Vulpes vulpes escrita por Kori Hime


Capítulo 1
Vulpes vulpes


Notas iniciais do capítulo

Olá, eu escrevi essa one shot assim sem pensar muito, apenas sentei aqui e digitei rapidinho alguma coisa. Já fazia um tempo que queria escrever fanfics do desenho, mas sem tempo fica difícil, por isso decidi fazer algo sem compromisso. Não tem um certo começo, meio e fim. É uma cena tirada da minha cabeça e colocada aqui para vocês lerem HUSHUAUHAHAHS que explicação maravilhosa.
Boa leitura.



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Aquela era uma manhã normal, pelo menos até as nove e vinte e cinco, quando, pelo rádio, Garramansa alertou que havia um caso de resgate próxima a Avenida King Lion. Rapidamente, a agente Hopps acelerou com o carro e partiu para o endereço indicado.

Nick reclamou, ao deixar cair o café em seu uniforme, enquanto a caixa com rosquinhas rolava para o banco de trás.

Em poucos minutos a viatura policial chegou na Avenida King Lion e eles encontraram um grupo de animais ao redor de uma árvore. Judy pediu que todos se afastassem para que eles pudessem trabalhar.

— Policiais, socorro, por favor, ajudem minha filha que subiu em cima da árvore e não quer mais descer.

Wilde tirou os óculos escuros e olhou para a gata que implorava pelo socorro.

— Senhora, porque não chamou os bombeiros para tirar sua filha de cima da árvore?

Antes que Nick pudesse receber a resposta, Judy tomou conta da situação e decidiu subir em cima da árvore para convencer a gata descer. Diante da atitude amigável da policial Hopps, os curiosos começaram a dispersar e Nick decidiu terminar de comer uma das rosquinhas enquanto sua parceira fazia Marrie, a gata de oito anos, descer da árvore e ir embora com sua mãe.

— Pobrezinha, ela está com problemas na escola e por isso se sentia mais segura em cima da árvore. — Judy cruzou os braços, observando mãe e filha se afastar. — Devemos ir até essa escola para alertar o diretor que...

— Ninguém liga. — Nick revirou os olhos. — Vamos indo, está quase na hora do almoço, e eu estou muito a fim de comer um sanduíche de almôndegas daquela lanchonete que abriu perto do departamento.

Judy olhou para o amigo, com um sorriso sarcástico.

— Você é muito bom em esconder seus sentimentos, durão. — Ela deu um soquinho no ombro de Nick. — Vamos, vai dar tempo almoçar e passar na escola.

Quando Judy não estava olhando, Nick sorriu.

Ser o parceiro de uma coelha tagarela e bastante proativa, seria um verdadeiro pesadelo para o Nick Wilde do passado. Entretanto, o atual Nick estava passando por uma fase diferente de tudo o que já viveu. E ele viveu muitas coisas nos últimos anos.

Era o dia de sua folga, e Nick estava bebendo refresco, sentado na cadeira de praia em frente à escada do prédio que morava. Ele observava os filhotes de panda brincavam de pular corda do outro lado da rua, embora elas só conseguissem saltar poucos milímetros do chão e a corda enrolava em suas patas.

O celular vibrou e Nick pegou o aparelho mais rápido do que poderia imaginar se possível. Wilde olhou o nome de Judy piscar na tela do celular. E, por isso, ele parou para pensar alguns segundos no que estava acontecendo. Suas orelhas estavam erguidas, em alerta. O coração acelerado e seu focinho tremia. De repente, a raposa largou o aparelho, que vibrava sem parar. Se ele não atendesse, era capaz que Judy aparecesse ali em alguns minutos.

Por um momento a ideia pareceu ser boa. E isso deixou Wilde ainda mais nervoso.

— Vamos, garotão, isso não tem nada a ver. Vamos, para de bobagem. — Nick pegou o celular e decidiu responder a mensagem de sua parceira. E quando viu, a mensagem durou mais do que algumas trocas de emoticons aleatórios.

Judy: Como está o dia? Se divertindo muito?

Nick: Estou me divertindo demais, você nem imagina.

Judy: Que inveja, eu ainda nem almocei.

Nick: Muito trabalho?

Judy: O Chefe Bogo decidiu organizar os arquivos.

Nick: Então é melhor eu deixar você trabalhar, porque eu tenho que curtir o sol.

Judy: Você vai comprar algum picolé gigante para revender?

Nick: Qual é, cenourinha, você sabe que eu não faço mais essas coisas.

Judy: Sim, claro :)

Nick: O que essa carinha quer dizer?

Judy: Nada.

Nick: Tá.

Judy: O que foi?

Nick: Nada.

Judy: Ridículo.

Nick: É, você me conhece.

Judy está digitando...

Judy está digitando...

Judy está digitando...

Judy está digitando...

Nick: Uau, você deve estar escrevendo um livro aí.

Judy: Claro, um livro sobre como você é irritante.

Nick: Desistiu de enviar, cenourinha?

Judy: É melhor conversarmos depois. Vou voltar ao trabalho. Até mais.

Nick: Beleza, até depois.

Nick aguardou que Judy enviasse os emoticons que sempre mandava no final de uma conversa, quando se despedia. Mas ela ficou off-line logo em seguida. Ele então largou o celular, voltando a observar os filhotes de pandas desastrados enrolados das patas até a cabeça com a corda.

O almoço tardio de Nick foi um rolinho primavera, assistindo uma prévia para o início da partida de futebol na TV. Seu time iria abrir a Copa do Mundo de Futebol, e ele estava tentando se concentrar naquele momento importante. Só que, cada vez que o telefone vibrava, suas orelhas apontavam para o céu. Mas nunca era Judy.

— Quem eu quero enganar? Eu sou apenas uma raposa, e ela uma coelha. — Nick desligou o celular e decidiu aproveitar de verdade a sua folga. Foi até um bar, onde poderia ver o jogo, bebendo cerveja na companhia de alguns amigos.

— O-lá, Ni...ck. — Do outro lado do balcão, uma preguiça chamada Tony, encheu o caneco de Nick. A conversa foi vagarosa, e ao contrário do que a raposa pensou, ele não conseguia parar de pensar em Judy. Por isso, quanto mais bebia, mais as palavras saíam de sua boca.

— Ela é divertida, engraçada e esperta. Tem um bom coração, gosta de ajudar as pessoas e está sempre disposta. Sinceramente, Tony, não sei o que vi naquela coelhinha.

— E-u... n-não... te-nho... i-de-i-a.

— Todos os dias, quando eu chego ao departamento, na minha mesa tem um saco de rosquinhas de caju e manteiga de amendoim, são as minhas preferidas. E da última vez que meu time Vulpes vulpes perdeu, ela chegou em casa com uma torta de mirtilo.

— Pa-re-ce... gos-to-so.

— E estava mesmo, eu adoro torta de mirtilo. E eu adoro como ela fala comigo, me dando apoio. E eu adoro quando ela olha para mim com confiança, quando ela me faz sentir parte de algo. — Nick terminou de beber a cerveja e Tony tratou de encher mais o copo. — Eu queria poder dizer tudo o que sinto para ela.

— En-tão... di-ga.

— Não é tão fácil quanto parece, meu amigo. — Nick não terminou sua bebida e deixou o dinheiro sobre o balcão. — Foi bom conversar com você, obrigado pelo papo, Tony.

— Fo-i... u-m... pra-zer.

Nick deixou o bar e retornou para casa. Durante o caminho, as palavras de Tony serpenteavam sua cabeça. “Então diga, então diga”. Conforme ele repetia essas palavras, seus passos aceleraram, até que ele parou diante de um prédio, pegou o celular do bolso e enviou uma mensagem para Judy.

Nick: Você dormiu em cima dos arquivos, ou pode sair essa noite?

Judy: Acabei de chegar em casa e tomei um banho, estava pensando em pedir alguma coisa para comer.

Nick: Claro, você precisa descansar.

Judy: Vamos combinar outro dia, estou querendo assistir um filme no cinema. O que acha?

Nick: Tem certeza de que quer passar algumas horas dentro de um lugar escuro com uma raposa?

Judy: Eu tenho meu spray anti-raposas.

Nick: Esperta.

Judy: Boa noite, Nick.

Nick: Boa noite, cenourinha.

Judy está digitando...

Judy: Go Vulpes vulpes o/

Nick: GO! :D


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Notas finais do capítulo

E ai? Beijos.