Protegida por um Anjo escrita por Moolinha


Capítulo 19
Dezenove


Notas iniciais do capítulo

Olá, meus leitores lindos ♥ Depois de um tempo sumida (os capítulos estavam sendo postados automaticamente) I'm Back!!!!!!!!!!
Então, estão gostando? Qual a opinião de vcs? O que vocês acham que deveria acontecer com o Harry?
Quero saber a opinião de vocês, muahahahha



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Era 1:38 A.M e eu estava deitada em minha cama, com os olhos fixos no teto do meu quarto, perguntando-me onde estaria meu sonho, já que tinha sumido há horas.

Olhei para a janela. Faltavam poucos dias para o natal, aquela data nunca foi especial para mim e nesse ano não seria diferente. O máximo que ocorreria seria um jantar em casa, mas nada de especial. Estávamos no inverno, não nevava, mas estava bastante frio, digo, extremamente frio, o que me incomodava, pois eu não sou muito fã de dormir empacotada.

— Droga! — Sussurrei, contorcendo-me toda na cama.

— Conte carneirinhos, Bells. — Propôs Jimmy, sentado na minha poltrona, exibindo seu sorriso se tirar o fôlego.

— O que você está fazendo aqui? —Esfreguei minhas mãos nos meus olhos para enxergar melhor.

— Você não se lembra do que eu disse?

Não respondi.

— Eu disse que não vou sair mais de perto de você, Bells. Vou te acompanhar em todo lugar que você for.

Dei um sorriso satisfatório para ele.

Jimmy! Ele estava ali comigo!

O cara que nunca sai dos meus pensamentos, que me deixa com cara de idiota, e que me faz pedir mais, mais e mais. Nunca achei que um dia eu me sentiria tão apaixonada e patética por ninguém.

Nem tanto assim, pelo menos.

— Isso é ótimo. — Joguei minhas cobertas no chão, sentando-me na cama.

— Como se sente?

— Um dia minhas feridas vão se cicatrizar.

Ele deu uma gargalhada.

— Senhorita Keaton, isso foi muito profundo. Não estou te reconhecendo.

Mordi o lábio.

— Pensei que você fosse me chamar de babaca. Por dizer isso. — Sussurrei.

— Eu diria isso se fosse há alguns meses atrás.

Senti as batidas do meu coração se acelerarem quando ele se moveu para perto de mim. E deixou seu rosto a poucos centímetros de distância do meu. Minhas mãos suavam e tremiam, meu coração quase saia pela boca.

— Porque agora você não está me tratando como antes, Gasparzinho?

Fiquei nervosa quando percebi a pergunta que eu tinha feito, por isso afastei meu olhar dos olhos de Jimmy.

Como expliquei anteriormente, eu sabia que existia um novo sentimento em mim e agora, mais do que nunca, posso senti-lo toda vez em que Jimmy se aproxima de mim. E tenho certeza absoluta de que sentimento é esse e do que ele significa para mim.

— É diferente agora, Bells. Você não percebe?

Fiquei calada.

Não consegui olhar para os olhos verdes e intensos de Jimmy e nem mesmo para seus lábios, porque eu sentia tanto desejo de mover meus lábios com os dele que recuei, encostando-me na cabeceira da cama.

Sua mão agarrou meu ombro subitamente e eu quase pulei um metro de tanto susto.

— Olhe pra mim, Bells. —A voz de Jimmy surgiu no meio da escuridão, interrompendo meus pensamentos maliciosos.

— O quê? — Perguntei num sussurro trêmulo.

— Olhe para mim. — Sua voz era firme.

— Jimmy...

— Olhe para mim, moça!

Ele falou tão alto que numa fração de segundos meus olhos estavam fixos aos olhos dele. Silencioso, ele deslizou sua mão direita delicadamente pelo meu pescoço, comprimindo um controle por minha nuca, deixando-me perplexa como uma estátua. Confesso: eu estava gostando da sensação de sentir frio na barriga, de sentir o palpitar frenético do coração e do suor penetrando em minha mão.

— Agora, bem... Quero que confie em mim, tudo bem? Harry não vai encostar um dedo em você. Se ele encostar, ele vai ter o que merece.

— Já disse que confio em você, não é?

— Não.

— Certo. — Dei um sorrisinho. — Eu confio em você.

Nossos rostos se aproximaram e conforme nossa proximidade ia aumentando eu sentia seu hálito quente e sua respiração calma e devagar. Deslizei meus dedos em sua camisa negra, sentindo as curvas de seu peitoral malhado. Tive a impressão de ver seus olhos brilhando — como da primeira vez em que ele apareceu em meu quarto — e quando olhei para seu lábios finos e avermelhados me dei conta que já estavam colados aos meus, num caloroso beijo repleto de desejo e amor.

Eu ainda não estava acreditando.

Nossas línguas estavam entrelaçadas e se moviam rapidamente, como se fossem se embolar em um único nó.

Senti toda a intensidade daquele momento indescritível quando ele juntou meu corpo para junto do seu, onde pude deslizar minhas mãos livremente por sua nuca e seu cabelo plumoso.

Ele me envolvia tanto em seus braços que eu quase sentia como se estivesse deitada em minha própria cama, que era até mesmo quente. Eu consegui com ele quase tudo aquilo que eu mais desejava. Sentir seus lábios aos meus, suas mãos explorando cada parte do meu corpo e mais do que nunca, de sentir seu abraço possessivo.

Estávamos tão grudados quando percebi que meu corpo estava sob o corpo dele e que seus dedos estavam cravados na minha coxa nua — claro, meu pijama era muito curto mesmo — que senti uma atração mútua e inimaginável percorrer todo meu corpo, deixando-me ofegante.

Acho que é por eu não estar acostumada a me sentir desse jeito, essa sensação é muito nova pra mim. Não a sensação de beijar um cara, mas sim a sensação de beijar um cara no qual estou apaixonada. E, certamente, nunca senti meu corpo fervilhar tanto com outra pessoa. Eu não acharia com ninguém o que achei naquele corpo firme, naquele toque delicado, naqueles olhos penetrantes e hipnotizantes e principalmente em seu sorriso repleto de malícia.

Cada toque e cada mínimo detalhe eu estava atenta.

Hesitante, afastei-me um pouco dele e me dei conta do que eu tinha feito.

O motivo? Bem, Jimmy Fields está morto.

Nunca se passou nada em minha cabeça beijar um cara morto. E devo dizer que não é muito correto eu me relacionar com um cara morto. Porque simplesmente não há futuro numa relação dessas.

Quando me afastei mais dele, ele me olhou com compreensão.

— O que foi? — Perguntou, aproximando-se.

— Você está morto, Jimmy.

— Esqueceu daquela nossa conversa sobre sensações e sentimentos, Bells?

Incrédula, perguntei:

— Você está sentindo alguma coisa agora?

Ele colocou suas mãos em minha cintura e puxou-me novamente para seus braços. Com seu sorriso sedutor que me atrai de jeito enigmático, ele disse:

— Deduza você. — E aí, aplicou-me outro beijo. Aquele beijo de tirar o fôlego.

Havia dias em que eu não conseguia saber o que eu estava sentindo. Dias em que eu tentava desvendar porque meu coração batia tão rápido quando Jimmy se aproximava de mim, mas eu nunca achava as respostas certas. E agora, sei que está estampado em minha testa que eu o amo com todas as forças que existem em meu corpo.


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