POV Annabeth

Cheguei no trabalho um pouco cedo, então resolvi voltar a preparar o casamento e claro, a festa. Além de que isso era uma ótima distração para eu não pensar na possibilidade de Nathan ser o pai do meu filho.

Ellie havia me mandando alguns modelos bem elegantes de convites e pegando várias idéias, desenhei o que eu queria e ficou muito bonito. Mandei que fossem feitos na gráfica. Bem, um passo já está andado.

—Bom dia —Nathan entrou na minha sala.

—O que você quer? —o olhei.

—Calma —ele sorriu. —Esqueceu que vamos trabalhar juntos?

Suspirei e fechei o notebook, que estava aberto em várias guias sobre decorações.

—Então —ele se aproximou e sentou em minha mesa. Porém o rascunho do convite estava visível, e Nathan o pegou. —Casamento?

—Sim —peguei o rascunho de sua mão e o guardei.

—Então Percy aceitou bem que você está carregando um filho meu? —ele sorriu.

—O filho não é seu, Nathan —peguei algumas pastas e fui até a prateleira os guardar.

—Mas pode ser —ele me olhou.

—Mesmo se for, Percy será o pai — me virei para ele, tirando o cabelo do meu rosto. —Você não vai fazer parte da nossa vida.

—Isso é injusto, Annabeth —Nathan me olhou sério, franzindo as sobrancelhas. —Se o meu sangue correr nas veias dessa criança, eu quero e vou assumir.

—Percy e eu estamos tão bem, por que você quer estragar? —cruzei meus braços.

—Porque eu não tenho filhos e sinceramente, eu torço bastante pra ser meu. Não estou pedindo pra ficarmos juntos, estou pedindo para não me afastar —ele se aproximou. —O que tivemos foi bem rápido, mas foi muito bom, Annie. Não precisa me tratar assim só porque está com o Jackson.

—Escuta, você tem que entender que Percy e eu estamos criando uma família. Só eu, ele e o nosso bebê, desculpa Nathan, mas não tem espaço pra você —fui até minha mesa, me afastando dele.

—Você vai querer mesmo que eu leve esse caso pra justiça? —ele sorriu de canto.

—Isso é ridículo! —o olhei nervosa para ele. —Primeiro, você não sabe se é o pai, e segundo, você veio aqui pra gente trabalhar, não é?

—Também —ele se aproximou de mim e colocou a mão na minha barriga. —Mas também estou preocupado com o meu garotinho.

—Senhorita Annabeth, o senhor Jackson está aqui fora… —Taiane entrou na minha sala e ficou parada observando a cena. Pude ver que atrás dela estava o Percy, que ao notar o que estava acontecendo, franziu as sobrancelhas e passou pela minha secretária, entrando na sala.

—Tira a mão dela —Percy se aproximou de Nathan.

—Não é você que decide isso —ele respondeu e olhou meu noivo.

—Pois é, sou eu —me afastei. —E realmente, não quero que encoste em mim.

Nathan me olhou com um sorriso de canto.

—Deixei uma papelada para você assinar. É sobre a sua promoção —ele foi até a porta. —Mais uma coisa, Annie. Te falei que eu me separei, e bem, também tive minha recaída e voltei para a minha ex. Um tempo depois eu percebi que foi o maior erro da minha vida. Bem, com o tempo você também vai perceber o erro que está cometendo.

Ele saiu e fechou a porta. Passei minhas mãos em meu rosto e olhei para Percy, que me observava.

—Então você foi promovida? —ele sorriu de canto e sentou-se em minha cadeira e ficou brincando com uma caneta, a passando entre os dedos.

—Esqueci de te contar ontem —sorri fraco e dei uma olhada nos papéis que Nathan havia deixado.

—Isso merece uma comemoração —Percy falou. —Vamos jantar hoje em um lugar especial.

—Como quiser —sorri. —O que veio fazer aqui?

—Estava te devendo a minha lista e —ele tirou do bolso uma folha e me entregou. Nela estava escritas os convidados que Percy queria. —Eu escolhi a praia.

—E então? —me escorei na mesa.

—Pfeiffer Beach, Califórnia —ele me olhou.

—Califórnia? —sorri. —São umas cinco horas de voo.

—Bem, a gente está chamando os mais chegados —ele começou a rodar na minha cadeira. —Eu pago as passagens.

—Então reduziremos a lista, chamaremos apenas os mais importantes —peguei meu notebook e comecei a pesquisar sobre a praia. Percy parou de girar-se e segurou meu quadril, me puxou e eu sentei em seu colo. —Sem gracinhas, estou no meu serviço —sorri.

—Vou tentar —ele me abraçou e passou as mãos em minhas pernas. —Nathan estava te atormentando?

—Na verdade não, é que agora que eu fui promovida nós iremos trabalhar juntos —falei entrando em um site. —Uma das mais bonitas praias nos Estados Unidos é a Pfeiffer Beach, situada a cerca de 40 quilômetros ao sul da cidade de Carmel. —comecei a ler as informações —Por lá a areia é dourada, a água cristalina e há paredões rochosos, os quais abraçam a praia e deles verte uma linda cachoeira, a qual corre para o mar. Além disso, você encontrará na Pfeiffer Beach uma rocha gigantesca, a chamada The Rock, onde o pôr do sol presenteia os visitantes com uma paisagem inigualável. Ual —sorri.

—Eu falei —Percy beijou meu pescoço.

—É perfeito —me virei para ele, envolvendo seu pescoço. —E a lua de mel?

—Caribe ou Havaí.

—Huumm, já estava pensando nisso então —sorri e acariciei seus cabelos.

—Desde o dia em que te pedi em casamento, Sabidinha —Percy segurou minha nuca e me aproximou ainda mais dele, me beijando.

—Senhorita Chase —Taiane entrou na minha sala e eu a olhei. —Desculpa incomodar, mas está na hora da sua reunião com senhor Alcides.

—Estou indo. —me levantei e arrumei minha camiseta e saia —Vou pedir para ele uma semana de férias, para a nossa viagem.

—Duas semanas —Percy falou.

—Dúvido que deixem —sorri e beijei sua bochecha. —Vai olhando aí algumas decorações que eu separei, está na pasta 7.

—Como quiser, senhorita —Percy sorriu.

(…)

Depois de uns quarenta minutos voltei para a minha sala, mas Percy não estava lá. Ele havia deixado um bilhete em minha mesa.

"Tive que voltar para o trabalho, vou passar na minha mãe e ficar um pouco com ela quando for embora. Te espero 20h no La Place!
Amo você, loira"

Segurei um sorriso quando vi seu coração um pouco deformado no final.

Me sentei em minha cadeira e abri o notebook para resolver mais algumas coisas da promoção e quando tiver tempo, escolher alguns itens para o casamento, afinal tenho apenas cinco dias.

(…)

—Com licença —sorri chegado na recepção do restaurante. Coloquei um vestido bem básico rosa claro e fiz uma trança em meu cabelo. —Tem uma mesa separada no nome de Percy Jackson.

O homem olhou um livro e confirmou, depois de alguns instantes ele me levou até a varanda, onde o ambiente era a luz de velas. Minha mesa estava vazia, Percy atrasado como sempre.

Agradeci o homem e me sentei, pegando o celular e respondendo algumas mensagens. Depois de uns vinte minutos, eu acho, vi alguém se aproximar de mim. Levantei meus olhos e lá estava Percy, mas ele trazia consigo um buquê de girassol. Sorri e me levantei, ficando a sua frente.

—Percy isso é… —sorri enquanto ele me entregava as flores.

—Espera tem mais —ele tirou do bolso uma pequena caixinha de jóia e a abriu para mim. —É um colar de Alexandrita. Foi difícil achar um desse —ele sorriu.

—Meu Deus Percy, é uma pedra rara —peguei o colar e o olhei, era magnífico. —Quer colocar em mim?

—Óbvio —meu noivo sorriu e ficou atrás de mim. Percy colocou o colar delicadamente, e no final, beijou meu pescoço, me fazendo arrepiar.

—Muito obrigada, amor —me virei para ele e o abracei.

—Você merece —ele sorriu. —Então, —Percy puxou a cadeira para eu me assentar. —Eu estava conversando com a Thalia.

—Estranho, mas continue —sorri. No fundo minha melhor amiga gosta do Percy, o problema é que na maioria das vezes os dois ficam se bicando.

—E conversa vai, conversa vem —Percy sentou-se na minha frente e começou a encher nossas taças com o champanhe. —Eu mudei de ideia para nossa viagem de lua de mel.

—Onde será então? —peguei a taça, mas me lembrei que estou grávida. A larguei e suspirei, eu gostaria de beber, mas meu filho agora é prioridade.

—Surpresa, essa parte eu quero que me deixe organizar —Percy nem percebeu que eu havia largado a bebida, lerdo como sempre.

—Tem certeza? —o olhei sorrindo. É realmente bom ver Percy se empenhando.

—É claro! Estou louco para fazer isso —ele disse animado.

—Então tudo bem. Eu acertei hoje com a decoração do casamento e da festa —chamei a garçonete e ela se aproximou.

—Boa noite —ela sorriu. Na verdade ela sorriu para meu noivo. —Você está ótimo, Percy.

Percy olhou para a garota e franziu as sobrancelhas.

—Desculpa eu não estou te reconhecendo… —ele sorriu sem graça.

—Sou Tiana, de Rosewood —ela colocou a mão na cintura.

Percy parecia pensar, mas balançou a cabeça negativamente.

—Uma das duas amiga que saíram com você uma vez… —ela continuou.

—Ah claro! —Percy sorriu concordando e olhou para mim. —Tiana!

Segurei uma risada, ele não sabe que ela é.

—Bem, se você quiser repetir a dose de alguns anos atrás… —ela passou a mão no ombro de Percy e eu tossi.

—Eu gostaria de uma água. —sorri simpáticamente para ela.

—Como quiser —ela me olhou rispidamente e se retirou, não antes de piscar para Percy.

—Rosewood e você —peguei o cardápio, olhando as opções. —Quantas histórias.

—O que posso fazer se seu noivo é gostoso —Percy passou as mãos no cabelo.

—Não vou negar —sorri o olhando.

—Você me deixa louco quando me olha assim, sabia?

—E o que pretende fazer se eu continuar te olhando desse jeito? —arqueei uma sobrancelha.

Percy sorriu de canto e se aproximou com a cadeira, inclinando até meu ouvido.

—Espero que esteja sem calcinha —ele sussurrou, tirando meu cabelo do rosto. —Vai facilitar bastante as coisas.

Sorri, como ele consegue me deixar arrepiada só por falar isso?

—Eu estou —o olhei.

—Sério?

—Sério.

Tiana chegou com um copo de água e Percy e eu nos afastamos, mas ele não parou de me olhar com um pequeno sorriso.

—Então —arrumei meus cabelos e o olhei animada. —Tem uma médica, realmente extraordinária, se chama Mia D'Lavue… E ela vai acompanhar a minha gestação.

—Ela é confiável? —Percy franziu as sobrancelhas. —Não quero qualquer um cuidando do meu filho.

—Olha pra mim, Percy —o olhei cínica. —Eu escolheria qualquer um para cuidar do meu bebê?

Meu namorado começou a rir e bebeu um gole de champanhe.

—Acho que é a medida que vai aprender com você, não ao contrário.

—Eu não sou assim também —mexi nas minhas unhas. —Eu só sei de algumas informações a mais...

—Annabeth, a última vez que você foi no médico, o doutor quase sentou para te ouvir falar —Percy riu. —Mas você tem que honrar o apelido de Sabidinha mesmo.

—E o senhor honra o Cabeça de Alga. Mal notou que eu ia beber algo alcoólico.

Percy ficou por alguns momentos olhando para os copos de mesa, e parece que só agora entendeu o motivo da garçonete ter trago a água. Não aguentei e comecei a rir.

—Vou ser mais atencioso, prometo —ele segurou a minha mão. —Mas então, que dia vamos fazer o ultrassom.

—Marquei pra dia 9 do mês que vem —sorri. —Era a única data disponível para esse mês e até lá já voltamos da lua de mel.

—Ah não —Percy mexeu nos cabelos.

—O que foi?

—Eu tenho uma reunião em São Francisco nesse dia, e eu não posso perder de jeito nenhum.

—Você também não pode perder o primeiro ultrassom do nosso filho —falei um pouco sem graça. —Não tem como remarcar?

—São de uma grande empresa do Japão… Não posso desmarcar —Percy suspirou. —Mas darei um jeito. Não vou perder a oportunidade de ver Percy Júnior pela primeira vez.

—Rick espera que você esteja lá —sorri.

Depois de alguns minutos conversando, fizemos o pedido.

Até que Percy se aproximou de novo e colocou as mãos na minha perna.

—Eu vou me reunir com as meninas amanhã. Sabe, ver quem irá ser minha dama de companhia —Percy subiu suas mãos. —Ei —sorri o segurando, e olhando para os lados. —Estamos em um lugar público.

—Você sabe que isso nunca foi um problema para mim —ele me respondeu sorrindo.

—Aguente até chegarmos em casa, apressado —beijei sua bochecha. —Marquei na quinta, um jantar com as nossas famílias e padrinhos.

—Tudo bem —Percy se encostou na cadeira e ficou acariciando minhas costas. —Eu estive pensando.

—Isso é uma novidade —o olhei.

—Ha ha muito engraçada —ele revirou os olhos. —Não sei se foi uma boa ideia convidar Luke para ser meu padrinho.

—Está louco? Foi uma atitude muito bonita —segurei sua mão.

—Ah sei lá, nós dois não... Sabe? Não somos tão amigos igual antes.

—Só porque você é um cabeça dura —bebi um pouco da água. —Já devia ter esquecido isso.

—Ele não me contou que Walter seria preso!

—Era o trabalho dele! Céus, Percy, deixa de ser criança.

Ele ficou calado. Thalia e eu já não aguentávamos mais a tensão que se pairava no ar quando os dois estavam juntos. Eu queria realmente que Percy parasse de sentir raiva de Luke. Na verdade, acho que raiva nem é a palavra certa, acho que ele está mais pra magoado.

A comida chegou e eu estava faminta.

—Acabei —Percy colocou o garfo no prato. —Vamos?

—Vamos —sorri em ver a sua pressa.

(…)

Estávamos no elevador do nosso prédio e eu mexia no celular, estranhei o quão cheio ele estava. Imaginei que alguém estava dando uma festa.

Estava destruída, olhando algumas mensagens, quando senti Percy encostar sua mão em minha perna e ir subindo devagar.

O olhei e ele retribuiu o olhar, sem deixar de dar um sorriso de canto.

Bem, não vou dar detalhes mas, quando ele colocou… Segurei seu braço.

—Você está louco? —sussurrei.

—Só não faz barulho —ele sussurrou de volta e colocou outro dedo.

Apertei seu braço e encostei minha cabeça em seu peito. Céus isso estava muito bom, mas estava difícil para mim, já que eu estava segurando um buquê de flores.

Sem querer deixei escapar um gemido bem baixo. Percy segurou uma risada e eu comecei a tossir, para despistar alguns olhares que me fitavam.

Assim que a porta se abriu no nosso andar, as pessoas saíram e Percy e eu fomos nos últimos. Cumprimentamos alguns vizinhos, mas assim que eles entraram em seus apartamentos, Percy me segurou minha cintura e me colocou contra a parede.

—Você é maluco, sabia? —sussurrei apertando seu cabelo, enquanto ele beijava meu pescoço.

—Você me deixa maluco, loira —ele nos levava até a porta do nosso apartamento.

Mal fechamos a porta e Percy me deitava no sofá, coloquei rapidamente o buquê em cima da mesa. Comecei a tirar sua camisa, mas algo estava me incomodando.

—Espera —falei. Senti que estava deitada sobre algo. Me ergui um pouco e tirei um casaco cinza que tinha alguns bolsos. —Isso é seu? —o olhei.

—Não —Percy se levantou abotoando a camisa. —Ellie! —ele gritou. —Tá em casa?

Me levarei também, ajeitando o vestido. Não ouvimos nenhuma resposta.

Percy foi até o corredor do quarto de Ellie e eu o segui, e vi que a porta estava entreaberta. A TV estava ligada, e ela dormia com um homem.

—Isso já virou uma palhaçada —Percy se aproximou e jogou o casaco em cima do rapaz. —Sai do meu apartamento, agora.

Os dois acordaram. O homem logo se levantou, com certeza é o Angus.

—Ellie, vamos ter uma conversa bem seria e você —Percy olhou para Angus. —Devia ter vergonha! Ela é uma garota de dezesseis anos e você tem uma família!

—Ele vai se separar para ficar comigo —Ellie se levantou nervosa. —Não enche!

—Não precisa brigar, querida —Angus se levantou, vestindo o casaco. —Assim que você tiver esse bebê, eu te tiro daqui.

Ele passou por mim e saiu do quarto. Depois de alguns instantes, escutamos a porta se fechando.

—Você perdeu o juízo —Percy olhou para sua prima.

—Por que você insiste em estragar tudo? —ela gritou.

—Eu estou estragando tudo? Eu, Ellie!? —Percy se aproximou.

—Isso mesmo —ela o empurrou. —Você só quer saber de controlar a minha vida! Você não tem esse direito!

—Ellie, você não era assim. —me aproximei dela. — Primeiro que você queria ter esse bebê, depois ficou obcecada por esse idiota e está disposta a abandonar o próprio filho para ficar com um homem!

—A vida é minha! Por que vocês simplesmente não podem me apoiar? —ela começou a chorar.

—Porque nós sabemos o quão ruim está sendo essa sua escolha —Percy suspirou. —Você é a minha família, Ellie. Eu só quero o seu bem.

Ela ficou calada e depois de um tempo foi até a porta de seu quarto.

—Eu não vou parar de encontrá-lo se é isso que vocês querem. Eu o amo. E eu sei que ele me ama —ela saiu.

Percy sentou-se na cama e colocou as mãos em seu rosto.

—Eu sou horrível nessas coisas —ele disse.

—Eu te achei incrível —me aproximei e acariciei seus cabelos.

—Se eu não consigo controlar uma menina de dezesseis anos. Imagina uma criança —ele levantou a cabeça, me olhando frustado.

—Ei —agachei a sua frente e segurei seu rosto. —Você foi muito bem com a Ellie, meu amor. E sinceramente, eu acho que você será um ótimo pai.

—Não sei não —ele passou as mãos no rosto. —Eu estou com medo Annie. Medo de não ser capaz.

—Perseu Jackson —segurei seu rosto e o fiz me encarar. —Você vai se casar com Annabeth Chase. Você acha que essa mulher escolheria qualquer um para ser o pai do filho dela?

—Não —ele riu.

—Exatamente —sorri e me levantei. —Você será um pai maravilhoso, Percy. Eu tenho certeza. Ellie é uma adolescente, é difícil mesmo.

—Nosso filho vai ser adolescente um dia —ele se levantou e passou as mãos em minha barriga.

—E ele vai ter que ter muita coragem para me enfrentar —eu ri.

—Céus —Percy se abaixou até a minha barriga. —Já estou com pena de você, amigão.

—Ei —dei um tapa em seu ombro rindo.

—Só estou preparando ele para o futuro —Percy sorriu me abraçando.