O Legado escrita por Luna


Capítulo 51
Capítulo 51


Notas iniciais do capítulo

Quero agradecer à Daianny e a Lena pelos comentários e um agradecimento muito, muito especial à Lena pela linda recomendação. Você alegrou meu dia de uma forma inexplicável.
Mil beijos!!
Espero que gostem e me digam o que acharam.



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“O que alguns chamam de maldade, acredito que seja uma reação apropriada a um mundo cruel e injusto.”

Os Originais

A construção era majestosa, um pequeno castelo que ficava em um dos cantos mais afastados da Escócia. O ar parecia impregnado de magia, até um trouxa poderia sentir o quão especial o lugar era. Sua proteção era antiga, datava de séculos, um presente de um bruxo a antiga dona, diziam as lendas que aquele castelo em particular era a moradia preferida de Mary Stuart, o bruxo em questão se apaixonou pela Rainha dos Escoceses e protegeu seu lar. Depois o castelo foi vendido e séculos depois dado de presente à Sophia Zabine por seu terceiro marido.

Embora a magia ancestral da casa não fosse tão forte havia algo mais lá, algo mais antigo. Uma magia que parecia ter sido incrustada em casa pedra do lugar que já fora belo e agradável, as flores nasciam por todos os lados dando uma bela visão não importando em que direção se olhasse, o mar ao fundo dava a sensação de paz ao lugar.

Mas não era mais assim. O castelo agora era sombrio e assustador, o barulho do mar em conjunto com a perversão que assolava a casa fazia com que os pelos do braço de Adria se arrepiassem sempre que ela ia até lá. Ela sempre sentia como se estivesse sendo observada, tentava enviar para longe a sensação de perseguição, sabia que isso era fruto de sua imaginação.

Ela empurrou a pesada porta e adentrou na sala achando o que tinha lhe trazido até lá, a mulher estava dormindo, seu semblante aparentava a paz dos inocentes, sabia que ela não portaria essa expressão se soubesse onde estava e com quem estava. Temia pelo destino dela e de sua filha, desejava no fundo de sua alma que houvesse outra forma deles conseguirem o que tanto almejavam, mas sabia que somente por caminhos obscuros conseguiram atingir seus objetivos.

Não se virou quando a porta foi aberta as suas costas, controlou-se para manter sua expressão serena, seu coração, no entanto, batia desenfreadamente.

— Não sabia que você viria hoje. Fui informada de sua chegada pelos elfos.

Sophia não parecia satisfeita em não ter sido comunicada da visita inesperada de Adria.

Ela olhou para a sua anfitriã e esboçou o melhor sorriso que conseguiu.

— Ora, Soph, não pensei que fosse necessário tantas formalidades. – Ela se virou para o homem que entrara com Sophia. – Vitorin, é um prazer revê-lo.

Ele se curvou em cumprimento e beijou a mão que ela estendia, depois de dirigir um olhar enojado para Elisa ele se retirou do aposento.

— Vai me dizer o que veio fazer aqui? – Sophia se colocou com as mãos nas costas, como se esperasse que uma criança relatasse todas as suas travessuras.

Adria se aproximou de Eliza, tocou-lhe o rosto gentilmente e ajeitou seus cabelos de modo a ficarem alinhados.

— Soube que Eliza Hall tinha desaparecido e vim ver se você era a responsável por essa insensatez.

Adria apenas ouviu o sorriso debochado de Sophia, já tinha ouvido aquele som vezes demais e sabia exatamente que expressão enfeitava o rosto da mulher.

— Insensatez você chama? Eu chamo de um plano bem elaborado que deu bons resultados. A imunda está aqui agora sob meu poder, eu poderia mata-la agora.

Sophia tinha um brilho em seus olhos e olhava com calma para o corpo adormecido de Eliza. A mulher já tinha passado a muito da barreira normal de crueldade, ela não se importava mais com coisas banais como matar alguém indefeso.

— É isso que fará? E depois? Esconderá o corpo ou o jogará as portas da Mansão Zabine? Harry Potter tomou como tarefa pessoal proteger Eliza Hall e a criança, acha que ele deixará essa afronta de lado? Há essa hora os melhores aurores devem estar rodando o país. Quanto tempo acha que vai demorar até eles encontrarem esse lugar, encontrarem você?

Sophia a olhou com desdém.

— E o que ele fará?

— Harry Potter não é mais aquela criança que enfrentou os comensais da morte em Hogwarts, Sophia. Eu a avisei, a alertei quando você teve aquela ideia absurda de mata-lo. Você, Sebastian, Vitorin, todos vocês ainda o veem como a criança assustada que fugia do Lorde, que se escondia atrás da proteção de Albus Dumbledore. – Adria puxou o braço de Sophia quando viu que ela não lhe dava atenção. – Harry Potter não deve ser ignorado.

— Eu não o estou ignorando. – Sophia puxou o braço com força e se afastou.

— Mesmo? Então o que ela faz aqui?

A pergunta foi retórica, Adria sabia que não teria uma resposta.

— Eu a vi, Amélia. – Adria continuou. – Parece ser uma jovem encantadora, tem uma beleza singular e olhos parecidos com os seus.

— Cuidado com o que fala, Adria. – Sophia a olhava com fúria e falou com os dentes serrados. – Aquela mestiça imunda não tem nada de mim.

— O que acha que o pequeno Blaise vai fazer quando seus planos sobre a mãe e a garota se concretizarem? – Adria pegou um cobertor no armário e estendeu sobre Eliza. – Ele lhe deu um aviso quando você ameaçou Antonhy e apenas a magia da casa lhe protegeu do ataque dele quando ele viu que você tinha prendido Freya no baú. O que acha que ele fará se você matar uma de suas filhas?

— Quando. – Sophia a corrigiu sorrindo. – Quando eu matar. É só uma questão de tempo e dos meus planos se alinharem. Seu tom me julga, Adria querida, mas me lembro bem o quão furiosa você ficou quando sua preciosa Josephine se apaixonou pelo trouxa, ele morreu misteriosamente se me recordo.

Adria olhou para o chão, memórias assolavam sua consciência, uma dor profunda enchia seu peito.

— Eu pedi Josephine naquele dia, hoje penso que ela poderia ter tido filhos, eles poderiam estar em Hogwarts hoje, podiam ser amigos dos seus netos.

— E seriam mestiços, bruxos impuros, provavelmente lufanos desprezíveis.

— Mas Jo estaria viva. – Adria deu um sorriso triste.

Sophia estreitou os olhos na direção dela.

— Não, Soph, eu não abandonarei nossa causa. Ainda quero um mundo onde os bruxos não precisem se esconder, um mundo onde nós seremos os privilegiados.

— E nós conseguiremos isso. Acabaremos com todos eles.

Adria soltou um suspiro exasperado.

— Não. Nenhum de vocês nunca aprenderá, nós perderemos uma vez e mais outra por causa de pensamentos assim. Grindewald, Voldemort, bruxos antes deles, todos fracassarão por não aprender com os erros do passado. Eles estão em maior número, nós nunca o venceremos se apenas pensarmos em matar a todos.

— Você se tornou uma fraca, Adria. – Sophia cuspiu as palavras.

— Sou uma historiadora, Sophia, ler sobre o passado, aprender com ele é o faz homens ganharem guerras.

— Eu não sou um homem. Não sou Grindewald ou o Lorde das Trevas, todos os meus passos são calculados, todas as minhas ações são pensadas e repensadas. – Sophia estava orgulhosa.

— Pense no que fará, Soph. – Adria a alertou. – Ouça a voz de quem sabe do que está falando. Ganhar uma guerra não é a mesma coisa se você chega a linha de chegada sozinha. Blaise é seu único filho, ele lhe deu dois netos puros e uma linda garota mestiça. Ela é da corvinal, sabia? Deve ser esplendorosamente inteligente. A menina não tem culpa da falha de Blaise, você ameaçou Eliza e ela foi embora, sumiu por décadas...

— Deveria ter sumido por toda a vida. – Sophia a cortou. A chama de ódio voltou aos seus olhos.

— Se você fizer qualquer mal a qualquer uma delas Blaise irá caça-la e mata-la.

Sophia gargalhou.

— Ele nunca faria tal coisa. – Ela manteve um sorriso forçado, mas nos fundos dos seus olhos poderia ser visto a dúvida.

Adria respirou resignada. Foi até lá pronta para tentar fazer Sophia mudar sua visão do que era realmente importante.

— Não espere que eu acabe em Azkaban por seus erros, Sophia. Já estou muito velha para ter que dormir em um chão de pedra e aquele ar pútrido acabaria com meus pulmões.

— Não ouse me trair, Adria. – Sophia a alertou dando passagem para ela. – Você não viveria muito para ver Azkaban.

As duas sorriram, trocaram beijos na face e caminharam para fora do aposento, como se a ameaça de ambas não pairasse no ar.

***

— Olha só você. – Scorpius sorriu e se aproximou da grade.

O vento frio entrava na torre de astronomia, fazendo com que Scorpius tivesse que puxar o cachecol para proteger o rosto.

— O melhor de ter Aurores pelo Castelo é que eles sabem da localização de todos vocês. – Ele se sentou ao lado de Albus. – Amélia e James estão na sala de treinamento, Freya está escondida no Salão Comunal, Tim e Rose estão nas estufas, fazendo o que eu não faço a menor ideia, pequena Potter foi arrastada pelo Nicholas para a biblioteca. E você está congelando na Torre de Astronomia.

Scorpius bateu no ombro de Albus, o empurrando levemente. Já fazia dias que o moreno estava fechado, sempre pensativo como se não conseguisse sair de sua própria mente.

— Al? – Scorpius o chamou preocupado.

Albus o encarou, ele adorava Scorpius no frio, a vermelhidão em suas bochechas o deixava com um ar angelical, seus olhos pareciam brilhar mais intensamente e ele o procurava constantemente para esquentá-lo, olhar para o garoto sempre aquecia seu coração.

— Scorpius Malfoy. – Albus saboreou o nome. Conseguiu dar um sorriso, algo difícil naqueles dias. – Você é a criatura mais bela que eu já tive o prazer de conhecer.

Scorpius o olhou desconfiado e minimamente constrangido.

— Não pense que vai conseguir qualquer coisa de mim com elogios, Potter.

Albus sorriu mais amplamente e o empurrou caindo por cima do loiro. Scorpius reclamou do piso frio, que Albus estava sendo um tolo e que eles deveriam voltar para o calor do Salão Comunal, mas qualquer reclamação foi perdida quando Albus o beijou.

Havia algo de ruim que o frio trazia, Scorpius vestia tantas camadas de roupa que era difícil sentir seu corpo. Um calor subia pelo corpo dos dois, o beijo se tornou mais urgente, mas infelizmente respirar ainda é necessário, por isso eles pararam, mas não se afastaram.

— Sabe o que eu queria? – Albus não esperou que o loiro respondesse. – Estar em Hogsmead bebendo cerveja amanteigada, sorrindo de alguma história, falando mal das pessoas idiotas da escola, fazendo uma disputa de quem consegue comer a maior quantidade de doces em menos tempo. Queria voltar no tempo em que nossas únicas preocupações eram os idiotas que nos importunavam.

— Eu queria receber uma carta de casa, onde meus pais falariam sobre a Adhara, mamãe perguntaria como eu estou e falaria sobre uma nova criação. Papai tomaria a carta dela para falar sobre algo do seu dia que achou que eu gostaria de saber, algo engraçado, apenas porque ele sente minha falta e me queria ao lado dele. – Scorpius suspirou. – Agora são apenas preocupações, pedidos para tomarmos cuidado, brigas por termos entrado na Floresta ou porque voamos sozinhos.

— Nós poderíamos fazer um piquenique a meia noite as margens do lago negro, esperaríamos todos dormir e sairíamos do Castelo. Ninguém nunca saberia. – Albus sorria conspiratório.

— E então ganharíamos uma passagem só de ida para casa, com tutores particulares sem nunca ver nada além do jardim. – Scorpius passou a mão no rosto dele, desenhando os contornou. Jogou seu peso por cima de Albus, ficando completamente por cima dele agora. Colocou seu peso em seus braços para que não o sufocasse.

— Você sabe como acabar com planos.

Albus o puxou pelo suéter e seus lábios se encontraram novamente. Eles quase podiam esquecer os problemas a volta estando juntos, não havia levantes, nem desaparecimentos, ou pais histéricos por proteção. Os Aurores eram esquecidos, inclusive os dois parados no final na escada que levava a torre.

Eles se separaram e se sentaram quando ouviram os passos apressados na escada. Arthur recobrou a compostura quando viu os dois pares de olhos o encarando. Arthur estava próximo de Albus há muitos anos, mesmo sendo um dos melhores aurores do quartel nunca deixou de estar atento as movimentações dos Potter, ele poderia estar em outros setores, mas preferiu ficar, só saindo em outras missões quando requisitado por algum superior.

Em todos aqueles anos Albus só o vira sorrir três vezes. A primeira foi quando ele foi até a Floresta Proibida, havia um orgulho no sorriso dele, como se o fato de Albus conseguir pegá-lo o fizesse bem de alguma forma. As outras vezes Arthur estava com Lily, ele entendia, era muito difícil alguém ser imune aos encantos da ruiva Potter.

 – Eliza Hall apareceu. – Arthur soltou, os meninos se levantaram rápido. – Ela estava confusa, mas está bem. Já está em segurança.

Arthur assegurou, mas não conseguiu impedi-los de correr em direção as escadas. Ainda pensou em recrimina-los, mas sabia que não seria ouvido, a única coisa que lhe restava era voltar para sua protegida.

***

Todos estavam lá, eles se aproximaram esbaforidos.

— É verdade? – Albus perguntou com urgência.

James concordou com a cabeça e sorria feliz, Rose ao seu lado estava tão animada quanto, Tim também sorria, mas com menos entusiasmo, Lily chegou pouco tempo depois puxando Nicholas, ela perguntou a mesma coisa de Albus e quando responderam ela ergueu sua mão no alto e bateu na de James.

O sorriso de Albus foi diminuindo, ele olhou para Scorpius e viu o quanto ele estava desconfiado. Ben e Acácia estavam com eles, por sorte o Castelo estava mais vazio já que era dia de visita ao povoado. Eles chegaram a conclusão que se muitos aurores ficassem juntos quando eles fossem se encontrar iria chamar muita atenção. Por isso decidiriam que ficaria dois ou três aurores por perto, para o caso de acontecer alguma coisa.

— Como ela está? – Albus perguntou a Acácia, Ben ainda era muito restritivo quanto a responder as perguntas que eles faziam.

— Bem, sem machucados. – A auror deu um sorriso que deveria ter tido a intenção de acalma-los.

— Nenhum machucado? – Nicholas perguntou de longe.

Scorpius se virou para o corvinal e depois para a auror esperando a resposta. Ele estava feliz, lógico que estava. Seu coração se apertava sempre que via Amélia e seus olhos lacrimosos, a cada dia ela parecia perder um pouco da esperança de outrora, agora imaginava o quanto ela deveria estar feliz. Mas havia uma pequena parte da sua consciência que não conseguia encaixar todos aqueles fatos, algo não estava certo.

Acácia olhou para Ben em busca de ajuda, mas o outro deu de ombros sem saber como se sair daquela situação. Felizmente, ou infelizmente para eles naquele momento, aqueles meninos eram muito espertos.

— Ela está bem. – Ela voltou a repetir.

— Como ela pode estar bem? Como ela voltou? – Scorpius perguntou. – Um auror foi encontrado morto e com sinais de ter usando magia de defesa, ela desapareceu durante dias, como ela pode ter retornado agora e estar bem?

— Nós não sabemos. – Ben respondeu e pelo seu tom de voz deu para perceber como pesava para ele confessar aquilo. – O Chefe está com ela agora, eles vão fazer testes e comprovar que é seguro ela ver a srta. Zabine.

Ele suspirou, falou algo para Acácia e disse aos outros que eles tinham que planejar umas coisas. Ainda deu um olhar de advertência para Albus e Scorpius e disse:

— Se eu os ver colocar os pés para fora desse Castelo desacompanhados de novo vou me colar em um dos dois até o fim das aulas.

Os dois assentiram enfaticamente. Ben era bem capaz de fazer algo do tipo apenas por que podia, Minerva com certeza não iria se opor e seus pais muito menos.

— O que vocês acham? – Rose perguntou preocupada.

— Ela foi capturada e agora a soltaram sem memória. – Nicholas respondeu.

Todos se viraram para olhá-lo. Lily era a que estava mais próxima dele e o olhou com curiosidade.

— Eu li um relatório na mesa do papai nas férias. – Ele esclareceu a dúvida de todos. – Aconteceram alguns casos de desaparecimento no Ministério, e todos foram assim. Sumiam, voltavam sem memória, mas tinha algum tipo de magia, algo que eles não conseguiam identificar. Srta. Hall desapareceu de forma muito suspeita, acho que eles queriam algo mais simples, mas o auror estava lá e atrapalhou tudo, ele acabou morrendo, os planos não poderiam ser mudados então eles seguiram adiante e agora ela voltou, como os outros.

— Mas... – James queria contrapor as palavras do corvinal, porque aquilo era um pouco assustador, mas não conseguia pensar em argumentos.

— Uma vez eu li que maldições imperdoáveis não são detectadas, poucas magias que funcional a nível mental são. A maldição da morte ainda pode deixar rastros, mas é mais evidências físicas do que traços de magia. – Rose respondeu amuada.

— Esclareça o seu pensamento, Rosie. – Tim pediu.

— Os comensais usavam o Imperius para conseguir manipular as pessoas, uma magia que não deixa traços, se bem executado um Imperius só vai se manifestar sobre as condições perfeitas que o bruxo escolheu. O bruxo enfeitiçado nem mesmo sabe que foi manipulado.

— Como você... – Albus perguntou assombrado.

— Mamãe escreveu a respeito há uns anos, eu peguei um dia para ler.

— Deveríamos dizer isso a eles. – Lily falou.

— Vocês ouviram o que o Ben disse, papai está lá com outros bruxos para garantir que é seguro deixar Amy ver a srta. Hall. – Albus falou, ele olhou para os próprios pés incapaz de erguer o rosto e ver o horror nos olhos dos seus amigos.

— É o tipo de coisa que Sophia faria, sequestraria Eliza e a obrigaria a matar a própria filha. – Freya falou pela primeira vez.

Naqueles dias ela não estava melhor que Amélia, tinha se apegado a Eliza, a mulher era gentil e cuidava dela como Mary fazia, com carinho e zelo. Imaginar que algo horrível tinha acontecido com Eliza era demais para ela. Ela sabia que sua avó era um monstro, já tinha tido provas disso, aquilo não era nada comparado aos horrores que Sophia poderia fazer.


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