Loving Can Hurt escrita por Rafaela, SweetAngel


Capítulo 1
Dias Passados


Notas iniciais do capítulo

OIOI GENTE
É TÃO BOM ESTAR DE VOLTA COM VOCÊS!! Sentimos saudades ♥
Bem, espero que curtam essa nova jornada!!
BOA LEITURA PUDINZINHOS ♥
~Tia Rafa



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Sete anos depois da formatura

POV Percy

É, estamos de volta.

Eu gostaria de começar essa história falando que a minha vida está uma maravilha. Em certo ponto está, mas em outro...  Bem, vamos começar do começo.

Annabeth foi para o intercâmbio, não demos um tempo nem nada, tentaríamos aguentar ficar longe um do outro sem fazer nenhuma idiotice. Foi mais difícil para mim, pois eu comecei a fazer biologia marinha.

E vocês sabem, faculdade, festas, novas amizades, garotas... Mas eu consegui, Annabeth e eu conseguimos.

Ah, lembra da empresa que era de Zeus, Hera, Poseidon e Atena? Bem, cada um de nós (filhos), ficamos com uma parte, passei a minha para minha mãe, assim ela podia trabalhar em algo que rendesse mais, e nem precisaria se esforçar tanto.

Eu realmente estava apaixonado pelo meu curso, mas eu mudei. E vocês logo vão entender o motivo de eu ter desistido.

Annabeth voltou, estava tudo completamente bem. Até que um mês depois, seu pai foi diagnosticado com linfoma, um tipo de câncer bem raro no sistema linfático.

Annabeth ficou devastada, saiu da faculdade de arquitetura para economizar gastos, e vocês sabem como ela é, não aceitou ajuda de ninguém.

Thalia queria pagar o tratamento de Frederick, mas Annabeth recusou, e disse que a única maneira de sua amiga ajudar, era comprar sua parte na empresa.

FLASH BACK ON

—Annabeth, deixa a gente te ajudar! —Thalia falava daquele jeito de ser dela.

—Eu já disse que dou um jeito! —Annabeth estava sentada na mesa de sua casa, fazendo as contas do tratamento.

—Você não tem que fazer isso sozinha, amor — falei segurando seus ombros.

—E eu não vou! Eu tenho vocês comigo — ela olhou para Thalia. —Mas eu não quero o seu dinheiro e nem o de mais ninguém. Não por pena de mim ou por qualquer outra coisa.

—Argh! —Thalia se jogou no sofá — Tem algo que eu possa fazer, então? Já que não quer meu dinheiro de mão beijada.

Annie colocou a mão no rosto.

—Compra a minha parte da empresa — ela olhou para Thalia.

FLASH BACK OFF

Thalia assim fez, e o dinheiro deu para pagar o tratamento. Mas não era apenas isso, o dinheiro todo foi gasto com o seu pai, mas ainda havia sua madrasta e dois irmãos para sustentar.

Eu sofri muito ao ver o que a minha namorada estava passando. Fiquei ao seu lado todo o momento. Eu queria ajudar de alguma forma, mas Annie tem o seu orgulho próprio.

Então eu pensei: Quando isso acabar, eu quero dar uma vida melhor para ela.

Mudei o meu curso. Eu sempre amei o mar, queria algo relacionado a ele, então, comecei a fazer engenharia naval. Eu sei, eu fazendo algo relacionado à matemática era algo que eu nunca imaginei.

Mas pela Annie valia a pena, por ela tudo valia a pena.

O tratamento do pai da Annabeth durou um ano, e ele foi curado. Annie voltou com arquitetura, seu pai voltou a trabalhar na universidade, e eu continuei com engenharia (ainda odeio matemática). Tudo voltou ao normal.

Reduzi um ano de estudos fazendo aulas de manhã e a tarde (Annabeth quis fazer isso, mas o curso dela não aceitava). Terminei a faculdade há dois anos (com muito esforço, ainda quero entender a lógica da matemática).

Enfim, assim que eu me formei, mandei meu currículo para várias empresas. Com muita, mais muita sorte, eu consegui um emprego na WEA ( White's engineers applications). Uma empresa muito cobiçada de Nova York, um prédio imenso. Aquilo era um sonho para mim.

Eu não sei explicar, mas o meu chefe, dono da empresa, Francis White foi muito com a minha cara. Em poucos meses eu tornei seu amigo. Ele já era um homem com idade, devia ter uns 55 a 60 anos, mas era muito inteligente e educado.

FLASH BACK ON

—Sabe, Percy — ele dizia olhando a vista da sua sala, eu estava sentado em sua cadeira. Fui chamado do nada e estava com medo de perder meu emprego — já me dediquei muito a essa empresa.

—É por isso que ela é desse nível — sorri e era verdade. Quem trabalha aqui, vive no céu.

—Agradeço o elogio — ele se virou para mim e sentou-se ao meu lado. —O problema é, eu estou cansado. Eu quero sair, aproveitar o resto da vida que me resta.

Fiquei com pena, ele fala isso como se não tivesse curtido nada da vida, mas bem, pelo o que eu sei, ele passou a vida inteira se dedicando a WEA. Ele merecia a folga.

—É por isso que você está aqui, senhor Jackson — ele se levantou novamente. —Desde que você entrou aqui, eu vi o seu esforço. Você faz o seu trabalho com muito prazer... Embora eu não saiba o motivo de tanta inspiração — ele sorriu.

—Eu fiz engenharia naval por causa da minha namorada — disse e ele me olhou com mais atenção — para dar uma vida melhor para ela.

—Isso é realmente admirável. Mais um motivo da minha escolha ser você. Quero te oferecer uma promoção.

Eu ganhei meu dia! Uma promoção era tudo que eu queria!!!

—Eu não quero me dedicar tanto, como eu lhe disse. Preciso de ajuda, quase até um substituto. Quando eu não estiver presente, quero que você resolva tudo para mim, assine contratos, cuide dos funcionários — ele andava pela sala. —Sei que posso confiar em você.

Eu não sabia o que falar! Céus! Isso é... Incrível!

—Já vi você reclamar ao fazer as contas de projetos — ele riu. —Ao ocupar um lugar ao meu lado, você vai poder se aliviar disso. Então, você aceita?

—Senhor eu... Eu não sei o que dizer... Eu.. .Aceito.

FLASH BACK OFF

Francis se tornou um pai para mim.

Ele vinha trabalhar um dia da semana e no resto ficava viajando ou em casa mesmo. E eu gostava do que fazia. Consegui um santo aumento, até uma sala apenas para mim!

Minha vida estava perfeita.

Agora a gente vem para os dias de hoje. Estou ótimo com o meu emprego, vivo muito bem com a minha mãe, Paul e Tyson (que agora está casado com Ella).

Minha mãe se mudou para uma casa bem maior. E eu estou lá até hoje. Eu juro que vou criar vergonha na cara e comprar um apartamento pra mim.

Enfim, está tudo perfeito. Mas com Annabeth eu já não posso falar isso.

Não, nós não terminamos. E eu juro por tudo que é mais sagrado, eu estou fazendo o possível e o impossível para não terminar.

Não me entendem mal, eu amo aquela loira. Acho que amor já não é nem mais suficiente para falar o que eu sinto por ela.

Annabeth está em seu último ano de faculdade. Mas nesse ano ela mudou, muito mesmo.

Ela só pensa em estudar, estudar e estudar. Mal da atenção para mim. E não é só isso, ela não liga para nada da minha vida. Se eu falo alguma coisa do meu trabalho, ela fecha a cara. Eu não sei se ela se sente mal por eu estar trabalhando e ela estudando... Enfim, para evitar brigas eu não falo muito disso.

Nesse momento eu estou almoçando com Josh. Lembram-se dele?  Meu amigo do time de Rosewood. Ele trabalha em um lugar perto do meu.

—Você não está exagerando não? —ele me olhou. Estava contando sobre a Annabeth e esse problema que estamos tendo.

—Exagerando? —olhei para os lados para ver conferir se ninguém estava escutava. Aproximei-me dele. —Cara, eu estou há dois meses sem fazer sexo.

Josh engasgou.

—Percy! Não é adequado falar isso no almoço — ele me repreendeu e riu. —Cara, nem eu que não namoro fico tanto tempo assim.

—Eu falei, ela quer ficar agora é com os livros. Eu que se dane.

—Ela gosta de você. Tente entender o lado dela. Ela quer logo acabar os estudos.

—Eu sei, eu entendo. Mas ela não precisa me colocar em último lugar — olhei meu relógio. —Eu tenho que ir. —me levantei. —Depois do emprego vou jantar com Annabeth.

—Talvez hoje role — ele sorriu.

—Tomara — falei sorrindo.

POV Annabeth

Eu estava em meu quarto, sim, moro com meu pai desde a saída de Rosewood, é mais fácil para mim. E tudo por aqui ainda bem. Apesar de a minha madrasta ser um porre.

Mas como eu ia dizendo, eu estou em meu quarto estudando. Acho que meu quarto virou uma biblioteca super desorganizada. Os livros tomaram conta de tudo.

Eu amo arquitetura! Queria ter começado antes, mas meu pai precisava de mim, já que a minha querida madrasta não serve para nada.

Eu estava concentrada quando meu pai bateu na porta.

—Pode entrar! —falei acabado um desenho de uma casa.

—Filha, — meu pai abriu a porta e estendeu o telefone — Percy quer falar com você.

—Ue, por que ele não me ligou? —olhei ao meu redor tentando achar meu celular, não o vi. Levantei e peguei o telefone — Obrigada. —Sorri e fechei a porta.

—Annabeth? —Percy disse.

—Pode falar.

—São oito horas.

—Tudo bem...

—Você não vai vim? Eu estou te esperando.

—Ir aonde... —foi ai que me lembrei! Eu iria sair com ele hoje! Droga! Percy tinha reservado uma mesa em um restaurante francês! Droga. —Ah Percy, eu...

—Você esqueceu — ele suspirou. — Por que não estou surpreso?

—Desculpa —falei — eu sai da faculdade e vim direto para casa estudar e...

—Posso ir até ai pelo menos? —ele me cortou.

—Pode, é claro!

Percy desligou. Coisa da minha cabeça ou ele foi frio comigo? Não posso o culpar, não devia ter esquecido.

Desci as escadas correndo e fui até a cozinha. Sem comida, droga!

Abri o armário e achei miojo. Vai ser isso mesmo. Em cinco minutos estava pronto.

Passei pela sala e me vi no espelho. Eu parecia uma loca. De pijama, descabelada... Ah, Percy sabe como eu sou.

Acabei de prender meu cabelo quando a campainha tocou. Atendi a porta.

—Oi — falei pouco sem graça.

—Oi — ele disse me olhando.

—Entra — dei passagem para ele e Percy entrou.

—Percy! —minha querida madrasta vinha super animada, e falsa — Como é bom ter você aqui! —ela o abraçou.

Revirei os olhos e fui até a cozinha. Desde que Percy ganhou a tão sonhada promoção, ela o trata como rei. O caso é, ela sempre falou mal dele, nunca apoiou nós dois. E agora que ele está bem de vida e financeiramente, ela fica babando nele.

—Por Deus, Annabeth —ela passou por mim —isso é roupa de se usar com o seu namorado?

—Vai cuidar da sua vida — falei pegando o miojo e colocando em dois pratos. —Temos apenas miojo — olhei para Percy.

Ele sorriu e veio até mim.

—Você quem fez? —ele ficou ao meu lado.

—Tentei — sorri. —Você sabe como eu sou na cozinha. Se for para descascar um ovo eu tenho dificuldade.

—Se ela aprendesse comigo não teria mais problemas — minha madrasta ficou atrás do Percy.

Eu ia responder, mas Percy segurou minha mão. Ele também não gostava dela.

—Frederick está aqui? —Percy a olhou.

—Ele foi tomar um banho e... —escutamos meu meio-irmão a chamar. Aleluia — Já volto.

Ela saiu.

—Pega um prato — falei pegando o meu e subindo as escadas.

Entramos no meu quarto e fechei a porta.

—Desculpa a bagunça. —falei.

—Tudo bem — Percy sorriu sentando na minha cama.

Comemos calados, Percy não tirava os olhos de mim.

—Desculpa mesmo ter esquecido — falei quando acabando de comer.

—Não vamos falar mais nisso — Percy pegou meu prato e o seu e os colocou na escrivaninha. —Fecha os olhos. —ele sorriu parando na minha frente.

Fiz isso. Percy pegou a minha mão e eu o senti colocar algo nela.

—Pode olhar.

Abri meus olhos, era uma caixinha de anel. A abri e tinha um anel tão lindo...

—Percy... Isso deve ter custado muito caro...

—Eu ia te entregar no restaurante mais...

—Eu não posso aceitar — o olhei.

—Annabeth, esse deve ser o nono presente meu que você recusa — ele mudou sua expressão.

—Você sabe o que eu acho de gastar dinheiro comigo...

—Annie, qual o problema de eu te dar um presente?

—Nenhum! Eu só...

—Você pelo menos não pode fazer um esforço e fingir que gostou? —ele se escorou na parede.

—Eu não preciso fingir! Eu gostei!

—Então por que você reclama de tudo que eu faço por você!? —começamos a falar alto.

—Eu não reclamo de tudo!

—Imagina se reclamasse! —ele suspirou — É melhor eu ir embora.

—É melhor mesmo, eu tenho que estudar — cruzei os braços.

—Você nem tem provas esse mês — ele revirou os olhos. —Você não está normal, Annabeth.

—Por quê?

—Olha para você, seu quarto... Você nunca deixaria chegar a esse estado.

—Tá falando que eu estou louca?

—Estou falando que você está esquecendo que tem uma vida — ele se aproximou de mim. —Annie, a sua vida não é só isso — ele apontou para os livros.

—É claro que é! — disse e ele me olhou sério, acho que não devia ter falado isso. — Quer dizer... Você também é muito...

—Tá bem, eu já entendi.

—O que você quer de mim, Percy? —suspirei.

—Atenção, só isso.

—Eu te dou atenção!

Ah pelo amor de Deus — Percy se virou.

—Cara! Eu fiz miojo para você! —falei com raiva. Ai eu vi o quão idiota foi isso que eu disse. Percy começou a rir sem me olhar. Não aguentei e comecei também.

—Que droga, Annabeth — ele se virou rindo e veio até mim. Ele segurou o meu rosto de cada lado com suas mãos e me beijou. —Fica com o anel — ele sussurou.

—Tá bem, obrigada — falei e ele me beijou de novo, mas agora ele me levava em direção à cama.

—Hoje não da — o olhei.

—Você está naqueles dias?

—Não — eu ri. —Tenho que treinar meus desenhos.

—Annabeth você já desenha bem. Não precisa aprimorar mais nada — ele insistiu.

—Por favor — disse e ele virou o rosto —eu juro que outro dia a gente sai, e faz o que você quiser.

—Tá bem —ele beijou minha testa —eu vou agora.

—Okay — deitei em minha cama de bruços e peguei os papéis e lápis.

Percy parou na porta e depois se virou.

—Quer saber? Vou desenhar com você — ele se deitou ao meu lado.

—O quê?

—Fiz engenharia. Sei desenhar também. —ele sorriu.

—Até hoje eu não entendo isso. Você odeia matemática.

—Um dia você vai entender — ele beijou minha bochecha. —Quer desenhar o quê?

—Hum... —pensei — Empire State.

—Tudo bem — ele pegou um lápis e começamos a desenhar o grande edifício de Nova York.

(...)

Estava na sala tomando meu café da tarde e via um filme que passava na TV.

Escutei meu pai chegar e abrir a porta.

—Oi — falei.

—Oi — ele disse triste e eu o olhei.

—Algum problema?

—Precisamos conversar — ele sentou na mesa e eu fui até ele e sentei ao seu lado.

POV Percy

Tinha acabado de sair do trabalho e corria em uma calçada, escutava You Shook Me All Night Long. Essa música me fazia lembrar os bons momentos com a Annie.

Estava chegando perto da casa da minha mãe quando Annabeth me ligou.

—Oi Annie — falei parando de correr e bebi água.

—Você vai vim aqui em casa hoje? —percebi que sua voz não estava muito boa.

—Eu tenho algumas papeladas para resolver da empresa, mas se você quiser eu vou — falei. —Tá tudo bem?

Ela demorou a responder.

—Está.

—Não mente pra mim.

—Eu só... Estou precisando conversar.

É, com certeza ela não estava bem. A última coisa que nós dois fizemos durante esse ano foi ter uma conversa. Sempre acabava em alguma discussão, enfim, mas agora ela precisava de mim.

—Vem pra cá. Tem muito tempo que você não vem aqui — falei pegando minha chave e abrindo a porta da casa.

Minha mãe estava com Paul vendo televisão. Fui por trás do sofá e me inclinei, minha mãe deu um beijo em minha bochecha e apontou para a cozinha. Tinha um prato com biscoitos.

—Eu vou para ai — Annie disse enquanto eu pegava o prato e subia as escadas.

—Estou te esperando — sorri e entrei em meu quarto.

POV Annabeth

Bati a campainha da casa do Percy.

Não que eu não goste daqui, mas... Sabe quando você vai a um lugar e sente que você não pertence a aquilo? Então.

A Olympic's Grace (a empresa fundada por Zeus, vocês sabem), é bem produtiva. Sally pôde comprar uma casa melhor (o dobro da sua antiga, para ser exata). E eu fico feliz por isso!

Não me entendam mal, eu tenho muito orgulho do Percy, ele subiu muito na vida em pouco tempo, e eu fico muito contente com isso.

Mas é complicado... Percy está com sua vida basicamente feita com apenas 24 anos e eu ainda estou acabando minha faculdade...

Eu sei, dinheiro não é algo que vai nos separar, eu apenas sinto que o mundo que ele está vivendo é muito diferente do meu.

—Oi minha querida! —Sally atendeu a porta e me abraçou — A quanto tempo nós não nos vemos!

—É ótimo ver você, Sally —tentei fazer um sorriso —como vão as coisas?

—Está tudo bem! Percy está no banho, eu acho. Pode esperar ele aqui na sala ou pode subir para o quarto dele...

—Eu prefiro subir.

—Fique a vontade!

Cumprimentei Paul passando pela sala.

A casa nova de Sally era realmente linda. Bem rústica, mas ao mesmo tempo confortável e encantadora. A sala era enorme e repleta de porta retratos nas paredes. A cozinha era um luxo. O segundo andar então...

É por isso que eu não me encaixo. Eu queria ter algo assim para mim com o meu trabalho.

Não! Não é inveja! Eu apenas queria estar um nível a mais que eu estou. Já ter começado uma carreira, ter uma casa... Percy já tem isso (okay, ele ainda mora com a mãe, mas é porque ele quer. Eu já moro com o meu pai porque eu preciso).

Sentei na cama de Percy e o esperei sair do banho.

Ao lado da sua cama tinha uma foto nossa. Foi na festa da nossa formatura. Enquanto falávamos "X" e Sally tirava a foto. Ficou bem bonita, na minha opnião.

—Oi — ouvi Percy, ele acabava de sair do banheiro. Passava a toalha em seus cabelos. Estava apenas com uma bermuda. Ele veio até mim e se inclinou e me deu um beijo bem rápido.

—Oi — respondi.

Percy foi até seu guarda roupas e vestiu uma blusa.

—Quer beber alguma coisa? —ele disse indo até sua mesa e colocando champanhe (eu acho, sou péssima em bebidas) em uma taça.

—Não, obrigada.

Percy sentuo ao meu lado.

—O que você tem? —ele me olhou.

—Meu pai foi demitido, Percy — olhei para o chão.

—Meu Deus, Annie — ele passou sua mão livre em minhas costas.

—E... É com esse dinheiro que pagava minha faculdade... —me levantei da cama, estava nervosa — Eu não posso parar meu curso de novo! Eu não sei o que eu faço! Eu estou no último ano!

—Annie, se acalma.

—Como? —eu iria começar a chorar — Eu... Eu não posso atrasar mais a minha vida.

—Primeira coisa, —ele se levantou —você não está atrasada. Annabeth, você não pode pensar assim. Por Deus, se você está se matando de estudar por querer recompensar o tempo em que você se afastou da faculdade... Amor, — ele largou a taça na escrivaninha e segurou minha mão —é idiotice fazer isso.

—Percy, olha para você. Pra Thalia, Jason, Luke... Todo mundo. Meu Deus, vocês estão todos dependentes! —comecei a andar pelo quarto — E eu sou uma garota que mal tem um centavo no banco. E agora eu estou ferrada porque não sei como eu vou bancar o meu...

—Eu faço.

POV Percy

—Você o quê? —Annie se virou para mim.

—Eu pago seus estudos.

Parece que Annabeth não gostou nada disso. Eu não sei por que ela vê tanto problema em eu querer a ajudar! Céus! Eu entendo que ela se sinta mal por seus amigos estarem mais "à frente" que ela. Mas isso acontece com muitos!

—Isso está passando dos limites, Percy. —ela colocou as mãos no cabelo.

—Por quê?

—Eu não quero depender de você.

Apenas a olhei levantando as sobrancelhas.

—E se a gente terminar? Ou você não...

—Eu já te disse que a gente nunca vai terminar, Annabeth.

—Você não sabe!  E ai? A gente se afasta, eu fico na mão com os estudos e...

—Eu coloco o dinheiro em sua conta — suspirei fechando os olhos e me escorando na parede.

Annabeth sentou novamente na cama e colocou a mão no rosto.

—Por que você tem que ser tão orgulhosa — bebi o champanhe.

—Eu só quero ser capaz de resolver meus problemas sozinhos.

—E você é! —a olhei. —Deixa eu te falar uma coisa. Ontem você disse que não sabe o motivo de eu ter feito engenharia naval. Eu vou te falar o motivo. Quando eu vi você passar muita dificuldade com o seu pai, eu queria um emprego que rendesse mais, para eu poder te dar uma vida melhor.

Ela levantou os olhos para mim.

—Foi por isso que eu troquei biologia por engenharia. Por você. Para quando chegar nessas horas, eu poder te ajudar. Mas você insiste em dizer que não quer nada de mim.

Ela ficou calada.

—Vai deixar ou não eu fazer isso?

—Vou — ela disse olhando para o chão.

—Sério? —isso eu não esperava.

Ela sorriu, ainda sem me olhar. Fui até ela e ajoelhei em sua frente. Segurei seu rosto e a beijei. Annie correspondeu segurando meu ombro.

—Eu te amo — ela disse.

—Eu também te amo, sabidinha — sorri me levantando. —Eu tenho também uma coisa para te falar.

—Fala — ela sorriu.

—Amanhã eu vou olhar ou até mesmo comprar um apartamento, sabe, eu quero me mudar.

—Isso é incrível, Percy — ela sorriu, pelo menos fez um esforço.

—Quer ir comigo?

—Vou ver se da — ela se levantou. —Eu tenho que ir agora.

—Dorme aqui — segurei sua mão a acariciando.

—Não da, eu tenho aula amanhã.

—Eu te levo.

—Percy, me desculpa, mas eu também não preciso que você faça tudo por mim —ela veio até mim, ficou nas pontas dos pés e me beijou. —Thalia vai passar lá em casa de manhã e vai me dar uma carona.

—Tudo bem — sorri.

—Então é melhor eu ir.

—Eu te acompanho até a porta.

—Okay.

Despedi-me dela e voltei para o meu quarto. Finalmente! Finamente Annabeth me deixou fazer algo por ela. Joguei-me na cama pegando alguns arquivos da empresa e fiquei assinando alguns contratos até ficar com sono e acabar adormecendo.


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Notas finais do capítulo

HAHAHA O QUE ACHARAM??
Espero que tenham gostado!!
Esse capítulo foi contando sobre Percabeth nos último anos, o próximo será Thaluke ♥
Comentem!! Vocês sabem a força dos comentários de vocês!!
OBRIGADA POR ESTAR AQUI CONOSCO NOVAMENTE!!
E se você é novo nessa história, seja bem vindo!!
Isso é tudo pessoal!
Um beijo, um queijo e até o próximo!!
~Tia Rafa



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