Your Love Is A Drug escrita por Julie Kress


Capítulo 18
Procurando Grinch - Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Hey, pessoal!!!

Esse capítulo está curtinho, mas era para ser assim mesmo. Irei compensar no próximo, ok?

Boa leitura!!!



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P.O.V Da Sam

Quando acordei, me deparei na cama com o Rixon, ele estava num sono profundo. Seu peito descia e subia lentamente, havia 'pintinhas' avermelhadas por seu corpo, sardas fofas, principalmente no rosto. Seu cabelo ruivo estava todo desalinhado, era levemente ondulado. E a cor era simplesmente linda num tom acobreado. Joguei o cobertor de lado e levantei nua.

Estávamos no Loft dele, um lugarzinho alugado, ficava em cima do restaurante do tio dele. Rixon trabalhava ali de manhã. Tive que acordá-lo, ele já estava atrasado e provavelmente por minha culpa.

Tomei um banho rápido e me vesti, ele fez o mesmo. Descemos para o restaurante, onde tomei café por conta da casa. Seu tio era adorável e a mulher dele era uma excelente cozinheira. Pessoas bondosas e maravilhosas que me receberam de braços abertos.

Após agradecer pelo delicioso café da manhã e me despedir deles, saí dali me perguntando se eu seria realmente uma boa namorada para o Rixon.

Ele merecia uma garota decente, legal e adorável. E eu não me sentia boa o suficiente para ele, seus tios poderiam até aceitar o nosso namoro. Mas seus pais queriam uma moça de família tradicional, estudiosa, educada e com bons planos para o futuro.

E eles queriam netos, muitos netos.

Eu definitivamente não me encaixava naqueles quesitos. Queria terminar o Ensino Médio e fazer algum curso preparatório e técnico, faculdade não era para mim, e o Rixon ia cursar Administração.

Não queria atrapalhá-lo, ou ser uma má influência. Seus pais e seus irmãos me receberam bem, mas eu sabia que eles não gostaram muito de mim. Eram uma família grande e tradicional, e eu não me encaixava ali.

E o mais importante, o que eu sentia por Rixon não era o bastante, ele sabia do Freddie e mesmo assim dizia que não ia desistir de mim. Ele estava lutando para conquistar o meu amor.

Será que eu poderia me apaixonar por ele? Eu queria e muito, mas não podia mandar no meu coração. Infelizmente.

Horas depois...

"Sam, o Grinch sumiu, faz semanas que não aparece em casa. Estou desesperado. Você sabe o quanto ele significa para mim."

Li e reli aquela mensagem.

Se fosse mentira daquele Nerd, eu ia quebrar a cara dele. Pensei um pouco antes de tomar aquela decisão, eu precisava ir lá, pelo Grinch e não por ele. Se fosse mesmo verdade, o prazer em dizer mais coisas entaladas seria imenso.

Grinch não ia muito com minha cara, nem eu com a dele. Mas ele era um animal dócil e amável quando não estava tentando me atacar. E era ciumento também, pois amava o muito o idiota do Freddie e era um grude com ele.

Decidi ir lá só para confirmar se Grinch estava mesmo desaparecido. Não era meu bichinho de estimação, mas eu meio que me apeguei a ele e até o alimentei quando aquele irresponsável estava fora de casa, paquerando certas morenas metidas.

Acabei pegando um táxi, eu não tinha dinheiro para comprar uma moto, nem mesmo de segunda mão. Gastei o dinheiro que ganhei posando com outras coisas necessárias, sobrou apenas uma graninha, o suficiente para me manter por mais duas semanas.

Dei graças a Deus por não ser reconhecida na rua, seria um inferno ficar famosa, e ser cercada por fãs tarados era a última coisa que eu queria. Não posei para ficar famosa, apenas fiz porque realmente precisava de dinheiro.

"O que uma pessoa não faz por dinheiro?"

Aquela era uma boa pergunta. Mas pensando bem, eu não mataria por dinheiro e nem venderia meu corpo. Eu tinha meus limites. E também, quem era eu para julgar alguém?

Muitas pessoas fazem de tudo para sustentar a casa e não deixar seus filhos passarem fome. Chegam até aos seus extremos. E muitos fazem por ganância e não por necessidade.

[...]

Assim que o Benson abriu a porta, logo me deparei com o seu estado deplorável. Ele realmente estava péssimo, não posso negar que aquilo não tenha me tocado.

— Você veio. - Disse com a voz rouca. Com certeza esteve chorando.

— Vim pelo Grinch. - Falei e entrei rapidamente.

— Sabia que no fundo você se importava. - Disse fechando a porta.

— Claro que me importo. Tem certeza que ele sumiu? Tipo, acha que ele tenha fugido de casa? Ou foi roubado? - Indaguei evitando olhá-lo nos olhos.

— Faz quase duas semanas que ele não aparece em casa. - Contou.

— Lamento, mas não posso fazer nada se o seu bichinho te abandonou, pois acho que foi isso que ele fez. - Falei o encarando, eu não podia evitar encará-lo para sempre. - Você deixou ele passar fome. Deixou o coitadinho de lado. Ele fez bem em ter se mandado. Bem feito, Benson! Bem feito para você! - Apontei o dedo para ele.

— Você está amando me ver sofrer, não é? - Perguntou triste.

— Aqui se faz, aqui se paga, Benson. As pessoas colhem o que plantam! - Falei sendo o mais fria possível.

— Sam, eu sinto muito. - Seus olhos estavam marejados.

— Por ter me dado um pé na bunda? - Perguntei sorrindo sarcástica.

— Sinto muito por tudo... Sei que magoei muito você. - Ele disse com a voz embargada.

— Não, Benson. Você fez um favor a mim, com você eu aprendi uma coisa. Eu aprendi a me valorizar. O que não mata, fortalece, sabia? Você me usou e me humilhou. Já passou, eu dei a volta por cima. E me permitir dar uma chance a um cara incrível, que me respeita e não julga a forma como eu me visto, que adora o meu jeito, que me admira e que me ama do jeito que eu sou. E ele me faz feliz, diferente de você que apenas me iludiu! - Joguei mais coisas na cara dele.

— Eu sei o que eu fiz, e sinto muito por tudo, você não merecia, se eu pudesse de alguma maneira me redimir, se você me desse...

— Não, Benson. Você já teve sua chance e jogou fora. - O interrompi. - Devia espalhar cartazes com fotos do Grinch. - Aconselhei me preparando para ir embora.

— Você me odeia? Não quer nem mesmo ser minha amiga? - Indagou ainda mais arrasado.

— Não sou uma pessoa rancorosa, sabe? Amanhã venho aqui para te ajudar a procurar o Grinch. Sei o quanto ele significa para você! - Não custava nada fazer aquilo.

— Obrigado, Sam. Valeu mesmo! - Me agradeceu.

— Disponha. Só estou fazendo pelo Monstrinho. - Usei o apelido que dei ao gato.

[...]

No dia seguinte...

— Vai mesmo ajudá-lo? - Nevel perguntou.

— Vou. Ele ama aquele gato. E cansei de ficar aqui de bobeira. Isso vai me distrair um pouco. Não gosto de ficar parada! - Expliquei ao meu amigo.

— Só está fazendo isso pelo gatinho? - Perguntou.

— Aham. Só pelo Grinch. Ele pode estar por aí sendo maltratado. Pode ter acontecido qualquer coisa, entende? Só vou ajudar o Benson a espalhar cartazes e perguntar para as pessoas, esse tipo de coisas... Não acho que o Monstrinho tenha fugido. Joguei isso na cara do Nerd, mas não acho que tenha acontecido isso... - Falei.

— Tá. Entendi. - Assentiu. - Desejo sorte para vocês encontrá-lo. - Disse quando eu estava vestindo minha jaqueta.

— Valeu. Até mais tarde, pegador! - Acenei.

— Até mais tarde, gata! - Sorriu.

Cheguei por volta das 09:00h. Freddie já tinha mandado imprimir folhetos com a foto do Grinch e com o número de contato, e havia duas pilhas de cartazes sobre o sofá.

— Que foto fofa. - Analisei um folheto.

Grinch era cinza-escuro, pêlo malhadinho e com enormes olhos amarelados. Seu rabo era grosso e felpudo, e seu nariz era rosadinho. Mas ele realmente era um gato esquisito.

— Só está ironizando, não é? Sempre chamou o pobrezinho de Monstrinho. - Falou chateado.

— Não! Estou falando sério. Essa foto é bonita. - Sentei ao lado dele. - Sei que sou implicante e tudo mais, mas o Grinch até que é engraçadinho... - Coloquei o folheto junto com os outros.

— Você acha mesmo que ele fugiu porque fui um péssimo dono nessas últimas semanas? - Perguntou cabisbaixo.

— Sinceramente? Não! - Respondi. - Nós vamos achá-lo, ok? Mesmo que a gente tenha que vasculhar Seattle inteira. Nós vamos encontrar o Grinch. - Prometi a ele.


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Notas finais do capítulo

Onde estará o Grinch, hein???

Será que Sam e Freddie vão encontrá-lo???

O que acharam desse capítulo???

Até o próximo. Bjs



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