Your Love Is A Drug escrita por Julie Kress


Capítulo 9
Doce vingança de uma loira revoltada...


Notas iniciais do capítulo

Hey, pessoal!!!

Ri muito escrevendo esse capítulo rsrsrs

Espero que gostem!!!

Boa leitura!!!



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O empurrei para o lado e saí da cama ajeitando meu roupão, fui para o meu quarto e vesti meu pijama. Peguei meu celular, já tinha algo em mente, aquele nerd imbecil ia me pagar. Procurei o número de uma amiga no contato, fiz uma rápida ligação e combinei tudo com ela. Enquanto a esperava, resolvi fazer um lanchinho. Preparei um sanduíche de salame com bacon, e peguei um suco de caixinha do estoque do nerd.

Rumei pra sala, liguei a TV e fiquei esperando minha amiga. Ela demorou cerca de uma hora para chegar, eu já estava quase cochilando quando a campainha tocou.

— Quanta demora, eu hein? Entra, entra... - Falei impaciente, dando espaço.

— Está de TPM, meu bem? - A criatura sorriu com cinismo. - Cadê o bofe? - Entrou olhando para todos os lados.

— Tá no quarto, no quinto sono. - Respondi fitando a "loira".

Era uma "amiga" extravagante, toda fresca e purpurinada. Vestia um de seus modelitos cor de rosa pink, um vestido com babados, bolsinha rosa e botas rosas com saltos. Também usava uma meia-calça roxa, a maquiagem exagerada como sempre, não usava mais peruca pois seu cabelo já havia crescido, e estava até bonito com aquele corte chanel.

— Não vai se empolgar muito, hein? Venha comigo, não faça barulhos! - A puxei e a conduzi até o quarto aonde o babaca do Benson dormia profundamente.

— Que moreno delícia, amiga. Deixa eu abusar desse corpinho sexy. Por favorzinho, deixa? - Implorou olhando para o nerd.

— Para com esse fogo no rabo, nada de quebrar o nosso combinado, entendeu? Agora anda, me ajuda a tirar o pijama dele! - Falei com a voz baixa.

A loira fez bico, mas acabou me ajudando com prazer.

— Minha Santa Kim Kardashian! - Exclamou surpresa quando terminamos de despir o moreno. - Olha isso, racha! - Apontou para o "companheiro" do nerd. - É ENORME! - Gritou e eu pulei nela, tapando sua boca.

Ficamos imóveis fitando o moreno que se mexeu, murmurou algo, continuou dormindo. Suspirei aliviada por ele não ter acordado, tirei a mão da boca da criatura cor de rosa.

— Sua bicha louca, tu quase acordou ele! - A fuzilei.

— Desculpa, eu apenas me empolguei. - Sussurrou corada. - Amiga, sua lesada, deixa euzinha dá uma chupadinha nesse sorvetão? - Me olhou com aquele olhar de pidona.

— Não! - Lhe lancei meu pior olhar. - Estou falando sério, não ouse tocar nele. - Apontei para ela que assentiu com os olhos esbugalhados.

— Racha malvada! Tem um bofe maravilhoso e nem compartilha. Isso é até pecado, sabia? - Dramatizou.

— Olha, Nevel, não me faça perder...

— Opa! Parou tudo! Vou ter um ADP! Escuta aqui, eu não vim aqui para ser chamada de Nevel, ok? Agora sou Penélope! Penélope Papperman, e não admito ser chamada de Nevel, ouviu bem ou quer que eu repita? - Me olhou irritada.

— Tá, que seja... Enfim, Penélope, faça apenas o que combinamos por telefone. Nada de tocar com a mão ou com a língua, pode olhar a vontade, mas não abuse dele. Vou ficar de olho em você, estarei no quarto ao lado e vou aparecer aqui para checar e se eu pegar você passando a mão nele, vou virar a tua cara do avesso, arrancar suas unhas postiças, raspar seu cabelo e vou tatuar a frase "Sou uma biba chifruda" na tua testa! - Ameacei, séria.

— Por quê você é tão má? - Tremeu os lábios. - Fui traída apenas uma vez... - Fingiu secar uma falsa lágrima.

— Foda-se! Vou estar aqui ao lado. Pode tirar a roupa e deitar ao lado dele... - Gesticulei.

— Eba! Vou dormir esquentadinha. Ei, malandra, que tal a gente deixar marquinhas de chupão no pescoço dele só para deixar mais convincente? - Sorriu, maliciosa.

— Deixa isso comigo. Sai pra lá! - Empurrei a criatura que já estava só de calcinha fio dental rosa pink. Uma visão dos infernos.

— Maldade! Você pode tocar no bofe escândalo e euzinha fico aqui só olhando com água na boca. - Choramingou.

Após "marcar" o nerd idiota, saí do quarto deixando a porta apenas encostada...

[...]

No dia seguinte...

Comecei a cantarolar animada, peguei três ovos, tomate, queijo e presunto para preparar um delicioso omelete. O café estava pronto, também fiz suco e postei a mesa com frutas, geléia de uva e torradas. Já se passava das 8 da manhã. Dei algumas olhadinhas nos dorminhocos, estavam rocando e dormindo agarradinhos. O nerd pelado e a Penélope apenas usando sua terrível calcinha fio dental...

Fiz meu omelete, tomei meu café-da-manhã, tranquila. Larguei a louça suja na pia, dei uma rápida limpada na cozinha, passando apenas um paninho úmido na mesa e no fogão, e tals.

A sala tava um pouco bagunçada, dei uma organizadinha ali e outra acolá. Passei o aspirador, um paninho na estante e borrifei um pouco de purificador de ar com perfume de pinho.

Fui para o meu quarto, recolhi todas as minhas roupas sujas enfiando-as no cesto, catei algumas moedas e segui para a lavanderia, levando apenas o sabão em pó. A lavanderia ficava no quarto andar, quando cheguei lá havia apenas uma das máquinas disponível. Sete máquinas e as secadoras já estavam ocupadas. Algumas senhoras fofocavam, tinha um homem atrapalhado separando as roupas, um rapaz ouvindo música enquanto aguardava suas roupas secarem e a porta foi aberta, uma garota entrou mascando chiclete carregando um cesto grande lotado de roupa, eu me abaixei juntando as moedas que cairam no momento que ela entrou...

Levantei depressa, vendo-a apressar os passos até a máquina desocupada. A única desocupada... Merda.

Disparei, eu não ia deixar aquela garota chegar lá primeiro. Ela correu também, mas eu estava na frente. Corri o mais rápido que pude deixando-a para trás, faltava apenas meio metro, a lavanderia era grande. Além das máquinas de lavar e secadoras, também haviam tábuas e ferros de passar roupa para serem utilizados pelos moradores do prédio.

A maldita pulou em cima de mim, subindo nas minhas costas. Caímos, voou roupas minhas para tudo quanto é lado. Vi o cesto dela deslizando pelo piso cinza, ela havia o empurrando em direção à máquina antes de pular em cima de mim.

— Sai de cima de mim! - Rosnei virando meu corpo.

Ela gemeu de dor quando esmaguei a cara nela no chão.

— Cheguei primeiro! - Engatinhei catando minhas roupas.

— Tô nem aí. - Senti um puxão no meu cabelo.

— VOU DESCER O CACETE EM VOCÊ, GAROTA! - Acertei uma cotovelada nela que largou o meu cabelo.

— Ai, meu peito, sua loira oxigenada! - Choramingou caindo no chão.

— MEU CABELO É NATURAL, ÔH VADIA! - Me emputeci e me joguei em cima dela agarrando seus cabelos lisos que eram um pouco avermelhados, claramente tingidos.

— ME SOLTA, SUA PEITUDA! - Começou a se debater.

— PELO MENOS EU TENHO PEITOS, RUIVA TINGIDA QUE USA BOJO! - Gritei quase arrancando seus cabelos.

— EI, PAREM COM ISSO, MENINAS! - Alguém tentou me tirar de cima dela.

Em seguida ouvi um gemido de dor, olhei para trás e vi o garoto que estava ouvindo música quando cheguei fazendo caretas de dor, enquanto massageava sua "área ultra sensível". Eu havia dado uma bela cotovelada nele, tadinho...

Minutos depois...

— Foi mal aí, cara... - Me desculpei com o garoto. Até que ele era gatinho.

— Ow, Jake, pobre Jakezinho, que peninha... A culpa é toda sua. - Aquela nojenta apontou para mim.

— Para, Missy, chega! Estou bem, vou sobreviver! - Ele se meteu entre nós. - A loirinha chegou primeiro, ela tem o direito de usar a máquina! - Ele sorriu para mim.

Não pude deixar de sorrir, e sem perder mais tempo, procurei minhas moedas nos bolsos...

— Puts! - Comecei a praguejar mentalmente. Eu havia perdido as benditas moedas. Que ódio.

Jake percebeu minha cara de frustração, tirou a carteira do bolso, retirou dali algumas moedas e me deu.

— Depois eu te pago. - Sorri agradecida.

— Não precisa. - Dispensou, simpático.

— Ela tem cara de quem gosta de receber esmolas mesmo... - A tal de Missy resmungou.

— Melissa! - Ele a repreendeu.

— Não me diga que tá a fim dela, Jake. - O encarou, horrorizada. - Olha só pra ela, parece um garoto. Se veste como um moleque e esse cabelo curto então... Ela é horrorosa! - Apontou para mim, furiosa.

— Discordo, Robinson! Ela é linda e tem uma beleza natural. Você fez plástica no nariz, pinta o cabelo e forra o sutiã com esponjas! - Riu na cara dela.

— E você tem pinto pequeno, seu loiro burro! - Esbravejou, jogou o cabelo para trás e foi embora deixando o cesto dela ali.

O garoto ficou super sem graça, coçou a nuca e suspirou.

— Fiz merda... - Admitiu.

— Hãn? - O olhei confusa.

— Eu meio que... - Ficou completamente corado.

— Gosta dela? - Desconfiei.

— É isso aí. - Assentiu.

— Então, vai atrás dela, ué... - Prendi o riso.

— Vou fazer isso mesmo. - Sorriu confiante antes de sair correndo da lavanderia.

Revirei os olhos, peguei meu cesto de roupa e comecei a separar as peças para lavar. Depois as coloquei na máquina separadas por cor. Uma das máquinas foi desocupada, olhei para o cesto da tal Missy Robinson e ri maldosa...

Agi rápido, joguei todas as roupas dela na máquina, colocando uma boa quantidade de sabão em pó, e exagerei na dosagem de água sanitária, liguei a máquina e ri vendo aquelas roupas coloridas rodando, tinha um monte de peças brancas que após a lavagem ganhariam outra cor...

[...]

Retornei com minhas roupas lavadas, sequinhas, perfumadas e passadas. Uma senhorinha gentil me deu pouco de amaciante e ainda passou minhas roupas, fui direto para o meu quarto. Silêncio, doce silêncio. Os dorminhocos ainda estavam num sono profundo.

Fui para a cozinha, vasculhei a geladeira. Peguei a jarra de suco, enchi um copo médio, achei um pacote de biscoito no armário, despejei os biscoitinhos numa tigelinha. Fui para sala, me acomodei no sofá e liguei a TV, procurei algo legal para assistir. Não achei, acabei deixando num programa qualquer de culinária.

— Pegue o pernil recheado, ponha numa assadeira e despeje um pouco de mel, o enfeite com rodelas de cebolas e... - A voz da velhinha que ensinava a receita foi abafada com um tremendo de um berro.

Pulei do sofá, me arrepiei todinha. O Benson havia acordado...

Não demorou para ele surgir na sala gritando enrolado no lençol com o Nevel, ops, Penélope vindo atrás dele.

— VOLTA AQUI, AMOR! TIGRÃO! VOCÊ DETONOU COMIGO, MORENO DELÍCIA! - A bicha saltitava apenas de calcinha.

— AAHHHHHH! PUTA QUE PARIU! SAI PRA LÁ! - O Benson corria em volta do sofá.

— O que foi, bofe? Não lembra da nossa noite maravilhosa? A gente sacudiu a cama, foram três rodadas de sexo. Você beijou todo o meu corpo. E me elogiou me chamando de boca de veludo. Deu tapinhas na minha bunda, me fez gritar e não parava de me chamar de loiraça fogosa! - O Papperman corria atrás.

Tudo era mentira, mas o nerd acabou acreditando. Seus olhos estavam esbugalhados, a cara dele era impagável. Me segurei o máximo para não começar a rir e estragar tudo.

— NÃO CHEGA PERTO DE MIM, COISA ESCANDALOSA! - O moreno já estava apavorado.

— NÃO FUJA DE MIM, GOSTOSO! VAMOS REPETIR O QUE FIZEMOS? POSSO REFRESCAR SUA MEMÓRIA, QUERIDO! AINDA TENHO UM POUCO DE VASELINA, SEMPRE CARREGO NA BOLSA! - A bicha louca parecia se divertir perseguindo o Benson.

— VAI EMBORA! SAI PRA LÁ, ABERRAÇÃO! - Gritava o nerd. Os dois ainda corriam em volta do sofá.

— Magoou... - Penélope parou de correr. - VOCÊ ME TRAÇOU E AGORA TÁ ME ESCULACHANDO? - A criatura se revoltou.

— NÃO LEMBRO DE NADA! DE ONDE VOCÊ SAIU, COISA ESQUISITA? - O nerd gritava cada vez mais surtado.

— Bofe ignorante, seu grosso... UI, ADOROOOOO! ADORO HOMENS RUDES! ME LEVA PRA SUA CAMA DE NOVO! ME FAZ GRITAR DE PRAZER! VEM AQUI, PELUDINHO GOSTOSO! - Disparou atrás do Benson fazendo biquinhos.

— VOU QUEBRAR A TUA CARA, SEU TRAVESTI ABUSADO! - O moreno berrou furioso.

Resolvi intervir, ele estava puto, surtado e poderia até matar o Papperman, não duvido...

— EPA! - Gritei me metendo entre eles. - Calma aí, Benson! - Me virei para o moreno que tremia e bufava, seus punhos estavam cerrados. - Você chegou com "ela" numa maior agarração ontem a noite, trocaram bastante saliva aqui na sala, depois subiram para o seu quarto, quase não consegui dormir por conta dos gemidos de vocês. - Menti. - Pelo visto a coitadinha gamou em você, e eu não vou admitir que você bata na pobrezinha. - O segurei pelos ombros.

Ele apenas soltou um palavrão e desviou o olhar.

— Vou embora. Bofe agressivo não dá para aturar mesmo. Tô me sentindo humilhada, usada e ainda por cima rejeitada... Isso é... - Penélope começou a fingir que estava chorando. - Isso é demais para a minha pessoa! - "Soluçou".

— Melhor você ir mesmo. - Olhei para a bicha que estava arrasando na atuação.

Papperman correu para o quarto do Benson, depois saiu de lá já arrumado, ainda fingindo que chorava...

— A gente transou sem camisinha. Reze para eu não ficar grávida! - Exagerou, me controlei para não revirar os olhos e a biba purpurinada foi embora batendo a porta.

— Aonde você conheceu "ela"? - Perguntei me afastando dele.

— Merda! Não sei, não sei... Oh, Deus! Isso não pode estar acontecendo... - Lamentou indo sentar no sofá.

Se encolheu todo ali e começou a chorar. Seus corpo sacudia tremendo, estava apavorado, com sua "masculinidade ferida", pensando que dormiu com um um travesti...

Ele chorava desesperado, murmurando coisas que eu não conseguia entender.

Sentei ao lado dele com cautela, me controlando para não cair na gargalhada, eu poderia até molhar as calças de tanto rir.

— Veja pelo lado bom, colega, pelo menos agora você não é mais virgem. - Falei.

— Ah, eu quero morrer... - Chorou ainda mais e deitou a cabeça nas minhas coxas.

Mordi o lábio ainda prendendo o riso que viraria uma sonora gargalhada. Havia dado certo, eu já estava me sentindo vingada. Mas será que exagerei?


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam da vingança da loira??? Ela exagerou ou o nerd mereceu???

Gostaram da participação do Nevel, da Missy e do Jake???

A Penélope é hilária, não??? Kkkkkkkk

Comentem! Bjs



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