Your Love Is A Drug escrita por Julie Kress


Capítulo 2
Garoto idiota!


Notas iniciais do capítulo

Hey, pessoal!!!

Fiquei mega feliz com todos os favoritos, acompanhamentos e comentários. Valeu mesmo!

Boa leitura!



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P.O.V Da Sam

Decidi evitar olhar para o corpo daquele rapaz quase pelado, mas ele sequer pareceu estar incomodado de ficar apenas de cueca na minha frente. Um verdadeiro sem vergonha, devo afirmar, e de fato aquilo estava me incomodando, um pouco. Eu nunca tinha visto um homem quase nu pessoalmente, mas sempre tem uma primeira vez para tudo, certo?

— Pode ficar à vontade, o seu quarto é o da esquerda. - Disse se jogando no sofá médio, era um móvel bonito de cor marrom e aparentemente novo.

— Beleza! - Murmurei.

Olhei ao nosso redor,atenta, analisando a sala. Um compartimento mediano,.com um jogo de sofás, um médio e um pequeno. Uma mesinha de centro, um carpete azul escuro cobrindo quase todo o piso,uma TV tela plana, um aparelho de DVD, um rack preto, alguns quadros bonitos enfeitando as paredes cinzas e poucos objetos de decoração espalhados pela sala.

— Não repara na bagunça. - O tal de Benson falou pegando o controle, ligou a TV e se acomodou no sofá, ficando todo relaxado.

— Hum... A sala não está bagunçada, agora não sei sobre os outros compartimentos tcs tcs. - Peguei minhas malas e me direcionei para as escadas.

No segundo andar, haviam dois quartos e um banheiro no fim do pequeno corredor. Não era um apartamento grande apesar de ser um duplex, mas para mim não havia problema...

Entrei no meu atual quarto me deparando com um compartimento quase vazio, sujo e empoeirado. Tinha apenas um guarda-roupa velho, uma escrivaninha branca, cadeira da mesma cor e um criado-mudo quase caindo aos pedaços, o móvel devia ser a casa dos cupins, só pode.

— Ótimo, vou dormir no chão! - Resmunguei notando que não havia cama.

Deixei minhas malas ali e resolvi dar uma olhada no banheiro. Aquilo era um cubículo, muito nojento por sinal. Pia rachada, torneira e chuveiro pingando sem parar, um armarinho empueirado e o vaso sanitário imundo.

— Que nojo! - Saí dali com náuseas.

Desci para o primeiro andar e fui ver a cozinha. Na pia havia uma grande pilha de louças sujas, a geladeira estava quase vazia e os armários, louças e os aparelhos como cafeteira, líquidificador, micro-ondas, fogão e sanduícheira estavam sujos.

— Credo! Que garoto porco! - Esbravejei, indignada.

[...]

— Nunca ouviu falar sobre higiene ou faxina, não? - Indaguei desligando a TV e parando na frente do moreno porquinho.

Tá legal, eu não sou a pessoa mais higiênica, organizada, disciplinada e educada do mundo, mas viver num ambiente fedido, imundo e com um homem folgado e preguiçoso, não dá para lidar não...

— Quê? Os incomodados que se mudem. Eu disse que não era para reparar na bagunça, tu é surda, cara? - Se levantou todo irritadinho.

— Como não reparar? Esse lugar está pior que um chiqueiro. Nem um morador de rua ou um animal suportaria viver aqui. E eu tô pagando pra morar nessa espelunca, sacou? E abaixe seu tom comigo se não quiser ficar sem os dentes, agora suba e ponha uma roupa porque nós vamos fazer uma bela faxina e deixar esse apartamento brilhando! - Falei botando moral.

— Me obrigue! - Cruzou os braços, sorrindo desafiante.

3 horas depois...

— Estou... Morrendo... - O molenga se jogou no chão quase sem fôlego, estava vermelho, suado, parecia que estava tendo um ataque de Asma.

— Trouxa! - Sorri satisfeita, sentando no sofá menor. - Qual é? Nós fizemos apenas uma faxina, eu fiz mais coisas que você e não estou morrendo. - Olhei para ele que estava deitado no tapete de olhos fechados.

— Hum... - Resmungou.

— Nunca vi tanto ratos e baratas em toda a minha vida! - Comentei lembrando daqueles bichos nojentos que achamos na cozinha e no quarto dele.

— Jura? - Debochou sentando no chão. - Ainda bem que eles correram com medo de você! - Sorriu, cínico.

— Acho que não... Eles correram do fedor que você está exalando. - Rebati revidando o sorriso.

— Quê? Estou suado e isso aqui é cheiro de macho, sabia? - Se levantou.

— Cheiro de desodorante vencido? - Debochei.

— Aaagh! Vou tomar banho, só porque eu quero e não porque você quer. Perda de tempo discutir com uma garota que age e parece ser um garoto, não foi à toa que eu te confundi com tal. Mas o problema não é meu, certo? Só não traga mulheres para cá, beleza?

Dizendo isso, ele saiu da sala me deixando sozinha e indignada. Que idiota, eu não sou lésbica.

E o pior foi que ele demorou pra caramba no banho, e eu tive que ficar esperando, já que eu também estava precisando de um. E a criatura saiu do banheiro esbarrando em mim no corredor, com a toalha presa ao quadril e o cabelo pingando.

— Idiota! - Resmunguei me trancando no banheiro.

Estava tudo limpo, os azulejos até reluziam de tão limpinhos. Haja água sanitária e outros produtos de limpeza que o Benson comprou para deixar tudo cheiroso e higiênico.

Antes de começar a me despir, abri o armário acima da pia. Adivinhem o que tinha ali dentro?

Creme dental, uma escova de dente amarela, uma caixinha de fio dental, aparelho para barbear, desodorante em spray, shampoo e condicionador infantil? Mas o quê???

— Não causa ardência nos olhos. - Li a embalagem do shampoo recomendado para crianças.

Também havia uma loção pós-barba, creme para barbear, pomadas para coceiras e assaduras, uma touca para banho e sabonete líquido. Comecei a rir enquanto pendurava minha toalha no gancho que tinha ali.

Abri uma das minhas malas que deixei em cima do vaso, peguei meu sabonete líquido e meu sabonete íntimo também. Tirei meu boné, o pendurei no gancho e comecei a me despir...

Olhei para o meu reflexo no espelho, ele ficava na porta do armário. Suspirei, encarando o meu rosto e meus cabelos mais curtos, quase na altura dos ombros. Fiz questão de me livrar das minhas madeixas longas e trabalhosas de cuidar, optando por um corte prático, moderno e despojado. Um Long Bob desconetado que deixou meu cabelo com cachos bonitos e o rosto mais ressaltado, segundo a minha irmã.

Fiz um coque e entrei no box, o piso estava molhado, quase escorreguei e beijei o chão.

[...]

Abri minha outra mala, peguei uma das minhas peças íntimas cujo o nome eu odeio. Mas todas elas pareciam cuecas boxers, mas não eram. Vesti e escolhi uma regata preta para combinar, não há nada melhor do que se sentir confortável em casa, né? Dispensei o sutiã, afinal, incomoda e me deixa agoniada, meus "amiguinhos" sempre ficam apertados.

Nunca fui do tipo de garota vaidosa ou que ama hidratar o corpo, rosto e o cabelo com aqueles troços cremosos, perfumados, oleosos e grudentos, mas eu sou o tipo de garota prática e básica que sabe se cuidar e se hidratar de vez em quando...

Então, um creminho para pentear, uma loção ou hidratante corporal, e creme facial não fazem mal a ninguém, certo?

— Eu estava pensando em... - A voz do Benson foi sumindo quando me aproximei do sofá. - Pedir Pizza! - Enguliu um seco.

De repente ele ficou estranho, sentei ao seu lado e ele ficou me olhando de forma diferente. Cruzes!

— Ótimo! Amo Pizza, quero de calabresa... O que foi? - Comecei a me incomodar com o seu olhar.

— Nada. - Desviou o olhar rapidamente.

— O seu cabelo é legal. - Elogiou pegando uma mecha e o seu olhar desceu pelo meu corpo novamente.

— Você não ia pedir Pizza? - Dei um tapa na sua mão.

— Ah, é mesmo, cara... - Se levantou tirando o celular do bolso.

— Quero de calabresa, uma tamanho família. - Falei faminta.

— Certo. - Se afastou indo para perto da TV, ficando de costas para mim. - Mesmo você sendo o que você é e sobre a sua sexualidade... - Se virou para mim e apontou para o meu corpo. - Eu sou homem, Sam! - Afirmou me encarando firme.

Não sei porque, mas eu acabei estremecendo com o seu tom, sua voz máscula e rouca, e seus olhos focados em mim. O que ele quis dizer com aquilo? Parecia um aviso ou sei lá... Mas algo ,bem lá no fundo me dizia que ele havia ficado incomodado com a minha roupa. Mas o que tinha demais ou de errado? Eu estava usando uma regata, sem sutiã por baixo, e uma calcinha boxer, apenas isto. Nossa! Essa palavra me causa calafrios... E esse garoto é um idiota por ficar se incomodando com o que eu visto ou deixo de vestir.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam???

Gostaram? E o Benson sendo idiota?

E ele continua achando que ela é lésbica rsrsrs

Comentem! Bjs