Your Love Is A Drug escrita por Julie Kress


Capítulo 7
Constrangimentos...


Notas iniciais do capítulo

Hey, pessoal!!!

Aí está mais um capítulo de YLIAD haha

Espero que gostem!!!

Boa leitura!!!



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No dia seguinte, Terça-feira, às 06:30hrs...

P.O.V Do Freddie

Acordei com o meu despertador tocando, rolei saindo de perto de uma certa loira, que sequer se mexeu, ela estava num sono profundo, roncando baixinho... A danada passou a noite agitada, falando dormindo, rolando por cima de mim, me chutando e jogando braços e pernas por cima do meu corpo. Foi uma longa noite, quase não consegui dormir direito, tive vontade de jogá-la pela janela.

Levantei sonolento, espreguiçando-me, dando um grande bocejo e desliguei o despertador. Esfreguei os olhos, com os passos arrastados segui para o banheiro. Fiz xixi, estava apertado demais, por pouco não molhei as calças. Me despi depressa, entrei no box e tomei uma ducha fria e rápida, eu tinha que tomar café o mais rápido possível e ir para o trabalho.

Enrolei-me na toalha, prendendo-a nos quadris e sequei meu cabelo com o secador da loira, passei desodorante e voltei para o quarto, peguei a primeira cueca que vi quando abri a gaveta, vasculhei o guarda-roupa, escolhi uma calça jeans com lavagem escura e vesti meu uniforme, com uma jaqueta marrom por cima. Enfiei meu celular no bolso, após arrumar meu cabelo, fazendo o de sempre, um topete bem caprichado.

Chequei as horas. 07h:29min. Decidi acordar a Puckett, íamos chegar atrasados no trabalho...

— Ei? - Cutuquei seu ombro.

Baba escorria pelo seu queixo, ela continuou imóvel.

— Loira? - Chamei, balançando-a pelos ombros.

Ela resmungou algo incompreensível, e roncou, rolando o corpo quase para fora do colchão.

— Acorda! - Perdi a paciência.

Distribuí tapas por suas coxas descobertas, tapas estalados, e subi para o seu bumbum, dando um forte tapa, até minha mão ardeu.

Ela gemeu... Soltou um gemido de dor seguido de um palavrão. Enfim, despertou... Se levantou irada, com os punhos fechados, rosnando como um cão raivoso.

— O-olha, e-eu...

— Como ousou bater na minha bunda? - Estreitou os olhos, sua voz estava rouca, dopada de raiva.

— Estamos atrasados pro trabalho, você não acordava e eu...

— FREDDINHO? - Minha mãe bateu na porta. - ACORDA, FILHO! - Gritou mais alto.

— Já acordamos, mãe! - Falei andando para trás sem tirar os olhos da loira endiabrada.

— Não demorem muito, o café está pronto. Desçam logo, ou terei que tirar vocês daí? - Perguntou impaciente.

— Não precisa, mãe. Já vamos descer, só mais 15 minutinhos. A Sam vai tomar banho... - Avisei.

— Bom mesmo, irei terminar de pôr a mesa, querido. - Disse antes de ir embora.

— Escuta aqui, seu abusado. Nerd safado, dá próxima vez que bater na minha bunda, vou virar sua cara do avesso, entendeu? Nunca encoste no meu cabelo ou na minha bunda, odeio isso! - Apontou o dedo rente ao meu nariz, bufando de raiva.

Assenti, com medo daquele olhos faiscando, e encolhi os ombros, andando pra trás...

— Tá legal. - Chequei a hora no meu Pearphone. - Você têm menos de 10 minutos pra tomar banho, se arrumar e descer... A Marie detesta atrasos e ela vai descontar do nosso salário por cada minutinho de atraso. - A informei e ela soltou o ar, suspirou e foi para o banheiro.

[...]

— Cuidado, ainda está quente. - Minha mãe colocou uma tigela cheia de mingau de aveia na minha frente.

Revirei os olhos, aborrecido. Ela continuava me tratando como um bebê. Tomei a primeira colherada, esqueci de esfriar e acabei queimando a língua. Foi uma tortura engulir aquele troço ruim, sem açúcar...

— Bom dia, Samantha! - Ela sorriu para a loira, que sentou com uma carranca olhando para o café-da-manhã.

Mamãe preparou mingau de aveia, esquentou leite de soja, colocou frutas secas num potinho, granolas, cereais sem graça, e fez uma vitamina de banana com mamão.

A Puckett não respondeu, apenas pegou uma maçã da fruteira.

Segurei a risada, ela estava com a boca suja de creme dental. Vestia uma camiseta preta do avesso... Se levantou e foi comer de pé, encostada na bancada. Ela vestia uma camisa xadrez por cima da camiseta, uma calça jeans folgada, rasgada nos joelhos e calçava um par de Vans vermelhos surrados, e pra fechar seu estilo "moleca", seu boné roxo cobria seus cabelos curtos, deviam estar desarrumados, um verdadeiro ninho de ratos.

Terminei de comer, levantei às pressas, corri para escovar os dentes. Enfiei a carteira no bolso, peguei o chaveiro, e encontrei a Puckett na sala, devorando uma banana.

— Tchau, mãe! - Beijei seu rosto e puxei a loira porta afora...

— TENHAM CUIDADO! - Gritou.

Minutos depois...

— Qual é o problema da sua mãe? - Perguntou colocando o capacete. - A velha é completamente biruta! - Resmungou. - Por quê não me avisou que eu tava com a boca suja de creme dental? Tive que ouvir a bronca da sua mãe, e me segurei pra não mandar ela...

— Opa! Foi mal! - A interrompi. - Tenha paciência com ela, só te peço isso. E aliás, a tua camiseta está do avesso. - Avisei apontando para a mesma.

— Merda! - Praguejou. - Dane-se, vamos logo! Dou um jeito nisso lá no P&P's. - Disse despreocupada.

Montei na minha Lambreta, ela subiu na garupa, e passou os braços ao redor da minha cintura. Seguimos pelas ruas de Seattle, fizemos uma rápida parada numa tenda de comes e bebes mexicanos, ela comprou dois Burritos, um pastel de carne e uma bebida quente, feita com leite e outros ingredientes. Comprei um lanche também, era feito de carne moída e molho picante.

Chegamos no P&P's às 08:56hrs, atrasados, e a Marie nos deu uma bela bronca. A platinada estava uma fera, com certeza de TMP, pois a gente devia ter chegado às 07h:20min... Fui para a sala de assistência, cabisbaixo, ocupei o meu lugar, dentro da pequena cabine. Iniciei o meu expediente, e me concentrei no meu trabalho.

Horas depois, horário de almoço...

Minhas férias estão sendo uma porcaria, uma semana e 3 dias já se passaram e eu sequer me diverti pra valer, está sendo do trabalho para a casa, e assim por diante... E quando as aulas voltarem, terei que trabalhar de tarde já que estudo de manhã.

— A sua irmã anda muito nervosa, sabia? Chora quase todos os dias, me acorda de madrugada para arrumar coisas pra ela comer, coisas que... Não sei como ela aguenta comer, ontem foi torta de abacaxi com atum, acredita? Abacaxi com atum? Misturados, uma gororoba horrorosa! Só tu vendo, irmão! - Brad desabafava comigo. - E ela cismou que tá com a barriga com formato de melancia com defeito, dizendo que tá gorda com peitões. Cara, os seios dela são do tamanho de uma... Uma maçã grande, cabem nas minhas mãos e a barriga dela tá tão linda, perfeitamente redondinha... Meu parceiro, a Carly tá me enlouquecendo, anda com cada paranóia, tô ficando traumatizado... Semana passada, ela sonhou que eu tava traindo ela e me acordou com pancadas, acredita? Amigo, mulheres grávidas ficam ainda mais loucas e agressivas. Tive que dormir no quartinho de limpeza, em cima de um papelão. E tem mais, não posso nem olhar para os lados quando saimos juntos. Tua irmã está...

— Estou o quê hein, Bradley Connor Prentice? - Carly surgiu do nada, até eu me assustei.

Meu amigo se engasgou, estávamos almoçando no restaurante/lanchonete da Vovó Carmella, era o nome do estabelecimento.

Me levantei e fui socorrer o cara, dei três tapas fortes nas costas dele. O maluco cuspiu, voou pedacinhos de bife para o meu prato. Credo! Quêm mandou falar de boca cheia?

— Falando mal de mim? Tô chateada com vocês! - Ela veio para cima da gente, distribuindo bolsadas.

— Calma, calma, para! - Corri para perto da Sam, que estava sozinha comendo ao lado do balcão.

Ela olhou para a morena, arrancou mais um pedaço da coxa de frango e mastigou lentamente, entediada...

— Socorro! - Sussurrei, me escondendo atrás dela.

— A tia Marissa vai ficar sabendo disso, você e o Brad vão ficar encrencados. - Disse fazendo drama.

Carly Shay é filha do meu padrasto, o Coronel Shay, portanto, eu tenho dois meios-irmãos, Carly e Spencer, meus irmãos de consideração. Spencer é mais velho, escultor e professor na escolinha de Artes juvenil. Enfim, meu melhor amigo, Brad, conquistou a minha irmãzinha, que tem a minha idade, e a engravidou. Os dois moram juntos, namoram desde o ano retrasado, e agora Carly está com 7 meses de gestação.

— Quêm é a barriguda? - Sam perguntou pra mim.

— Sou irmã dele. E você, quêm é? - Carly arqueou a sobrancelha esquerda.

— Ela é sua cunhada! - O idiota do Brad respondeu parando ao lado da loira.

Revirei os olhos, bufei. Minha vontade era de jogar ele na frente de um caminhão.

A morena abaixou a bolsa pesada, piscou olhando para a gente. Seus lábios melecados de gloss tremeram, e ela começou a rir. Riu tanto, o riso virou uma tremenda gargalhada. O pessoal do restaurante focou a atenção nela, curiosos e intrigados.

A loira olhou para mim e para o Brad, zangada. A segurei com medo, e se ela tentasse bater na morena?

— Para com isso, fofinha. Qual é a graça? Ei, mozinho, pare de rir. Pode te fazer mal, você vai acabar fazendo xixi... - O loiro sacana foi tentar acalmar a namorada.

Ela sentou na cadeira mais próxima com a ajuda dele, limpou as lágrimas e foi parando de rir aos poucos...

— Ah, me desculpe, moça. Não estou rindo de você. - Disse para a Sam que não largava o garfo, bufando. - Estou rindo porque o meu irmão não pega ninguém... E ele estar namorando é um milagre! - Revelou a morena partindo a minha cara de vergonha. - Ele deu o primeiro beijo com 15 anos, e desde a terceira série era a fim de uma garota chamada Valerie Bennett... Ele só teve um encontro, que ainda foi arranjado por mim. E a menina caiu fora porque ficou a fim do garçom gatinho. Ele nunca levou uma garota pra casa, e o pessoal lá de casa já havia perdido a esperança. Chegamos a pensar que ele seria um eterno encalhado... E você é um milagre, sério. - Se levantou e foi abraçar a loira. - Por Deus, finalmente ganhei uma cunhada! - Comemorou, empolgada. - Tô tão feliz por vocês, formam um lindo casal, sabiam? - Veio me parabenizar.

— É isso aí, até que enfim ele vai "mandar ver", "fazer gol", "molhar o biscoito", "afogar o ganço", "descabelar o palhaço"... Ah, vocês entenderam! - Meu cunhado fez questão de me detonar.

Passei a tremer de raiva, sentia o meu rosto arder de vergonha, meus olhos também ardiam...

Saí dali com passos rápidos, esbarrando nas pessoas, em mesas, em cadeiras... Ouvi Carly me chamando, e o meu cunhado me alcançou, me detendo.

— Ei, irmão, pra onde vai desse jeito? - Segurou meu braço.

— Me solta, caralho! - Puxei meu braço bruscamente.

— Calma, meu amigo, era só zueira...

— SOME DA MINHA FRENTE! VAZA DAQUI! - O empurrei, furioso.

— Qual é, Freddie? Era pra levar na brincadeira. Até a Carly estava rindo e...

— Cala a boca, Prentice. Vocês me ridicularizaram. Não sabe a porra da vergonha que estou sentindo. E disseram tudo aquilo na frente dela! - Voltei a empurrá-lo.

— Vergonha? Vergonha de si mesmo por quê ainda é virgem? Qual é o problema nisso, irmão? Têm muitos rapazes de 17 anos virgens. Isso não é nada demais! - Tentou me convencer.

— VAI SE FERRAR! - Esbravejei.

Fui até a minha Lambreta, peguei o meu capacete que estava guardado na mesma... E segui pelas ruas molhadas de Seattle, estava chovendo como sempre... Qual era o meu destino? Não sabia, eu só precisava esfriar a cabeça e não ter que encarar uma certa loira tão cedo.

[...]

P.O.V Da Sam

O Benson foi embora da Vovó Carmella furioso, larguei meu prato quase vazio em cima do balcão, limpei minhas mãos e minha boca com um guardanapo de papel, peguei um palito de dente do porta-palitos, e desci do banco. Deixei uma nota de 10 e alguns trocados sobre o balcão, ao lado da latinha de Coca.

— Satisfeitos? - Perguntei para o casal.

Aquilo foi uma baita sacanagem, o que eles fizeram deixaram o nerd chateado, constrangido e com muita raiva.

— Vou atrás dele. - Prentice saiu correndo.

— Ai, meu Deus! Sou uma monstra! - A barriguda começou a se abanar, parecia estar passando mal.

— Ei, só não tenha um treco. Não tô nem um pouco a fim te carregar para o hospital, acabei de comer. - Acariciei minha barriga estufada, havia comido tanto e esvaziado duas latinhas de refrigerante.

— Ele nunca vai me perdoar. - Choramingou, e começou a ficar ofegante.

Palitei os dentes, quebrei o palito e joguei no chão.

— Dona Carmella! - Chamei batendo no balcão.

A senhora gorduchinha veio me atender, pedi a ela um copo d'água com bastante açúcar.

— Valeu. - Agradeci quando ela retornou com a água.

Fui até a morena que ainda estava sentada, suando, e chorando que nem um bebê.

— Beba! - Lhe entreguei o copo.

Ela obedeceu, e acabou cuspindo tudo em mim, molhando meu uniforme. A fuzilei e ela enguliu o choro, me olhando assustada.

— Perdão, eu não queria... - Tentou se desculpar.

— Ele pegou a Lambreta e saiu feito um louco! - Brad voltou e a morena caiu no choro novamente.

— Se ele atropelar alguém, ou se chocar com outro automóvel, bater num poste, voar e cair da Lambreta, a culpa vai ser de vocês! - Avisei, séria.

— A dona Marissa vai nos matar! - O rapaz loiro começou a entrar em desespero.

— Vai mesmo. E cale a boca dela antes que eu a faça engulir os dentes! - Apontei para sua namorada chorona.

— Tá bom, tá bom... - Ele se apressou, indo acalmá-la.

Voltei para o banco onde estava sentada, e pedi a sobremesa.

[...]

— Aonde está o Freddie? - Marie perguntou quando Brad e eu voltamos para a loja.

— Ele tá com uma tremenda dor de barriga. O pobrezinho até sujou as calças, a coisa foi feia. Deve ter sido a comida da dona Carmella, hoje estava bastante pesada e oleosa! - Menti pra nossa chefe.

— Avisei, mas vocês são teimosos e insistem em comer naquele lugarzinho seboso. Sabe Deus, o que aquela velha coloca na comida! - Marie disse irritada.

— Pois é... Ele foi pra casa, você sabe, usar o banheiro... - Brad falou coçando a nuca.

— Já entendi. - Ela bufou. - Voltem ao trabalho, nada de corpo mole. - Cruzou os braços. - Ei, Sam? - Me chamou.

— Oi? - Me virei pra ela.

— Troque seu uniforme. Está manchado e molhado. - Apontou para mim.

— Não tenho um reserva. - Dei de ombros.

— Você não vai atender nossos clientes toda... Você entendeu! Ah, já sei. Pegue produtos para lavar o banheiro, tem luvas, rodo e panos no quartinho de limpeza! - Avisou cerrando as unhas.

— Como é, que é? - Perguntei, descrente.

— Quero que lave o banheiro! - Ergueu o olhar, autoritário.

— Nem a pau. - Me recusei.

— Quer mesmo perder o emprego? - Me encarou, séria.

Bufei, derrotada e fui lavar a droga do banheiro.

Minutos depois...

Joguei água sanitária, sabão em pó e água dentro de um balde de plástico. Enrolei um pano de chão na vassoura, molhei o pano e comecei a limpar o piso lajotado. Limpei depressa, escorreguei e caí de bunda umas três vezes, na hora de limpar as privadas, joguei apenas detergente puro e puxei a descarga duas vezes. Troquei os rolos de papel higiênico vazios por rolos cheios, limpei o espelho e as pias, enchi os recipientes de sabonete líquido e por último, purifiquei o ar.

Após a minha rápida limpeza, enfiei os produtos no balde, e pedi ao Brad para limpar o banheiro masculino. Na verdade, eu o ameacei e ele fez de má vontade, mas fez...

Fui para o quartinho de limpeza, larguei o material lá e fui falar com a Marie.

— Deixei os banheiros brilhando! - Avisei a platinada.

— Ótimo. Aqui está um agradinho, você está dispensada por hoje! - Me entregou uma nota de 5, um cupom do Vitamina Da Hora, e vale compras no valor de 15 pratas.

— Só isso? - Olhei para o dinheiro e para os "bilhetes". - O seu namorado vai amar saber que você tem um caso com o dono do Café ali da esquina... - Sorri maldosa e Marie empalideceu.

— Vai me chantagear? - Me puxou para atrás de uma prateleira.

— Vou! - Falei determinada.

— Então, terei que demitir você e o seu namoradinho nerd. Você não tem provas para me chantagear, seria a sua palavra contra a minha! - Apertou o meu braço.

— Me solta! - A empurrei.

— Você escolhe, querida. - Piscou antes de me dar as costas.

— Vadia! - Rosnei.

[...]

— Feche a loja, acione o alarme de segurança e saia pelas portas dos fundos. - Jogou o molho de chaves para o Brad.

— Sim, senhora! - Ele assentiu e Marie foi embora, nos deixando sozinhos na loja.

— Ela sempre foi assim? - Perguntei.

— Não. Ela era legal, muito gentil e boa com todos. Mas o ex-namorado dela a traiu com uma prima dela e a Marie ficou assim... Descontando a raiva em todo mundo! - Contou.

Ajudei o Brad a fechar a loja, saimos pelas portas dos fundos e ele me ofereceu carona, e aceitei de bom grado.

Cheguei por voltas das 20:00hrs, usei a cópia da chave para entrar.

— Filhinho! - A velha Benson pulou do sofá, empolgada.

Ela fechou o sorriso e eu acenei... Ele não estava em casa, e se tivesse acontecido algo?

— Cadê o meu, bebê? - Perguntou vindo até a mim. - Você está com uma péssima cara. Me responda, garota! - Me sacudiu, desesperada.

— Não sei... - Respondi.

— Como não sabe? Aonde está o meu filhinho? Ele se acidentou no trabalho? Está em qual hospital? - A velha começou a surtar.

— ME SOLTA! NÃO FAÇO IDEIA! - Gritei tentando me livrar dos seus saculejos.

— A CULPA É SUA! EU SABIA QUE VOCÊ ERA O TIPO DE GAROTA PROBLEMA, CHAVE DE CADEIA! O QUE VOCÊ FEZ COM O MEU FILHO? - Berrou enlouquecida.

— NÃO FIZ NADA! ABSOLUTAMENTE NADA! - Berrei ainda mais alto, me alterando também.

Ela começou a chorar, inconsolada.

— Não te suporto, garota. Tive que me fingir de boazinha, tive que te aturar na frente do meu bebê... Que desgosto. Com tantas moças decentes e olha o que ele veio arrumar? Uma... Uma... Uma... Olhe para você! Feia, sem modos, desarrumada, ignorante, bruta e selvagem! - Chorou ainda mais. - A pior garota que já conheci na minha vida! - Apontou para mim.

— A senhora não me conhece. Não tem nenhum direito de me julgar! Só pode ser louca! - Arfimei.

— Não me responda assim, abaixe o tom. - Me repreendeu.

— Vá atrás do seu filho e me deixe em paz. E pra sua informação, eu não namoro aquele nerd idiota! - Avisei

— MENTIROSA! - Ela avançou em mim, mas eu a detive, segurando seus pulsos.

— Chega ou eu não respondo por mim. A senhora vai agora mesmo arrumar suas coisas e se mandar daqui! - Comecei a arrastá-la, levando-a para o quarto.

Ela arrumou as coisas dela, enfiando tudo naquela enorme bolsa verde, sem parar de me ofender e reclamar, contrariada.

Levei a velha maluca até a porta, e ela foi embora, gritando que eu iria me arrepender...

Decidi preparar algo para comer, depois eu iria tomar um relaxante banho e assistir TV.

Comecei a ouvir fortes batidas na porta, larguei meu lanchinho em cima da bancada e peguei uma frigideira, indo até a porta...

— PORRA! - A porta tremeu, alguém depositou um chute. - ABRE ESSA MERDA! - Reconheci a voz.

Era o Benson e pelo visto estava alterado.

— CARALHO! - Socou a porta três vezes.

Abaixei a frigideira, destranquei e me afastei, temendo que ele a derrubasse em cima de mim.

— Está destrancada! - Avisei, falando alto.

Observei a maçaneta girar, a porta foi aberta e o moreno entrou aos tropeços, cambaleou dando alguns passos e caiu de bêbado, aos meus pés.


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam da Sra.Benson pondo as garras para fora???

A Sam não abaixou a cabeça para a velha Benson, e ainda expulsou a maluca hahaha

E sobre a Carly e Brad envergonhando o Freddie???

Digam o que acharam do capítulo!

Até o próximo! Bjs