Vestige escrita por Camila-chan


Capítulo 7
Capítulo 7 - Sétima Etapa – Mamãe


Notas iniciais do capítulo

ola pessoas!!
eu sei eu demorei, mas é pq nao consegui escrever um capitulo que me agradasse direito!! -.-

Boa leitura povo!

Leitora-beta: Annaa



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7ª Etapa – Mamãe

“Mama, we all go to hell.

Mama, we all go to hell.

It’s really quite pleasant except for the smell,

Mama, we all go to hell.”

“Mamãe, todos nós vamos para o inferno.

Mamãe, todos nós vamos para o inferno.

É agradável, com exceção do cheiro,

Mamãe, todos nós vamos para o inferno.”

(Mama - My Chemical Romance)

                - Mãe! Por favor, me ouça só dessa vez? – pediu minha única filha

                - Já disse que não irei! – eu respondi de novo, Sakura estava começando a me irritar com isso

                - Você prefere que seja assim? – ela me perguntou – Se quer se matar da próxima vez vá para bem longe de mim! E cuide para eu não descobrir onde você está! Porque você está nos matando com isso!

                - Fique calada Sakura! Eu sou sua mãe! – eu disse irritada, era sempre assim. Ela sempre grita comigo, mas dessa vez ela não gritou e bom... Isso me irritou.

                - Eu não tenho mais dinheiro. – ela me disse séria como se eu não tivesse dito nada – As contas não foram pagas, a Mama não foi paga, o seu hospital não foi pago... Você tem idéia de como está difícil já com tudo isso? E agora tenho que pagar sua bebida também?

                - Eu tenho meu dinheiro! Não fale comigo como se eu só te desse despesas. – reclamei serrando os dentes e se ela estivesse ao meu alcance lhe daria um tapa

                - Sua aposentadoria não paga metade da sua bebedeira! – ela disse sem me olhar

                - Olhe aqui sua biscate! – eu disse sem paciência alguma como ela ousava me desafiar, por mais que não parecesse eu era sua mãe e ela me devia todo o respeito

                - Eu decidi vender a casa. – foi então que minha boca se calou, ela não ousaria fazer isso – Você sabe que é preciso. Por mais que o papai tenha feito de tudo para que pudéssemos viver nela, eu não posso sustentar aquele lugar. Não com Mama por perto.

                - Você não pode fazer isso Sakura! – eu disse sem ter certeza se ela seria capaz disso

                - Você sabe que posso. Já que a casa está no meu nome. – ela disse com a voz calma e isso me assustou – Coopere comigo mãe. Eu tenho que pagar Mama em uma semana ou voltar a trabalhar para ela.

                - Suponhamos... – eu comecei sentindo um frio percorrer minha espinha – Que eu vá a... A essa casa de “recuperação” e você venda a casa e pague Mama e as contas que estão vencidas, mas como me sustentara numa clínica e pagará o hospital?

                - Eu arrumei um emprego. – respondeu ela

                - Só falta agora me dizer que será prostituta! – eu perguntei irritada isso não era emprego – Pegará mais doenças ainda!

                - Mãe? Eu sou saudável! – me disse ela como se eu fosse uma criança e precisasse de muitas explicações – Você sabe como eu sou! Na verdade não tinha um dia que eu não brigava com os clientes, mas graças a isso nenhum deles se aproxima demais de mim. E se eu tivesse alguma doença a culpa seria sua por ter me vendido quando eu tinha só 6 anos....

                - Cale essa boca. – eu disse irritada. Não tinha um dia que eu não me arrependesse por isso

                - Fique tranqüila. Porque desse jeito nós duas iremos pro inferno! – disse-me Sakura, mas afinal desde quando ela se importava com isso? E me dando as costas ela andou até a porta dizendo – Pense bem sobre a clínica.

                Então ela saiu me deixando sozinha, pelo visto eu não tinha muita opção a não ser ir para essa maldita clinica. Não que alguém fosse me impedir de beber minha cerveja, isso definitivamente não!

                - Eu te amo!... Casa comigo?”

                Por que diabos eu tinha que sonhar logo agora com você? Perguntei-me ao abrir os olhos desnorteada naquele quarto de hospital. Akimoto o único homem que amei na vida... Mas que desgraça! Por que tenho que sonhar com ele justo hoje?

                - Senhora Haruno? – chamou uma voz irritantemente fina e ao me virar para a porta vi uma enfermeira idiota

                - O que quer? – perguntei sem paciência me sentando naquela cama desconfortável

                - Trouxe sua alta assinada pelo médico. – disse-me ela andando em minha direção e logo me estendendo um papel branco com a assinatura do médico abaixo

                - Certo. – eu disse pegando o papel da mão dela

                - Sua filha pediu para eu te avisar que você a esperasse aqui. – disse a enfermeira tentando manter a calma pelo meu olhar irritado

                - Ah! Claro! – murmurei irritada me deitando na cama de novo

                Logo depois em poucos minutos ouvi a porta de correr do quarto se abrir e se fechar em seguida, mas continuei deitada. Sakura achava o que? Que eu fosse fugir? Eu não tinha mesmo para onde ir, agora que oficialmente ela colocou a casa para vender.

                Já havia se passado várias horas desde que a enfermeira havia vindo me avisar para que eu esperasse Sakura vir me buscar. Todas as minhas coisas já estavam sobre minha cama dentro de uma mala não muito grande nem muito pequena, no final das contas isso era tudo o que havia me sobrado.

                Caminhei impaciente até a porta abrindo-a e olhando em volta vi que Sakura não estava vindo, nenhum sinal dela. Eu amassava o papel da alta entre meus dedos enquanto a esperava, mas que diabos era toda essa demora?

                - A-ainda está aqui Senhora Haruno? – ouvi uma voz atrás de mim perguntar e logo eu sabia que não era Sakura

                - Estou esperando Sakura. – respondi me virando dando de cara com uma mulher muito bela vestida de enfermeira, os cabelos negros azulados presos num coque realçavam seu belo rosto e os olhos num tom levemente rosado como de uma perola era o mais belo que já havia visto – Por um acaso não a viu?

                - Uhum... – murmurou ela parecendo pensativa – A-a última vez que e-eu a vi, e-ela estava indo para a ala 3, pr-provavelmente ao quarto do Sasuke-san

                - Será que poderia ir até lá chamá-la? – perguntei

                - Sin-sinto não poder ir, estou indo a-aplicar um soro! – disse ela sorrindo sem graça tomando um leve tom avermelhado nas bochechas era impossível se irritar com a sua doçura – Ma-mas se quiser você pode ir ate lá. É só seguir ate o e-elevador e no segundo andar v-você vai para a direita ate o qu-quarto 140 é no fi-final do corredor.

                - Certo! Obrigado Hinata. – eu disse totalmente encantada com ela – Eu irei ate lá!

                - D-desejo que me-melhore mais! – ela sorrindo para mim e se curvando educadamente se retirou da porta do quarto que eu estava

                Caminhei vagarosamente até a cama e pegando minha mala, eu deixei aquele quarto. Ao chegar ao elevador que era bem mais espaçoso do que o normal, para suportar as cadeiras de rodas, eu adentrei nele silenciosamente assim que este abriu. Chegado ao segundo andar eu sai do elevador e como me dissera Hinata segui aquele mesmo corredor a procura do quarto 140, foi então que o avistei no final do corredor, assim como ela havia me dito. Aproximei-me perto da porta pronta para bater levemente quando ouvi sobre o que eles falavam.

                - Então... Você roubava o dinheiro dos clientes. Por isso ela não lhe demitia e pegava tudo que você tinha? – ouvi uma voz grossa e séria dizer em um tom baixo

                - Isso mesmo! – ouvi a voz da minha filha e diferente do que pensei que ouviria ela não tinha nenhum tom de choro – Quando Mama descobriu que eu conseguia fazer isso sem que eles descobrissem, mandou que eu roubasse e lhe desse todo o dinheiro se não quisesse perder minha casa. Eu sei que isso é errado... Mas o que mais eu poderia fazer? Eu não venderia meu corpo! Sasuke-kun? – ouvi ela dizer docemente e reconheci um tom de adoração nesse jeito de falar – Roubar é pecado?

                - Certamente! – ouvi a voz do homem que deveria se chamar Sasuke responder – Assim como é contra as leis.

                - Ah! – murmurou ela e sua voz parecia falhar – então eu sou a maior pecadora! Parece que já cometi todos!

                - Você já matou alguém? – perguntou ele com a voz séria e senti um arrepio passar por toda a minha espinha, só de imaginá-la fazer isso.

                - Oh! Não!! – disse ela rapidamente – Isso não!

                - Então você não cometeu todos os pecados! – disse o homem – Concentre-se em não pecar mais e tudo se resolve.

                - Sim! – disse ela e o que foi isso? Era alegria na voz dela? – Com a ajuda do Sasuke-kun eu vou me tornar uma pessoa melhor!

                - Você não tinha que ir buscar sua mãe e levá-la ao centro de reabilitação? – perguntou o homem e a voz séria dele fez com que eu rangesse os dentes raivosa – Eu provavelmente nem receberei alta hoje.

                - Eu sei! – respondeu ela – Mas é melhor que eu já deixe quase tudo preparado aqui.

                Foi então que percebi que estava a muito tempo parada na porta ouvindo-os falar, mesmo que fosse difícil entender as vozes deles abafadas pela porta e paredes. Dei duas batidas leves na porta e abri um pouco da porta dando de cara com um belo homem de cabelos e olhos negros sentado na cama.

                - Com licença. – eu disse abrindo um pouco mais da porta a tempo de ver Sakura surgir assustada na minha frente

                - O que faz aqui mãe? – perguntou-me ela surgindo a minha frente

                - Você estava demorando e Hinata, a enfermeira, disse que eu poderia vir aqui. – respondi sem sabe o porquê de estar respondendo a uma pergunta dela

                - Desculpe mãe. Nós já vamos! – respondeu ela me dando as costas

                Sakura caminhou apressada até onde vi uma mala aberta com algumas roupas bem dobradas dentro ela a fechou rapidamente e logo depois fez o mesmo com as portas do pequeno guarda-roupa do hospital, se virando ela pegou sua bolsa e sorrindo se virou para o homem que observava tudo em silêncio.

                - Eu vou indo, Sasuke-kun. – disse ela um pouco distante dele, mas percebi que seus olhos brilhavam quando ela dizia o nome dele – Eu volto mais tarde.

                Ele não disse nada só mexeu levemente a cabeça em um sim e voltou a se deitar.

                - Vamos? – perguntou Sakura ao meu lado e então saímos do quarto e nos dirigimos ate o centro de reabilitação, minha mais nova e pior moradia até hoje! Nenhuma gota de álcool entra naquele lugar, mas que opção eu tinha? A casa estava no nome de Sakura para que eu pudesse receber o seguro desemprego. Minha vida estava arruinada, mas de uma coisa eu sabia. Sakura se apaixonou pela primeira vez na vida e sou uma mãe tão ruim que não tenho nem o que dizer para ela, mesmo que eu tenha percebido isso facilmente.

“... só me resta o silencio...”


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Notas finais do capítulo

quero agradecer a todos os leitores novos!!
poxa! O.O
os reviews do capitulo passado me deixaram muito feliz!!
foi o capitulo com mais comentarios ate agora!! *.*
19!!! *-*

queroagradecer tbm as pessoas que recomendaram a fic...
anny_chan, MikaYumi, UCHIHA E HARUNO e Annaa
MUITOOO OBRIGADO!!!!!!!! *-*
amei as recomendaçoes!!! o/

e como esse espaço nao é nada sem a propaganda ai vai!! /o/
escrevi duas one-shot novas! fiquem a vontade para le-las!
elas se chamam: "Dream with you" e "Goodbye"

tambem eu, a Anna e a Lininhaa criamos um blog para ajudar a quem quer começar a escrever fic!
http://ficasdicas.blogspot.com/
a vontade!! ^^

me sigam no twitter!!! ;p
@camila_chan