Desenhando Futuros escrita por R_Che

Desenhando Futuros

Quinn é uma mulher rica mas solitária, autoritária e muito pouco sociável. Está codificada a uma sociedade de alta, a um pai militar e uma mãe descendente de um grande patrimonio.
Sempre frequentou colégios privados com regras restritas e actualmente é uma das empresárias do ramo das jóias, mais conhecidas dos Estados Unidos. Solteira, com a certeza de que, ainda que não se queira casar, terá de o fazer por tradição com um homem do mesmo status social que ela.
Quinn é fria e implacável.

Rachel é também uma mulher de negócios, e também descendente de uma familia com património. Sempre frequentou colégios, mas com regras menos restritas. Filha de dois homens, e com uma percepção do mundo muito particular, é venerada pela maior parte das pessoas que a conhecem.
É descontraída e simpática, adora a vida cultural e é uma pessoa muito fisica e humana.
Dona de uma das maiores empresas de moda do país, é uma das mulheres mais inteligentes que se pode conhecer, e uma estilista como não há igual. Tem a sua própria linha de roupa dentro de uma marca familiar.



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O capitulo 1, não abre, por isso deixo aqui (não me deixa adicionar novos capitulos porque foi marcada como concluída):

Com uma decoração vintage modernizada e com um jardim interior absolutamente inspirador, era luminoso o Imperial Garden Coffe. Um capricho do qual Rachel Berry não abrira mão no seu local de trabalho.

Filha de Hiram e Leroy Berry, os donos de uma das maiores marcas de moda de luxo do mundo -HR Berry- e portadora de uma inteligência nata e um talento inspirador como estilista, a sua capacidade de percepção do que é tradicionalmente diferente, abrumavam qualquer pessoa que se cruzasse na sua vida. Morena, com os olhos escuros e um cabelo de invejar, a sua altura não fazia jus à sua enormidade.

Rachel tinha um piso inteiro do edificio da empresa só para si, mas a sua simplicidade e humildade eram os motivos pelos quais toda a gente lhe tinha um respeito saudável. Depois de se formar em artes, renovou a imagem da marca dos pais e criou uma linha interna desenhada e assinada por ela. "MsRach by Rachel Berry" era uma mistura saudável do que é aceitável pela sociedade e em contrapartida do que Rachel pensa sobre a mesma. Era inteligente o suficiente para perceber que se desenhasse somente por gosto, não teria metade do sucesso que alcança no meio.

Estava com o ex-colega de faculdade e grande amigo Kurt Hummel sentada na sua mesa privada da cafetaria que habitava no piso térreo do edificio, e da qual ela se orgulhava todos os dias ter conseguido desenhar e decorar. Era um projecto numa área diferente da que enverdou mas que tinha imaginado desde sempre de quando ia visitar os pais à empresa.



— Agora que já está tudo pronto para amanhã, só espero que nenhuma modelo tropeçe. - disse Kurt com um sorriso irónico no rosto.

— Isso nunca aconteceu, mas algum dia tem de acontecer. - respondeu Rachel com graça.

— E tu ris-te? Não tens pânico?

— Claro que não. Se tropeçar alguém, tropeçou. Só não quero que se magoem, mas somos todos humanos.

— Eu adorava ver a cara de um dos magnatas que vão ver os desfiles em modo espia descarado. Aposto que a concorrência ia adorar.

— Tu és uma víbora vestida de seda e com um lenço ao pescoço. - disse Rachel enquanto revirava o olhos com expressão de burla.

— Pois sou. E adoro-me.

— Eu também te adoro. - disse ela carinhosa.

— Eu sei... - respondeu Kurt despreocupado. - Mas imaginas a cara do Gustav Levert? Era um escândalo! - Rachel gargalhou.

— Só se fosse com medo que ela lhe caísse em cima, porque esse está sempre na primeira fila.

— Ele adora-te.

— Sim, mas eu também não desgosto dele.

— Toda a gente te adora, tu és um nojo. - disse ele com cara de tédio. Rachel riu, mas ele continuou irónicamente. - Como o senhor militar, excelentissíma alta patente do exército, condecorado com êxito, senhor capitão, comandante da casa dele, uma vénia se faz favor... Russel Fabray. Como domaste tu essa fera?

—Eu não fiz nada, e o Russel é bem simpático. Só tens que lhe dar uma oportunidade.

— Ele é um oportunista de merda, e homofóbico. Finge que gosta dos teus pais porque eles têm uma posição soacial mais importante que a que ele criou com aquela empresa de joias da corôa inglesa, mais velhas que as da rainha.

— Nisso não estou de acordo. Além de me parecer muito corajoso da parte dele, depois de tudo o que passou no exercito ainda montar uma empresa e continuar a trabalhar, acho que tem coisas interessantes à venda. Eu vi o catálogo da colecção passada e gostei.

— Porque são "Modern Queen", quando era ele a desenhar deus me valha. E para não dizer que montou a empresa com a fortuna de familia da mulher. - desdenhou Kurt.

— Não sabes isso Kurt. Cada um faz do seu dinheiro o que lhe convém. E não é por defendê-lo, que podia porque ele comingo sempre foi impecável e simpático, mas essa colecção de que falas foi considerada uma das melhores do mundo na área das jóias.

— Defende o que quiseres, mas eu continuo a dizer que isso é porque não é dele, é da insuportável da filha. Essa é outra arrogante que acha que o mundo gira à volta do seu umbigo e que não existe ninguém no mundo que tenha um trabalho tão prestigiado como o dela. Nem um sorriso sabe esboçar.

— A ela não conheço. Vi foi a mulher dele numa revista qualquer.

— Sim. Deve ser uma santa, porque aturá-los aos dois, só alguém com auréola. Essa tem as portas do céu abertas.

— Ele reservou três lugares para o desfile. Se calhar vão todos. - disse Rachel despreocupada.

— Ah que bom. - respondeu Kurt sarcástico. - Não me parece que seja por gosto pessoal, são todos tradicionalmente pirosos. Além disso a tua colecção Primavera/Verão é muito à frente. Acho que é mesmo uma das melhores que desenhaste até hoje.

— Relaxei-me. Não me preocupei tanto com o impacto que pode ter a mistura das cores.

— Estou ansioso para ver tudo vestido. - disse ele entusiasmado.

— Já está quase.

— Quem vai desfilar?

— A Dana, a Vicky e a Valentina. E dos homens vão o Carlo o Albert e o Liam.

— Por falar em Valentina...- disse Kurt, mas foi interrompido por Rachel.

— Não começes Kurt.

— Não vou dizer nada de mal, so ía dizer que a vi com a irmã na Broadway no outro dia.

— Sim, a Adara contou-me que tinham ido ver o Wicked.

— Ela tinha um macaco teu vestido. - sorriu Kurt.

— Meu não. Desenhado por mim.

— Mas quem é que lho deu? - Rachel revirou os olhos cansada do tema. - Rachel não achas que está na hora de começares a divertir-te? Ela está disponível e disposta, aproveita.

— Não fales das pessoas como se fossem objectos ou marionetas. Já estou cansada de te dizer que estou bem assim e que não vou ser mais uma sem alma. Quando arranjar alguém vai ser porque gosto dessa pessoa. Não tenho nem pressas nem desejos de que aconteça rápido. Eu estou bem Kurt, as pessoas podem viver sozinhas.

— Tu é que sabes. - respondeu ele cruzando os braços.



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Minimalista, impessoal e frio. Três caracteristicas do escritório de Quinn na Luxe Fabray. Quinn não dispunha de um atelier, mas tinha uma mesa redonda onde dispôr todos os seus desenhos de jóias, além da sua secretária normal com o iMac de escritório.

Cabelo curto, por cima dos ombros, loiro e com reflexos dourados, pele lisa clara, e uns olhos verdes que de vez enquanto mudavam de cor para um tom mel. Ela era o estereótipo perfeito de uma barbie real. Mas a personalidade de Quinn era mais difícil de definir.

Arrogante, superior, fria e às vezes um bocadinho calculista, não se deixava arrebatar facilmente. Tirou o curso de design, mas acabou por trabalhar com o pai no desenho das jóias. Talentosa, embora pouco sociável, o que dificultava a sua simpatia. Também portadora de uma linha desenhada e assinada por si, a "Modern Queen by Quinn Fabray" tinha sido uma lufada de ar fresco na empresa de Russell. Quinn foge ao convencional e adapta-se às tendências actuais, o que difere imenso da sua personalidade, mas eleva o nível de equilibrio entre as duas facetas desta mulher.

Estava sentada na sua cadeira, e Russell do outro lado da mesa.



— Amanhã é o desfile da marca da Rachel. - disse o homem com a intenção de continuar. - Eu marquei lugar a contar contigo, é uma apresentação privada da coleção que ela vai apresentar daqui a dois meses.

— Sim. - respondeu a designer impassível.

— Podíamos fazer uma também.

— Eu quero lançar o catálogo no dia 8 de Abril. Pelo menos estou a fazer tudo para ser nesse dia. Não tinha intenção de mostrar a ninguém externo antes.

— Quinn, faltam 3 meses para isso.

— Eu sei. Mas tenho uma campanha de marketing que preparar com o gabinete de Publicidade, e ainda não existe uma ideia fechada.

— Vê se te apressas com isso.- respondeu Russell autoritário. Quinn olhou para ele e não respondeu, simplesmente acenou com a cabeça.



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A sala estava pronta e a compor-se de gente. Os lugares estavam à conta para o número de convidados que eram portadores de convites privados, e nenhuma imprensa estava convidada a assistir. Havia jornalistas e paparazzis no exterior do edificio mas aquele era um evento privado.

Rachel estava vestida com uma criação sua. Um vestido verde tropa, com duas faixas douradas em renda nas laterais. Com o cabelo solto e ondulado, e uma maquilhagem que lhe ressaltava os olhos, estava deslumbrante. Encontrava-se nos bastidores do desfile a ajudar uma das modelos a vestir a terceira peça que ia ser apresentada. Eram umas pantalonas com três cores que podiam ser utilizadas em corte comprido ou curto e uma camisa de nó branca sem mangas em que a sua particularidade era o bolso com o mesmo padrão das pantalonas. Quando Rachel estava a abotoar um dos botões pequeninos da camisa de Valentina, a modelo agarrou-lhe nas duas mãos e sorriu.



— Estás nervosa? Nem parece teu Rachel, tu nunca ficas assim com um desfile. Devo preocupar-me?

— Claro que não. É só mais um. Não é mais nem menos importante do que os anteriores. - respondeu a morena devolvendo o sorriso. Valentina levou as duas mãos dela aos lábios e beijou-as. Rachel fez um gesto de agradecimento mas retirou-as. - Estás pronta.

— Tu estás nervosa. - voltou a dizer a modelo.

— Sim. Não entendo porquê, mas não importa. Já passa. - respondeu Rachel simpática, embora um bocadinho confusa.



Kurt estava sentado na primeira fila a reparar em todos os convidados quando pousou os olhos em Quinn. Ela estava vestida com um macaco negro comprido, uma jóia sua ao pescoço e uns brincos a condizer em dourado, e com a vista fixa num anel de ouro que trazia na mão. A sua expressão era neutra e Kurt sorriu ao lembrar-se da conversa do dia anterior com Rachel no Imperial Garden.

As pessoas que se aproximavam para cumprimentar a familia Fabray eram bem recibidas por Russell, que para Kurt tinha uma expressão oportunista e falsa no rosto, mas Quinn não se esforçava para ser simpática. O seu desinteresse era visível. Judy, por sua vez, tinha sempre um sorriso simpático no rosto. Kurt pensou que, na sua opinião, o facto de Quinn não se esforçar para ser simpática dizia muito dela e inclusive a fazia subir um bocadinho na consideração dele. Ela já não lhe parecia uma marioneta assim tão controlada por Russell.

Mas foi quando Leroy e Hiram se aproximaram deles que Kurt tomou mais atenção.



— Russell! - disse Leroy com entusiasmo. - Obrigado por terem vindo. - continuou enquanto lhe esticava a mão para o cumprimentar. Russell rapidamente se levantou e acedeu ao cumprimento com um sorriso brilhante nos lábios. Quinn chegou inclusive a estranhar tanta amabilidade do pai, mas preferiu seguir a corrente e levantar-se para cumprimentar os dois homens. Kurt riu-se na sua cadeira ao reparar que a designer sorria pela primeira vez desde que chegou. Judy abraçou Leroy, porque de toda a vida o conhecia da vida social e tinham sido colegas de escola.

— Como estás? - perguntou ela com simpatia.

— Muito bem, obrigado. Já vi que tu também, estás cada dia mais nova. É hoje que vais conhecer a minha filha?!

— Sim. Finalmente. O Russell falou-me dela quando veio ao desfile anterior.

— Eu adorei a Rachel. Tive o gosto de privar com ela e percebi perfeitamente o porquê de toda a gente dizer que ela é uma mente brilhante.

— E modesta até dizer chega. - responde Hiram com orgulho.

— Foi um gosto para mim conhecê-la. - acrescentou Russell.

— Eu tinha muita curiosidade em conhecer-te Quinn. - disse Leroy simpático. - A tua mãe falou-me muitas vezes de ti.

— Imagino que bem. - respondeu Quinn com um sorriso simpático sem ser forçado.

— Claro que sim. E eu vi a tua colecção passada, inclusive vi fisicamente, fiquei francamente impressionado com os detalhes. Tens muito talento.

— Obrigada, fico feliz. Realmente a intenção é ter esse feedback final.

— Eu achei principalmente moderna e inovadora. Comentei com o Leroy que via muito futuro em ti. - acrescentou Hiram. Quinn sorriu com alguma vergonha mas agradeceu a simpatia deles e inclusive pensou que eles lhe caiam bem.



Já sozinhos, depois de Hiram e Leroy terem continuado a cumprimentar as pessoas presentes, Quinn não desaproveitou a oportunidade de perguntar a Russell o porquê de tanta simpatia e elogios a Rachel.



— Porque é verdade. - respondeu Russell sem duvidar. - A Rachel é uma mulher muito inteligente, e que menospreza o seu talento porque as pessoas não têm a capacidade de a acompanhar. Ela adapta-se às tendências e não tenta que as tendências se adaptem a si.

— E isso é ser inteligente? - perguntou Quinn com alguma substimação.

— Espera para ver a colecção, se for tão boa como a passada vais perceber o que te estou a dizer. - respondeu Russell com um sorriso superior.



E apagaram-se as luzes da sala, e ligaram-se os holofotes do palco.


Classificação: Livre
Categorias: Glee
Personagens: Kurt Hummel, Quinn Fabray, Rachel Berry
Gêneros: Romance
Avisos: Homossexualidade

Capítulos: 27 (43.910 palavras) | Terminada: Sim
Publicada: 23/10/2016 às 21:25 | Atualizada: 26/02/2017 às 05:54


Notas da História:

Os personagens não são da minha autoria, embora lhes tenha mudado caracteristicas.
A história é minha.


Capítulos

1. Capítulo 1
2.225 palavras
2. Capitulo 2
1.952 palavras
3. Capitulo 3
2.320 palavras
4. Capitulo 4
2.685 palavras
5. Capitulo 5
1.565 palavras
6. Capitulo 6
1.094 palavras
7. Capitulo 7
2.458 palavras
8. Capitulo 8
1.177 palavras
9. Capitulo 9
1.615 palavras
10. Capitulo 10
1.539 palavras
11. Capitulo 11
1.004 palavras
12. Capitulo 12
799 palavras
13. Capitulo 13
1.228 palavras
14. Capitulo 14
1.624 palavras
15. Capitulo 15
708 palavras
16. Capitulo 16
1.968 palavras
17. Capitulo 17
1.249 palavras
18. Capitulo 18
1.365 palavras
19. Capitulo 19
1.203 palavras
20. Capitulo 20
1.070 palavras
21. Capitulo 21
1.104 palavras
22. Capitulo 22
1.527 palavras
23. Capitulo 23
1.279 palavras
24. Capitulo 24
1.416 palavras
25. Capitulo 25
1.933 palavras
26. Capitulo 26
2.303 palavras
27. Capitulo 27 - Final
3.500 palavras