Your Love Is A Drug escrita por Julie Kress


Capítulo 4
GlooWorld Park: Uma noite divertida...


Notas iniciais do capítulo

Heeeyyy, guys!!!

Espero que gostem!!!

Boa leitura!!!



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P.O.V Da Sam

O Benson simplesmente se trancou no banheiro para se "embelezar", para gastar horas arrumando aquele topete ridículo dele. Eu havia sabotado seu gel de cabelo, colocando gel para massagem, água, óleo capilar e hidratante para pés, preparando uma mistura aguada e oleosa.

Ele finalmente deixou o banheiro, com uma quase franja no lugar do topete, todo arrumado e perfumado. Prendi o riso, o cabelo dele estava mais liso, brilhante e oleoso, caído por sua testa.

Adentrei o banheiro, já arrumada. Coloquei meu melhor jeans preto e justo, com uma camiseta cinza estampada com tachinhas prateadas formando uma estrela e meu colete preto de couro sintético, calcei minhas botas pretas, cano curto, sem saltos.

Arrumei meu Long Bob em frente ao espelho acima da pia, definindo os cachos com pomada modeladora. Guardei meus produtos capilares no armarinho, abri o estojo de maquiagem, presente dado por Melanie, peguei um lápis, rímel e um gloss quase incolor.

Delineei meus olhos, realçando a cor e passei apenas um pouco do gloss. Encarei me reflexo e sorri, satisfeita, guardei o estojo de maquiagem e saí do banheiro, perfumada e pronta para me divertir no parque com ou sem ele.

— Finalmente, vamos? - Benson se levantou do sofá, ele estava usando um jeans muito justo, uma camisa preta e uma jaqueta jeans muito cafona, que combinava com ele.

— Adorei a franjinha. - Sorri completamente debochada.

Seus olhos subiram e desceram por meu corpo repetidamente, me analisando.

— Você está... Diferente. - Disse por fim, dando um sorrisinho de lado. - O que é isso? - Se aproximou olhando para meu ombro, no lado direito.

Freddie afastou meu colete e a camiseta, expondo a parte da minha pele tatuada.

Um Diamante negro, simples, pequeno e bonito.

— É uma tatuagem! - Exclamou, surpreso, cutando-a.

— Presente de uma prima minha que é tatuadora. - Sorri, dando de ombros.

— Legal! Minha mãe arrancaria minha pele se eu fizesse uma. - Comentou me fazendo rir.

Minutos depois...

Subi na garupa de sua Lambreta vermelha, aquele troço era barulhento pra caramba. Me acomodei, hesitante, abraçando-o pela cintura quando sua "Máquina mortífera" arrancou, deslizando pelo asfalto.

A noite estava agradável, o céu bonito e estrelado, com o clima noturno de Seattle típico e presente, me arrependi de não ter ido com uma jaqueta.

Chegamos no GlooWorld's Park por voltas das 19:40hrs, por aí. Freddie conseguiu estacionar sua Lambreta, já havia uma fila na entrada do parque, que por sinal, estava muito movimentado. Entreguei o capacete, dei uma ajeitadinha no cabelo e seguimos para a fila.

Depois de quase vinte minutos esperando a fila andar, adentramos o parque, gritos, risadas, gargalhadas, e o cheiro de doces e comidas nos "receberam" de braços abertos.

Saí puxando o Freddie, segurando sua mão com firmeza, abri nosso caminho empurrando pessoas, recebendo reclamações e xingamentos.

"Foi mal aí, sinto muito, com licença, não ligue, ela é louca..."

O moreno atrás de mim repetia aquilo, se desculpando com as pessoas que eram empurradas, ou que tinham seus pés pisoteados por minhas botas.

Sorri feliz da vida, admirando todas aquelas barraquinhas de comida, uma perto da outra.

Crianças pulando, gritando e correndo por todos os lados. Jovens, grupos de amigos, adultos, casais apaixonados ou na Friendzone e família circulavam por todos os cantos, ocupando filas de brinquedos, ou tentando a sorte nas barracas de pescaria ou acerte o alvo...

Carrosséis, Carrinhos bate-bate, Pula-Pula, brinquedos radicais e brinquedos para criancinhas estavam postos em lugares estrategicamente iluminados.

— Vai lá, bebê, a fila tá pequena. - Empurrei o Benson, indicando as Xícaras voadoras, aonde crianças de 7 à 12 anos aguardavam ansiosas na fila.

— Ha, ha, Vai você. - Repetiu o gesto, me empurrando, tão delicado, não?

— Vou no Enrola tripas. - Apontei para um dos brinquedos radicais, um tanto assustador.

Era uma espécie de anel gigante e giratório, as cadeiras só faltavam ser arremessadas para fora durante o circuíto. O Benson fez careta e estremeceu, a gritaria vinda do brinquedo cessou, havia parado, já estavam de volta ao chão, liberados. As pessoas saíam de lá cambaleantes, vomitando...

— Irado! - Exclamei, quicando, me preparando para encarar a fila.

— Você é louca! Bem, vou ali na barraca do beijo... - Apontou para uma barraca vermelha, toda decorada com corações rosas berrantes.

Adolescentes espinhentos, pré-adolescentes com sorrisos coloridos e "metálicos", velhotes, homens cafonas e algumas lésbicas estavam lá, pagando para beijar a moça com fita rosa no cabelo, sentada do outro lado da barraca.

Revirei os olhos, aquilo era estupidamente ridículo. Por quê diabos tinha aquela barraca de beijos ali? Pra mim, não fazia sentido...

— Valerie. - Ele suspirou,sorrindo feito idiota, indo para lá.

Ah, então aquela beijoqueira era a tal de Valerie? Credo!

Corri até ele, o detendo, agarrando-o pela jaqueta.

— Vai mesmo pagar um 1 dólar para beijar aquela garota? Olhe para aquela fila, tem mais de 30 malucos desesperados para beijar a garota bonitinha de fita rosa. Se liga! Qual é? Vai mesmo se arriscar? E se você perder os dentes ou pegar mau-hálito crônico depois disso? - Me indignei.

— É, e daí? O problema vai ser meu. Vou me arriscar, quero muito beijar a Valerie Bennett. - Sorriu decidido, borrifando um pouco de Spray de hortelã discretamente, em seguida pegou uma balinha. - Deus! Acho que estou vendo um anjo, que linda! - Seus olhos se arregalaram, ele estava olhando por cima do meu ombro.

Olhei para trás, curiosa, e me deparei com minha irmã gêmea...

— SAM! - Gritou, abrindo um mega sorriso.

A loira de longos cabelos lisos, com mechas rosas e pontas onduladas, veio andando até nós, toda graciosa. O vestido rodado rosa claro, sapatilhas cor de creme e maquiagem delicada combinavam perfeitamente com ela. Melanie estava simplesmente linda...

— Maninha! - A doida quase me derrubou, se jogando contra mim, me dando um abraço apertado. - Que bom te ver! - Encerrou o abraço e me analisou. - Você tá linda, maravilhosa! - Me elogiou.

— Valeu, você também. - Sorri, dando tapinhas no seu ombro.

Olhei para o Freddie e ele estava quase babando, com um sorriso estilo debilóide.

— Quêm é esse moreno charmoso? - Mel cochichou, curiosa.

— Ah, esse é Freddie Benson, um colega... - Falei apontando para o bobão.

— Na verdade, somos amigos, bastante amigos. - Benson mentiu, me abraçando de lado.

Sorri forçadamente, sem concordar ou discordar...

— Sou Melanie! - Minha irmã estendeu a mão e eles se cumprimentaram.

— Prazer em conhecê-la, Melanie... - Ele sorriu, a encarando. - Se conhecem de onde? São amigas há quanto tempo? - O idiota, burro e lerdo questionou.

— Somos irmãs gêmeas... - Falei, incrédula com ele.

— Idênticas! - Mel completou.

— Mentira! - Ele nos olhou, chocado, alternando o olhar entre nós duas e depois riu. - Inacreditável! Eu nem imaginaria isso, sério... Vocês tem certeza? - Se aproximou da Mel, tocando o rosto dela e olhou pra mim. - Ela ficou com a beleza toda só pra si, acho que a inteligência também, e... - Ponderou, com o maior descaramento, alisando a cintura dela, descendo a mão...

— KYYYAAAH! - Um magricela apareceu do nada, atacando o Benson com um chute poderoso.

Vimos o Freddie tombando para o lado, caíndo num baque, gemendo de dor.

— Ninguém toca no meu Rolinho Primavera. Vai encarar? - O carinha com características orientais chamou o Benson pra briga, o magrelo estava bravo, dando golpes velozes e chutando o ar.

Gargalhei escandalosamente, o Benson ainda estava caído, fazendo careta de dor, encarando o "japinha", chocado.

— Não, Ching Leeng. Chega! Vamos, amorzinho. Se acalme! - Minha irmã saiu arrastando o namorado ou ficante, sei lá, para longe do Freddie.

— Droga! - O moreno se levantou, todo envergonhado, batendo no jeans para limpá-lo e olhou para os lados, constrangido.

— Bem feito! Quase apanhou de um lutador de Artes marciais profissional ou era um aluno faixa preta? - Debochei, risonha.

— Ha, ha, engraçadinha. - Se emburrou, me puxando para longe dalí.

— Você não ia beijar a Valerie? - Perguntei tentando me soltar.

— Perdi a vontade. - Me soltou, sorri, estávamos na fila do Enrola tripas.

— Hum... Foi o chute que o namorado da minha irmã te deu que te desanimou ou você queria estar beijando a Melanie agora? - Indaguei, séria.

— Nenhum dos dois. - Freddie estava atrás de mim, com os braços cruzados, ainda emburrado.

Minutos depois...

— Que sensação horrível, cara... - Choramingou quando saímos do brinquedo. - Acho que minhas tripas estão enroladas mesmo. - Se apoiou em mim.

Cambaleamos, tontos, eu ri me segurando nele, um pouco descabelada, com certeza...

— Qual será o próximo? Montanha-Russa, Martelo ou Estilingue? - Perguntei, caminhando com ele devagar.

— Que tal Xícaras voadoras ou Carrossel? - Brincou.

— Ou Carrinhos bate-bate? - Entrei na dele.

— Por quê não? Podemos ir nos brinquedos infantis só por zoeira, né? - Sugeriu, risonho. - Você é baixinha... - Riu.

— Você não é nenhum modelo britânico. - Bati no braço dele.

— Tenho 1,74 de altura... - Sorriu orgulhoso. - E você, 1,30? - Foi a vez dele debochar.

— 1,60. - Falei, o beliscando.

— Tá, legal. Vamos lá no Bate-bate... - Apontou para os carrinhos.

[...]

— Amo Algodão doce! - Belisquei o dele, roubando um pedaço.

— Ei! - Protestou. - Cadê o seu? - Olhou para mim.

— Já comi. - Dei de ombros. - Olha, tem bichinhos em forma de chocolate. - Apontei para uma venda de doces, puxando-o pra lá. - Quero o coelhinho, aquele alí. - Apontei para o chocolate no palito, a moça me entregou. - Você paga! - Avisei pro Benson que bufou, enquanto ele abria a carteira, eu tirava a embalagem transparente e a fitinha roxa, desembalando o pirulito em forma de coelhinho, o Freddie comprou um gatinho pra ele e logo voltamos a andar pelo parque.

— TACOS! - Gritei. - Amo Tacos! - O puxei para outra tenda.

Fizemos nossos pedidos, nos sentamos à mesa de ferro, com dois lugares, lá na pequena fachada coberta por lona.

— Raspadinha de groselha. - Remexi o refresco, fazendo os pedacinhos de gelo tilintar, em seguida, suguei pelo canudo. - Me dá um pedaço do seu Taco? - Pedi, o dele era de carne moída, com molho barbecue, salame e verduras agridoces grelhadas.

— Quer provar o meu Taco, é? Vem aqui por baixo da mesa... - Sorriu, malicioso.

Pisquei, demorando para entender...

— Oh! - Fiquei chocada, abandonando meu Taco pela metade com molho vermelho, em cima do pratinho descartável, me levantei e joguei o refresco de groselha na cara dele. - Pervertido, idiota! - Saí dali, pisando duro, deixando-o para trás...

Minutos depois...

— Foi mal, eu estava só brincando... - Tentou se desculpar.

Ignorei. Eu estava na barraquinha de Hot-dog, o rapaz que preparava meu lanche era ruivo de olhos azuis-esverdeados, muito gato por sinal.

— Capricha. Quero bastante molho. - Pedi.

— Pode deixar, moça! - O ruivinho piscou pra mim, ele sorriu mostrando as covinhas.

— Ah, qual é Sam? Desculpa, tá? - O Benson continuava insistindo.

— Qual é o seu nome? - Me inclinei, perguntando para o ruivo de sardas e covinhas fofas.

— Rixon! - Respondeu, me entregando o Hot-dog bastante caprichado.

— Sou Sam. - Me apresentei. - Será que seu patrão te dispensaria agora? A gente poderia se divertir aqui no parque... - Sugeri, sendo direta.

— Pai, tô indo dá um rolé com a gatinha aqui, peça para o Jared te ajudar. - Rixon avisou ao senhor de avental verde, o tal de Jared devia ser o moleque que estava sentado, mexendo no celular.

Pai de Rixon assentiu, concordando. E o ruivo retirou a touca, o avental e as luvas plásticas, saltou passando por cima do tampão de alumínio e veio até a mim, sorridente.

Nos cumprimentamos com um beijo no rosto e saímos de mãos dadas, deixando o Benson para trás com uma cara de bunda...

Minutos depois...

— Quer uma Maçã do amor? - Rixon perguntou e eu assenti.

Ele comprou duas, com bastante cobertura e granulados. Conversamos bastante,falamos coisas de nós mesmos, fomos na Motanha-Russa e tentamos a sorte na Pescaria. Ganhei um chaveiro do Bob Esponja e ele ganhou um barquinho, mas não ficou com ele, pois deu o barquinho para um garotinho que queria tanto...

— Você é incrível, tão linda e legal.... - Acariciou meu rosto, sorri apreciando seu toque quente e suave, nos aproximamos cada vez mais.

E acabamos nos beijando em frente à uma barraca, para ganhar os prêmios precisava acertar uns bichinhos coloridos saltitantes com um martelo.

O ruivinho fofo, lindo e gentil beijava bem. Me senti nas nuvens, suas mãos acariciando minha cintura de leve, a maciez de seus lábios contra os meus...

Depois daquele beijo, passeamos mais um pouco, nos divertimos muito. Conversamos, trocamos mais beijos, fomos em mais três brinquedos, trocamos mais beijos, e por último lanchamos Hambúrguer, batata frita e Milk Shake... E adivinha? Nos despedimos com um demorado selinho...

[...]

Estava cansada, procurando pelo Benson, a fim de ir embora, já que vim com ele em sua Lambretinha barulhenta.

Eu estava passando por algumas barraquinhas fechadas, o tempo havia fechado, as estrelas haviam sumido e estava com cara de chuva, o céu estava ficando mais escuro e nebuloso.

Alguém me agarrou por trás, tapando minha boca e me arrastou para trás de uma tenda fechada. Estava escuro, fui prensada alí, tentei escapar, gritar por socorro.

— Já cansou de trocar saliva com o cabelo cor de água de salsicha? - Aquela voz rouca soara familiar.

Ele tirou a mão da minha boca, eu quase não podia enxergá-lo direito, puxei o ar, estava trêmula.

— Freddie... - Ofeguei. - Que susto! Porra! - Comecei a socar seu peito, exasperada, ouvindo sua risada ecoar ruídosa.

Suas mãos levemente frias agarraram meus pulsos, detendo-me, juntando ainda mais nossos corpos, me fazendo sentir o calor que seu corpo exalava.

Aquele lugarzinho frio alí atrás, aonde nós dois estávamos aos poucos se tornava apertado, abafado, me senti comprimida com seu corpo colado ao meu. Senti seu hálito quente batendo no meu rosto, nossas respirações se misturando...

No começo foi um simples e leve roçar de lábios, suas mãos soltaram meus pulsos e ele pressionou nossos lábios, moldando-os. Agarrei sua nuca, sua língua entreabriu meus lábios e invadiu minha boca.

Iniciamos o beijo pra valer, tão intenso e ardente.

— Devia ter me contado, eu pensei que você fosse lésbica. - Disse se afastando após o beijo.

— Lésbica? - Repeti incrédula, rindo sarcástica. - Por quê me beijou, então? - Exigi saber.

— Para poder confirmar. Pensei que aquele seu "encontro" com aquele ruivo sem graça não passasse de um teatrinho. - Respondeu me puxando para irmos embora.

Parei bruscamente, puxando meu braço. O quê? Me senti ofendida, como ele pôde pensar naquilo? Um teatrinho? Que tapado, imbecil...

— Vamos, vai chover! - Me chamou para irmos, impaciente.

Passei por ele, esbarrando em seu ombro. Quando chegamos até a sua Lambreta, coloquei o capacete e Freddie me emprestou sua jaqueta percebendo que eu sentia frio. subi na garupa calada, me agarrando à ele, ainda chateada.

"Esqueça, Sam. Foi só uma porcaria de um beijo!"

Repeti mentalmente, enquanto voltávamos para casa em silêncio.


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Notas finais do capítulo

E aí??? O que acharam???

Gostaram???

Não esqueçam de comentar! Bjs