O Legado escrita por Luna


Capítulo 36
Capítulo 36


Notas iniciais do capítulo

Olá, gracinhas.
Quero agradecer pelos comentários nos capítulos passados, obrigada por dispor de tempo para me dizer o que acharam. Os que ainda não deram as caras, apareçam, gosto de pessoas e comentários. Adoro comentários.

Capítulo demorou por causa da minha prova (que fiz ontem) agora as coisas vão se acalmar (mais ou menos pq adeus férias) e os capítulos vão ficar com um intervalo pequeno entre um e outro.

Espero que gostem desse. Qualquer dúvida, questão, opinião, querer bater um papo, podem me mandar MP e comentários.
Já disse que adoro comentários?
Aproveitem!!
Beijoos!!



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“O destino tem duas maneiras de nos destruir: recusando nossos desejos ou os satisfazendo.”

Revenge

 

Eles andavam apressados pelo hall principal, Timothy estava a frente com Rose o seguindo de perto, os irmãos Potter vinham caminhando mais atrás, também estavam curiosos, mas não tendo ouvido qualquer coisa vindo da Sonserina deveria significar que nada aconteceu de fato. Eles chegaram ao Salão Principal e o sonserino correu os olhos pela mesa da sua casa visando encontrar o seu irmão.

Eric almoçava distante de outras pessoas lendo um livro enquanto levava o talher a boca. Ele parecia entretido na leitura e nem imaginava que seria interpelado dentre segundos. Seus olhos corriam pelas linhas e sua mão se movia de forma automática, ele nem sabia o que tinha botado no prato, toda a sua concentração…

— O que você fez? – Tim colocou ambas as mãos na mesa e se debruçou para chegar mais perto do irmão.

Eric abaixou o livro e encarou o mais novo para logo desviar o olhar para os outros que se aproximavam.

— Sobre? – Perguntou se fazendo de desentendido.

— Eles foram até a Minerva no início das aulas e assumiram a culpa pelo que fizeram ao Nick. – Tim esclareceu. – O que você fez?

— O que disse que faria. Conversei com eles, eles entenderam a mensagem e se arrependeram do que fizeram. – Eric falava com calma.

— Simples assim? – Rose perguntou duvidosa.

Eric passou o olhar pela ruiva, demorando alguns segundos a mais. Ele tentava ver algo nela, algo que chamou a atenção de seu irmão. Mas ele só via um possível cérebro por baixo de cabelos ruivos e sardas, ela era bonita, agradável de se olhar se você se esforçasse, pelo menos na opinião dele.

— Nada de ameaças e sangue? – Lily questionou sorrindo dando pequenos saltinhos. A caçula dos Potter era uma figura engraçada, a mais divertida ali para Eric, não que ele fosse dizer isso em voz alta em algum momento da sua existência.

— Sem sangue. – Eric respondeu olhando para a ruiva menor.

— Eric… – Tim começou, mas Albus sabia que aquilo não levaria a lugar nenhum, por sorte James partilhava de sua opinião.

— Nós estamos querendo montar alguns times para um campeonato amistoso, com as casas misturadas, sabe? – James foi falando enquanto se sentava em frente ao sonserino e pegava batatas do prato dele. – Temos algumas vagas de artilheiro ainda. Você quer participar?

Eric olhava para o grifinório como se estivesse vendo nascer uma nova cabeça em seu pescoço.

— Vai ser divertido. Foi ideia da Sra. Pedaggon, disse que a rixa entre as casas pode diminuir se nos virmos como companheiros de equipe.

Eric continuava olhando para ele, estava com o cenho franzido e demonstrava incredulidade.

— Nós vamos…

— Pare de falar, Potter. – Eric demandou. Ele percebeu a surpresa no grifinório, viu que o rapaz não tinha notado sua falta de interesse em jogo algum, com casa alguma. – O que você acha que mudou aqui?

James olhou para os outros em busca de ajuda, mas seus irmãos e prima estavam olhando um para o outro sem saber o que deveriam fazer e Tim deu de ombros se sentando ao lado de James.

— Eu pensei que nós…

— Não existe nós, Potter. Em cinco anos aqui quantas vezes nos falamos? – Eric falou.

— Hã…

— Foi uma pergunta retórica. – O sonserino revirou os olhos para a estupidez do outro.

— Mas eu pensei que agora…

Eric queria dar um basta naquilo, então ele olhou para James fixamente. Sentiu o poder surgir, uma leve pressão atrás de seus olhos, um tipo de energia aparecer e ele sentia como se ela se projetasse pela sua pele. Ele não queria assustar o menino, pelo menos, não tanto assim.

— Pare com isso, Eric. – Timothy demandou se erguendo da mesa. O garoto balançou a cabeça de um lado para outro como se quisesse espantar um mosquito irritante.

Então James soube, naquele momento, o que Eric tinha feito para os sonserinos irem até Minerva tão determinados em assumir a culpa de seus atos. Ele ainda estava sentado, não sabia se conseguiria manter suas pernas firmes se levantasse, seu coração batia acelerado e suas mãos estavam frias e molhadas de suor. Ele sentiu o terror que Eric queria que ele sentisse. A questão é que o sonserino fez aquilo apenas porque ele estava sendo irritante. O que ele teria feito aos seus colegas de casa que tinham deixado seu irmãozinho inconsciente na enfermaria?

— James? – Tim o tocou no braço. – Você está bem?

James piscou os olhos algumas vezes para espantar aquela sensação.

— S-sim, e-eu… bem. – Ele tossiu. – Estou bem.

Subiu seus olhos e encarou Eric que lhe olhava sem preocupação, como se não tivesse acabado de aterrorizá-lo.

— Você é um babaca. – James soltou.

— Que bom que voltamos aos velhos tratamentos. Então é bom esclarecermos algo, não somos amigos, abraços não vão rolar, jogos amistosos no mesmo time? – Eric deu um sorriso de lado. – Sem chance.

— O que aconteceu? – Rose perguntou, sem entender o que tinha havido ali.

— Nott, ele… – James não lembrava se havia uma denominação para aquela habilidade. – Ele pode projetar medo.

— Projetar medo? – Lily parecia a mais confusa dali.

— Uma denominação bem pobre para um aluno do quinto ano, não? – Eric perguntou com deboche e explicou para a menina. – Um traço de família, posso enviar sensações, medo, por exemplo.

— É uma magia de ataque. – James falou rangendo os dentes.

— Geralmente usada em duelos para desestabilizar o oponente. – Tim explicou, ainda olhando enviesado para o irmão.

— Traço de família? – Lily quis saber.

— Os Nott tem essa habilidade há gerações. Posso fazer isso sem o uso da varinha, por exemplo.

— Que legal. – Lily exclamou fascinada.

— Você pode fazer isso? – Rose perguntou para Tim.

Eric sorriu debochado.

— Não. – O menino respondeu somente.

— Isso é comum? – A pequena ruiva perguntou se aproximando mais da mesa.

Ele pareceu pensar. Lily não era como a maioria dos grifinórios cabeças de vento que ele cruzou pelo castelo nos últimos sete anos. Ela era determinada, destemida e tinha uma curiosidade irritante. Ele quase conseguia entender o porquê Nicholas a mantinha por perto.

— Famílias puro-sangue geralmente gostam de se gabar de suas habilidades especiais. Os Black diziam que eram exímios Oclumentes. Seu amigo Malfoy pode dizer se isso é verdade. – Eric respondeu. – Já passei tempo demais com vocês. Acho que entramos em um acordo, Potter.

— Você não poderia ter sido mais claro, Nott. – James respondeu sem olhar para ele.

A zombaria que Eric soltaria se perdeu quando uma menina deu um grito e todos se viraram para ver o que tinha acontecido.

 

Amélia tinha perdido já parte do almoço esperando Scorpius achar o livro de poções que ela precisaria para a próxima aula. Ela tinha comido torradas que o loiro guardou na mochila, mas seu estômago ainda pedia por algo mais.

Eles caminhavam tranquilos em direção ao Salão Principal, falavam sobre a forma como Amélia deveria conduzir a poção para não errar e a melhor forma de cortar a planta que usariam para que ela não perdesse suas propriedades mágicas. Ela olhava para o sonserino e não notou a menina vindo em sua direção. Scorpius falava sem olhar para a frente, alheio a pessoa que caminhava diretamente na direção deles, enquanto a menina tinha um pergaminho nas mãos. Ela se chocou com Amélia, e para não irem ao chão elas se seguraram uma na outra.

A primeira coisa que notaram foi a boca dela abrir em um O e seus olhos ficarem vagos, Scorpius se aproximou e a tocou para ver se estava tudo bem, mas a reação dela foi pior, ela deu um grito como se sentisse dor, atraindo a atenção de todos que estavam lá. A menina se encolheu e deu passos vacilantes indo para longe de Scorpius e Amélia, olhava para eles como se eles tivessem feito algo terrivelmente errado.

Ela estava visivelmente assustada. Rose e os outros vieram rapidamente ver o que tinha acontecido, mas foram silenciados quando a figura aterrorizante de Eveline se postou protetoralmente sob a menina.

Ela olhou para eles e de forma inconsciente eles deram passos para trás.

— Vamos a sala da diretora. – Eve falou para a menina lufana, Scorpius e Amélia.

Mas quando eles começaram a caminhar, Rose e Albus os seguiram. Deixando James, Timothy e Lily para trás sem dar qualquer explicação.

— Vocês sabem o que acabou de acontecer aqui? – Lily perguntou confusa.

 

Eveline foi na frente com a garota lufana, a amparava pelos ombros, como se a menina pudesse cair a qualquer momento. Os outros foram caminhando apressado tentando seguir o ritmo das duas, sem entender o que tinha acontecido. Viram a gárgula dar passagem e subiram para a sala da Diretora.

Scorpius tinha estado ali uma vez somente e na época não tinha tido tempo de analisar todo aquele cenário. A visão daquela sala poderia vislumbrar qualquer um, por isso o que já estiveram ali não estranharam quando Albus, Rose e Amélia olharam tudo abobados, momentaneamente esquecidos do motivo de estarem ali.

— Senhores? – Minerva falou detrás de sua mesa atraindo a atenção. – Srta. Thompson, está tudo bem?

A menina olhou para Amélia, como se sentisse medo. Eveline pressionou o ombro dela transmitindo força e confiança.

— Está tudo bem, Arwen. Você pode confiar em todos que estão aqui. – Eveline falava a olhando nos olhos.

Os quatro se questionavam como nunca tinham reparado na menina. Ela não era nada comum. Sua pele era extremamente pálida, como se nunca visse a luz do sol, seu cabelo era um tom de loiro quase braco e seus olhos… eles pareciam mudar de cor, indo de dourados para verdes, passando pelo castanho. Seu rosto era redondo e ela passava a necessidade de proteção.

— Está tudo bem, diretora. – Ela parecia querer sair dali. – Não foi nada.

— Querida, você gritou em pleno Salão Principal. – Minerva falou saindo de trás da mesa e se aproximando dos jovens. – Como isso pode não ser nada?

Arwen voltou seus olhos para Eveline.

— Quando começou, Arwen? – Perguntou a professora de adivinhação.

— Começou o que? – Amélia perguntou.

— A srta. Thompson foi agraciada com o dom da visão. – Eveline falou com tranquilidade surpreendendo a todos, incluindo Minerva.

— Duas videntes em Hogwarts? – Minerva perguntou incrédula. – Qual a possibilidade disso ocorrer? Você sabia todo esse tempo?

— Tive suspeitas quando a Srta. Thompson começou a frequentar minhas aulas, mas só tive certeza depois do que aconteceu agora a pouco.

— E o que aconteceu? – Scorpius deu um passo a frente. Toda aquela situação parecia começar a irritá-lo.

Ele queria um ano normal, só um ano. Algo tranquilo, onde sua única preocupação seriam os exames, onde não havia problemas em ser apaixonado pelo melhor amigo, com avós loucas ou videntes malucas, nem com garotas esquisitas gritando sem motivo. Só um ano bobo e entediante.

— Ora, Sr. Malfoy, o senhor não suspeita de nada? – Eveline perguntou e eles puderam notar um quase sorriso surgir em seu rosto, mas foi embora tão rápido quanto veio.

— Ela teve uma visão. – Albus falou, segurando a mão de Scorpius para contê-lo e impedir que eles saíssem de lá com uma detenção.

— Poderia dar 10 pontos para sua casa se fizesse parte da minha turma, Sr. Potter. – Disse a professora.

— Visão? – Minerva falou.

Arwen parecia se encolher a cada vez que alguém falava algo.

— Arwen. – Rose a chamou, experimentando falar o nome incomum. – Você pode nos dizer o que viu?

A lufana olhou para Amélia e uma sombra passou pelo seu rosto.

— Basta você se concentrar. – Eveline a instruía. – Respire fundo, sente-se e se concentre em algo ou alguém. – A professora parou de falar quando viu a menina fixar o olhar em Scorpius. – Busque o que você viu, se concentre e reveja o que o destino lhe trouxe.

A menina tinha um rosto singular, ao mesmo tempo que ela poderia ser só mais uma, tinha algo que puxava o olhar, algo marcante. Scorpius não quebrou o contato visual que ela começou, a forma como ela o olhava fazia algo dentro de si borbulhar. Scorpius se sentia como uma mariposa e a garota era a luz, ele sentia o aperto firme que Albus dava em sua mão, mas naquele momento era como se toda a sala tivesse sumido, como se só houvesse Arwen ali, só os dois. Ele sentia como se pudesse passar horas apenas olhando para aqueles olhos viciantes.

O encanto se quebrou quando a menina começou a falar e Scorpius se sentia levemente envergonhado.

— Foi tudo rápido. Eu não estava esperando, tudo veio quando eu a toquei. – Ela apontou com a cabeça na direção de Amélia. – Tudo… um raio vermelho no céu, ouvi uma voz chamando por alguém, meus pés estavam afundados na neve e então, ele me tocou. – Ela olhava para Scorpius.

— Desculpa, eu não queria fazer mal a você. – O loiro sentia a necessidade de se desculpar.

— Não, não foi ruim. – A menina esclareceu. – Quer dizer, foi. Mas não o toque, não você. Mas… – Ela não conseguia acalmar seus pensamentos. – Seu toque me tirou de onde eu estava e isso foi bastante ruim, meio doloroso.

— E o que você viu quando o Sr. Malfoy a tocou? – Perguntou Eveline.

A menina sorriu.

— Uma garota. Ela sorria, parecia realmente feliz, estava… parecia Hogwarts, mas diferente, como se… como se não fosse nossa Hogwarts.

Ela olhou para eles querendo saber se eles tinham entendido.

— Como ela era? A garota. – Scorpius soltou a mão de Albus e se aproximou da menina.

— Cabelos castanhos, vibrantes olhos verdes e um sorriso. – Arwen sorriu com a lembrança. – Um belo sorriso.

— Adhara. – Scorpius falou e se virou para os outros. – Só pode ser Adhara.

Minerva deu um fim ao momento tranquilo.

— Acho que devemos nos focar na primeira visão. Ela me parece muito com a que você teve, Eveline. – Minerva estava rígida. – Temos que tomar providências, algo vai acontecer e…

— Tentar evitar que algo ocorra nos coloca diretamente na direção do perigo, Diretora. Já conversamos sobre isso. Colocar a Srta. Zabine em um quarto e jogar a chave fora não ajudará em nada.

A respiração dos quatro pararam e demorou alguns segundos para Eveline perceber o que tinha acabado de falar.

— Bem… – Ela engoliu em seco. – Dada as circunstâncias é melhor que a Diretora esteja a par da situação, e Arwen é uma vidente, guardar segredos é algo fundamental nessa vida.

Minerva se sentou depois que Eveline lhe explicou a situação por cima. Os anos pareciam finalmente ter chegado para a maga.

 

Eveline deixou que os cinco descessem sozinhos, ficando mais um tempo com Minerva. A palidez na bruxa a preocupava um pouco.

Eles iam caminhando lentamente.

— Você entende que não pode contar isso para ninguém, certo? – Amélia perguntou pela terceira vez.

— Sim, eu sei. – Respondeu a lufana cansada.

— Como é? – Rose perguntou e emendou depois de notar que Arwen não tinha entendido. – Ver essas coisas.

A menina pensou um momento.

— É a primeira manifestação na família, pelo que sabemos. Minha mãe é trouxa, meu pai é um bruxo comum. Ninguém soube o que era e no começo eu pensei que estava ficando louca. Começou quando eu tinha 12 anos, meus pais dizem que eu já falava coisas estranhas desde muito nova, mas eu só fui realmente perceber algo com 12 anos. Ano passado comecei a ver as aulas de adivinhação e tudo se tornou claro para mim. Eu sabia o que eu era. – Ela não parecia feliz com a condição. – Você me pediu para guardar seu segredo? – Ela olhou para Amélia. – Então eu preciso que vocês guardem o meu, ninguém sabe, nem mesmo a professora Clarke sabia. Eu quero que continue assim.

— Você não respondeu a pergunta. – Scorpius pontuou.

— Ver o futuro? Essa é a primeira vez que vejo algo ruim. Veja, eu evito tocar nas pessoas, eu nunca sei o que vem com isso e geralmente eu consigo colocar uma barreira, demorou dois anos para que eu aprendesse e ela não é muito boa, como vocês puderam ver. – Ela deu de ombros.

— Arwen…– Scorpius sussurrou.

— Vocês querem saber o que é mais engraçado? – Ela sorria fracamente, como se não visse realmente graça no que falaria.– Minha mãe é fã de um escritor trouxa, por isso meu nome é em homenagem a um personagem dele e ela, a mulher Arwen, tem visões do futuro também.

— Ela tem um final feliz? – Rose perguntou.

A menina pensou um pouco.

— Ela viveu uma longa vida.

— Isso não responde a pergunta. – Scorpius voltou a falar.

A menina se voltou para ele. Havia algo de bom em Scorpius, algo puro e belo. Ele transmitia paz a ela, talvez pelo futuro dele não remetê-la ao frio e ao medo. Ela tocou na mão dele e a apertou levemente surpreendo o rapaz pelo toque inesperado.

— Poucas perguntas têm respostas, Scorp. – Ela falou o apelido com familiaridade.

Em seguida os deixou e seguiu seu próprio caminho, Scorpius a acompanhou com o olhar até perdê-la de vista. Rose observava a movimentação do loiro de perto, assim como Albus, que ignorava o desconforto e mal-estar que a presença da lufana causou. Amélia estava presa em seus próprios problemas e alheia ao que acontecia com seus amigos.

— Acho que ela gostou de você. – Rose falou e recebeu um sorriso do sonserino.


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Notas finais do capítulo

Estou sedenta por comentários