Loving Can Hurt escrita por Rafaela, SweetAngel


Capítulo 26
Grávida?


Notas iniciais do capítulo

OI GENTE
Quanto tempo né? Mas estávamos em semana de prova, nem tinha tempo pra olhar pro telefone... Mas voltei!!! :)
Altas emoções nos últimos capítulos hein fjsncjesiab espero que gostem desse!

~SweetAngel



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POV Annabeth

Primeiro dia de trabalho. Estou nervosa? Imagina.

Acabei de fazer uma trança em meu cabelo e vestir meu casaco, Percy estava no primeiro andar tomando café com Ellie e eu desci até eles.

—Nervosa? —Percy me olhou sorrindo.

—Um pouco.

—Você vai se sair bem —ele se levantou. —E a senhorita também —ele sorriu apertando o nariz de Ellie, que riu e afastou a mão dele.

—Tenho prova de física —ela disse pagando um livro na mochila.

—É só ter calma —falei e me virei para Percy. —Vamos?

—Vamos.

(...)

A mesma mulher que nos guiou ontem pela empresa, levava Michaela e eu até o andar que ficaríamos.

—Venham —ela saiu do elevador e nós a seguimos.

Havia no máximo três salas fechadas, vários cubículos predominavam o andar.

—Vocês duas podem ficar com esses —a mulher nos levou até dois cubículos vazios em meio os outros —Tomem —ela entregou uma pasta para a gente —tem projetos para se desenvolver. Dia 25 terá a votação de qual projeto a WEA irá fazer. Espero que tenham entendido tudo.

—Obrigada —nós duas sorrimos e nos sentamos.

—Ora, ora —uma garota loira, completamente encorpada virou sua cadeira para nós. —Temos novatas.

Ela sorriu de lado. Não sei o motivo, mas me senti amedrontada por ela.

Seus cabelos iam até a cintura em um ondular perfeito, seus olhos eram castanhos claros e ela tinha uma postura de se invejar. Até me arrumei na cadeira, depois de perceber a forma como ela sentava.

Olhei ao redor, todas as garotas tinham o cabelo solto e usavam roupas realmente formais. Eu estava com uma trança que já começava a se desfazer e usava um casaco...

—Sou Hayden Barnes —ela nos olhou.

—Barnes? —Michaela perguntou —Você é parente do...

—Primeiro ministro? —ela sorriu —Sou sua filha mais nova.

—Ual —Michaela sorriu e estendeu a mão —sou Michaela Samers, prazer.

Hayden tinha um olhar como se fosse superior, e fez uma cara de "tanto faz" para Michaela.

—E você? —ela se virou para mim.

—Annabeth Chase —respondi no mesmo tom. Ela não é melhor que ninguém.

—Espera, Annabeth? —ela franziu as sobrancelhas —Não é você que saiu no jornal?

—Anh?

—O baile —uma garota que estava no cubículo ao lado de Hayden se virou para nós. —A WEA patrocinou o baile beneficente.

Oh merda.

—Você é a garota que Percy apostou cinquenta mil? —Michaela perguntou me olhando.

Não é possível que isso tudo saiu no jornal.

—É ela sim —a mulher ao lado de Hayden estendeu um jornal para mim. Lá estava a foto que o fotógrafo tirou da gente na entrada do salão. Essa foto é linda, Percy me olhava com um olhar tão apaixonado e eu olhava admirada para o lugar, foi uma foto que nós dois não esperávamos.

"O baile beneficente anual foi patrocinado pela empresa White Engineers Applications, e contou com a presença do diretor, Percy Jackson e sua namorada."

Eu não fazia ideia que isso se tornaria público.

—Consegue uma vaga no setor superior e ainda namora o chefe —Hayden me olhou com rapidez. —Não duvido nada que está aqui por causa do senhor Jackson —ela se virou para seu computador.

—Estou aqui por mérito meu, Hayden —respondi. —Não preciso do Percy para conseguir emprego para mim.

—Percy? —ela virou o rosto para o lado —Olha aqui —ela se virou novamente para mim —Para todos aqui, incluindo você, ele é senhor Jackson, não é porque você é a comidinha dele que pode ficar achando que tem algum direito a mais, ok?

—Eu não sou a "comidinha" de ninguém —respondi. —E não me acho melhor que vocês. Eu chamei ele de Percy por causa do costume.

—Vocês estão aqui para trabalhar —um homem alto e forte se aproximou —parem de tagarelar e vamos ao serviço.

—Como quiser, senhor —Hayden disse e cada uma voltou para seu cubículo.

Que garota ridícula!

—Estão se virando bem? —o homem que nos repreendeu a uns cinco segundos se virou para Michaela e eu.

—Sim, senhor.

—Meu nome é Ian. Sou o responsável pelos arquitetos. Podem me procurar, se precisarem de alguma coisa.

—Certo —sorrimos e ele se afastou.

(...)

POV Thalia

Eram cinco da manhã e eu tinha acordado passando mal. Estava de pé a um tempinho quando ouvi passos na escada.

— Por que tá de pé? — Luke descia esfregando os olhos.

— Não estou me sentindo bem, eu vi beber água — falei — por que você tá de pé?

— Não consigo nem dormir sem pensar nesse caso — ele disse ligando seu computador.

— É sério que você vai começar a trabalhar agora?

— Tenho duas horas pra fazer nada até o trabalho, posso muito bem usar esse tempo, não acha?

— Olha só meu noivo, todo focado e sério — disse chegando por trás dele enquanto Luke encarava a tela do computador — você fica sexy assim — beijei seu rosto enquanto ele acariciava meu cabelo.

— Isso é café? — ele olhou a caneca na minha mão.

— É... — falei entregando-o — pode beber, não consigo beber isso.

— O que você colocou?

— Nada, eu só não me sinto bem, e café não vai me ajudar — falei indo ao banheiro.

— Você devia ficar em casa e descansar — Luke disse.

— Eu queria, mas tenho coisas pra fazer. Aliás... É provavelmente parte do ritual irritante do mês, daqui a meia hora vem a cólica — falei. Eu esperava que sim. Estava uns dias atrasada.

— Eu já te vi de TPM, não vá pro trabalho, você vai matar alguém.

— É uma hipótese — falei, pensativa — mas eu dou conta. É só uma cólica, eu aguento mais que isso...

(...)

Não era só uma cólica. Pensando bem, nem era cólica. Eu só estava super cansada, dolorida e queria ir pra casa.

E eram só 9:30.

— Katie — saí da minha sala e fui até sua mesa.

Ela se virou pra mim.

— Desmarque tudo que tenho hoje, preciso sair — falei.

— Ok, você tá bem?

— Sim... É só cólica, muito forte. Vou pra casa descansar.

— Eu posso comprar um remédio se quiser...

— Não, eu só preciso descansar, não estou com cabeça pra ficar aqui — falei — alguma reunião ou algo importante hoje?

— Não... Na verdade hoje está tranquilo.

— Ótimo, então eu te vejo amanhã — sorri e peguei minha bolsa, indo pro elevador.

Chegando no meu carro, liguei pra Annabeth.

— Tá ocupada? — perguntei quando ela atendeu.

— Estou no trabalho... Por quê?

— Você sai que horas?

—Cinco.

— Passo aí para te buscar — falei.

Depois que desliguei, fui pra casa pra, pelo menos tentar, descansar.

 

(...)

 

—Que cara é essa? —perguntei quando Annie entrou no quarto, era seu primeiro dia de trabalho, achei que estaria radiante, mas ela parecia que não estava bem.

— Aonde vamos? — Annabeth perguntou quando entrou no carro.

— A um lugar mágico que não visito há uns meses, mas que senti necessidade de visitar agora...

— Quem...

— Meu médico — falei.

— Quê? — Annabeth me olhou — Você tá doente?

— Doente, não — sorri — grávida, talvez.

Quando eu disse isso, Annabeth quase quebrou o encaixe do cinto de segurança que tentava colocar.

— Oi? — ela me encarou.

Continuei sorrindo observando um enorme sorriso se formar no rosto da loira.

— Você tá falando sério? — ela segurou meus ombros.

— Bom, ou é isso ou eu tenho uma doença com sintomas bem estranhos.

— Como sabe?

— Eu não sei, disse que acho, e eu tenho comido coisas do tipo, donut com picles, me cansado só de subir as escadas de casa, acordei passando mal hoje e estou uma semana atrasada...

— Estou declarando essa criança minha afilhada — ela disse me fazendo rir — Agora anda! Acelera! — ela disse quando dei a partida.                       

 

(...)

 

Annabeth e eu fomos até o hospital, que era onde minha médica estava atendendo.

— Oi — Annabeth foi até o balcão — aonde vamos para testes de gravidez?

— Eu sou paciente da dra. Montgomery — falei ficando ao lado dela.

— Tudo bem... Ela está atendendo, mas se forem ao laboratório, eles vão fazer o exame de sangue e ela vai recebê-las quando ficar pronto. As duas vão fazer o exame?

— Ah não — Annabeth sorriu — só ela.

— Podem seguir o corredor e descer as escadas, falem na recepção que precisam ir ao laboratório pra esse exame — ela nos indicou com a mão.

— Tudo bem, obrigada — disse e seguimos.

 

(...)

 

Annabeth caminhava ao meu lado no corredor. Passamos por médicos, pacientes e portas abertas.

— Estou ficando nervosa — falei.

— Relaxa, vai dar tudo certo — ela disse entrelaçando nossos braços e me puxando — Com licença — Annabeth chegou no balcão, onde a secretária ergueu os olhos.

— Estou aqui pra fazer um exame de sangue pra teste de gravidez — falei.

— Qual seu nome? — a mulher perguntou, com uma expressão séria e constante.

— Thalia Grace — falei.

— Documentos — ela disse estendendo a mão.

Olhei pra Annabeth e ela me olhou, depois tirei meus documentos da bolsa e entreguei à secretária.

Ela fez algumas anotações, carimbou o papel e me entregou.

— Quando chamarem seu nome, pode ir até a porta — ela disse apontando pra uma porta onde dizia "laboratório" no final do, não tão longo, corredor.

— Obrigada — disse pegando o papel e caminhando até as cadeiras da sala de espera onde outros pacientes aguardavam.

Fiquei observando as portas. Uma dizia laboratório, outra raio x, outras três não tinham identificação.

— Logo logo a gente vai ter certeza se eu vou ser tia — Annabeth disse.

— Você não é minha irmã... De sangue — falei.

— Aw — Annabeth entrelaçou nossos braços novamente — mas ele ou ela pode me chamar de tia, se quiser.

— Thalia Grace — uma enfermeira pegou a ficha no balcão e me chamou.

— Essa foi rápida — Annabeth disse quando me levantei — quer que eu vá também?

— Não, mãe, pode esperar aí — sorri e entreguei minha bolsa pra ela.

 

(...)

 

A enfermeira tinha acabado de tirar meu sangue e anotava algumas coisas.

— Tudo bem — ela sorriu — teremos os resultados em três horas, se vocês quiserem esperar...

— Eu queria falar com a dra. Montgomery quando ela terminar sua consulta — pedi.

— Claro, ela deve acabar a qualquer momento, podem subir e esperar por ela. Vamos enviar os resultados diretamente pra ela, pode ser?

— Claro, obrigada — sorri e saí da sala.

 

 (...)

 

— Thalia Grace — minha médica disse do balcão de recepção.

Me virei e sorri. Era um alívio vê-la, não sei ao certo por quê.

— Me acompanhe — ela disse caminhando para o consultório.

Ela era a mesma desde que vim aqui pela primeira vez, ou seja, quando eu tinha quinze anos.

A dra. Montgomery tinha o mesmo cabelo ruivo que ela prendia em um rabo baixo e óculos de armação vermelha.

— O que a traz aqui hoje? Sua última consulta foi a... Cinco meses — ela leu a ficha, se sentando em sua cadeira.

— Eu acho que estou grávida — falei.

— Ah — ela sorriu — e fez algum teste?

— Só o exame de sangue aqui no hospital, mas o resultado vai sair em algumas horas.

— Ah sim, me avisaram. Fora isso, testes de farmácia? 

— Não.

— Entendo. Bom, pode deitar na cama ali, vou examiná-la, e depois podemos fazer um ultrassom, tudo bem?

— Claro.

Annabeth prestava atenção na conversa como se fosse uma consulta com ela. Ela estava animada com isso.

— Doutora — uma enfermeira entrou na sala depois de um tempo, quando a médica estava fazendo testes em mim.

A enfermeira deixou um papel na mesa perto de Annabeth, que olhou como se o papel fosse explodir.

— Muito bem, pode se sentar. Pronta pra saber? — ela sorriu.

— Muito — sorri.

Voltei pra mesa e me sentei ao lado de Annabeth. Dra. Montgomery abriu o envelope.

— Thalia Grace, em nove meses você vai ser mãe — a médica sorriu.

Annabeth, que parecia ter prendido a respiração, sorriu e me olhou. Eu estava sem reação. Não sabia o que fazer.

— Ah meu Deus — disse digerindo o que acabara de ouvir. — Eu vou ser mãe — eu ri abraçando-a.

— Você precisa ligar pro Luke!

— Eu prefiro falar pessoalmente, quero mostrar o ultrassom pra ele — me virei pra médica — Podemos fazer agora?

— Com certeza — ela sorriu.

POV Luke

Deixa eu explicar pra vocês a fonte do meu desespero.

Nesse caso, eu precisava descobrir praticamente tudo baseado em um assassinato mal explicado.

Um homem foi preso há doze anos por assassinar sua esposa, mas há umas semanas o caso foi reaberto e agora estávamos investigando.

Esse homem supostamente assassinou a mulher e uma vizinha testemunhou, afirmando tê-lo visto com uma arma.

Era isso. Esse era nosso caso e todas as nossas certezas sobre ele. Mas tinha algo muito estranho. O cara não tinha ficha criminal, não tem antecedentes na polícia. Sua ficha era limpa, e além disso, ele me pareceu profundamente perturbado com esse assassinato, quando dizia que amava a esposa, não soava como uma mentira, assim como quando afirmava que ele não era o assassino.

POV Thalia

Estava deitada na sala de ultrassom. Annabeth estava de pé ao meu lado.

— Não está nervosa? — ela perguntou.

— Não tanto quanto você — eu ri — Aliás, ainda não caiu a ficha de que eu vou ter um bebê.

— Ah mas você vai!— ela sorriu.

— Você é irmã do Luke? — a médica entrou na sala.

— Ah não — Annabeth disse.

— Somos irmãs de mães diferentes — falei.

— Acho lindo essas amizades... Muito bem — ela se sentou e ligou um aparelho — pronta?

Fiz que sim.

(...)

Cheguei em casa às nove e meia, o que significa que Luke já tinha chegado há um tempo.

Estava com o ultrassom nas mãos pra mostrar pra ele e dar a notícia.

— Thalia — ele me chamou da cozinha.

— Oi — deixei minhas coisas no sofá e fui até o balcão, onde ele estava apoiado sobre seu computador.

— Eu descobri mais coisas que podem ajudar no caso — ele ergueu os olhos pra mim, e eu vi que ele estava quase em pânico.

— Isso é bom... Não é?

— Sim e não. Eu descobri coisas, o que é um alívio, mas o que descobri é algo pior do que não resolver o caso.

Esperei ele dizer, mas ele apenas voltou-se para o computador.

— Que seria? — me abaixei ao lado dele, olhando a tela.

— O cara que foi preso pelo assassinato morava com a esposa e várias outras famílias que não tinham pra onde ir em um terreno, mas uma empresa enorme queria comprar essas terras pra construir, deixando essas pessoas sem casa.

A medida que ele ia falando, parecia mais preocupado.

— Que empresa é essa?

— White Engineers Applications.

Desisti de contar pra ele. Luke parecia tão agoniado que não tive coragem de dar a notícia pra ele.

Claro, era uma coisa boa, mas ele não teria cabeça pra processar tudo e se sentiria forçado a reagir, então preferi deixar pra contar quando ele se acalmar.

— E o que vai fazer? — perguntei.

— Preciso ligar pro Percy... — Luke pegou seu telefone mas não fez nada, apenas ficou olhando o aparelho.

— A WEA vai ser processada?

— Agora não, primeiro precisamos investigar o que aconteceu, mas vão haver depoimentos e investigações e... Ah — ele fechou os olhos e respirou fundo.

— Fica tranquilo, você não precisa se ocupar com isso 100% o tempo todo.

— Eu sei, mas agora que eu descobri que a empresa do Percy pode estar envolvida, eu me sinto na obrigação de acompanhar esse caso minuciosamente — ele disse passando a mão no cabelo.

— Vai dar tudo certo, mas saiba que não é sua obrigação, e se se sentir cansado, pode dar um tempo.

— Mas eu não devo, preciso continuar pesquisando — ele disse indo pro computador.

Por um momento muito breve, senti que devia falar.

— Luke — falei e ele se virou pra mim — tenho certeza que você vai resolver isso tudo bem rápido — sorri.

Ele sorriu de volta e voltou sua atenção pras pesquisas.

Ótimo.

Voltei pra sala e peguei minhas coisas pra levar pro quarto, onde guardei o ultrassom no último lugar que Luke pensaria em procurar algo. Na minha gaveta de roupa íntima.

Eu sei, ridículo, mas era o único jeito e o único lugar onde ele não teria motivos pra mexer.


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Notas finais do capítulo

Então... O que acharam? Thalia toda misteriosa fkandneisx comentem lá! Prometo que agora volto a interagir com vcs okay? (Eu culpo as provas)

Até o próximo ♥

~SweetAngel