O Legado escrita por Luna


Capítulo 28
Capítulo 28


Notas iniciais do capítulo

Olha eu aqui de novo :)
Capítulo cheirando a recém saído do forno.
Nina falou que a Rose estava sumida, e de fato estava, então temos um pouquinho da nossa ruiva hoje.
Um novo shipper talvez...? Me digam o que acharam ;***
Obrigada pelos comentários, to correndo p respondê-los agora :)



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“Então aprendi a segurar minha língua e mudar minhas feições para uma máscara de indiferença para que ninguém pudesse jamais ler meus pensamentos.”

Jogos Vorazes

 

Rose tinha resolvido passar um tempo na biblioteca, Amélia tinha ido para o Salão da Corvinal e disse que a encontraria para o jantar que seria em algumas horas. Aquele dia estava sendo particularmente irritante para a ruiva, primeiro ela não esperava que houvesse anões andando pelo Castelo distribuindo presentes e segundo ela não esperava receber tantos. No total ela recebeu cinco caixas de bombons e dois ramos de flores e o interessante é que ela nem gostava tanto assim de chocolate e, com certeza, ela não arriscaria comer algo sem saber de onde veio ou sem ter confiança em quem mandou e ela não conhecia metade daquelas pessoas.

Fred II tinha mandado um ramo de flores, provavelmente para irritá-la, devia ter sido ideia de James, mas o garoto Potter não tinha tanta coragem assim. Dois garotos da Lufa-Lufa e um da Corvinal tinha enviado os chocolates, ela os via nas aulas, mas nunca chegou a falar com qualquer um deles, Peter Novak e August Craster, da Grifinória tinham lhe dado chocolate também. Mas o que mais a surpreendeu foram as flores que recebeu de Timothy Nott, o sonserino era sempre muito reservado e eles nunca tinham sido tão próximos, ela sempre pensou que o motivo de as vezes andarem juntos era a amizade que ele mantinha com Scorpius e Albus.

Rose não gostava de tanta atenção e ela não queria pensar no que motivou aqueles garotos a mandarem presentes a ela. Ela ainda se sentia uma criança, tinha apenas 13 anos e não achava que tinha uma beleza que chamava atenção, se sentia bem comum para os padrões. Amélia sim era bonita, na opinião da ruiva, a pele morena, cabelos cacheados e cheios, os grandes olhos castanhos, ela chamava atenção e mesmo assim tinha recebido apenas três presentes.

Albus também tinha recebido presentes, mesmo que ele mal desse atenção as pessoas fora do seu círculo de amizade e o peso da verdade se abateu sobre ela. Ela tirou a conclusão que a razão de ter recebido os presentes era seu nome e isso fez com que uma chama de irritação começasse a se acender dentro dela. Ela não pensou que era uma garota carismática, gentil e de sorriso fácil que encantava as pessoas com seu charme e inteligência, a perspectiva de ter seu nome novamente influenciando as pessoas ao seu redor a cegou para a verdade.

Quando o sonserino entrou na biblioteca logo avistou os cabelos ruivos da Weasley e caminhou calmamente até ela. Ele logo percebeu que a menina estava com o pensamento distante, ela olhava para um ponto fixo na estante a frente e segurava uma pena que pingava tinta sob o pergaminho.

— Weasley? – Tim a chamou.

Rose deu um pulo na cadeira e encarou o sonserino parado na sua frente. Timothy Nott era uma figura estranha, assim como seus irmãos que eles pareciam ter saído de um filme de terror. Não por serem feios, não era isso. Mas tinha algo no olhar deles, uma malícia no de Eric, Nicholas olhava para as pessoas como se as detestasse e soubesse todos os seus piores segredos, mas dos três Timothy era o mais complicado de desvendar. Ele sempre andava por aí com um sorriso no rosto, mas seus olhos continuavam sérios, penetrantes, como se ele pudesse ler seus pensamentos e por isso ela tentava manter uma distância segura deles. Com exceção de Eric ela não pensava que os outros dois fossem maus ou capazes de fazer algo contra ela ou os outros, ela apenas não gostava do arrepio que sentia quando encarava o sorriso frio de Timothy ou os olhos julgadores de Nicholas.

— Nott.

— Acho que você vai precisar de outro pergaminho, a menos que saiba algum feitiço que limpe isso aí. – Falou apontando para o pergaminho sujo de tinta.

Rose olhou para baixo e fez um esgar quando viu a sujeira que tinha feito. Olhou rapidamente para a mesa de Madame Pince, se a mulher visse aquilo perto dos seus preciosos livros ia lhe expulsar da biblioteca. Ela amassou a folha e jogou dentro da bolsa enquanto pegava uma nova. Ela viu quando Tim puxou a cadeira para trás e se sentou.

— O que você está fazendo? – Rose perguntou.

— Me sentando? – Tim respondeu como se fosse óbvio. Ele pegou a própria bolsa e a abriu retirando o livro de feitiços. – Nem acredito que acabamos os feitiços de conjuramento, meu pulso ficou doendo por dias por causa do serpensortia.

— O professor Flitwick disse que transfiguração e conjuramentos são bem parecidos, então você não deveria se sentir tão aliviado assim. – Rose falou. – Sem contar que é preciso muita concentração para se transfigurar algo e o que aprendermos em feitiços vai ser bastante útil nas aulas de Transfiguração.

Tim sorriu.

— Você é um pequeno gênio, não? – Rose ficou com as orelhas vermelhas pelo elogio. – Você já começou a escrever o trabalho?

— Hã… sim. – Ela tossiu para disfarçar o incômodo. – Sim, eu já comecei. Quer dar uma olhada?

— Obrigada, ruiva. Você é demais.

Rose não sabia de onde estava vindo tantos elogios, mas achava que ele poderia parar já. Ela pegou o pergaminho e estendeu para ele. Pelos próximos minutos ele ficou lendo o que ela tinha feito e fazia algumas anotações enquanto olhava no livro, enquanto isso Rose estava lendo sobre a Queimada das Bruxas.

— Vai ter visita ao povoado no final de semana. – A postura dele era despreocupada.

— Eu soube. – Rose falou sem tirar os olhos do livro.

— Pensei que poderíamos ir juntos. – Tim levantou a cabeça para encará-la, ele não sorria e seus olhos não pareciam mais sinistros. Rose percebeu que agora ele parecia apreensivo. – Sabe, com os outros. Eu estou cansado de sempre ser arrastado pela Freya, acho que se formos todos juntos ela vai me deixar em paz um pouco. Talvez ela vá irritar o Al ou Scorpius. – Ele falava sem tomar fôlego, Rose nunca tinha visto Timothy tão nervoso. – Acho que vai ser legal irmos juntos, quer dizer com os outros, nós dois e os outros, juntos. Entendeu?

— Sim.

— Sim, você entendeu ou sim, seria bom irmos juntos?

— Os dois. – Rose deu de ombros e voltou ao livro, tentando reprimir o sorriso que queria vir. Era impressão dela ou Timothy tinha acabado de tentar convidá-la para sair? De qualquer forma vê-lo assim tão normal lhe deu uma sensação boa.

Os dois não conversaram mais, cada um ficou entretido com seus próprios pensamentos e com a lição que faziam. Scorpius se juntou a eles um pouco antes do horário do jantar, Timothy já tinha acabado sua redação e apenas rabiscava um pergaminho esperando dar o horário e Rose acabar a sua tarefa. Os dois perceberam que tinha algo de errado com o loiro, eles trocaram um olhar e vendo Tim dar de ombros Rose resolveu seguir na frente.

— Está tudo bem, Scorp?

— Sim, é claro. – Ele respondeu.

Não foi muito difícil notar que ele mentia, Scorpius não se esforçou nenhum pouco para esconder que algo o incomodava.

— Recebeu muitos presentes? – Timothy perguntou querendo sondar o território para saber o que tinha acontecido.

— Ah, alguns. Nada de mais. – Scorpius deu de ombros.

Os dois voltaram a se encarar sem saber o que deveriam fazer, geralmente era Albus que alcançava Scorpius quando ele se fechava.

— Você viu o Al? – Rose perguntou. – Amy disse que ele ia se encontrar com o time.

O corpo de Scorpius endureceu e sua expressão se tornou carregada.

— Ele está no Salão Comunal. – Scorpius respondeu. – O nome do livro usando para caçar bruxas é Malleus Malleficarum. A caça as bruxas foi enfraquecendo no final do século XVII. Qual livro você está lendo?

— Hã… História dos bruxos através do tempo, de Arnald Tief.

Scorpius bufou e se levantou, em seguida voltou com outro livro em mãos.

— Bathilda Bagshot é a melhor historiadora bruxa do último século.

— Obrigada. – Rose falou sem jeito.

— Estávamos falando sobre irmos todos juntos para o povoado. – Timothy tentou inserir um novo assunto. – Não é legal?

— É, muito legal.

Rose resolveu que o clima estava ficando bem ruim então fechou o livro e foi guardando o material, Tim viu o que ela estava fazendo e a seguiu.

— O jantar já deve ter começado, vamos?

Os dois garotos se levantaram com ela e foram em direção ao Salão Principal. Quando chegaram eles puderam ver que Albus já estava lá e conversava animadamente com o time de quadribol. Ele acenou assim que os viu, mas Scorpius pegou na mão de Rose e falou:

— Vamos para a mesa da Grifinória. – Vendo que ela não estava entendendo mentiu. – Tenho que falar com o James.

Antes que eles andassem Amélia os alcançou com os Miller.

— Vamos jantar na Grifinória hoje, Amy. Você vem? – Rose perguntou e viu a morena rapidamente correr os olhos pela mesa de sua casa e ficar sem graça. Ela não precisava pensar muito para saber o motivo do desconforto e não se surpreendeu quando Amélia negou dizendo que ia para a Corvinal com os amigos de casa.

Scorpius, que ainda segurava sua mão, a puxou para a mesa. Rose olhou na direção de Albus e o viu olhando para Scorpius com a expressão mista de confusão e tristeza. Ali ela teve a certeza que tinha acontecido algo entre os dois, mas ela não conseguia pensar em nada que poderia ter feito os dois brigarem sem ter de fato brigado. Ela sabia que não tinha havido uma briga, Scorpius geralmente achava todos os defeitos de Albus quando os dois brigavam, desde mimado a chamá-lo de troll sem cérebro. Não, ela sabia que o quer que tenha acontecido apenas magoou os dois de uma forma que Scorpius não conseguiria manter sua pose estando perto do moreno.


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