Espionagem escrita por Lylia Roter, Lyra Roth


Capítulo 1
Notícias nem tão surpreendentes


Notas iniciais do capítulo

Só pra dar o gostinho...



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 "Edward Snowden". O nome reverberava na cabeça do estado de São Paulo. Estava um pouco chocada, mas não muito. Não era o tipo de atitude que surpreendia, vindo do Alfred.

Não que ela não gostasse do loiro; até gostava, mas ele tinha essa mania de A) se meter em em tudo e B)espionar os outros países o tempo inteirinho. Ela sabia que informação era poder, e também não era como se ela nunca tivesse armado alguma maracutaia... No entanto, existia uma diferença entre ter um bom motivo para isso e simplesmente fazer porque pode.

Ela suspirou, afinal não estava tão surpresa. Logo teve que contatar Luciano, seu irmão mais velho, e contar-lhe os fatos. O moreno ficou chocado e nervoso, como pudera ele, Alfred, fazer algo daquele tipo? A moça consolou-o como podia, mas Luciano estava irritado de verdade, e dessa vez, provavelmente faria o barraco. "É", ela pensou, "talvez isso faça Alfred parar." Logo em seguida, soltou um riso debochado: até parece que um escandalosinho de um país como o Brasil poderia deter uma nação poderosa como os EUA.

Ela se recordava, o loiro era a paixão de seu irmão mais velho desde a república, então acabou ficando mais surpresa com o surto do moreno contra Alfred do que com a tramoia do estadunidense -ninguém mais ficava tão surpreso com nada. Claro que a paixonite de Luciano era velha (e já fora bem forte e fogosa), mas isso não só não o impedia de fazer escarcéu por causa do ocorrido como também não significava que todos os resquícios do desejo pelo loiro tivessem sido encobertos na mente de seu irmão. E enquanto o brasil agradecia a delação feita, Senhor Jones, deveria estar p da vida com o tal Edward Snowden. 

Pobre homem, pensou SP. Virara, do dia pra noite, o sujeito mais procurado do planeta. Ficou à noite se perguntando o que levara Snowden a fazer o que fez. Tudo bem, para desafiar o senhor "América" era preciso muita coragem, portanto São Paulo sabia que de duas uma: ou Edward realmente acreditava fervorosamente no direito à privacidade e liberdade, ou tinha um interesse muito grande mesmo em alguma outra coisa... Mas qualquer que fosse o motivo que o levara a abrir a boca, Snowden certamente tinha algum parafuso a menos ou absolutamente nada a perder. 

Entretanto aquilo não importava no momento. Ela sabia que era melhor aconselhar seu irmão e depois ver o que faria a respeito do delator. Sorriu, ajeitando os cabelos ondulados castanhos e enchendo os pulmões de ar. Pulou da cama cheia de papéis e anotações que fazia e caminhou até a porta decididamente. Daria uns conselhos ao Luciano e combinariam umas coisinhas para evitar que esse tipo de coisa ocorresse novamente. Ele podia contar com ela naquele assunto. E depois sairiam pra comer algo bem bom, afinal, "Mano do céu", ela pensava "Isso foi MUITO louco".

Abriu a porta com a mão levemente bronzeada. O fio rebelde dos imigrantes italianos que possuía balançou junto com seus cachos, e seu costumeiro sorriso de quem sabia de algo mais brilhou em seu rosto. "O que devíamos comer?", indagou a si mesma. Um relampejo de ideia do século passou por seu olhar: "É, é melhor pra esfriar a cabeça. Um temaki é uma excelente escolha pra esse tipo de situação."  Luciano ia enfrentar Alfred no dia seguinte, e o loirinho não era pouca coisa. Se realmente fosse fazer isso, ela sabia, era melhor estarem todos preparados.


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Notas finais do capítulo

É... As coisas esquentarão no próximo!~ Sim, São Paulo ganhou uma personificação, e feminina! Porque... sim! Porque eu quis ewe heh. Espero que tenham gostado!



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