Loving Can Hurt escrita por Rafaela, SweetAngel


Capítulo 3
Memórias


Notas iniciais do capítulo

OI GENTE ♥ como estão? Não tenho muito pra falar aqui... Espero que gostem do capítulo! Até as notas finais!!

~SweetAngel



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POV Thalia

Jason me ligou pra avisar que tinha chegado.

— E aí? — Jason sorriu, caminhando em direção ao carro.

— Oi — abracei-o.

— Valeu pela carona.

— Imagina — entramos no carro — tá afim de ir almoçar?

— Claro.

(...)

— Eu preciso te perguntar uma coisa — Jason disse enquanto almoçávamos no meu restaurante favorito.

— Pode perguntar.

— Promete não mudar de assunto?

— Tá bem...

— Você tem conversado com a Piper?

— Jason...

— Eu... Juro que eu tento esquecê-la, já fazem 7 anos, eu já saí com outras garotas, mas a Piper... — Jason suspirou — ela é a Piper... E nenhum desses outros encontros deu certo.

Era verdade, Jason saíra com outras garotas, mas nunca esquecera Piper. Eu mantinha contato com ela, todas nós, Calipso, Annabeth, Hazel e eu mantínhamos, mas ela nunca quis conversar com Jason, e eu tinha que respeitar essa decisão. Mas tinha uma coisa... Um segredo que ela nos fez jurar por nossas vidas não deixar o Jason, ou qualquer um dos garotos saber.

— A gente se fala sempre, mas eu não posso dizer nada sobre ela pra você — falei.

— Por tantos anos eu tentei esquecê-la, tentei me distrair com a faculdade, depois meu emprego, tentei sair com outras para esquecê-la, mas é impossível! Essa viagem pra Miami, eu fiz o possível, mas ela não saía da minha mente.

Jason nunca foi de se lamentar, nunca demonstrou fraqueza, não acreditava que ele tivesse uma, até ele conhecer a Piper...

— Você acha que eu vou conseguir conversar com ela algum dia? — ele perguntou.

— Tenho certeza que vai — sorri.

(...)

POV Jason

Quando eu cheguei em casa do trabalho, fui tomar um banho. Eu não sou sempre assim, há dias em que não fico tão mal lembrando da Piper, mas hoje... Sei lá, estava pior.

Eu tentei me comunicar com a Piper, mas ela havia mudado de número, não queria que eu descobrisse seu endereço e eu nunca mais tive notícias suas, apenas sabia que as meninas mantinham contato.

Eu tentei me livrar de tudo que me lembrava dela, e eu o fiz, mas as memórias não era tão fáceis assim. Tentei sair com outras garotas, mas nenhuma era boa o bastante. Tentei ocupar minha mente, mas nada ficou muito diferente.

Já estava tarde e eu estava cansado, e depois de ficar uma hora no chuveiro lamentando a burrada que eu fiz há sete anos que foi perder a única garota por quem eu me apaixonei de verdade, e que eu ainda amo, decidi que estava ficando muito dramático, decidi parar e sair do chuveiro. Me vesti e me joguei na cama.

POV Piper

Exausta, eu estava quebrada. Passei o dia trabalhando no setor de moda da Ralph Lauren.

Sei o que você deve pensar. Piper McLean trabalhando com moda. Mas não é bem isso, eu trabalho no setor de vendas, então é meu trabalho dar opinião, então sempre que me pedem, eu digo o de sempre "se você gosta, use". Eu nunca fui de obedecer regras de moda, eu uso o que eu gosto, e acho que devia ser assim.

Eu gosto do meu trabalho, de verdade. Mas meu chefe é um mala, mas é um mala que paga bem.

Então... Vamos começar do começo. Eu me mudei há sete anos, vim pra casa do meu pai e... Não fiz faculdade, parcialmente porque eu nunca quis fazer nenhum curso como engenharia ou medicina, queria trabalhar com algo que eu gostasse, parcialmente porque...

— Mamãe! Mamãe! — Tyler correu até mim quando cheguei em casa.

— Oi, meu amor — sorri e o abracei.

É... Eu tive um filho.

— Cadê o vovô? — perguntei.

— Ele tá fazendo o jantar. Vem aqui, eu tenho uma coisa pra você — Tyler me deu a mão e me guiou para a cozinha, acompanhado da nossa cachorrinha.

Deixa eu explicar. Eu tive um filho, Tyler, há sete anos, eu vim pra casa do meu pai e aqui estou. Um ano depois que Tyler nasceu, uma amiga do trabalho do meu pai, amiga do dono da Ralph Lauren, gostou do meu estilo, e o contatou imediatamente. Ele quis me conhecer e me ofereceu um emprego e, como eu não queria depender do meu pai pra tudo, aceitei, e acabou sendo uma excelente escolha.

— Oi, Pipes — meu pai sorriu e eu fui até ele, beijando sua bochecha.

— Oi, pai.

— Olha, mamãe! — Tyler veio até mim com um desenho nas mãos.

Era um desenho dele de mãos dadas comigo e com meu pai, e no canto, nosso cachorro, Charlie.

— Que lindo, Tyler! Vou colocar na porta da geladeira, vem cá — fui até a porta e preguei o desenho ali com um ímã.

— Você gostou? — ele perguntou.

— Eu amei — beijei sua cabeça.

— Como foi seu dia, querida? — meu pai terminava de fazer o jantar.

— Cansativo, mas vendi bastante — sorri — Como foi a escola, Ty?

— Foi legal, a gente plantou uma semente no algodão, a professora disse que vai ser o projeto da turma — ele parecia animado.

— Que legal — sorri.

— E o seu, vovô? — ele se virou pro meu pai, que sorriu.

— Eu apenas cuidei de papéis hoje, foi um dia calmo — ele disse — o jantar está pronto!

(...)

— Tenho notícias — falei quando estávamos comendo.

— Boas? — Tyler perguntou.

— Sim — sorri — eu fui promovida...

— Que ótimo, filha! — meu pai sorriu.

— O que isso significa? — Tyler perguntou.

— Significa que eu fiz meu trabalho direitinho e ganhei um aumento e um cargo mais importante — expliquei.

— Isso é ótimo!

— É sim, só que tem uma coisa... Teremos que nos mudar pra Nova York.

— Nós três?— Tyler perguntou.

— Nós dois, o vovô precisa ficar aqui pra trabalhar — olhei pro meu pai, e realmente era verdade. Ele não se deslocaria tão fácil com seu emprego.

— Mas... E a escola?

— Tem escolas em Nova York.

— E meus amigos?

— Pode visitá-los.

— Eu... Eu quero ficar.

— Tyler, você não pode ficar.

— Por quê?!

— Porque o vovô não fica o tempo todo em casa, e indo pra Nova York, vou ter mais tempo livre pra ficar com você — falei.

— E a Charlie?

— Isso a gente pode discutir...

Tyler não pareceu gostar muito.

— Ty, Nova York é muito legal, tenho certeza de que vai fazer amigos lá também, e você vai poder passar mais tempo com a mamãe — meu pai interveio.

— Mas eu me divirto aqui com você, vovô!

— Eu também, filho, mas vou visitar vocês sempre, e vocês podem me visitar sempre!

— Promete?

— Prometo — ele sorriu.

Tyler pareceu gostar mais da ideia. Eu sei que um pai ausente pode causar muitos danos a uma criança, minha mãe foi ausente. Tyler tinha um pai ausente, uma longa história.
Tyler tinha a mim, óbvio, e a figura paterna da vida dele sempre foi meu pai. Não é a mesma coisa, eu sei, e também sei que mudando pra Nova York, ele não teria nenhuma figura paterna... Bem, era o melhor a se fazer, eu ia ganhar mais, teria mais tempo pra ver meu filho crescer e estar com ele e poderia ser mais independente. Não gostava de depender do meu pai. Agora poderia usar meu dinheiro pra seguir minha vida com Tyler, meu pai nos ajudara muito, mas agora precisávamos deixá-lo viver sua própria vida.

(...)

Tyler foi tomar banho e eu estava lavando a louça e meu pai as guardava.

— Acha que estou fazendo a coisa certa? Me mudando...

— Claro, se é o que quer... Claro que sentirei falta de vocês, me acostumei com vocês aqui, mas acho bom vê-la subir na vida, filha.

— Já estava mais que na hora — sorri.

— Promete que não vai se esquecer de mim?

— Nunca me esqueceria, pai!

Ele sorriu e me abraçou.

POV Nico

— Acorda, sunshine — Will se jogou em cima de mim na cama.

— Já falei pra não fazer isso — falei me virando e afundando o rosto no travesseiro.

— São sete da manhã, hora de levantar.

— Ainda é de madrugada, pode me deixar aqui.

— Levanta, eu tenho que ir trabalhar daqui a pouco e é meu primeiro dia.

— Boa sorte — falei sem me mexer.

— Levaaaaanta — Will me abraçou.

— Nãããão — respondi.

— Por favor — ele começou a beijar meu pescoço — por favor, por favor.

— Pode parar com isso.

— Por quê? — sabia que ele estava sorrindo. Ele sorria quando conseguia me irritar.

— Não gosto quando faz isso — falei.

— Gosta sim.

— Não gosto.

— Gosta sim.

— Tá bom, você tá me excitando e são só sete da manhã, feliz?

— Sim — ele disse e eu o olhei. Eu disse, ele estava sorrindo.

— Tá, conseguiu o que queria, meus parabéns — disse me levantando e fui até a pia do banheiro lavar o rosto.

— Vai, hoje é meu primeiro dia como interno, fica feliz comigo!

— Eu estou feliz por você, não estou feliz de estar acordado às sete da manhã.

POV Will

Nico e eu começamos a morar juntos há dois anos, e no ano passado terminei a faculdade de medicina.

Hoje é meu primeiro dia como interno no principal hospital da cidade. Eu não sei bem o que estou sentindo, quero chegar lá logo e começar a trabalhar, mas tenho medo e não quero que chegue nunca.

Fiquei observando Nico escovar os dentes. Ele estava praticamente dormindo em pé, e isso era muito fofo.

— Quando sua carona chega? — Nico perguntou quando acabou.

— Em alguns minutos — respondi — por quê?

— Hum — ele disse saindo do banheiro e passando por mim.

— Espera aí — segurei-o.

— Que foi? — ele me encarou.

— Eu te amo — falei.

— Eu também te amo — ele disse e eu o beijei rápido.

— Aonde você vai? — perguntei quando ele saiu do quarto.

— Comer alguma coisa, já que você me acordou — ele respondeu do corredor.

Sorri e fui atrás dele.

— Você tá bem? — Nico me observou enquanto colocava ceral em uma tigela.

— Sim, só meio nervoso...

— Você vai se sair bem.

— Eu espero.

— Eu sei que vai. Vai ser o melhor cirurgião de Nova York.

— Não acho que seja pra tanto — sorri.

— Quieto, estou tentando te dar apoio moral.

— Obrigado — eu ri.

Meu telefone começou a tocar.

— Minha carona chegou.

— Vai, se não você chega atrasado.

— Tchau — fui até ele correndo e beijei sua cabeça. Depois peguei meu casaco que estava sobre a cadeira e corri até a porta.

POV Piper

Os últimos cinco dias foram cansativos, uma bagunça na verdade. Mas finalmente tudo estava em ordem. Nosso apartamento novo em Nova York, pronto, nosso vôo, agendado e nossas malas, prontas. Tínhamos que estar no aeroporto em duas horas. Meu pai resolveu nos levar, depois de uma longa e triste hora de despedidas.

A semana foi difícil pro Tyler, já que era a última semana de aula antes do feriado. Ele teve tempo de se despedir dos amigos, mas eu o assegurei que ele manteria contato, sei o quanto isso é importante.

Eu tive uma semana incrível. Apesar de ter que me preocupar com a mudança, me diverti.

Apesar de o vôo ser de madrugada e de termos que chegar no aeroporto às 1, estava animada, e apesar do sono, Tyler também.

Não tinha dito pras meninas que ia me mudar pra Nova York, faria uma surpresa.

— Prometa me ligar quando chegar lá — meu pai disse.

— Eu vou — respondi.

— E que vai me ligar a qualquer hora sempre que precisar de qualquer coisa.

— Eu vou — sorri.

— E que vocês vão me visitar...

— Pai — o interrompi — é claro que vamos fazer tudo isso — sorri — não é, Ty?

Tyler fez que sim, esfregando os olhos, e meu pai se abaixou para abraçá-lo.

— Você também, campeão — meu pai disse a Tyler — me liga se tiver problemas.

— Pode deixar — Tyler disse sonolento.

— Obrigada por duvidar das minhas habilidades maternais — falei.

— Não foi isso que eu disse — meu pai sorriu.

— Eu sei — sorri e o olhei. Ele sabia que ele era a única imagem paternal que Tyler tivera, e tenho certeza que ele conversou com ele... Sutilmente, mas tenho certeza de que o fez. Sabia que Tyler precisaria do avô.

O embarque para o vôo foi anunciado, e meu pai nos acompanhou até o portão de embarque.

— Obrigada, pai — me virei e o abracei.

Meu pai me abraçou e beijou minha cabeça.

— Se cuida.

— Pode deixar — me separei dele.

Observei as pessoas que embarcavam na minha frente e olhei para Tyler.

— Pronto? — sorri.

— Pronto — ele disse olhando as pessoas e caminhamos em direção da fila.


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Notas finais do capítulo

Nico me representando quando tentam me acordar swkxnfskb
O que acharam? Comentem suas opiniões, gostamos de conversar com vcs!
Até o próximo! Xx

~SweetAngel



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