Your Love Is A Drug escrita por Julie Kress


Capítulo 14
Leonny's Lingerie


Notas iniciais do capítulo

Hey, pessoal!!!

Desculpem pela demora.

Espero que gostem desse capítulo.

Boa leitura!!!



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No dia seguinte...

P.O.V Da Sam

— Quer que eu vá com você? - Nevel perguntou.

— Não. Eu preciso fazer isso sozinha. - Falei.

— Mas eu quero ir, quero deixar as marcas das minhas unhas na cara daquele safado, partidor de corações. - Estufou o peito, fazendo cara de bravo.

— Eu agradeço por sua intenção, mas é sério, eu vou lá rapidinho buscar minhas coisas, nem vou demorar. - Deixei o copo vazio em cima da pia.

— Mas eu prometi. Isso não vai ficar assim. Tenho meus contatos, loira. Você vai sair dessa e de cabeça erguida, eu te garanto. - Tirou o celular com capinha cor de rosa, brilhosa do bolso.

— Vai ligar para algum ex barra-pesada dar uma lição violenta no Nerd? - Indaguei.

— Bem que eu devia, mas não é isso. Vou conseguir um trabalhinho para a gente. Mulher sem grana não é poderosa. E você, meu bem, vai faturar! - Avisou sorrindo.

— Ei, nem vem, não vou me vestir de galinha e entregar panfletos de lanchonete de novo, aquela fantasia me deu uma baita coceira, e também não vou rodar bolsinha com você. - Avisei logo.

— Rodar bolsinha? Assim você me ofende. Eu nunca fiz isso! - Me fuzilou.

— Sei que não, mas já pensou... - Falei só a verdade.

— Se acalma! Apenas confia em mim, ok? - Tentou me tranquilizar.

— Dá última vez que confiei, quase acabei sendo presa. - Sorri, sarcástica.

— Olha, dessa vez vai ser diferente. Não vamos correr risco algum, eu prometo. Agora se me der licença... - Encostou o celular no ouvido. - Alô! É a Leonny? Sou eu, a Penélope Papperman! - Disse, animado.

Deixei ele na cozinha e fui pegar uma jaqueta dele no quarto, uma menos espalhafatosa e sem brilho.

[...]

Encarei a porta, respirei fundo e inseri a chave na fechadura. Girei e ouvi o 'click', girei a maçaneta e abri a porta. Adentrei o apartamento sem ânimo.

Passei pela sala que estava até arrumadinha e fui direto para o meu quarto.

Eu não tinha muita coisa, enfiei minhas roupas em duas mochilas, e meus produtos pessoais numa pequena mala. Depois eu pagaria alguém para ir buscar minha cama.

Coloquei a mochila mais leve nas costas, a outra no ombro direito e peguei a minha mala.

Dei a última olhada no quarto que um dia foi meu, suspirei triste. Eu gostava de morar ali. Eu ia sentir falta.

No corredor, acabei encontrando o Grinch. O gato esquisito que não ia com a minha cara se aproximou miando e se enroscou em minhas pernas, ronronando.

— Isso é fome, né? Aquele infeliz saiu e te deixou trancado aqui, aposto que nem te alimentou. Saia do meu pé. Vaza, gato feio. Eu não gosto de você. Chispa daqui! - O afastei, empurrando-o com o pé.

Ele voltou para perto de mim e miou de novo. Se esfregou na minha perna ainda miando.

— Aaagh! Você é só um animal. Não posso descontar em você. Você não tem culpa... - Senti meus olhos marejarem.

Minutos depois...

Coloquei mais ração para ele e enchi sua tigelinha de leite.

— Aquele idiota é um irresponsável. - Resmunguei para o gato que ainda estava faminto. - Se ele te maltratar, fuja, ok? - Sentei no chão, perto da geladeira.

Grinch parou de comer, lambeu as patinhas e se aproximou.

— O que foi? Por quê está mansinho? Você nem gosta de mim. - Funguei.

Ele subiu nas minhas pernas e lambeu minha mão direita.

— Para com isso. Isso faz cócegas. - Sua língua era como lixa. Lambeu de novo. - Preciso ir. - O tirei do meu colo e me levantei batendo na calça para retirar os pêlos. - Tchau! Se cuida, Monstrinho! - Me despedi.

[...]

P.O.V Do Freddie

Quando cheguei no apartamento, tudo estava em completo silêncio. Sam ainda não havia retornado. Grinch estava num sono profundo, no sofá. Ele era um gato folgado.

Decidi ir direto para o meu quarto, quando passei pelo quarto da loira, percebi que a porta estava entreaberta.

Invadi o cômodo estranhando aquilo. A porta estava trancada, vi antes de ir para o trabalho.

A cama de solteiro estava arrumada, e as duas mochilas que ficavam penduradas no gancho não estavam mais lá.

Abri o roupeiro, o móvel estava vazio. Olhei para a cama perfeitamente arrumada e notei um envelope roxo.

Peguei um envelope, ele estava lacrado com um simples adesivo. O abri rapidamente.

Havia um bilhete e um sacaquinho de papel. As letras eram grandes, sem nenhum capricho, mas eram legíveis.

'Aqui está a minha parte do aluguel, água e luz.
P.S.: Cuide direito do seu gato, seu irresponsável.'

Ela tinha ido embora. Contei o dinheiro que estava no saquinho e estava tudo certo.

— Melhor assim. Não ia dar certo mesmo... - Resmunguei.

Ela foi porque quis, eu não a expulsei.

[...]

P.O.V Da Sam

— Troque de roupa. Eu consegui um 'bico' para você. Se apresse, não podemos chegar atrasadas. - A bicha louca estava eufórica.

— Me explique isso direito! - Pedi.

— Te explico no caminho. Anda! Anda! Fique bem gata. Eu mandei uma foto sua para a Leonny, mas ela quer te analisar pessoalmente. - Me empurrou.

Eu não tinha ideia do serviço que ele havia me arrumado, mas eu precisava de grana. Também me demiti da loja. Quanto mais longe daquele Nerd safado, melhor ainda... Eu não queria olhar para a cara dele.

Coloquei o meu melhor jeans, uma blusa mais feminina, um tênis básico e vesti uma jaqueta de couro.

Penélope me explicou tudo no caminho, mas eu ainda estava com um pé atrás. Uma oportunidade daquelas não caia do céu. Não mesmo.

"Ela" estacionou o carro em frente à um prédio, no centro comercial. O prédio tinha 4 andares. Havia um cartaz enorme e uma "faixa" metalizada com o nome do Estúdio/Revista: Moda Íntima&Catálogo Lingerie's Leonny Sexy.

— Isso é sério mesmo? - Perguntei saindo do seu carro que já estava com a pintura desbotada.

— Super sério! - Abriu um sorrisão.

— Eu não sei não, hein... - Resmunguei insegura.

[...]

— Prazer, sou Leonny Felippa Sexy, esse é meu nome artístico, sou estilista, modelo, empresária, fotógrafa e dona da Leonny Sexy. Bem-vinda à meu estúdio/revista, trabalhamos com moda de praia e roupa íntima. A MI&LLS produz catálogos e revistas mensais, e minha amiga, Penélope, me indicou você. - Sorriu simpático.

Era mais alto que o Nevel, bem magro, careca, usava batom vermelho, argolas, roupas justas e saltos enormes.

— Prazer. - Apertei sua mão que por sinal era muito macia.

— Sentem-se, fiquem à vontade. - Apontou para o sofá cor de vinho com estofado de vinil. - Samantha, não é? - Pegou uma prancheta que estava em cima da mesa de escritório.

— Sam, apenas Sam. - Sorri tentando ser educada.

Olhei para meu amigo que sorriu radiante.

— Okay. Sam, estamos precisando de modelos com curvas, que tenham bunda e seios. Cansei de trabalhar com magricelas que passam fome. Nada de tamanho P, e número 34 e 36. - Explicou Leonny séria. - Que tamanho você usa, querida? - Perguntou suavizando o tom.

— 38, 40, depende. Uso M, parei de usar P com 13 anos. - Fui sincera.

— Ótimo. - Bateu palminhas. - Valentina! - Estalou os dedos. - Uma moça de óculos e roupas coloridas surgiu de trás de uma cortina. - Leve essa moça para a sala 3 e tire todas as medidas dela. - Ordenou.

— Sim, chefinha! - Valentina assentiu e me chamou com um aceno.

Levantei e acompanhei Valentina.

Minutos depois...

— 44 de coxas, 70 de quadril, 60 de cintura e 75 de busto. Ela se encaixa no perfil, chefinha. Sutiã 42, tamanho 38, curvilínea... Tudo certo. - Entregou a prancheta com as minhas medidas anotadas.

— Excelente. - Leonny sorriu empolgada.

— Quanto vai ser o cachê? - Indagou Nevel.

— 600 dólares de cachê. Ela vai ganhar 20% por cada revista que sair. 150 dólares extras por estampar a capa do catálogo. E ainda vai levar para casa um Kit de maquiagem Leonny's e as primeiras peças exclusívas da coleção desse mês. - Explicou.

— Onde eu assino? - Perguntei, animada.

— Calma aí, queridinha, você ainda é menor de idade. Me dê o número da sua mãe. Se ela não deixar, nada feito. - Avisou.

Pior que ele tinha razão, apenas com 21 anos eu seria oficialmente dona do meu próprio nariz. Bufei. Eu ainda tinha 18 anos. Passei o número da Pam.

— Nua não, minha senhora. Sua filha vai posar de lingerie. Como? A senhora quer posar nua? Ainda está com tudo em cima? Hum... Essa é sua resposta? Obrigada! Tchauzinho, querida! - Leonny encerrou a ligação.

— O que ela disse? - Perguntei, ansiosa.

— Ela deixou. E ela quer muito posar nua. Mas não trabalhamos com esse tipo de revista. - Achou graça, Nevel e eu rimos também. Pam Puckett não queria prestar... - Assine aqui. - Me entregou o contrato.

Assinei ao lado do 'x' sem pensar duas vezes. Nevel vibrou ao meu lado.

— Quando começo? - Entreguei o contrato para Leonny.

— Chegue aqui às 6:00hs da manhã, meu docinho. A sessão de fotos começará às 13:00hs. Iremos arrumar as suas unhas, o seu cabelo, você passará por uma hidratação corporal, facial e depilação completa. - Me informou.

— Já estou com a depilação em dia. - Avisei.

— Minha, filha, você vai ser devidamente depilada. Pernas, virilhas e axilas. Lá "embaixo" vai ser raspada no zero. Traga aquelas calcinhas que já estão prontas, Valentina! - Pediu para a assistente.

Logo Valentina retornou para a sala dela trazendo 5 calcinhas minúsculas, rendadas, estilo fio dental...

Logo saquei que eu irei posar para uma revista usando lingeries ousadas que mal cobriam a parte da frente.


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Notas finais do capítulo

O que acharam da atitude da Sam ter ido embora e também ter se demitido da loja???

O que acharam da Leonny Sexy? Kkkkkkkkkk

A Penélope arranjou um bom 'bico' para a Sam???

A Pam quer posar nua kkkkkkkkkk

Comentem, nada de vácuo, hein??? Bjs