O Legado escrita por Luna


Capítulo 21
Capítulo 21


Notas iniciais do capítulo

Obrigada pelos comentários :) Eles aqueceram meu coração



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/713733/chapter/21

“Você não escreve sua vida com palavras, você escreve com ações. Não importa o que você pensa. Só importa que você faz.”

O chamado do Monstro

 

Quando Albus entrou no dormitório viu que a Scorpius já dormia. Se ele de fato dormiu ou se só estava fingindo ele não soube dizer e não quis comprovar. Ele trocou um breve olhar com Timothy que deu de ombros e entrou no banheiro.

Quando Scorpius acordou Albus estava terminando de vestir seu uniforme de quadribol. Ele ficou por alguns minutos encarando o chão quando a voz do moreno lhe trouxe de volta.

— Então?

— Então o que? — Scorpius perguntou sem saber a que Albus se referia.

Albus revirou os olhos e perguntou novamente:

— Você vai ver o jogo?

— É claro que vou. — Scorpius respondeu já se levantando da cama. — É seu primeiro jogo, eu não perderia por nada.

Scorpius tinha a maldita habilidade de esconder seus sentimentos por trás de uma máscara inquebrável. Quem o olhasse pensaria que nada tinha acontecido. Quando ele saiu do banheiro devidamente vestido Albus o esperava sentado na cama.

Antes que ele pudesse se afastar o moreno já tinha lhe abraçado. Aquela era uma mania particularmente irritante do amigo, talvez por ter crescido em uma família cheia de grifinórios ele acreditasse que abraços curam tudo, então Albus adorava fazer aquilo. Rose também, a propósito.

— Al, se você não me soltar vou te azarar.

— Sobre ontem… — Mas ele parou de falar quando notou a expressão de Scorpius mudar. — Nós somos amigos, certo?

— Por que será que acho que essa pergunta vem com alguma armadilha? — Scorpius perguntou cruzando os braços.

— Eu estarei aqui quando você quiser conversar, okay?

— Eu acho que se nós não descermos agora você vai se atrasar para o jogo. Se o Morgan já é absurdamente insuportável com atrasos nos treinos o que você acha que ele fará se você atrasar para o jogo?

Albus não conseguiu dizer mais coisa alguma já que o loiro o deixou sozinho no quarto. Quando ele chegou no salão comunal viu que o amigo estava parado conversando com Freya.

— … poderia azará-la sem qualquer culpa. É só você me dizer que quer.

O loiro apenas negou com a cabeça. A menina segurou sua mão e os três foram em direção ao Salão Principal.

Aquele foi o mais estranho café da manhã da história. Scorpius parecia ignorar a presença de Amélia, enquanto a menina o encarava com lágrimas nos olhos. Freya e Timothy pareciam ter feito um acordo entre si e ladeavam o loiro não permitindo que a morena se aproximasse, Nicholas se juntou ao grupo e estranhou o clima. Ele faria uma pergunta inoportuna, mas foi calado pelo olhar do irmão. Rose se mantinha por perto, mas também não tinha conseguido estabelecer uma conversa segura com Scorpius.

Eles caminharam em direção a arquibancada da Sonserina enquanto Albus foi para os vestiários pegar as últimas instruções. Mas ele mal escutou o que Joseph disse, era algo sobre abrir vantagem caso o apanhador lufano conseguisse o pomo e uma ameaça velada ao novo apanhador do time.

— Você escutou alguma coisa que eu disse? – Joseph perguntou a Albus quando os outros se afastaram para terminar de se aprontarem.

— Marcar a maior quantidade de pontos humanamente possível. – Albus respondeu vagamente.

Joseph revirou os olhos.

— E desviar dos balaços. Ouvi alguns comentários de que vão perseguir você.

A frase pareceu chamar a atenção do moreno. Albus se sentia esquisito quando olhava para o capitão, ele na maioria das vezes tinha um olhar duro e nas outras apresentava um sorriso de deboche. Ele era alto, seu rosto já estava perdendo seus aspectos da adolescência, tinha cabelos castanhos e olhos azuis e segundo Freya estava em outra categoria de beleza, um nível acima do que deveria ser permitido. Albus tentou não se irritar com o comentário da menina.

— Como eu…

— Se você tivesse ouvido o que eu falei saberia que o batedor dois vai ficar de olho em você para evitar acidentes. Seu trabalho, Albus, é nos fazer ganhar. Consegue fazer isso?

Albus pensava que ele não deveria olhar para as pessoas daquele jeito. Como alguém poderia conseguir raciocinar com aquele par de olhos azuis encarando tão fixamente?

— Sim. – Foi a melhor resposta que ele conseguiu dar.

O sorriso de Joseph, o sorriso real, não aquele repleto de deboche que ele distribuía regularmente, era muito bonito. Depois Albus culparia aquele sorriso por ter feito a pergunta que tinha evitado todas aquelas semanas.

— Por que eu não sou o artilheiro três? – Ele sentiu vontade de se chutar depois, porque ele não sabia se queria mesmo saber a resposta.

Joseph pareceu confuso por um momento, mas depois se deu conta a que o garoto se referia. Joseph tinha apelidado seus companheiros de time com o nome de suas posições e números, mas ele chamava Albus pelo nome ou o chamava de Potter quando ele o irritava. O capitão não sabia responder aquilo de forma adequada, porque ele também não sabia exatamente o motivo de fazer aquilo.

Ele agradeceu a Merlin por ter se livrado de responder quando um apito no campo foi ouvido.

— Você está disperso hoje e nós precisamos de você concentrado no jogo. – Joseph colocou uma mão no ombro do moreno e perguntou mais baixo. – Nós vamos ganhar hoje, Albus?

— Pode apostar nisso.

Jogar foi mais fácil do que Albus pensou que seria. Nos primeiros vinte minutos de jogo ele já tinha marcado quatro pontos e Eric mais dois, o outro time já tinha feito dois. Ele continuava adiante, sempre buscando a goles, sempre a arremessando. Joseph não mentiu quando disse que o balaço iria persegui-lo, parecia que não havia mais jogadores no campo. Doran estava tendo muito trabalho em afastá-lo de si e Eric estava sendo um perfeito idiota, ele já tinha perdido inúmeras bolas por não passá-las a Albus o que tava fazendo com que o Capitão ficasse vermelho de raiva, literalmente.

O jogo já estava caminhando para uma hora de duração e a vantagem da Sonserina só aumentava. Albus era um prodígio, ele fazia manobras arriscadas sozinho e junto com Ellaria, uma quartanista. As arquibancadas aplaudiram quando os dois fizeram a manobra de Ploy, Ellaria penetrou a defesa lufana e alçou voou, subindo cada vez mais fazendo com que dois artilheiros a seguissem para conseguir recuperar a goles, quando ela estava a uma distância segura arremessou a bola na direção de Albus, o garoto teve apenas que desviar do artilheiro que sobrara e mais um ponto foi marcado para o júbilo da torcida.

O moreno viu quando o garoto mirrado da Lufa-Lufa passou por ele perseguindo a bolinha dourada. Devia ser bom ser tão pequeno e magro, ajudava na velocidade e ali ele sabia que Marcos nunca conseguiria apanhar o pomo. Com os outros olhando para o garoto lufano ele roubou a goles novamente e fez mais um ponto para a Sonserina e assim conseguiu cumprir com o que tinha prometido a Morgan.

Mesmo apanhando o pomo de ouro a Sonserina venceu com a margem de 20 pontos. Albus tinha vencido o seu primeiro jogo, e quando olhou para a arquibancada sentiu como se tivesse algo congelado no seu estômago. Aquela não era a cena que ele queria ver, o rosto dos seus amigos apresentavam sorrisos falsos e eles batiam palmas sem ânimo. Ao contrário do resto da Sonserina que gritavam e pulavam, tão diferente das pessoas sérias e contidas que ele encontrava nos corredores e salão comunal.

Quando ele desceu sua mão foi apertada várias vezes e as pessoas o parabenizavam sem parar. Assim que ele entrou no vestiário percebeu que o clima lá também não estava como ele esperava Eric Nott estava encostado no armário com Joseph o prendendo segurando de forma firme em suas vestes.

— Eu não pensaria duas vezes em tirá-lo do time. Potter é inconstáveis vezes melhor e se para mantê-lo eu tiver que me livrar de você eu farei.

— Você só o quer porque ele é um Potter. – Nott falou e aquilo soou errado aos ouvidos de Albus. – Ter um Potter em sua listinha vai fazer bem ao seu ego, Morgan?

Joseph deu um soco no armário a poucos centímetros de atingir o rosto do outro.

— Você não tem metade do talento dele, por isso a inveja, Nott? – Joseph sorria daquela forma debochada tão conhecida de Albus.

Os dois se encararam e perceberam a presença do menino no mesmo momento que Ellaria, a garota deu um arquejo e os dois olharam em sua direção. Morgan soltou Nott como se levasse um choque. Albus ainda o encarou por alguns segundos quando se dirigiu até seu armário para guardar seu equipamento. Todos se mexeram para fazer o mesmo.

Quando olhou em volta ele já estava sozinho.

Em outros tempos ele perderia algum tempo de vida pensando no que aconteceu ali, se perderia pensando se só tinha conseguido sua posição por causa de seu nome. Mas agora ele sabia que não era esse o caso, ele era bom, sabia disso, Morgan também e Eric estava sendo o mesmo babaca que era normalmente.

Ele sabia o motivo da discussão dos dois. Eric tinha atrapalhado o jogo diversas vezes, eles tinham vencido sim. Mas com a ajuda de Eric teria sido com uma margem maior que lhes traria mais segurança no próximo jogo. Por ele ficaria sentado ali até toda aquela nuvem negra sair de cima deles.

Ele não sabia se teria alguém lhe esperando na saída do campo. Uma parte dele queria que tivesse, assim eles poderiam comentar as jogadas e o que tinham achado de diferentes perspectivas. Mas uma pequena parte queria que cada um tivesse seguido seu caminho, assim ele poderia ir até a cozinha e se esconder no dormitório só saindo na segunda. Isso daria tempo de Scorpius e Amélia se resolverem, certo? Ele resmungou e abaixou a cabeça a encostando nos joelhos.

— Tem uns amigos seus lá fora, sabe?

Albus se assustou e levantou a cabeça. Joseph estava parado encostado no armário do outro lado do vestiário.

— Eu já estou indo. – Albus levantou e espanou a poeira de suas roupas. Ele parou na entrada sem saber realmente a razão e viu que o rapaz o encarava sério. – Bom jogo hoje, capitão.

Morgan apenas assentiu e viu Albus sair.

 

Rose viu quando Albus saiu do vestiário com aquele sorriso tolo e falso no rosto, embora ela tenha que reconhecer que ele estava melhorando naquilo. Ele logo foi alcançado por um James entusiasmado que o ergueu do chão.

Ela queria ficar feliz pelo primo, e ela estava. Mas era uma felicidade suspensa, como se no fundo ela carregasse uma dor que não passasse. Como ela poderia ficar feliz quando o sorriso de Albus não alcançava seus olhos, Amélia tinha os olhos úmidos pelas lágrimas não derramadas e Scorpius mantinha aquela expressão de que nada importa? Freya tinha deixado bem claro que Amélia não era bem-vinda a ficar com eles, mas Rose veio em defesa da menina o que fez com que Scorpius olhasse para ela com frieza.

Scorpius nunca a olhara assim e aquilo lhe trouxe um gosto amargo a boca.

O almoço foi tão estranho quando o café e ela não via formas de como aquilo poderia melhorar. Em algum momento James notou que tinha algo de errado, claro que já tinha saído o boato de uma briga entre os quatro já que várias pessoas presenciaram o momento entre Scorpius e Amélia, mas poucas pessoas sabiam o real motivo. James saiu de perto deles assim que teve a oportunidade, prometendo a Albus que eles falariam sobre cada minuto do jogo quando toda aquela aura de dementador saísse de perto deles. Havia coisas que James entendia como sendo particular do irmão, que invadir seria um erro.

 

Amélia saiu da mesa da Sonserina o mais rápido que conseguiu. Scorpius não lhe dirigia um olhar, Freya era hóstil e Timothy a olhava de forma estranha. Rose permaneceu do lado dela, mas também estava magoada com ela por ter magoado Scorpius e ela nem sabia o que pensar de Albus, ele parecia confuso e sem saber como agir.

Amélia se sentia miserável e só queria achar um lugar onde poderia chorar em paz, longe do olhar dos outros e foi assim que Nicholas a encontrou. Amuada perto de uma armadura em meio a uma profusão de lágrimas.

— Você está chorando. – Ele falou o óbvio.

A garota tentou limpar as lágrimas, porém não surtiu muito efeito quando novas tomaram o lugar. Ela viu de forma embaçada Nicholas se aproximar e sentar com as pernas cruzadas.

— Minha família foi partidária do Lorde das Trevas, mas eles nunca receberam a marca negra. – Nicholas falou.

— O que? – Amélia perguntou confusa.

— Caso você comece a lançar acusações. – Ele deu um sorriso mínimo – No livro Pike diz que eles conseguiram se livrar de Azkaban graças ao dinheiro e prestígio, mas a verdade é que meu avó não era um comensal ativo e meu pai nunca se envolveu na guerra realmente. – Nicholas falava calmamente. – É verdade que eles apoiaram a causa puro-sangue, mas eles não tinham maiores envolvimentos além de ajuda financeira e algumas informações de dentro do Ministério.

— Por que você… – Amélia não sabia o que ele estava querendo ali.

— O que tem lá não é verdade. – Ele esclareceu.

— Como você…

— Tim. – Ele respondeu como se isso bastasse – O Malfoy pode dizer com mais detalhes o que tem de inverdade sobre a família dele no livro, mas eu sei que eles ajudaram de alguma forma na Guerra. – Nicholas a olhava fixamente. – O próprio Harry Potter saiu em defesa deles no julgamento.

A menina arregalou os olhos castanhos.

— Claro que esse tipo de informação não foi algo a que Pike deu atenção. – Ele deu de ombros.

— Eu não queria…

— Magoá-lo? – Nicholas a interrompeu. – É engraçado como nós ferimos as pessoas que gostamos, não é, Hall?

A garota assentiu.

— Veja só meu irmão… Ele me atormentou boa parte da minha vida por que eu era um pouco diferente do resto da minha família. Isso fez… – Nicholas parecia querer encontrar as palavras corretas. – Bem… Vamos dizer que foi bom quando ele veio para Hogwarts. Não que eu esteja comparando você a ele. Não. Até por que Eric sabia muito bem usar as palavras corretas para machucar alguém.

— Eu sinto muito, Nick. – Ela disse com pesar.

— Sonserinos… eles são… – Nicholas parou para pensar e riu em seguida – Eu cresci rodeado deles e não consigo encontrar palavras para descrevê-los.

— Ele me perdoará? – Era única coisa que ela gostaria de saber.

— Eu vi Scorpius Malfoy poucas vezes, geralmente em alguma ocasião formal e ele sempre foi distante naquela época, mesmo de Tim ou da garota Zabine.

— Então…

— Você o conhece melhor que eu, Hall. Como eu poderia saber se ele a perdoará? – Nicholas respondeu. – Mas eu sei que sonserinos podem ser vingativos ao extremo com aqueles que atravessam seu caminho.

Ela já tinha parado de chorar e olhava para o vazio perdida.

— Como membro da Casa de Rowena acho que posso dizer que você foi uma tola e uma péssima amiga. – Ele disse a olhando duramente. – Você pode dizer que não queria magoá-lo, mas o que são ações perto de palavras vazias?

Ela estava recomeçando a chorar.

— Nós somos os mais lógicos dessa escola, deve ser por causa da inteligência e tudo mais. Então eu sei que a Weasley e o Potter vão evitar dizer coisas assim já que eles nutrem afeto por você. Chorar não adiantará nada, Amélia. Não aliviará sua culpa ou diminuíra o ressentimento de Scorpius. Mas se quer de fato continuar com isso sugiro que encontre um banheiro vazio, pode ser por conta de toda a educação que recebi, mas chorar nos cantos não parece ser algo aceitável.

Nicholas levantou e saiu sem olhar para trás. O caçula dos Nott era uma figura diferente. Amélia o denomina mentalmente de estranho, mas sem uma conotação maldosa. Ele fazia jus a Corvinal, seus olhos castanhos pareciam carregar uma sabedoria incompatível com sua idade.

Se Amélia fosse ser sincera consigo mesma ela saberia que ter o perdão de Scorpius não seria algo fácil de conseguir, não depois da sua falha. Ela nem sequer conseguia imaginar o que ele tinha sentido, ela nem mesmo conseguia definir bem o que sentia. As palavras do livro ainda estavam gravadas em sua mente e ela temia nunca se livrar delas. Scorpius não poderia culpá-la mais do que ela estava fazendo naquele momento.

Eles eram amigos e Amélia o amava profundamente, ela tinha errado e assumia isso. Ela o tinha julgado, o tinha afastado mesmo depois dele ter dado avisos de que sua família tinha feito coisas abomináveis na guerra, ela tinha feito o mesmo que as outras pessoas faziam e o que ela por tanto tempo tinha abominado. Como ela poderia corrigir aquilo? Ela temia que o que tinha com Scorpius tivesse sido rompido para sempre.

Mas ela não podia deixar aquilo acontecer. Eles eram amigos, ele foi a primeira pessoa que ela conheceu, ele era cuidadoso, gentil e amável. Scorpius era bom e Amélia não poderia deixar que um erro estúpido separasse os dois. Ela levantou do chão limpando os últimos vestígios de lágrima. Foi até um banheiro e lavou o rosto e arrumou o cabelo. Ela saiu caminhando perguntando as pessoas se tinham visto algum dos seus amigos, segundo instruções ela foi parar nos jardins. Ela avistou de longe os cabelos longos e ruivos de Rose.

Ela foi caminhando de maneira decidida, demonstrando uma coragem que não sentia. Scorpius a viu quando ela ainda estava a uns metros de distância, seu rosto assumindo aquela expressão indeterminada que ele passou a usar desde o incidente deles.

Rose se virou para ver o que Scorpius encarava e voltou a encará-lo. Ela achou que Rose tinha falado alguma coisa porque ele assentiu e ela levantou, seus olhares se encontraram e ela desejou boa sorte só movendo os lábios sem sair qualquer som.

Amélia estava parada diante de Scorpius, seu coração parecia bater desenfreadamente e suas mãos suavam.

— Podemos conversar?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Me digam o que acharam