, mas a neve fazia com que ele ficasse embaçado, se tornando quase impossível ver qualquer coisa que acontecia do lado de fora. Ela estava quase chegado à porta quando foi parada pelo grito de Freya, a sonserina descia as escadas correndo sendo acompanhada de perto por Rosemary, que tinha os olhos arregalados e feições assustadas.

— O que? – Amélia perguntou sem entender a reação.

— Se afaste da porta. – Freya puxou a irmã e a levou para os fundos da loja, Rose fazendo a mesma coisa com o pai.

— Freya, o que aconteceu?

— Tem pessoas do lado de fora, bruxos com capas e máscaras.

— O que? – Amélia reprimiu o grito.

— Eles estão atacando as pessoas. – Rose falou com a voz tremida. – Nós vimos lá de cima.

Albert, pai de Rosemary puxou a varinha do bolso do casaco e a ergueu pronto para selar sua loja quando teve o movimento parado por Amélia.

— Não podemos ficar aqui, Anthony e Tim estão lá fora.

Freya respirava rápido, sua mente indo a todas as possíveis direções que elas poderiam tomar. Pegou seu colar rapidamente e escreveu uma curta mensagem: Ataque. Loja Penas Escribas. Seguro.

— Freya, não podemos deixá-los lá fora.

Freya sentia como se estivesse entrando em um lago congelado, sentia seu coração batendo furiosamente e suas mãos tremiam. A sonserina entendia o sentimento que dominava Amélia, ela conhecia Timothy desde que os dois eram crianças de colo, amava Anthony com todo o seu ser, mas Amélia era sua irmã também e a amava tão forte quando a Anthony, não poderia coloca-la em um perigo assim. Como poderia explicar a menina o quanto temia que ela se machucasse ali por ser uma mestiça?

— Você fica aqui, eu vou tentar encontra-los.

— O que? – Amélia se colocou no caminho dela. – Você perdeu completamente a razão se acha que irá lá fora sozinha.

— Amy, todos os ataques até agora foram contra trouxas e nascidos trouxas. Eu sou um sangue puro, sou uma Zabine...

— Eu também! – Amélia falou mais alto. – Eu sou uma Zabine, eu sou. Por isso nós vamos atrás do nosso irmão e Tim, depois vamos procurar os outros e achar um lugar seguro.

Elas saíram pela porta dos fundos com os protestos de Albert, mas o homem não conseguiu convencê-las. As pessoas mascaradas atacavam as lojas, havia alguns duelando contra pessoas do vilarejo, provavelmente donos das lojas ou moradores, já havia corpos nas ruas, o que fez Amélia chorar.

— Não há Aurores aqui. Como não percebemos isso? – Freya sussurrou.

Elas iam contornando as casas, tentando chegar até à loja de animais sem serem vistas, o que funcionou até metade do caminho. Então elas escutaram o som que as aterrorizariam dali em diante.

— Ela está ali!

Um bruxo apontava na direção das duas, mas Amélia sentia que ele olhava para ela. Não demorou até pegar a mão de Freya e puxá-la para longe, tomando distância do homem e consequentemente de Anthony. Freya lançava feitiços sem precisão que eram rebatidos ou desviados, ela começou a jogar as latas de lixo nos dois que as seguiam, os fazendo cair.

Foram parar atrás de uma casa, estava agora em uma área residencial. Esbaforidas, cansadas, tremendo da cabeça aos pés e sem terem a menor noção do que fariam a seguir.

Anthony estava em frente à Gemialidades quando viu aquelas pessoas andando pela rua principal do vilarejo, se seus rostos escondidos por máscaras não fosse suspeito suficiente eles estarem empunhando varinhas seria. Sua mão se moveu para sua varinha de forma quase inconsciente e ele foi dando passos para trás quando mãos fortes o puxaram para dentro.

Jorge Weasley o olhava sério, sua esposa estava com a varinha em mão também. Não havia mais a música irritante que tocava constantemente, no lugar só se ouvia os burburinhos dos alunos e em seguida os feitiços sendo lançados nas casas e lojas.

— Mas que...?

— Houve um ataque em Londres há alguns minutos. – Angelina o explicava rápido. – E então Zacharias viu um deles agora a pouco.

— Ange, fique aqui e proteja os alunos. – Jorge avançou para a saída quando teve seu braço segurado.

— Você perdeu a cabeça se acha que vai até lá sozinho.

Eles continuaram discutindo por mais alguns segundo quando ambos se viraram para Anthony que já estava alcançando a fechadura.

— Minhas irmãs estão lá fora. – Ele se soltou das mãos de Jorge. – Eu tenho que...

As mãos dele foi em direção ao colar, ele o pegou e leu a mensagem.

— Elas ainda estão na loja de penas, eu tenho que...

— Então elas estão seguras. – Angelina parecia confiante.

— Não, você não conhece Amy. Ela não ficará lá dentro sabendo que estamos aqui fora. – Sua voz foi morrendo. – Albus, Rose e Scorpius iam para a casa dos gritos. Eles estão desprotegidos.

Ele viu a cor fugir do rosto de Jorge quando soube do perigo que seus sobrinhos corriam. Ele olhou alarmado para Angelina e mais uma vez se lamentou por não conseguir produzir um patrono.

— Expecto Patronum. – Angelina agitou a varinha e um cisne apareceu com as asas abertas como se esperasse um comando. – Albus, Scorpius e Rose estão na Casa dos Gritos, mandem reforços.

O ataque parecia ter chegado até eles, os vidros se quebraram com os primeiros feitiços lançados.

— Vocês vão comigo ou eu vou sozinho. – Anthony falou. – Sou maior de idade, não podem me forçar a ficar aqui.

Alguns donos de loja já estavam do lado de fora duelando, alguns moradores pareciam ter vindo também. Anthony se afastou do casal indo em direção à loja quando foi surpreendido por Timothy. Ele pegou o menino pelo braço e o levou para a primeira loja que encontrou, Dervixes e Bangue.

— Fique aqui e não saia até alguém confiável vir busca-lo. – Já havia alguns alunos lá dentro espremidos atrás do balcão, ele viu um senhor segurando uma varinha e com olhar assustado. – Conhece algum feitiço de proteção? Ótimo, sele sua loja e não deixe nenhum aluno sair.

— Anthony? – Tim tinha um olhar duro.

— Eu vou encontra-las, Timothy. Eles já sabem que Albus e os outros estão em perigo, a ajuda já deve ter sido enviada. Rose está bem. – Ele viu como a frase soava falsa. – Ela deve estar bem. Fique seguro.

Ele saiu e sentiu o feitiço protegendo a loja atrás de si. Não sabia que direção tomar, tudo estava uma confusão.

— Ela está ali.

Ele ouviu um bruxo gritar a apenas alguns metros dele e olhou a direção em que ele apontava. Seu coração falhou uma batida quando percebeu para quem ele apontava, viu quando Amélia pegou a mão de Freya e a puxou para de trás de uma casa, o bruxo e mais um saíram correndo atrás delas e ele teria avançado se não tivesse que se desviar de um feitiço.

— Ora ora, se não é o filhotinho assustado dos Zabine. – A voz saia abafada pela máscara.

— Por que não tira essa máscara para podermos deixar a brincadeira mais divertida.

— Vamos ver se vai continuar tão feliz quando trouxermos o corpo da sua irmãzinha sangue ruim.

O bruxo não percebeu seu erro até ser atingindo por um feitiço que o jogou a metros de distância, felizmente para ele a neve tinha se acumulado ou ele teria alguns ossos quebrados, mas nem por isso ele foi capaz de se levantar novamente.

Eles estão atrás de Amélia. O pensamento se fez tão rápido quanto as pernas de Anthony conseguiram correr na direção que viu as irmãs tomarem. Encontrou os dois bruxos que tinham corrida atrás das meninas, ambos estavam sujo de neve e terra, pelas latas caídas no chão acreditava que uma das duas poderia ter causado aquilo. Eles pareciam analisar a situação, não sabiam se deveriam chamar mais alguém ou se continuavam procurando, mas qualquer escolha foi deixada de lado quando seus corpos caíram no chão petrificados. Anthony ainda deu um chute dos dois ao passar, mas seu momento de vitória foi esquecido quando viu labaredas subirem ao céu e um raio vermelho e lembrou-se do que Eveline tinha dito tanto tempo atrás: quando o céu se tornar vermelho siga a chama, siga a voz e as encontre.

Até o momento ele manteve seu medo dominado, sua mente ainda pensava racionalmente, ele agia seguindo a razão, mas tudo se perdeu quando escutou o grito de dor de Freya. Ele já tinha ouvido algo assim, muitos anos antes, quando Sophia a tinha prendido em um baú, a menina passou vários minutos gritando e implorando para ser libertada. Foi a primeira vez que ele percebeu o quão terrível sua avó era.

A pessoa avançava na direção das duas com passos lentos, como se fosse um animal encurralando sua presa. Freya tinha o rosto molhado pelas lágrimas, se levantava com dificuldade e Amélia tinha a varinha estendida pronta para atacar, mas não foi necessário. Anthony avançou chamando atenção para si e antes que ela pudesse proferir o feitiço ele a tinha desarmado e Amélia a petrificou.

Ele correu para as meninas e abraçou as duas. Amélia chorou aliviada e Freya limpava as lágrimas.

— O que aconteceu? – Ele perguntou para a sonserina, a menina tremia.

— Cruciatus. – Amélia respondeu pela irmã. – Era para mim, mas Freya entrou no meio.

— É terrível, Anthony. Parecia que meus ossos estavam em chamas, eu só queria que aquilo acabasse.

Ela tinha voltado a chorar.

— Está tudo bem. – Ele tentou consolá-la, mesmo que sentisse tudo queimar por dentro. – Você está bem, estamos bem.

— Timothy. – Amélia lembrou.

— Está seguro, eu disse aos Weasley onde os outros estavam, alguém já deve estar com eles. Nós temos que sair daqui.

Ele nunca tinha feito aparatação acompanhada, mas não havia qualquer opção no momento. Não poderia voltar para a rua principal, não sabiam quantos bruxos ainda restavam e ele ainda lembrava-se do som do homem ao ver Amélia. Por isso ele respirou fundo e se concentrou os tirando de Hogsmead no segundo seguinte.

Scorpius olhava para o quadro a sua frente fixamente, ele repassava todo o seu dia imaginando o que poderia ter feito de diferente, se tivessem ouvido Albus e Rose estariam no Castelo, teriam ficado assustados quando soubessem do ataque, mas Albus não estaria inconsciente agora e Rose não estaria tendo uma crise nervosa.

Ele sentiu quando seus pés afundaram na neve, algo que Arwen tinha falado retornou a sua mente, ela lhe falou da neve e do frio, disse que seus pés afundavam e que sentia seus dedos ficarem dormentes. Era como se ele tivesse pressentindo o perigo desde o início, mas não conseguisse dar nome a ele. Se tivesse percebido a falta dos Aurores mais cedo eles teriam notado que tinha algo estranho acontecendo.

Ele via as pessoas entrando e saindo, falando coisas rápidas e voltando para o Ministério, para Londres ou Hogsmead. Em algum momento ouviu que Timothy estava de volta à escola junto com outros alunos, mas que ainda havia algumas pessoas no vilarejo. Ainda não sabiam do paradeiro dos Zabine, só que Anthony esteve por um breve momento com Jorge e Angelina.

Trevor tinha apenas os deixado ali, teve seu sangue estancado e voltou para Hogsmead para ajudar. Ainda poderia sentir o abraço apertado que Astória lhe deu quando o viu, os olhos dela brilhavam pelas lágrimas, ainda conseguia escutar o gemido de dor de Albus quando Gina fez o mesmo.

Ele ficou ao lado do menino por algum tempo enquanto Gabriela Sanchez o examinava, ela tinha um pouco de sangue nas vestes claras o que significava que Albus não era o primeiro a passar por suas mãos.

— Você baixou a varinha muito rápido. – Scorpius tentou fazer soar como não sendo uma acusação. – O que aquilo significa de qualquer forma?

— Ele é um dos... – Falar parecia difícil para ele. – Aurores responsáveis pela segurança da Lily.

Scorpius compreendeu então.

— Todos vocês tem umas frases de significado assim? – Ele viu o outro assentir. – Qual a sua?

— Isso, meu caro Scorpius, é uma questão de segurança, apenas nós e os respectivos aurores sabem. – Gina entrou no quarto. – Não queremos que essa informação caia em mãos indesejadas.

— Scorp nunca... – Ele tentou falar, mas sentiu uma dor profunda.

— Tente não falar agora, sr. Potter. – Gabriela pediu. – Estou vendo se temos que levá-lo ao hospital ou se posso consertar suas costelas aqui.

— Hospital não é uma opção, srta. Sanchez. É uma área de aparatação livre, não temos como mandar reforços para o hospital e com o ataque estará lotado.

— Mas senhora...

— Meu filho não irá a um hospital sem segurança. Faça seu trabalho ou encontre alguém que faça.

Ela saiu da sala batendo a porta, deixando a medibruxa atônita.

— Desculpe por isso, minha mãe se exalta quando se trata de segurança, entende?

Ela apenas fez um movimento com a mão, como se não importasse nenhum pouco com a falta de delicadeza de Gina.

— Eu vou tentar consertá-las agora, certo? Vai sentir muita dor por um momento, mas depois vai diminuir.

— Você tem certeza do que está fazendo? – Scorpius perguntou.

Ele viu a mulher engolir em seco.

— Eu sou nova, seria melhor ir ao hospital, me preocupa a dificuldade de respirar. Os pulmões podem ter sido comprometidos com toda a agitação depois da queda, ele diz que bateu a cabeça também, precisaríamos de exames mais detalhados.

— Está t-tudo bem, srta. Sanchez. – Albus falava com a respiração pesada. – Apenas faça seu melhor.

— Mantenha em mente que será trucidada por uma furiosa Gina Weasley se fizer algo errado. – Scorpius achou por bem lembra-la disso.

Ele teve seus dedos esmagados e Albus não conseguiu segurar o grito de dor, mas tudo correu bem, na medida do possível. Ele respirava melhor, mesmo que ainda sentisse dor no peito. Gabriela achou melhor coloca-lo para dormir, visto que o garoto se agitou bastante quando descobriu que os Zabines ainda não tinham sido localizados.

O que levou Scorpius a sentar no sofá e ficar encarando a paisagem a sua frente na última hora. Ele já tinha visto várias pessoas entrando, sua atenção só foi tomada quando Harry irrompeu pela porta dando instruções a um grupo de aurores que o acompanhava, ele parou por alguns segundo quando o viu, mas voltou a caminhar em seguida. Ele não viu mais Gina desde a hora que ela foi ver se Gabriela tinha conseguido fazer algo pelo filho, se perguntou o que mais poderia estar retendo a atenção da ruiva que a manteve longe de Albus. Ele também não tinha visto Hermione ou Ron, Rose estava sendo consolada por Fleur e Victorie.

Sua atenção foi tomada outra vez quando uma figura conhecida surgiu ao seu lado.

— Então você foi pego no meio dessa confusão? – Molly perguntou.

O cabelo dela estava bem mais longo do que ele lembrava e ela o prendia com um rabo de cavalo alto, ainda possuía os mesmo óculos e as sardas no nariz. O olhar inteligente e a sombra se um sorriso zombeteiro ainda poderia ser notado em seu rosto. Seus olhos pareciam perscrutá-lo em busca de algo.

— Pode-se dizer que sim. – Disse ele apenas. – Onde estão todos?

Se alguém poderia lhe dar respostas era Molly, sabia que ninguém mais ali se preocuparia em mantê-lo informado.

— Em perseguição. Um grupo de atacantes está sendo seguindo enquanto falamos, alguns foram capturados e estão sendo interrogados.

— Nenhuma informação onde estão Anthony, Freya e Amy?

— Não, mas isso não é ruim. Eles podem estar em segurança e não terem como se comunicar. Sei que Anthony ainda não aprendeu a enviar mensagens por patrono e usar corujas pode ser arriscado.

— Nós temos colares. – Scorpius explicou rapidamente a função deles.

— Eles podem não saber se vocês estão seguros, usar o colar pode ser um muito arriscado. Quem souber manusear artefatos mágicos podem seguir a magia e encontra-los.

Uma movimentação foi percebida e vários aurores saíram de uma das salas, Scorpius achava que era onde aconteciam as reuniões. Gina apareceu segundos depois.

— Eles foram encontrados. Anthony aparatou com as meninas para um chalé que pertenceu a família de Mary. Blaise conseguiu encontra-los agora a pouco.

— Eles estão bem? – Scorpius poderia dizer que algo tinha acontecido.

— Sim, os aurores irão trazê-los para cá. – Gina tentou sorrir.

— Sra. Potter...

— Está tudo bem, Scorpius. Seus amigos estão seguros por ora.

Ela não deu mais chance para ele fazer perguntas voltando para a sala que esteve por todo aquele tempo.

— Você também notou? – Ele perguntou para a mulher ao seu lado.

— Eles não estão seguros. – Molly falou baixo evitando que outras pessoas que andavam pela casa escutassem.

Ele queria ir para a Mansão ou voltar para a escola, se esconder no dormitório de preferência com Albus. Sabendo que Freya estaria no Salão Comunal, Amélia estaria com James pelos jardins, Tim e Rose estariam na biblioteca se escondendo do mundo na última seção. Todos estariam bem, eles estariam seguros. Queria deitar sua cabeça no colo de Astória e ouvi-la cantando em francês até fazê-lo dormir. Ele queria... Queria não sentir o aperto em seu coração e não ter que segurar as lágrimas por ter visto a dor que Albus estava sentido, o medo estampado no rosto de Rose e agora pelo alívio de saber que os outros estavam seguros.

Uma mão invisível esmagou seu coração quando viu Eveline Clarke entrando na casa, ela correu os olhos até encontrar os dele. Seu olhar, duro, gélido, cortante, o fez perceber que o pesadelo que eles entraram naquela manhã ainda não tinha acabado. Ela se virou para fazer com uma mulher que ele não sabia o nome.

— Chame todos, eu vi algo. Chame-os agora.


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