O Legado escrita por Luna


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Olha aqui eu de novo o/
O capítulo ia demorar mais um pouco pra sair, mas eu fiquei tão entusiasmada com os comentários que não resisti. Fiquei muito feliz mesmo, de verdade.
Obrigada a Lelly Everllark Uchiha e wayara, esse capítulo é dedicado a vocês.
Enfase ao fato de que eu tenho dois seminários para apresentar na quinta e ao invés de estudar vim escrever, então mereço comentários, não acham?
Desculpem qualquer erro.
VÃO PARA AS NOTAS FINAIS
;*



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É triste quando todo mundo sabe quem você é, mas ninguém te conhece. Imagino que você tenha se sentido assim. As pessoas veem o que querem.”

Carta de Amor aos Mortos

Para Albus as coisas nunca foram fáceis ou simples. Uma simples ida a casa dos seus avós tinha que ser planejada, uma ida a sorveteria sem algum adulto devidamente treinado estava fora de cogitação.

Ele tentou ser compreensível, ser um bom filho e entender que os rumos da vida de seu pai levou ele e os irmãos a serem superprotegidos. Albus ainda lembava do incidente no aniversário de 4 anos de Lily quando seu primo Fred II pegou um pequeno explosivo, um dos logros de seu pai, resolveu assustar Victorie.

Seus pais e seu tio Ron agiram como se tivesse acontecendo um atentado. Varinhas em punho e formação de defesa, Albus ficara bem assustado e embora James negasse ele também ficara.

A luta contra Voldemort e depois se tornar um Auror fez com que Harry Potter tivesse uma lista gigantesca de inimigos que adorariam usar seus filhos como goma de mascar. Bem, isso foi o que George Weasley disse aos meninos.

Nossa, como você é parecido com seu pai. Vai se tornar um grande bruxo também”. Era a frase que Albus escutava toda vez que ia ao Ministério visitar o pai, havia uma mulher que trabalhava no mesmo andar que já havia falado isso para ele 27 vezes, Albus contou.

Ele não era simplesmente o filho de Harry Potter, ele era a cópia viva do pai. Mesmos cabelos grandes e bagunçados, mesmos olhos verdes. Mas ele não tinha a segurança do pai, a força e a destreza mágica.

Albus era só uma criança assustada com toda a atenção que recebia. Por algum tempo ele tentou seguir os conselhos de Rose e ignorar, mas era difícil fazer isso quando as pessoas o paravam e ficavam apertando suas mãos falando coisas rápidas que ele mal entendia.

Um prazer conhecê-lo, Sr. Potter.

Você tem muita sorte.

Como é ser filho dele?

Você já sabe algum feitiço?

Com o tempo ele passou a sempre andar entre sua mãe e James, que tinha bem mais paciência para lidar com as pessoas e parecia gostar da atenção.

É claro que ele amava os pais, mas às vezes desejava não ser um Potter.

Um dos grandes medos de Albus era decepcionar sua família, então quando James começou a brincadeira de que ele iria para a Sonserina o garoto de olhos verdes começou a se aterrorizar.

Ele começou a perguntar aos tios sobre as casas, e nenhum deles falou nada de bom da Sonserina. Mas então lhe ocorreu que seu nome é em homenagem a um Sonserina e Molly tinha ido para Sonserina e era uma de suas primas preferidas.

Era um pouco sarcástica e sempre tinha um olhar como se soubesse algo que eles não sabiam. Mas também era uma garota gentil e até mesmo meiga em algumas vezes, ela era inteligente e por mais travessa que fosse nunca havia sido pega. Ela dizia a Albus que tudo era uma questão de usar os artifícios corretos para conseguir se livrar de uma punição.

Então Sonserina não poderia ser um lugar muito ruim, não é? Hermione havia dito uma vez que a casa para onde se é selecionado não prende você a uma característica. Ela disse ainda que não é porque uma pessoa é selecionada para Grifinória que isso significa que terá uma coragem inabalável e como exemplo disse que Ron morre de medo de aranhas.

Albus gostava de Hermione, ela era uma versão mais velha de Rose e cheia de bons conselhos. Talvez por isso Rose fosse sua prima preferida, ela sempre tinha algo sensato a falar.

Por um instante quando seu pai falou que ele poderia escolher para qual casa ir ele se sentiu mais leve. Se ele poderia escolher então estaria tudo resolvido, ele escolheria a Grifinória e tudo ficaria bem. Mas ele se sentiu uma farsa no instante seguinte, porque ele tinha que confessar que não se imaginava com as vestes vermelho e dourado.

Ele ainda estava em seu conflito interno quando Scorpius e Amélia adentraram a cabine e ao olhar para o garoto loiro ele sentiu pena. Se via claramente que o outro menino não estava confortável em estar ali, mas ele não achava justo expulsá-lo, então deu a entender que ele era bem-vindo caso quisesse fica com eles.

Albus sabia que Rose não era do tido que tinha conceitos antes de conhecer uma pessoa. Seja no bom ou no mal sentido. Se alguém dissesse a ela que determinada pessoa era adorável e que ela iria amá-la Rose esperava até conhecer a pessoa e só assim formava uma opinião sobre ela. E Albus aprendeu isso com a prima, de tal forma que não achava justo que Scorpius fosse mal tratado apenas pelo que se sabia de Draco Malfoy.

O tempo que eles passaram juntos no trem mostrou a ele que o herdeiro Malfoy era uma criança engraçada, mas contida. Que não ria muito, mas que dava discretos sorrisos quando algo lhe agradava, pelo seu conhecimento de livros poderia apostar que também era inteligente. Ele também não pareceu se incomodar com o fato de Amélia poder ser nascida trouxa, e isso, com certeza, foi um ponto favorável.

Scorpius parecia saber o que lhe aguardava na escola, Albus notou que muitos alunos olhavam para ele com repulsa e quando viram os quatro juntos com surpresa. Quando o loiro expressou que iria se afastar ele ficou momentaneamente sem fala e sem ação.

O que ele poderia falar para Scorpius? Não ligue para o que eles acham? Isso seria uma tremenda hipocrisia, já que o próprio Albus nunca aprendeu a lidar com os olhares.

Mas Amélia e Rose conseguiram fazê-lo entender que não precisava se afastar de nenhum deles e Albus ficou feliz em agora poder dizer que tinha mais dois amigos. E não importa para que casa fosse ele prometeu a si mesmo que manteria um olho em Scorpius e garantiria de um jeito ou de outro que o menino não sofresse tanto assim na escola.

 

Havia uma superstição trouxa sobre sempre entrar em lugares novos com o pé direito. Albus não acreditava nisso, mas quando o professor Longbottom deu a permissão que eles entrassem no Grande Salão ele colocou o pé direito e seguiu em frente.

Ele jamais conseguiria descrever algo tão lindo. As velas flutuando acima das suas cabeças, as quatro mesas já cheia de alunos, o brasão da escola lindamente estendido na parede, os professores sentados majestosamente e um pequeno banco solitário.

O moreno correu os olhos pelas mesas tentando achar conhecidos, ele avistou seu irmão que acenou entusiasticamente e viu também Molly que deu um breve aceno.

Rose falava algo ao seu lado muito baixo e ele não conseguia escutar. Ela não estava falando com ele, o garoto percebeu, era mais pra ela se acalmar. Ele olhou para trás e viu Scorpius e Amélia os dois deram pequenos sorrisos que pareceram mais com caretas.

Todos estavam nervosos.

O momento estava se aproximando, cada vez mais seu nome se aproximava de ser chamado.

A primeira dos quatro a ser chamada foi Amélia, o professor Longbottom teve que chamar uma segunda vez, já que da primeira a menina permaneceu parada no mesmo lugar. Scorpius deu um não tão leve empurrão para ela conseguir se mexer. Ela andou até a frente com passos vacilantes e quando o chapéu foi colocado sobre a sua cabeça não se podia ver mais seus olhos.

Suas mãos que estavam sob seu colo estavam sendo torcidas. Eles viram era respirar profundamente duas vezes. Uma seleção deveria demorar tanto assim? Era o que Albus se perguntava e quando se virou para falar com Rose ele ouviu a voz do chapéu dizendo: CORVINAL.

Os aplausos das quatro mesas foram ouvidos.

Ele viu quando Scorpius foi chamado e se adiantou para colocar o chapéu. O menino estava mais pálido ainda e parecia doente.

Albus prendeu a respiração por alguns segundos quando enfim o chapéu gritou: SONSERINA.

Ele percebeu que seu novo amigo respirou de forma aliviada e isso fez com que ele sorrisse.

Quando seu nome foi chamado ele sentiu seu coração acelerar, antes que pudesse se adiantar Rose segurou sua mão e falou para que só ele ouvisse:

— Não importa o que ele decida, nós estaremos ao seu lado.

Albus não conseguiu falar nada e nem sorrir. Isso significava que Rose achava que ele poderia acabar indo para Sonserina? Ele já tinha revelado seu medo para sua amiga e ela falou apenas que ele tinha características das duas casas e que isso era muito bom.

Quando o professor colocou o chapéu o menino se sentiu meio ridículo.

Você não é o primeiro a se achar assim.

A voz parecia vir de dentro da sua mente e isso era muito estranho.

— Não quis ser ofensivo. – Albus pensou, esperando que o chapéu pudesse ouvi-lo, mesmo ele não tendo falado nada.

Onde devo colocá-lo… Vai seguir seu pai e pedir por uma casa?

Um turbilhão de pensamentos invadiu a mente do menino e ele começou a se sentir enjoado.

Eu vejo que você tem muita coragem e ousadia, você também é justo e leal aos amigos. Lealdade é algo muito importante se você quer criar laços com alguém. — O chapéu parecia divagar, enquanto isso Albus sentia seu estômago embrulhando e se arrependeu de ter comido todos aqueles doces. – Você quer ser alguém além do nome de seu pai e isso é muito ambicioso. Mas o que você seria capaz de fazer para conseguir isso?

Albus imaginava que as pessoas no salão deveriam estar se questionando do porque de tanta demora. O chapéu poderia simplesmente decidir logo.

Ah meu caro, estou lhe dando a chance de pensar. Você sempre pode me pedir para colocá-lo na casa que melhor lhe agradar. Seria Grifinória, não? A morada de Weasley e Potter há gerações. Qual sua escolha, Albus Severus Potter?

Mas ele não sabia o que escolher. Ele queria ser aceito, não queria ser novamente algo chamativo, ele queria estar em um lugar e ser invisível. Mas ao mesmo tempo ele queria ser algo além de seu nome, algo além do filho de Harry Potter.

— Você está na minha mente. Nesse momento me conhece melhor que qualquer um. Faça sua escolha e que ela seja a melhor.

Muito bem… Então que seja…

Albus fechou os olhos e aguardou prendendo a respiração. Até que ouviu o som claro, falado para todos:

— SONSERINA.

Não houve aplausos imediatos. Por alguns segundos o Salão permaneceu em um silêncio total, até que Molly e Scorpius começaram a puxar as palmas da Sonserina e James e seus primos da Grifinória, Amélia começou na mesa da Corvinal e teve suaves palmas na Lufa-Lufa.

Ele foi caminhando sem encarar realmente alguém e se sentou ao lado de Scorpius.

Eles ficaram em silêncio por alguns instantes até o loiro resolver que era hora de falar algo.

— Devo dar os parabéns ou fingir que nada aconteceu?

— Acho que vou vomitar. – Foi a única coisa que Albus disse.

Scorpius entendia o dilema. Se por ventura ele tivesse caído na Lufa-Lufa ou Grifinória era provável que na sua primeira noite no Castelo ele fosse enviado à enfermaria.

Scorpius ainda estava tentando criar frases de apoio quando Molly sentou bem na frente dos garotos. Ela esticou sua mão e segurou a de Albus.

— Está tudo bem, primo. – Dissera ela. – Na Sonserina você vai encontrar amigos verdadeiros, há pessoas boas aqui.

Albus agradeceu as palavras de conforto, mas não teve muito tempo para dizer mais nada porque Rose foi chamada.

A menina ruiva caminhou decidida até o banco.

— Rose também se daria bem aqui. – Molly comentou. – Quem olha para esse rostinho confiante não pensa que ela deve tá morrendo por dentro.

— É possível que ela caia. – Scorpius disse.

Mas Molly teve que sorrir, Rose jamais seria selecionada para Sonserina.

— Não, Rose nunca cairia aqui. – Albus falou enquanto batucava a mesa. – A demora deve ser porque o chapéu está em dúvida se coloca ela na Grifinória ou Corvinal.

Alguns segundos depois o chapéu gritou o que mais da metade da família já sabia, Rose foi para Grifinória.

Albus se virou para ver a prima indo para a mesa do outro lado do salão e então ele encontrou os olhos de James.

Ele tentou sorrir e recebeu um sorriso do irmão, mas depois de 11 anos convivendo com James, sendo alvo de piadas e brincadeiras, vendo seu irmão sorrir ele sabia que aquele não era um sorriso verdadeiro. O sorriso que James deu não chegou aos seus olhos.

Rose acenou da mesa da Grifinória e parecia genuinamente feliz. Mais próximo a eles estava a mesa da Covinal e eles puderam trocar algumas palavras com Amélia antes da diretora McGonagall começar a falar.

Ela deu avisos e explicou mais algumas coisas. Mas poucas pessoas pareciam realmente ouvir. Seguindo a noite o jantar começou a acabou. Albus não conseguiu comer muito, o tempo que passou ele estava pensando em como escreveria a carta avisando aos seus pais em que casa estava.

É claro que eles saberiam de um jeito ou de outro. Tanto Molly, quanto Scorpius não tentaram puxar assunto, ficando entretidos em uma conversa só deles.

Quando se levantaram para ir aos seus Salões Albus ainda conseguiu avistar Rose rodeada de Weasley e ficou imaginando como seria ele estar naquele meio também. Mas logo expulsou o pensamento. Ele agora pertencia a Sonserina e seria fiel a sua casa.

 


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Notas finais do capítulo

Bem gnt, lógico que tem outros Weasley em Hogwarts. Não acho que vou botar os 200 parentes dos meninos na fic, mas alguns vão se tornar alguém, outros vão ser apenas citados. Assim como os filhos de alguns personagem de HP.

Como já perceberam a Molly será bem presente, aqui ela está indo para o 6º ano (não acho que isso seja cannon, mas isso é uma fic, então perdoem), James também terá suas participações.

Espero ter conseguido passar o que quis com esse cap. Dos 4 Albus é o que terá mais problema em aprender a lidar com seu "Legado".
Então, sim. Todos terão legados.
Quero sugestão de quem pode ser o pai da Amélia ou será que a mãe dela está mentindo? Me digam o que acham.
Qual vai ser a reação do James? E quando o Harry descobrir? Como será a vida do pequeno Potter na casa das serpentes?
Por favor, me digam o que acham.
Beijoos!!