Os amores de Rose Weasley. escrita por Pudim de Menta


Capítulo 11
19 a 22 anos- Matt Calangh e um pouco de Malfoy


Notas iniciais do capítulo

OIeeeee, olha a sumida que decidiu aparecer, espero que gostem.



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Era meu aniversário de 19 anos, uma bela sexta-feira, eu adorava sextas-feiras assim como adorava o dia do meu aniversário.

Eu mesma decidi-me me dar um presente, uma ida ao teatro trouxa, Calgary tinha uns cinco bairros bruxos ocultos dos trouxas, que eram colados um no outro, eu morava por lá, mas na faculdade de diplomacia bruxa éramos incentivados a sair da concha e passear no meio deles.

Eu deixei o bairro e estava indo a pé até a estação de trem mais próxima, mas ainda estava próxima da vila bruxa e eu ouvi o estampido de aparatação e alguém gritando meu nome de forma arrastada.

Virei-me para trás e um homem cruzava os limites do bairro bruxo, ele andava se arrastando.

―Rose... ― Tremi dos pés a cabeça e peguei minha varinha e fui me afastando do homem cambaleante, mas ele vinha atrás de mim e quando levantou o rosto pude vê-lo melhor, era Lorcan Scamander.

―Vai embora! ― Gritei.

― Eu amo você... Volta pra mi... ― A voz dele estava embargada, ele estava bêbado, armei-me com minha varinha e ele se aproximava mais, eu estava tão assustada que não tive muita reação quando ele segurou meus braços e não quis me soltar, ele cheirava a puro uísque de fogo. ― Nós não terminamos aind...

Pisei no pé dele, mas Lorcan não recuava, tentei um feitiço não verbal e nada.

―Me solta...

―Eu nunca vou te largar ―

Então gritei por socorro e uma figura virando a rua veio em minha direção, e deu um empurrão em Lorcan e acertou um soco no rosto dele.

Não tive muito tempo para pensar da onde o cara viera, apenas vi Lorcan caído no chão, tanto pelo soco como pelo efeito da bebida.

―Senhorita, você está bem? ― O homem devia ter minha idade, tinha cabelos negros curtos e era robusto e alto, a pele clara, pelo sotaque era inglês e pelo soco era trouxa, ou talvez era bruxo e pensasse que eu fosse trouxa e não quis correr o risco de se revelar.

―Estou. ― Respondi e ele deu um sorriso.

― Quem é ele? Você está com problemas? ― O homem perguntou e uma memória antiga faiscou, com certeza aquele cara inglês e era trouxa, era a pessoa mais trouxa que eu conhecia, era Matt Callangh, como demorei para reconhecê-lo?

―Ele é meu ex e simplesmente apareceu aqui bêbado. ― Respondi e cruzei os dedos para ele não me reconhecer.

―OK. ― Matt me olhou de cima abaixo. ― Mas o que uma garota bonita como você faz com idiota feito esse?

Dei uma risada e Lorcan começou a se erguer novamente e Matt deu alguns gritos e o meu ex-namorado foi embora murmurando sozinho em passos trôpegos.

Até hoje não sei se Lorcan foi doido o suficiente para fazer uma aparatação intercontinental ou foi por chave de portal, se bebeu muito e decidiu vir atrás de mim, ou se veio sóbrio para o Canadá e aqui acabou em um bar e até hoje não sei para onde ele foi depois daquela noite, soube dele anos depois, que estava no país de Gales a trabalho e ainda segue solteiro.

―Quer que eu te acompanhe até em casa ou a estação de trem? ― Matt perguntou. ― A propósito eu sou Matt Callangh e você é?

― Sou Rose Weasley e não precisa me acompanhar. ― Respondi.

― Rose... ― Ele olhou para baixo. ― Você é inglesa né, quando tinha nove anos jogava videogame com um garotinho, se lembra disso?

―Não acredito! ― Menti. ― Você é o Matt!

―É sou eu. ― Ele sorriu. ― Mas agora sabendo que você é a Rose eu insisto em acompanha-la para seja lá onde você for.

Eu estava um pouco abalada ainda, com a súbita aparição de Lorcan, por ter sido salva por um amigo de infância, uma parte minha queria ir para casa e se esconder nos edredons, outra minha não se abalava por tão pouco, eu não ia estragar minha noite por causa de um Ex.

―Eu vou ao teatro. ― Respondi e ele concordou, fomos de trem, ele disse que estava voltando para casa quando me encontrou e perguntei em que bairro ele morava, assim que ele me falou percebi que era bem perto da minha casa, na divisa entre os bairros bruxos e trouxas.

Ele viera para o Canadá com 16 anos, quando os pais se divorciaram, ele ficou sobre a guarda da mãe e ela acabou se casando com um canadense e preferiu vir para o país.

Fomos ao teatro e combinamos de nos encontrar mais vezes e assim se seguiram os meses e os anos, como eu tinha celular mandávamos mensagens um para o outro, nos encontrávamos em diversos lugares, como parques, lanchonetes e etc...

Eu o beijei algumas vezes, não sabíamos bem que nome dar aquele relacionamento, só sabíamos que um tinha atração pelo outro.

Lembro-me do dia 17 de julho daquele ano, meus quase 21 anos, pelas minhas contas fazia três dias que Scorpius sairá da academia de aurores, e ele dissera que me procuraria assim que saísse.

Eu estava com Matt em um banco, em uma praça perto da parte bruxa da cidade, eu e ele conversávamos coisas triviais, ele me contava do trabalho como designer de jogos.

Vi no outro banco da praça um homem chegando, ele usava capuz, não consegui ver muito o rosto dele, mas juro que parecia o Scorpius, por mais que eu dissesse que o tinha deixado para lá volta e meia eu via um cara na rua que parecia com ele, como a forma de andar ou o cabelo, o jeito de se vestir, mas assim que eu chegava mais perto constatava que era uma leve impressão.

Sentia-me culpada por estar naquele rolo com Matt (Apesar que Matt não era apaixonado por mim nem por ele, acho que era mais carência da parte dos dois), mas eu não estava traindo Scorpius, eu tinha quase certeza que ele havia esquecido minha existência, assim como eu esperava esquecer a dele.

Matt continuou falando sobre o trabalho, mas eu não consegui prestar atenção, apenas continuei olhando aos meus redores, daquela praça enorme e o homem de capuz a 22 metros de nós que lembrava muito Scorpius.

Continuei fitando o homem, mas aquela parte que ele estava era mais escura e não permitia vê-lo muito.

Matt parou de falar e segurou meu rosto e me beijou e assim que terminou o beijo, comentou.

― Atrai sua atenção agora?

Fiquei meio aturdida e encarei o homem de volta, mesmo com a escuridão pude ver o olhar ferido dele, faiscando em olhos cinza, ele ergueu-se do banco e foi se distanciando.

―Scorpius? ― Falei em voz alta.

―Um excelente nome para o personagem que eu estava... ― Matt respondeu, mas o deixei falando sozinho, levantei e corri em direção ao homem que supus ser Scorpius, que há essa altura já estava um pouco longe, ainda muito confusa, quando o alcancei já estava em outra parte da praça.

Aquela parte estava deserta, as luzes fracas, bancos aqui e ali repousavam solitários e a grama farfalhava e o homem estava de costas.

―Scorpius? ― Objetei e ele virou-se de relance, era o próprio, carregando um olhar ferido e sem nenhuma palavra e nem nada do gênero ele aparatou.

Logo escutei a voz do Matt me chamando, voltei e ele perguntou o que havia acontecido, eu expliquei que o homem de capuz parecia apenas um velho amigo e ele me levou para um chocolate quente.

Fui para casa e não soube exatamente como reagir e no dia seguinte Yuri me mandou um pacote pela lareira.

Era um envelope mediano, abri desesperada, eu e Yuri gostávamos de usar os meios trouxas de comunicação, fiquei sem entender por que ele me mandaria um envelope.

Havia um bilhete e um jornal, li o bilhete com a letra cheia de garranchos de Yuri, como se ele estivesse escrito as pressas.

Rose

Para a comunidade bruxa internacional isso não tem grande relevância, acredito que tal fato demorara para chegar ai, não sei como anda seu coração e não quero lhe fazer mal, é meu ultimo desejo.

Mas é melhor que saiba logo, aqui no Reino Unido não se fala de outra coisa.

Com amor, o homem mais lindo que você conhece, Yuri.

Peguei o jornal, era o sensacionalista profeta diário, a noticia estava direto na primeira página em letras bem destacadas.

União entre os Amber e Malfoy.

Como adoro segredos e coisas que ocorrem por de baixo dos panos, há cerca de três anos nosso querido herdeiro da mais suspeita família da comunidade bruxa, os Malfoy, sim falo do próprio Scorpius Malfoy;

 Em uma tentativa de limpar o sujo nome dela, matriculou-se na mais respeitada academia de Aurores do mundo, na Austrália, por coincidência ou nas mais engenhosas artimanhas do destino, sua ex-colega de escola e principalmente de casa em Hogwarts foi aceita, de uma antiga, mas não tão nobre família bruxa, Serena Amber.

È de senso comum uma das regras desse excelente curso, “Não manter relacionamentos amorosos com colegas de turma”, mas o nosso loiro mais querido do momento decidiu-a quebrar, depois de três dias do termino de sua graduação, logo em uma manha nublada e bem cedo, Amber e Scorpius foram flagrados em um cartório trouxa e logo depois em um bruxo, casando-se de forma civil.

Esse fato chocou a comunidade bruxa local, pois o ultimo matrimonio dos Malfoy foi realizado em uma tradicional e pomposa cerimônia com a presença da mais alta sociedade.

Quem diria que a simples menina do campo, Amber Nott, em breve ocupara o trono de matriarca da família mais rica da Grã-Bretanha?

A foto do profeta diário os mostrava assustados por terem sidos pegos no flagra, ela usava um vestido vermelho de festa que já estava muito amarrotado, ele tinha uma gravata pendente no pescoço e a camisa social com alguns botões abertos.

Joguei o jornal no chão e simplesmente comecei a chorar.

Depois engoli meu papel de trouxa e deixei o orgulho prevalecer, ignorei as inúmeras perguntas que surgiram “Se ele ia se casar, por que veio atrás de mim?” “Por que aqueles olhares feridos?”.

Eu fingia que não doía mais tanto, que não importava, mas aquele parte carente que nunca consegui superar, aquela partezinha que me causou inúmeros problemas não conseguia deixar de gostar de Scorpius.

A maior parte tentava seguir em frente, a maior parte tinha como seu fiel companheiro o amor próprio, a maior parte foi racional e achou que Scorpius a esqueceria e tentou seguir em frente e acabou em um rolo com um garoto de sue passado.

Eu não me sentia culpada pelo rolo com Matt, mas Scorpius foi claro “Se estivéssemos solteiros!”, mas não fizemos uma promessa de celibato e nem nada enquanto estivéssemos longe um do outro.

Até por que eu tive apenas um rolo e ele se casou.

Tentei ignorar a dor e seguir em frente e por algum motivo guardei aquele jornal estúpido.

Continuei a sair com Matt até terminar a faculdade, mas quando a acabei consegui um emprego no Ministério de relações com trouxas e internacionais de meu país e acabei indo trabalhar em uma embaixada na Espanha.

Aos 22 anos dei adeus para Matt e para o Canadá.

Sobre Matt, ele acabou uns meses depois conhecendo uma garota legal, Katerine Sower, acabaram se casando, pelo que eu saiba ele teve uma filha chamada London e ela é uma poderosa bruxa nascida-trouxa.

E o Canadá continua no mesmo lugar e os meus sentimentos maduros.

Não pensei em Scorpius com tanta frequência, apenas em raras ocasiões alguns pontos de interrogação apareciam, mas não adiantava chorar pelo leite derramado, apenas torcer pela felicidade e seguir em frente.


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Notas finais do capítulo

Beijossss♥, o que acharam?



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